Jonathan Weil, colunista da Bloomberg, destaca uma nova atitude da SEC com os auditores. Na semana passada a SEC acusou três ex-executivos de um banco de Nebraska por cometer fraude contábil durante a crise financeira.
Weil lembra que nos últimos anos a SEC tem evitado acusar algum executivo de uma instituição financeira de fraude contábil, mesmo após problemas de diferentes entidades:
No Countrywide, por exemplo, a SEC acusou o ex-CEO Angelo Mozilo de não divulgar perdas com empréstimos conhecidos. Se as alegações da SEC contra ele eram verdadeiras, então os relatórios financeiros da empresa, por definição, deve ter contido distorções [contábeis].
Segundo Weil, a posição da SEC tem um grande beneficiário: as quatro grandes empresas de auditoria, que podem alegar que seu trabalho não estava incorreto num potencial litigio.
01 outubro 2012
Eu não sou Rafa
O tenista Rafael Nadal disfarça de um funcionário. A reação das pessoas é interessante: não acreditam que ele não é o Rafa. Em 2:18 o senhor pergunta: "você joga tenis?" e ele responde: "às vezes".
Bug derrotou Kasparov
Em maio de 1997 um computador da IBM, conhecido como Deep Blue, derrotou o então campeão mundial de xadrez Garry Kasparov. Kasparov é considerado um dos maiores - se não for o maior - jogadores de xadrez e nunca tinha perdido para uma máquina. A derrota aconteceu após o programa da IBM fazer um sacríficio. O resultado da partida contribui para que a máquina conseguisse 2 vitórias, 3 empates e 1 vitória no confronto com o então campeão mundial.
Kasparov, e muitas outras pessoas, acham que a jogada era muito sofisticada para uma máquina e acusou existir uma intervenção humana durante o jogo. Talvez por isto, Kasparov nunca aceitou completamente a derrota; a desconfiança de atuação humana durante o jogo foi solidificada pelo fato da IBM não ter aceito uma revanche. O jogador russo pediu os arquivos e a empresa não forneceu. Existem ainda boatos de que a vitória do computador da IBM foi combinada para aumentar o valor das ações da empresa.
Agora, uma das pessoas responsáveis pelo Deep Blue revela que o movimento inesperado ocorreu em razão de um bug do programa. Outras partidas realizadas entre humanos e computadores após 1997 mostraram que é cada vez mais difícil derrota uma máquina. Nos dias atuais o computador tem sido usado para ajudar os humanos a jogar melhor.
Ainda sobre xadrez, o torneio de São Paulo (aqui também) apresentou a vitória do jovem italiano Caruana terminou com 11 pontos (3 vitórias e 2 empates), com o armênio Aronian em segundo (7 pontos) e o norueguês Carlsen em terceiro. O torneio terá um returno na cidade de Bilbao, Espanha.
Seguros
Com respeito a notícia sobre uma nova rodada de discussão sobre seguros por parte do Iasb, conforme postado aqui, o Journal of Accountancy destaca alguns aspecto interessantes. Primeiro, será uma discussão direcionada para os pontos que geraram muita polêmica, o que o Iasb chamou de targeted re-exposure. Segundo, apesar do projeto ser conjunto com o Fasb, esta entidade reguladora dos Estados Unidos não adotou a mesma atitude de aceitar novos debates. Isto não significa que o Fasb considera concluído o projeto; pelo contrário, os debates ainda ocorrerão sobre a norma.
O Journal of Accountancy lembra que ocorreram muitas divergências entre o Fasb e o Iasb quanto ao tratamento contábil de seguros.
(Fonte da Imagem: aqui)
O Journal of Accountancy lembra que ocorreram muitas divergências entre o Fasb e o Iasb quanto ao tratamento contábil de seguros.
(Fonte da Imagem: aqui)
Crise na Espanha
A auditoria encomendada pela União Europeia indicou que os bancos espanhóis necessitam de pelo menos € 53,74 bilhões (R$ 140,3 bilhões) para sanear sua condição financeira.
A cifra pode chegar a quase € 60 bilhões [1], no entanto, se for levada em conta os processos de fusão entre as instituições financeiras em andamento, conforme salienta a consultoria Oliver Wyman, em relatório publicado nesta sexta-feira.
O valor foi estimado a partir do exame dos balanços fornecidos pelos 14 maiores grupos bancários espanhóis, a pedido da União Europeia. Economistas do setor financeiro estimavam um valor acima dos € 60 bi para recapitalizar os bancos da Espanha.
Dos 14 bancos examinados pela consultoria, metade passou nos chamados "testes de estresse" realizados [2]. Esses testes simulam a capacidade financeira de um banco suportar uma crise financeira.
Como reporta a agência Efe, essas sete instituições financeiras representam 62% do setor financeiro espanhol, e não precisam de capital adicional.
(...) O setor bancário da Espanha, uma das maiores economias da zona do euro, foi severamente avariado tanto pela crise de 2008 quanto pela explosão de uma "bolha imobiliária" local.
Carregados de créditos "podres" (com poucas ou nenhuma chance de pagamento), os bancos espanhóis começaram a ter problemas para manter as portas abertas, lançando a ameaça de uma crise sistêmica no país ibérico, já afundado numa recessão sem prognóstico de acabar antes de 2014.
Por esse motivo, o governo espanhol pediu em junho uma ajuda financeira de € 100 bilhões para recuperar os bancos do país.
O conselho dos ministros de Finanças da zona do euro havia aprovado o pedido ainda naquele mês, mas a liberação dos recursos ficou dependente dos resultados da auditoria divulgada hoje.
Fonte: Folha de SPaulo
[1] Existe uma divergência nos valores entre a Folha e a Isto é Dinheiro. Esta revista informa que as necessidades são de 60 bilhões de euros, mas que pode cair para 53,74 se considerar os processos de fusão. Acho que faz mais sentido isto.
[2] Isto não quer dizer muita coisa, pois o teste é calibrado conforme o nível de "otimismo" da pessoa que fez o teste.
A cifra pode chegar a quase € 60 bilhões [1], no entanto, se for levada em conta os processos de fusão entre as instituições financeiras em andamento, conforme salienta a consultoria Oliver Wyman, em relatório publicado nesta sexta-feira.
O valor foi estimado a partir do exame dos balanços fornecidos pelos 14 maiores grupos bancários espanhóis, a pedido da União Europeia. Economistas do setor financeiro estimavam um valor acima dos € 60 bi para recapitalizar os bancos da Espanha.
Dos 14 bancos examinados pela consultoria, metade passou nos chamados "testes de estresse" realizados [2]. Esses testes simulam a capacidade financeira de um banco suportar uma crise financeira.
Como reporta a agência Efe, essas sete instituições financeiras representam 62% do setor financeiro espanhol, e não precisam de capital adicional.
(...) O setor bancário da Espanha, uma das maiores economias da zona do euro, foi severamente avariado tanto pela crise de 2008 quanto pela explosão de uma "bolha imobiliária" local.
Carregados de créditos "podres" (com poucas ou nenhuma chance de pagamento), os bancos espanhóis começaram a ter problemas para manter as portas abertas, lançando a ameaça de uma crise sistêmica no país ibérico, já afundado numa recessão sem prognóstico de acabar antes de 2014.
Por esse motivo, o governo espanhol pediu em junho uma ajuda financeira de € 100 bilhões para recuperar os bancos do país.
O conselho dos ministros de Finanças da zona do euro havia aprovado o pedido ainda naquele mês, mas a liberação dos recursos ficou dependente dos resultados da auditoria divulgada hoje.
Fonte: Folha de SPaulo
[1] Existe uma divergência nos valores entre a Folha e a Isto é Dinheiro. Esta revista informa que as necessidades são de 60 bilhões de euros, mas que pode cair para 53,74 se considerar os processos de fusão. Acho que faz mais sentido isto.
[2] Isto não quer dizer muita coisa, pois o teste é calibrado conforme o nível de "otimismo" da pessoa que fez o teste.
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