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13 setembro 2012

Fogo no Barraco

Tudo começou em março, quando a jornalista [Patricia Cornils] resolveu levantar números sobre incêndios em favelas na cidade de São Paulo. (...)

Na semana passada, após o incêndio da Favela do Piolho, ela se lembrou da planilha incompleta, que havia começado a tabular. Postou no Facebook e pediu ajuda. “Muita gente entrou. Não faço ideia de quantas pessoas”, diz. O programador Diego Rabatone organizou os dados por ano; outra pessoa completou com as informações da Defesa Civil. E, então um outro programador, Pedro Ivo Moraes – que Patrícia nem conhece pessoalmente – pegou os dados e cruzou com a valorização por metro quadrado. O código, aberto, foi postado no Github.

Patrícia começou a divulgar. O mapa mostra uma evolução do número de incêndios em favelas nos últimos anos. Em 2004, não houve nenhum incêndio. O número só aumentou até 2012. Ainda é cedo para especular sobre a relação entre os dados, mas há convergência. Em 2008, por exemplo, houve um incêndio na Água Branca no mesmo ponto em que começou, naquele ano, uma das maiores valorizações imobiliárias da cidade.

(...) Segundo ela, o trabalho está só começando. “Falta buscar dados da CPI dos Incêndios, das operações urbanas, dos projetos de parque lineares e mapear. Entender o que o mapa nos diz. Por exemplo, há lugares onde os incêndios são recorrentes (de cabeça me lembro do Jaguaré. Todo ano tem… por que?). Falta ir aos lugares e entender, se a dinâmica de valorização realmente tem relação com os acidentes”, diz.


Fonte: Aqui

Novo iPhone

A Apple anunciou o novo modelo do iPhone, que estará disponível para venda em alguns países amanhã. Os preços variam entre 199 dólares até 849.

Além das mudanças, um aspecto interessante é que a empresa mudou a conexão com o aparelho - mais rápida agora. Mas a alteração significa que os donos dos modelos antigos devem comprar adaptadores - vendidos pela empresa. Estes cabos podem custar 30 dólares!

Outros periféricos também são muito caros. O resultado pode ser um custo adicional para o consumidor que pode variar entre 100 a 200 dólares.

Xadrez em SP

Novamente a cidade de São Paulo irá receber alguns dos melhores jogadores de xadrez do mundo. Entre os participantes do torneio que a primeira etapa será realizada na capital paulista e a segunda em Bilbao teremos o melhor jogador do mundo, o norueguês Magnus Carlsen. Carlsen está se aproximando de bater o recorde mundial de Kasparov em termos de pontos no ranking.

Além da Carlsen, o segundo melhor do mundo hoje, Aronian. Aronian é armênio e campeão olímpico de xadrez (na semana passada a Armênia ganhou a medalha de ouro nas olimpíadas de Xadrez de Istambul). O atual campeão, o indiano Vishy Anand (sexto do mundo) também é um dos participantes. Os outros são: Karjakin, número 7 do mundo e uma das maiores promessas do xadrez, o italiano Caruana (número 8 do mundo e primeiro no ranking Junior) e o espanhol Pons (número 51 do ranking). 

Hedge

IASB publicou a proposta [para contabilidade de hedge] como parte de seu esforço de três itens para reformular toda a contabilidade sob as IFRS para instrumentos financeiros. A diretoria está trabalhando separadamente sobre como melhorar a classificação e mensuração dos ativos e passivos financeiros, e como melhorar os requisitos em torno de mostrar deficiências, ou perdas em valor, para os instrumentos financeiros.

O Financial Accounting Standards Board está com um trajeto semelhante , mas trabalhando num único padrão para instrumentos financeiros que cobrem todas essas questões, incluindo a contabilidade de hedge. FASB emitiu uma proposta maio 2010 (...)

O projeto publicado recentemente, do IASB, aliviaria as exigências atuais para avaliar a eficácia de um hedge(...) . A proposta retira algumas das estritas prescrições normativas para contabilidade de hedge, estabelecendo uma abordagem mais baseada em princípios (...) Os US GAAPs têm sido criticado por ter requisitos altamente prescritivas que são dificeis de aplicar, fazendo a contabilidade de hedge uma das áreas mais complicadas regras americanas. (...)

Adaptado daqui

Hiperinflação

Felix Salmon comenta um relatório do Cato Institute, de autoria de Steve Hanke e Nicholas Krus, sobre a hiperinflação no mundo.

Salmon, que é um bom articulista, comete alguns erros na análise. Em primeiro lugar afirma que a hiperinflação possui uma definição precisa: aumento de preços acima de 50% ao mês. Na realidade a definição de hiperinflação é arbitrária: o Iasb define como sendo 100% de inflação em três anos (vide o capítulo sobre este assunto no livro de Teoria Contábil, da Atlas, de Niyama e este blogueiro).

Com base nesta definição, Hanke e Krus encontraram 57 experiências de hiperinflação na história. Isto inclui casos como a República de Weimar, Grécia (durante a segunda guerra), Hungria, entre outros. A partir deste relato Salmon erra de maneira forte ao perguntar: por que não encontramos hiperinflação em democracias?

Pressupõe Salmon que hiperinflação não ocorre em democracias. Mas esquece de exemplos de democracia onde existiram o aumento elevado nos preços: Weimar, Argentina, Brasil de Sarney, entre outros.

Lembrando, que o Cato Institute tem sido mencionado de maneira negativa em muitos episódios da série The Newsroom em razão do membro fundador David Koch.

Emoção e Mercado

Não adianta tentar transformar o mercado numa equação matemática, porque o fator emocional sempre irá pesar na tomada de decisão. A constatação, aparentemente óbvia, faz sentido num momento que se tenta eliminar os ricos da operação no pós-crise.

"Muitos analistas de bancos vêm me falando que estão próximos de eliminar todos os riscos de seus cálculos, e eu apenas lhes respondo: 'Vocês não entenderam nada'", disse, em entrevista ao Valor Chris Thorne, diretor técnico do Conselho Internacional de Padrões de Avaliação (IVSC), órgão que orienta sobre os métodos de análise de indicadores fundamentalistas, o chamado "valuation". (...)

No caso do Facebook, por exemplo, apesar de alguns analistas alertarem para as dificuldades que a rede social enfrentava para capturar receitas de propaganda móvel, houve uma enorme demanda pelas ações na oferta pública inicial. Quando perceberam, com novos relatórios, que os números não eram tão atrativos, o movimento foi de venda.

"Eles compraram uma marca, agiram emocionalmente", avalia Thorne. Para ele, a abertura de capital da companhia chefiada por Mark Zuckerberg lembrou muito o caso da bolha das empresas de internet, que eram as queridinhas do mercado em 2000 e 2001, mas não conseguiram entregar resultados e foram punidas pelos investidores. "O mercado não é puramente matemático", afirmou.

Quanto ao analista de mercado, ele vê um cenário desfavorável. Thorne tem a opinião de que o "valuation" não é visto como uma profissão, mas uma técnica de agentes de mercado. "Fora dos Estados Unidos, onde não se encontra a mesma quantidade de informações, índices e tudo o mais, ainda é difícil a análise." (...)


Fator emocional impossibilita 'mercado perfeito' - 12 de Setembro de 2012 - Valor Econômico - Renato Rostás | De São Paulo