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05 setembro 2012

Neymar

A revista Forbes questiona as finanças do jogador de futebol Neymar. O jovem jogador fez as seguintes compras nos últimos dois anos:

=> um triplex no valor de 750 mil dólares no litoral norte de São Paulo
=> uma casa num condomínio fechado no litoral por 2 milhões de dólares
=> um apartamento em São Paulo por 150 mil dólares
=> um Porsche Panamera com valor entre 400 a 550 mil dólares
=> uma cobertura para mãe, de 1 milhão de dólar em Santos
=> um iate com valor de 8 milhões de dólares (e custo de manutenção de 120 mil dólares por ano, além da depreciação)

Isto totaliza 12,3 milhões de dólares. O problema é que alguns destes bens possuem um custo de manutenção muito elevado, assim como uma desvalorização alta. O automóvel e o iate não podem ser considerados como investimento.

A revista estima que o jogador recebe do Santos um salário de 4 milhões de dólares, que somado aos patrocínios, deve chegar a 8 milhões por ano. Este valor é bem inferior aos 18 milhões divulgados pela imprensa brasileira, segundo a revista.

Para revista, o jogador está gastando mal seu dinheiro. O comportamento do jogador é parecido com outros atletas que surgiram para o esporte numa idade muito jovem, como é o caso de Mike Tyson. O pugilista comprou mansões, carros e tigres de Bengala. Em 2003 ele estava falido, com dívidas de 23 milhões de dólares. No Brasil temos o caso de Romário, que chegou a dever 5 milhões de dólares.

Bradesco

No livro de Teoria da Contabilidade, deste blogueiro e Niyama, na página 181, existe um exercício sobre bilionário contra o Bradesco. O valor da ação seria corrigido pela taxa de juros do mercado. Isto fazia com que o valor da ação atingisse a 2 bilhões de reais. Agora uma decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro anulou a decisão. Se fosse pagar hoje o valor, o Bradesco teria de desembolsar 1 trilhão de reais. O valor original era de R$4505,30, em 1994:

De acordo com a decisão, serão acrescidos ao valor extraviado juros simples e não mais compostos. O julgamento da ação rescisória proposta pelo banco começou no dia 20 de agosto, mas foi suspensa porque o desembargador Cláudio de Mello Tavares pediu vista dos autos. Na ocasião, a relatora do processo, desembargadora Nilza Bittar, acolheu pedido do Bradesco, afastando os juros compostos.


Se não bastasse a ignorância da justiça ao determinar a correção usando a taxa de juros do mercado, fazendo com que a dívida original tornasse impagável (lembrando, R$1 trilhão corresponde a 17 vezes a receita anual do Bradesco), a nova decisão comete outro erro: mudou a multa para juros simples. Este regime de capitalização só existe nos livros de matemática financeira e na justiça brasileira.

Panamericano

A Justiça Federal aceitou hoje a denúncia encaminhada pelo Ministério Público Federal no último dia 23 de agosto contra 17 ex-diretores e funcionários do Banco PanAmericano.
Para a Justiça Federal, eles são réus e vão responder a processo em que são acusados de crimes contra o sistema financeiro nacional.
As fraudes listadas incluem maquiagem de balanço, desvio de dinheiro, entre outros crimes financeiros, que levaram a um rombo de R$ 4,3 bilhões ao banco que pertenceu ao empresário Silvio Santos.
O caso ficará a cargo do juiz Marcelo Costenaro Cavali, substituto da 6ª Vara Federal Criminal em São Paulo.
Ele recebeu a denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal (MPF) contra o ex-presidente do conselho de administração, Luiz Sandoval, o ex-diretor superintendente Rafael Paladino, e outras 15 pessoas que trabalhavam no Banco Panamericano.
Segundo a 6ª Vara, entre as práticas narradas na denúncia, os réus teriam: alterado, de maneira ilícita, o resultado do banco; apresentado documentos falsos durante a fiscalização do Banco Central, realizado retiradas indevidas de recursos da instituição, além de outras condutas denominadas pelo MPF de "relações promíscuas entre o Banco Panamericano e outras empresas do mesmo grupo econômico". (...)

Justiça aceita denúncia contra envolvidos no caso PanAmericano - TONI SCIARRETTA - Folha de S Paulo

Cristiano Ronaldo

A imprensa anunciou que o jogador Cristiano Ronaldo está infeliz com seu atual clube. Atualmente ele recebe 10 milhões de euros por ano, um valor abaixo de Torres, um jogador bem inferior a ele, que joga na Inglaterra. Eto´o e Conca recebem um bom salário, mas jogam em países foram o eixo do futebol.

Encargos sobre Energia

A arrecadação do governo com encargos sobre as tarifas de energia elétrica mais do que triplicou desde 2003. De R$ 5,4 bilhões recolhidos à época, a receita total com essas taxas atinge R$ 18 bilhões por ano e já corresponde a cerca de 20% do faturamento do setor, praticamente o dobro do que representava há menos de uma década, segundo a Abrace (associação dos grandes consumidores industriais de energia).
Além de encarecer as contas de luz, onerando consumidores residenciais e tirando competitividade da indústria, boa parte dos encargos setoriais se desviou das finalidades para as quais foram criados. (...)
Na lista de encargos "desvirtuados" de sua função original, a taxa de serviços de fiscalização da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) ocupa lugar de destaque. Ela foi instituída, em 1997, para assegurar uma fonte de recursos às atividades do órgão regulador. No entanto, a leitura dos relatórios anuais de gestão da própria Aneel indica que menos da metade dos recursos arrecadados até hoje se voltou para sua finalidade inicial. Mais da metade ficou retido pelo Tesouro e virou superávit primário.(...)
"O setor elétrico tem funcionado como um agente arrecadador de tributos e encargos", lamenta Cláudio Sales, presidente do Instituto Acende Brasil, um centro de estudos. Ele cita outro caso de desvio de finalidade: a taxa que as distribuidoras pagam, de 0,5% sobre sua receita operacional líquida, para financiar projetos de pesquisa científica ou de eficiência energética. Até 2013, as empresas deverão pagar um adicional de 0,3%, a fim de repor as perdas de arrecadação de governos estaduais da região Norte com o ICMS cobrado sobre a venda de combustíveis (como óleo diesel) usados nas usinas termelétricas.
(...) Outro encargo, a Reserva Global de Reversão (RGR), foi criado nos anos 60 para abastecer um fundo capaz de pagar a indenizar por concessões eventualmente retomadas pelo poder público. Em cinco décadas de existência, o fundo jamais foi usado para esse fim. (...)

Encargos sobre energia triplicam em 9 anos - Daniel Rittner - Valor Econômico - 4/9/2012

Provisão na Vale

Em meio à maré de más notícias que pairam sobre a empresa, a Vale agora considera provável perder na Justiça a ação que a obriga deduzir o custo do transporte da base de cálculo da Cfem (Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais), o royalty da mineração.

As empresas costumam classificar suas ações judiciais em seus balanços como improvável, possível e provável, sendo esta última a admissão que poderá realmente perder a causa.

Por conta disso, a Vale aumentou seu provisionamento para o pagamento em mais R$ 1,1 bilhão, que somados aos R$ 314 milhões anteriormente provisonados resultam em uma previsão de pagamento de R$ 1,414 bilhão.

O valor é bem menor do que estimativas feitas anteriormente pelo governo, que previam o pagamento de cerca de R$ 4 bilhões.

A Vale tem diversas discussões com o governo sobre pagamento de Cfem.

Com o objetivo de revisar os valores da base de cálculo do imposto, o governo federal criou em 2011 um grupo de trabalho com representantes da Vale e do DNPM (Departamento Nacional de Pesquisa Mineral).

A Vale afirmou, em seu Formulário de Refrência 2011, que considera as cobranças indevidas e, apesar de decisões favoráveis e desfavoráveis já proferidas nos diversos processos, ainda não havia decisão final de mérito nem posicionamento pacificado em tribunais superiores.


Fonte: Folha de S Paulo

Drogas

"Eles [os traficantes do Rio de Janeiro] perceberam que essa experiência com crack não foi boa, apesar de ter sido lucrativo. Os custos sociais foram enormes".

Fonte: Freakonomics

O uso do crack estava afetando a própria comunidade onde viviam os traficantes.