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04 setembro 2012

Regras do ser humano

Clique na imagem para ver melhor. Adaptado livremente daqui

Rir é o melhor remédio

Fonte: Aqui

Justificativa Racional para um decisão irracional


Quando as pessoas se comportam de maneira “errada” elas buscam
uma forma de justificar seu comportamento com desculpas aparentemente racional. Um político indica um parente para um cargo, justificando que ele é competente; o chefe promove a funcionária bonita pelo fato dela trabalhar melhor; o médico nazista que matou judeus no campo de concentração justifica sua atitude dizendo que seu experimento científico ajudaria a humanidade; o morador que não fala com o vizinho negro, pois ele é corintiano; e você, que compra a Playboy para ler seus artigos.

Este é exatamente o título do artigo de Zoe Chance e Michael
Norton, da Harvard Business School: I read Playboy for the articles. Para isto, Chance e Norton usaram um experimento com duas revistas para verificar se uma decisão é baseada em critérios “questionáveis” que aparentam serem racionais.

Usando duas revistas de esportes, ambas com mesmo número de prêmios de jornalismos e tamanhos aproximados. Mas numa revista existia mais textos sobre esportes que outra. Para um grupo, os pesquisadores fizeram acompanhar para outra revista uma edição especial com mulheres de biquínis. Os
participantes escolheram a segunda opção.

O interessante é que foi solicitado aos participantes apresentarem uma justificativa para escolha. Os participantes não justificaram o óbvio: a presença de mulheres em trajes sumários. Outros critérios foram usados para justificar as escolhas.

Para os pesquisadores, os resultados encontrados por Chance e Norton são um alerta para não acreditarem nas justificativas apresentadas pelos entrevistados. Mesmo que não exista uma intenção clara de enganar na
resposta, o ser humano parece tentar buscar justificativas “racionais” para defender suas escolhas irracionais.

Viés de projeção

No processo de projeção é comum imaginar que o futuro será semelhante ao presente. Denominamos este fator de viés de projeção. Um trabalho de Busse, Pope, Papa e Silva-Risso (via aqui) constata a presença deste viés no mercado de casa e de carro.

Usando informações de mais de quarenta milhões de transações de compra de automóveis e quatro milhões de dados de negociação de imóveis, os autores verificaram o efeito do clima nas decisões de compra. Os resultados são muito interessantes pois mostram que as pessoas são influenciadas pelo que está ocorrendo no momento da transação.

Se uma transação de compra de um imóvel ocorre no verão, o valor de uma casa com piscina ou com ar condicionado central é maior do que as negociações ocorridas no inverno. As pessoas quando estão negociando um imóvel no verão passam a dar mais valor para os bens que podem suavizar a influencia da temperatura elevada. O mesmo ocorre com os automóveis conversíveis, que são mais valorizados no verão.

Segundo os autores, os resultados mostram que o viés de projeção pode afetar outras decisões, como casar ou arrumar um emprego.

Depreciação Acelerada

O governo editou a Medida Provisória 578, que permite a depreciação acelerada dos veículos automóveis para transportes de mercadorias e dos vagões, locomotivas e outros. A medida foi anunciada na semana passada pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, e faz parte de mais um pacote de estímulo à economia.
Quando uma empresa adquire um bem de capital, a cada ano, ela lança no balanço [1] a depreciação desse bem como um custo. O que a MP faz é, para efeito da apuração do imposto sobre a renda (IR), permitir que as empresas tributadas com base no lucro real tenham direito à depreciação acelerada, "calculada pela aplicação da taxa de depreciação usualmente admitida multiplicada por três, sem prejuízo da depreciação contábil". Dessa forma, será contabilizado um gasto maior, o que diminuirá o IR pago [2].

MP permite depreciação acelerada de caminhões - Por Sandra Manfrini

[1] no balanço e na demonstração do resultado
[2] a redução será no curto  prazo. No longo prazo a empresa paga mais.

Análise Custo-Benefício

John Kay apresenta um exemplo interessante de análise custo-benefício realizada por um empresa e sua relação com a responsabilidade social. A empresa desenvolveu um automóvel na década de setenta denominado Ford Pinto. A empresa chegou a cogitar a produção do automóvel no Brasil, com a mudança no nome. [Posteriormente a empresa decidiu produzir o Ford Escort, cujo nome também não é muito feliz]

Uma falha no projeto fazia o tanque de combustível explodir de algumas unidades. O custo para resolver o problema seria de 11 dólares por veículo. A estimativa da empresa era de que 180 pessoas morreriam e que os custos de cada falecimento seria de 200 mil dólares por pessoa. Ou seja, o custo total com as mortes seria de 180 x 200 mil dólares ou 36 milhões de dólares, muito abaixo do custo para resolver o problema em cada veículo. Pela análise custo-benefício seria mais interessante para empresa deixar os acidentes ocorrerem.

Leia mais em KAY, John. Corporate values are not just a calculation. Financial Times. 10 de julho de 2012.

Tamanho dos relatórios


Entre 2004 e 2010, o tamanho de relatórios anuais cresceram 16 por cento, e as notas explicativas cresceram 28 por cento nas 25 das maiores empresas americanas, de acordo com um relatório de novembro 2011 da empresa de auditoria KPMG e Financial Executives Research Foundation, um grupo de pesquisa sem fins lucrativos. 

O relatório anual da Dow Chemical cresceu 72 por cento, para 203 páginas, enquanto o da Wells Fargo mais que dobrou para 212 páginas, o relatório afirmou. 

Fonte; Reuters