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06 agosto 2012

Rir é o melhor remédio

Algumas propagandas criativas:






Cruzeiro do Sul

O texto a seguir é da semana passada, mas é muito interessante [Estou tentando evitar textos longos, mas este vale a pena]:

A empresa de auditoria Ernst &Young solicitou ao Banco Central (BC) e à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para desconsiderar o parecer que emitiu sobre o balanço do banco Cruzeiro do Sul do primeiro trimestre deste ano.[1] O banco está sob intervenção do BC desde o início de junho.

Em carta enviada às autoridades, a 
Ernst &Young  afirmou que os administradores do banco omitiram dos auditores informações sobre os problemas patrimoniais que o Cruzeiro do Sul já enfrentava na data da publicação do parecer, dia 15 de maio. [2]

"Se [os fatos] fossem de nosso conhecimento, nos teriam levado a não emitir tais relatórios em caráter conclusivo" [3], disse a 
Ernst &Young  em documento encaminhado ao BC e à CVM em 2 de julho. A empresa pede às autoridades a desconsideração e a retirada do relatório dos sites públicos. [4]

O relatório da 
Ernst &Young  continha uma ressalva, o que equivale a um erro encontrado nas contas do Cruzeiro do Sul do primeiro trimestre. Para os auditores, o patrimônio líquido e o resultado trimestral estavam superavaliados em R$ 10,7 milhões. De janeiro a março de 2012, a instituição controlada por Luis Felippe Indio da Costa e por Luis Octavio Indio da Costa registrou um prejuízo de R$ 57,8 milhões.

Ernst &Young  afirma que, para emitir os relatórios, se baseou em indagações feitas aos administradores do banco. Segundo a empresa, por ser uma revisão trimestral, o trabalho possui um alcance menor do que uma auditoria, que só é feita para o balanço anual. [5]

O pedido foi até agora negado pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que está gerindo o Cruzeiro do Sul desde que o banco entrou no regime de administração especial temporário. O FGC afirma que, para fazer isso, precisa de autorização do BC e da CVM, o que ainda não ocorreu. Procurado pela reportagem, o BC não retornou a solicitação de entrevista. A CVM disse que não comenta casos específicos. A 
Ernst &Young  informou que não se pronunciaria.

Em carta enviada à
Ernst &Young , o FGC afirma também que os números do banco foram revisados pela firma de auditoria e que eles servirão de base para a apuração de responsabilidades por parte do BC. Essa nova auditoria está sendo feita pelo Banco Central, pelo FGC e pela PwC. [6]

Diante da negativa, a 
Ernst &Young  pediu ao banco que publicasse no site do Cruzeiro do Sul seu pedido de desconsideração dos relatórios. A solicitação foi aceita. [7]

Ontem, cerca de 200 investidores se reuniram para decidir o destino de dois fundos de "private equity" - Platinum e Equity - que investiram R$ 450 milhões em uma empresa controlada por Luis Felippe, a Patrimonial Maragato. Ambas as assembleias foram remarcadas para 9 de agosto por falta de informações mais detalhadas sobre o patrimônio da Maragato.


E&Y diz que não soube de problemas no Cruzeiro - 31 de Julho de 2012 - Valor Econômico - Carolina Mandl | De São Paulo

[1] Confesso que isto é uma novidade. Não sabia deste termo.
[2] Os usuários esperam que a empresa de auditoria descubra quando o administrador está omitindo informações. Além disto, a empresa tem livre acesso a contabilidade.
[3] Confiamos na experiência de uma empresa de auditoria. Já a empresa de auditoria deve conhecer o mínimo de teoria dos incentivos da economia: os administradores, diante de uma situação de fraude, não têm incentivos para revelar a existência desta situação. Cabe a empresa de auditoria ter ferramentas suficientes para descobrir estes fatos.
[4] Querem suprimir a história da fraude? Isto é censura. Precisamos guardar este documento para os anos vindouros, comprovando a existência deste parecer.
[5] Mas o problema do banco não se resumiu ao balanço do primeiro trimestre. Ou estou enganado?
[6] Eis um ponto interessante: ao suprimir o parecer, a E&Y estaria tentando reduzir os efeitos de um eventual processo judicial. Ou não?
[7] Acho que isto não deveria ser feito.

Phelps e o Imposto

O grande vencedor das olimpíadas na natação, Michel Phelps (foto), deverá pagar para o imposto de renda do seu país a quantia de 38 mil dólares. Missy Franklin, também ganhadora de medalhas no jogos, deverá pagar quase 30 mil dólares.

Segundo o jornal Estado de S Paulo (Vitórias vão pesar no Bolso de Phelps, Denise Marin, 5 Ago 2012, E12), não existe isenção de imposto de renda para os atletas que conquista um dos lugares no pódio. Além de determinar o valor das medalhas, com base na cotação dos metais, o imposto também considera o prêmio em dinheiro. Um atleta, além de receber sua medalha de ouro, também ganha 25 mil dólares em dinheiro. Isto faz com que o imposto chegue a quase 9 mil dólares. Uma medalha de prata recebe 15 mil dólares e o imposto é de 5,4 mil. Já o bronze vale 10 mil em dinheiro, mas paga-se 2,5 mil.

Ainda segundo o jornal, os EUA são o único país a taxar seus atletas. Mas isto pode ser resolvido logo, já que um congressista apresentou um projeto para isentá-los.

Olympus, Corrupção e Brasil 2

Sobre este assunto, que  postamos anteriormente, eis um trecho de uma reportagem do WSJ:

Num primeiro teste de seus esforços para melhorar os controles internos depois de um escândalo contábil milionário, a Olympus Corp. afirmou que havia informado o Departamento de Justiça dos Estados Unidos sobre possíveis irregularidades na contabilidade de despesas no Brasil que podem ter violado a lei americana anticorrupção.


A notícia abalou a confiança de investidores na capacidade da nova diretoria de conduzir a fabricante de câmeras fotográficas e equipamento médico em direção a lucros sustentados. As ações da Olympus fecharam em queda de 6,8%, para 1.380 iene (US$ 17,67) cada em Tóquio, pressionadas pelo possível impacto da declaração da empresa e temores ligados a um processo aberto por um investidor institucional.


Admissões no ano passado por parte de executivos da Olympus de que haviam encoberto até US$ 1,5 bilhão em perdas com investimentos colocaram a companhia no centro de um dos maiores escândalos empresariais do Japão em anos e gerou debate no país sobre o estado da governança corporativa em geral.


Um porta-voz da Olympus confirmou ontem reportagem da Bloomberg em que o presidente do conselho, Yasuyuki Kimoto, aparece dizendo que sua companhia levantou a questão do Brasil com o Departamento de Justiça dos EUA "quatro ou cinco meses atrás".


O possível problema poderia ser relacionado a como a empresa lançou gastos de médicos para viagens, refeições ou entretenimento numa unidade de treinamento operada pela Olympus no Brasil, segundo a Bloomberg.


"Podemos concordar que houve alguma espécie de violação no Brasil da Lei de Práticas de Corrupção no Estrangeiro [...] Entendemos que o [Departamento de Justiça] está tentando reunir muita informação sobre nós", disse Kimoto no artigo da Bloomberg.
A lei americana de 1977 a que Kimoto se referiu, conhecida pela sigla em inglês FCPA, proíbe o pagamento de suborno a funcionários públicos para assegurar contratos e exige que as empresas que têm papéis negociados nos EUA mantenham livros contábeis e registros acurados. Médicos empregados por hospitais públicos podem ser considerados funcionários públicos.


A Olympus não quis fazer mais comentários sobre suas constatações no Brasil e o que disse ao Departamento de Justiça, citando a investigação em andamento. (...)

Olympus revela erros contábeis no Brasil - 2 de Agosto de 2012 - Valor Econômico - The Wall Street Journal Americas - Hiroyuki Kachi

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