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30 julho 2012

Brasil precisa de contadores

O ano de 2009 representou uma grande transformação no mercado de auditoria e consultoria. Foi quando teve início a adequação obrigatória ao novo padrão internacional de contabilidade, o International Financial Reporting Standard (IFRS).


Adotada pela União Europeia em 2005, a norma consiste em um conjunto de pronunciamentos de contabilidade internacionais publicados e revisados pelo International Accounting Standards Board (IASB).


Na mesma época, o Conselho Federal de Contabilidade emitiu diversas resoluções estabelecendo um novo padrão contábil para as empresas que não estavam enquadradas na Lei 11.638/07, conhecida como a Nova Lei das S/A. O objetivo desta legislação é harmonizar as regras brasileiras com as implementadas no mercado europeu. Chegou a vez de as pequenas e microempresas se adaptarem às normas internacionais.


A aplicação do IFRS elevou os níveis de transparência, pois os balanços tornaram pública a real saúde financeira e patrimonial das empresas. Além disso, a conversão das normas internacionais de relatórios financeiros permitiu às PMEs remodelar os negócios com índices reais de desempenho.


Surgiram, também, novas obrigações com o Fisco, como o Sped Contábil, Sped Fiscal e a Escrituração Fiscal Digital (EFD) do PIS e da Cofins, que tomam muito tempo ou exigem que novos profissionais sejam contratados.


No entanto, ao olharem para o lado, empresários e empreendedores se perguntaram: "Onde estão os contadores especializados?" Como as empresas passaram a necessitar de equipes mais qualificadas para atender as exigências, tornou-se evidente a carência de mão de obra. Estão registrados nos conselhos regionais de contabilidade 487.727 profissionais, sendo 290.208 contadores e 197.519 técnicos em contabilidade.


Ao todo, são 78.970 organizações contábeis, das quais 49.369 são formadas por escritório ou empresário individual e 29.601, representadas por sociedade.


O registro de contadores caiu 0,75% de 2010 a 2011, enquanto o de organizações cresceu 3,5%. Em 2010, havia um contabilista para cada 396 habitantes, conforme censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2007. Considerando o último censo (2010) e o número de contabilistas de 2011, temos um profissional para cada 391 habitantes.


A situação repete-se no Estado de São Paulo. São 133.848 profissionais, sendo 73.309 contadores e 60.539 técnicos contábeis registrados. Temos 19.739 organizações contábeis. Destas, 9.257 representam empresários ou escritório individual e temos um saldo de 10.482 sociedades.


Cabe ressaltar que, dos 73 mil contadores registrados, uma parcela atua como auditor, perito ou consultor sem trabalhar diretamente como contador.


Em dez faculdades paulistas pesquisadas pelo IBGE, aproximadamente 2 mil vagas para ciências contábeis são abertas por ano. Supondo que apenas 60% cheguem ao fim do curso, teremos em torno de 1.200 profissionais. Desse total, se 60% trabalharem na área, chegaremos a 720.


Como desde 2011 o setor tem o exame de suficiência para poder se registrar no Conselho Regional de Contabilidade e o índice de aprovação na última edição foi de 54%, teríamos apenas 389 pessoas aprovadas por ano.


Deste total, nem todas as pessoas tirarão o CRC ou terão o conhecimento pleno sobre as normas do IFRS. Não é possível saber ao certo quantos profissionais ingressam no mercado, mas certamente é um número insuficiente para atender à demanda que não para de crescer.


Impacto. As mudanças do IFRS transformaram a rotina dos contadores brasileiros, uma vez que as regras eram diferentes. As adaptações às normas internacionais foram feitas por meio da Lei nº 11.638/07, que atualizou a Nova Lei das S/A, e dizem respeito às demonstrações contábeis. Para que a contabilidade pudesse estar de acordo, foram introduzidos novos conceitos na legislação.


Um dos maiores desafios foi convencer os contadores de que a norma contábil é soberana e está acima da legislação tributária. Muitos contadores, especialmente aqueles que lidam com pequenas e médias empresas, tiveram ou ainda têm uma grande resistência a se adequar às normas do IFRS, pois elas alteram a forma de lançamento contábil a qual ele estava acostumado a fazer.

Brasil precisa de contadores - Hugo Amano - Estado de S Paulo, 29 de julho de 3023 - Empregos, p. 2

10 anos da Sarbox

(...) A lei [Sarbox] foi uma resposta às falhas dos contadores ao soar o alarme sobre a má conduta financeira da Enron Corp, WorldCom e uma série de outras empresas.


Mas advogados e analistas dizem que a maior parte Sarbanes-Oxley está funcionando. (...) Sim, ficou aquém em aspectos importantes, mas essas falhas estão em um nível mais sutil, dizem os especialistas.


(...) Em alguns aspectos, a Sarbanes-Oxley não fez o suficiente para alterar a contabilidade e indústria de auditoria, dizem os críticos. Não resolveu a tensão inerente dentro do modelo "cliente paga" do setor - ou seja, o conflito básico de um auditor entre servir o cliente que paga e servir o bem maior.


Lynn Turner, o ex-chefe da contabilidade da SEC, uma das agências que impõe a lei Sarbanes-Oxley, disse: "É como qualquer legislação Só funciona se você tem um regulador e um policial aplicá-la.".


Fonte: Aqui
Depois da crise financeira, nada foi mais surpreendente do que a velocidade com que os bancos recuperaram a sua auto-confiança e sua influência, para não mencionar a sua arrogância.

(...) Na tentativa de compreender como é que uma indústria cujos excessos quase derrubou a economia mundial poderia recuperar tão rapidamente, pode ser útil para lembrar a resposta atribuída - erroneamente, provavelmente - para Willie Sutton, o criminoso da era da Depressão, quando perguntado a ele por que roubava bancos: "É onde está o dinheiro."

Os bancos, para todos os seus pecados, continuam a ser a principal fonte de capital para pessoas e empresas, especialmente os pequenos. Trazê-los a emprestar mais - sem recorrer aos excessos que causaram a crise - é uma meta razoável para a política pública. Isso significa que qualquer regulamentação que os banqueiros se opõem podem ser vulneráveis ​​a argumentos que vai prejudicar a economia.

E depois há as contribuições de campanha. (...)

A perda do JPMorgan agora joga na má imagem dos bancos. Se a boa imagem é de banqueiros gentilmente emprestar dinheiro para empresas que irão crescer e prosperar, alocando capital de maneira que beneficie a todos nós, a má imagem é de um grupo de comerciantes que irá mercados quando podem e mentem para os clientes, se possível.

A mão invisível do mercado tem muitos benefícios, mas às vezes precisa ser contido. "As pessoas da mesma profissão raramente se reúnem", escreveu Adam Smith, o santo padroeiro dos mercados livres ", até mesmo para alegria e diversão, mas a conversa termina numa conspiração contra o público, ou em algum artifício para aumentar os preços." (...)

É um fato estranho que uma regulação eficaz pode fortalecer os bancos. Os bancos americanos estão agora mais capitalizados do que a maioria das instituições europeias, porque os órgãos reguladores americanos forçou-os a levantar capital. (...)


Fonte: Aqui

Olimpíadas

Adaptado daqui

Outras curiosidades:
=> O Chile foi o primeiro país da América Latina que participou dos jogos foi o Chile, em 1896. Depois, Peru e Argentina, nos jogos seguintes;
=> A participação das mulheres começou em Paris, em 1900;
=> A primeira morte de um atleta, um português, ocorreu em 1912;
=> O Brasil participa em Antuérpia, em 1920
=> A cerimônia de abertura ocorre pela primeira vez em 1928
=> O uso do pódio começou em 1932
=> A transmissão pela televisão ocorreu em 1948

O mapa a seguir mostra o mundo olímpico:


Música ficou mais chata

Uma pesquisa sobre a evolução da música pop encontrou que ao longo do tempo está mais homogênea além de mais alta. Ou seja, mais chata. A figura ao lado mostra a variação dos timbres:

Smaller values of β indicate less timbral variety: frequent codewords become more frequent, and infrequent ones become even less frequent. This evidences a growing homogenization of the global timbral palette. It also points towards a progressive tendency to follow more fashionable, mainstream sonorities.