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24 julho 2012

Multiple Changes in Persistence vs. Explosive Behaviour

Como eu já falei, sou apaixonada pelo Programa Multi e admiro os professores que me ensinaram e guiaram nessa caminhada difícil e imponente. Publiquei parte dos meus agradecimentos na postagem sobre o dia dos professores, aqui.

O meu orientador, o Professor Otávio Ribeiro de Medeiros, PhD, é um ser excepcional – muito acima da qualidade normal, excelente, brilhante, inteligente, educado, paciente e sincero. Eu sou uma orientanda também diferente. Risos. Eu sou esforçada, dedicada e aplicada. Amo pesquisar e me empolgo com o trabalho. Mas também sou um tanto desesperada, ansiosa, impaciente e adoro fazer piadas, muitas vezes em momentos inapropriados. Mas deu tudo certo. Com um pouco de lapidação, um “para de drama, Isabel” e tempo, formamos uma boa dupla. Fiquei satisfeita e orgulhosa com o fim da minha caminhada no mestrado.

Como eu escrevo demais nos e-mails e já queria aprender outras coisas pra continuar a dissertação, meu orientador resolveu respirar novos ares e fazer um pós doutorado em Nottingham. Sim, sim! A terra do Robin Hood. Mas também de uma belíssima universidade, classificada entre as melhores do mundo.

Ah! A parte de ele ter ido embora por minha causa foi um exemplo das piadas não engraçadas em momentos inapropriados. Ele já tinha a intenção de fazer pos doc antes de me conhecer. Sério! o.O

Agora, orgulhosamente apresento um dos working papers que ele desenvolveu. Acabei de receber o link e estou compartilhando com vocês para que o leiamos juntos. Olha que emocionante!

Multiple Changes in Persistence vs. Explosive Behaviour: The Dotcom Bubble
Based on a method developed by Laybourne, Kim and Taylor (2007) for detecting multiple changes in persistence, we test for changes in persistence in the dividend-price ratio of the Nasdaq stocks. The results confirm the existence of the so-called Dotcom bubble around the last turn of the century and its start and end dates. Furthermore, we compare the results with a test for detecting and date-stamping explosive unit-root behaviour developed by Phillips, Wu and Yu’s (2011) also applied to the Nasdaq price and dividend indices. We find that Laybourne, Kim and Taylor’s test is capable of detecting the Dotcom bubble as much as Phillips, Wu and Yu’s test is, but there are significant differences between the bubble start and end dates suggested by both methods and between these and the dates reported by the financial media. We also find an unexpected negative bubble extending from the beginning of the 1970s to the beginning of the 1990s where the Nasdaq stock prices were below their fundamental values as indicated by their dividend yields, which has not been reported in the literature so far.


Otavio Ribeiro De Medeiros - University of Brasilia
Vitor Leone - Nottingham Business School

Manipulações fotográficas

Guitarra Elétrica
 As quatro estações:
 Mau hálito
 Esquadrão da moda
 Bola fora
 Ponto de Vista
Fonte: aqui

Barclays

A seguir, trechos de um artigo de James Surowiecki (do livro A Maldição das Multidões) para New Yorker. O assunto é o escândalo da manipulação das taxas Libor pelo Barclays:

Para funcionar bem, os mercados precisam de um nível básico de confiança. Como Alan Greenspan disse que, em 1999, "Em praticamente todas as transações confiamos na palavra das pessoas com quem fazemos negócios." Então o que acontece com um mercado em que a premissa mais fundamental é uma mentira?


Manipular a LIBOR era chocantemente fácil. As estimativas não são auditados. Eles não são comparados com os preços de mercado. E a LIBOR é montada por um grupo comercial, sem qualquer supervisão efetiva partindo de órgãos reguladores do governo. Em outras palavras, manipular a LIBOR não requer muita ginástica financeira complicada. Os bancos só tinha de dizer algumas mentiras simples. (...)


A coisa mais impressionante sobre esse escândalo é que era previsível; a maneira com que a LIBOR foi projetada praticamente convidou a corrupção e ainda ninguém fez nada para detê-la. Isso porque, durante décadas, os reguladores e as pessoas na indústria financeira assumiram que o desejo dos bancos era proteger a sua reputação manteria-os honestos. Se os bancos apresentassem estimativas falsas da LIBOR, o argumento era que o mercado inevitavelmente descobriria e as pessoas iriam parar de confiar neles, com terríveis consequências para os seus negócios. LIBOR era supostamente um grande exemplo de evidência da auto-regulação, que o mercado poderia cuidar melhor do que os reguladores poderiam.


Mas, se a história recente nos ensinou alguma coisa, é que a auto-regulação não funciona em finanças, e a preocupação com a reputação é um impedimento fraco para prevaricação corporativa.

Leia o restante aqui

Capa da Revista

Infeliz coincidência

Código

Segundo a Forbes, numa das linhas de um programa da Microsoft aparecia o seguinte código:

0xB16B00B5

Não é a primeira vez que a empresa tem que reconhecer que linhas de programação de seus softwares foram usadas para este tipo de humor de adolescente.

(Fica a cargo do leitor "descobrir" a mensagem por trás do código)

Brics: mercados submergentes?

Brasil, Rússia, Índia e China, os países que há uma década foram chamados de “Brics” e sobre os quais foi dito que poderiam ocupar o espaço das nações ricas até 2050, agora são chamados de “mercados submergentes” pela revista The Economist, a mais respeitada na área de economia.

Essa expressão foi usada no título de um gráfico (reproduzido abaixo) dentro da edição que chega às bancas do Reino Unido nesta sexta-feira, 20. O desenho mostra que as projeções que o FMI (Fundo Monetário Internacional) faz para o crescimento econômico dos Brics em 2012 não param de cair, com exceção da Rússia.

economist_submergentes.jpg

É claro que há um exagero nessa expressão. Na verdade, as perspectivas de analistas são de uma desaceleração na taxa de crescimento, mas com poucas chances de uma virada brusca. A mediana das projeções dos bancos brasileiros são de um crescimento de A própria Economist reconhece que, “para o padrão do mundo rico, os mercados emergentes ainda estão muito bem”.

O problema é que, segundo a revista, os países ditos emergentes enfrentam dois riscos: o de uma desaceleração cíclica e o de uma erosão de longo prazo no crescimento potencial do PIB (produto interno bruto). “Com o primeiro é relativamente fácil lidar. Com o segundo, não”.

Para enfrentar o primeiro risco, os governos têm as suas armas: baixar juros e conceder estímulos fiscais. Ainda, vários pontos fracos que esses países tinham no passado não existem mais: os bancos têm capital, o câmbio é flutuante (tirando o da China), a inflação está controlada e as reservas internacionais estão altas.

Já quando se pensa nos problemas de longo prazo, na opinião da revista é preciso considerar que em boa parte o crescimento recente dos mercados emergentes se deve a “anabolizantes”. O periódico destaca a questão do aumento do crédito. A relação entre os empréstimos e o PIB cresceu mais de 20 pontos porcentuais desde 2002 no Brasil e mais de dez pontos na Índia e na Rússia. O aumento do crédito como proporção do PIB nesse ritmo pode significar, na avaliação da Economist, “o reflexo de um potencial ciclo de desestabilização financeira”.

Isso não quer dizer que virá o caos. Para a Economist, “quando a poeira (da crise) baixar, os emergentes continuarão crescendo a taxas superior às registradas antes de 2002″. Mas se os países quiserem voltar ao ritmo dos últimos dez anos, diz o semanário, precisam “manter a disciplina macroeconômica e retomar as reformas microeconômicas”.

Fonte: Estadão