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21 julho 2012

Fato da Semana


Fato da Semana – Posição da SEC sobre a convergência das normas internacionais do IASB.

Qual a importância disto? – Existia uma expectativa em que a SEC iria determinar quando os Estados Unidos fariam a convergência. O relatório divulgado na sexta-feira, dia 13, não afirmava nada sobre prazos para convergência. Além disto, o relatório criticava pesadamente as normas internacionais, o processo de governança do Iasb, a forma de financiamento da entidade, a falta de contribuição de outros países, a adoção parcial das normas pelos membros, os problemas da comparabilidade etc. Mas o relatório não foi o único aspecto. Na quarta-feira, dia 18, o FASB recua na discussão sobre baixa contábil em instituições financeiras. O projeto tinha sido longamente discutido entre Fasb e Iasb durante meses e havia um acordo com respeito a uma alternativa. O recuo do Fasb irritou o presidente do Iasb.

Positivo ou negativo? – Para aqueles que defendem uma norma internacional única é negativo. Já aqueles que acham que é necessário existir concorrência nas normas, pois isto induz a melhoria nos padrões contábeis, é positivo. Acredito os que gostam de uma polêmica é bastante salutar o que ocorreu esta semana. As empresas de auditoria perderam; as empresas locais ganharam.

Desdobramentos – O recuo dos Estados Unidos poderá abrir uma discussão sobre a quantidade de membros que este país possui no Iasb. Entretanto, os Estados Unidos são os principais doadores do Iasb. Isto talvez evite um confronto entre a direção do Iasb e este país. O recuo dos EUA pode tornar mais difícil a convergência de países como Índia, Japão e China. Além disto enfraquece o atual presidente do Iasb. Alguns analistas consideram que a decisão dependerá das eleições de novembro (Obama x Rommey) e que a decisão da convergência é política.

Mestrado e Doutorado UnB/UFPB/UFRN


Já está disponível o edital de mestrado acadêmico (UnB/UFPB/UFRN) e doutorado do Programa Multi-institucional e Inter-regional de Pós Graduação em Ciências Contábeis da UnB, UFPB e UFRN.

Inscrições: 20/8/2012 a 21/9/2012.
Teste ANPAD: 16/9/2012
Prova escrita: 4/10/2012
Prova oral: 22 à 26/10/2012
Avaliação do pré-projeto: 5/11/2012
Avaliação de histótico e currículo: 9/11/2012
Data provável para a divulgação do resultado final: 19/11/2012

Deverá ser entregue, ainda, um comprovante de que realizou o Teste ANPAD a partir de 1 de janeiro de 2011 ou de que está inscrito para realizar o Teste na edição de setembro de 2012.

Informações sobre o Programa e(ou) Curso(s) podem ser obtidas na página eletrônica http://www.cca.unb.br ou na Secretaria do Programa.

Base no Polo Sul

Sobre o incêndio na base brasileira no polo sul:

Mantida em sigilo tanto pela Marinha quanto pelo grupo de 31 cientistas que estavam na base Comandante Ferraz, a realização da festa, com bebidas como cerveja e vinho, foi apurada pelo inquérito policial militar (IPM) aberto no dia do desastre, para apurar causas e responsáveis.

Como o alarme não disparou quando o incêndio começou, os encarregados pelo inquérito suspeitavam que o sistema pode ter sido desligado por ordem do comando da base. O objetivo seria não atrapalhar a festa. Na pista de dança há um mecanismo que espalha fumaça de gelo seco, como em uma boate. Os sensores são sensíveis e poderiam disparar, anunciando um falso incêndio.

Celular

Lennon disse, em Beautiful Boy, que a vida é o que acontece enquanto fazemos planos.

Fonte: Aqui


Entrevista com Edmar Bacha

Correio Braziliense
POR ROSANA HESSEL

Primeiro brasileiro a concluir o doutorado em economia na prestigiosa Universidade Yale, o economista Edmar Bacha é considerado um dos pais do Plano Real, lançado em 1994, no governo Itamar Franco. Bacha coordenou o Departamento de Economia da Pontifícia Universidade Católica do Rio (PUC-Rio), de onde saiu a equipe que desenvolveu o programa. “Desde 1982, discutíamos alternativas para a estabilização. Em 1993, estávamos prontos para colocar as ideias em prática”, conta.

Bacha ganhou notoriedade ao escrever, nos anos 1970, a fábula da “Belíndia”, em que dizia que o regime militar estava criando um país dividido entre os que moravam em condições similares às da Bélgica e aqueles que tinham padrão de vida da Índia. Nos anos 1980, no governo José Sarney (1985-1990), participou do Plano Cruzado e presidiu o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com Fernando Henrique Cardoso, comandou o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) por cerca de um ano.

Para Bacha, um dos erros na execução do Plano Real foi o país não ter dado continuidade às reformas necessárias. Entre os acertos, destaca o fato de o país ter se livrado do estigma de que nada aqui dava certo. Ele recorda a histórica frase “Le Brésil n’est pas un pays sérieux”, atribuída ao ex-presidente francês Charles de Gaulle (1959-1969): “Nenhum candidato a De Gaulle pode hoje dizer que o Brasil não é um país sério”, afirma. A seguir, os principais trechos da entrevista.

O Plano Real chega à maioridade. Mas, apesar dos os avanços dos últimos 18 anos, o Brasil ainda não consegue crescer de modo sustentável sem enfrentar o fantasma da inflação. Onde o país falhou?

É uma falha relativa. Comparado com nosso próprio passado, não há falha alguma. Comparado com o resto do mundo depois de 2008, também não há qualquer falha. Falhamos ao não realizar plenamente o potencial de crescimento do país. Depois do mensalão, em 2005, faltou determinação de continuar as reformas econômicas. Sem reformas, a produtividade estancou e o investimento não cresceu.

É possível pensar em um Plano Real II, agora com o intuito de fazer as reformas abandonadas e ampliar a infraestrutura? O que é preciso para obter a unidade que levou ao Real em julho de 1994?

Pensar é possível e desejável. O que falta é a decisão política. Em 1994, havia a consciência de que, ou estabilizávamos a economia ou cairíamos num buraco sem fim. Agora falta o consenso de que é preciso reformar o setor público para termos crescimento sustentável. Mas já há um começo, tanto na comissão comandada por Gerdau (Jorge Gerdau Johannpeter, presidente do Comitê de Gestão e Competitividade da Presidência), quanto na recente comissão parlamentar para a reforma do setor público.

A que o senhor atribui o sucesso do real? Por que o país fracassou tantas vezes até conseguir derrotar a hiperinflação?

Foi um aprendizado penoso. Os militares resolveram conviver com a inflação e aperfeiçoaram a indexação. Aí houve a crise da dívida externa. Depois os percalços da redemocratização, culminando com o trauma do Plano Collor. Naquela altura, ninguém aguentava mais a superinflação. Na PUC-Rio, vínhamos desde 1982 discutindo alternativas para a estabilização. Em 1993, estávamos prontos para colocar as ideias em prática. Então, Itamar Franco nomeou Fernando Henrique como ministro plenipotenciário e o resto foi história.

Se o Plano Real fosse elaborado hoje, o que teria de diferente? Haveria um processo total de desindexação da economia? Em vez do câmbio fixo já se adotaria logo o sistema de taxas flutuantes?

O projeto original previa a desindexação total. Mas a negociação no Congresso exigiu a manutenção de alguma indexação residual. Além disso, o ajuste fiscal foi menos forte do que o necessário, pois não foi possível aprovar as reformas constitucionais. Tudo o que se conseguiu foi o Fundo Social de Emergência (hoje chamado de Desvinculação das Receitas da União). Com isso, o câmbio teve que fazer o papel de âncora, com as altas taxas de juros. Se fôssemos começar de novo, seria preciso mudar a história, fazendo a revisão constitucional em 1995 e não em 1993. Com um reforma constitucional, seria possível adotar mais cedo o regime de câmbio flutuante e baixar as taxas de juros.

Nos últimos anos, o crescimento do Brasil foi baseado no consumo das famílias. Esse modelo está esgotado? Por que ainda resistimos tanto a adotar um choque de investimentos? As taxas de juros estão no menor patamar da história, mas as empresas se recusam a ampliar a produção.

Não sei se é inteiramente verdadeira essa afirmação. A taxa de investimento em preços constantes aumentou continuamente de 2005 até 2011 (exceto em 2009, por causa da crise externa). O Brasil ainda investe pouco, mas muito mais do que investia em 2005. Agora, há uma crise séria na economia mundial que desalenta o setor privado. Por outro lado, o investimento público está paralisado. E há uma enorme resistência no governo a fazer o óbvio: transferir para o setor privado a responsabilidade por investimentos que não consegue fazer na infraestrutura — em portos, aeroportos, estradas, energia, etc. É preciso é superar essa paralisia e oferecer alternativas de investimento para o setor privado.

O Brasil enfrentou muitas crises internacionais ao longo de quase duas décadas. Caiu de joelhos na maioria das vezes por causa da fragilidade das contas externas. Com o mundo em recessão, os preços das commodities tendem a desabar. Há riscos de uma nova tempestade no balanço de pagamentos?

O volume de reservas internacionais é suficiente para enfrentar problemas que possam se manifestar na área externa. Também não há perspectiva de o preço das commodities desabar. Afinal, a limitação dos recursos naturais é o problema central do planeta quando se olha o futuro.

Como o senhor avalia a política macroeconômica do governo Dilma? Ela está sendo bem conduzida? Quais são os principais pontos positivos e negativos?

De positivo, estar aproveitando a crise mundial para reduzir os juros. De negativo, não conseguir superar a paralisia de investimentos em infraestrutura.
O governo adotou um viés intervencionista na economia. Essa presença maior do Estado no setor produtivo pode pôr a perder conquistas do Real?

Tão ruim como o intervencionismo é o protecionismo. Com isso estão tentando evitar o processo schumpeteriano de criação destrutiva, que é a base da prosperidade no capitalismo. Com essa política absurda de conteúdo nacional, continuaremos a produzir carroças e não vamos chegar ao pré-sal.
O Brasil ganhou voz no mundo e hoje é ator influente na política global. Em que a estabilidade econômica contribuiu para isso? Essa relevância veio para ficar?

O Plano Real só tem 18 anos. Daqui a 32 anos poderemos fazer essa avaliação, se a estabilidade interna, que é a base da relevância externa, veio para ficar. Mas nenhum candidato a De Gaulle vai poder hoje dizer que o Brasil não é um país sério, como disse o general francês na década de 1960. Mérito da redemocratização, do real e da continuidade de políticas econômicas e sociais desde então.

Qual é maior legado do Plano Real e o que ainda precisa ser feito para aperfeiçoá-lo?

O maior mérito é ter mudado a cara do Brasil. Antes, éramos uma nau sem rumo, hoje somos uma economia emergente. Para aperfeiçoar, é preciso voltar às reformas.

20 julho 2012

Emílio Luis Bonoli

O Programa Multi-institucional e Inter-regional de Pós Graduação em Ciências Contábeis da UnB, UFPB e UFRN é extremamente especial. Há distância física entre as turmas, mas há também uma interação surpreendente e bela graças às ferramentas virtuais. Tenho muitos amigos que conheço apenas virtualmente – hoje, por acaso, é dia do amigo. Mas é um dia diferente.

O aluno Emílio Luis Bonoli, formado pela Universidade de Buenos Aires, orientando do Professor Dr. Paulo Roberto Nobrega Cavalcante (UFPB) com a dissertação intitulada “A função do Contador na controladoria das empresas do setor varejista”, faleceu ontem. Ele tinha apenas 32 anos, casado há 1,5 ano com a Isa Freire. Registramos aqui os nossos pêsames à família, amigos e todos que compartilharem a tristeza desta partida. O corpo foi cremado e as cinzas encaminhadas para Buenos Aires.

Segue abaixo uma nota da família:
AMIGOS: Nuestro muy querido Emilio dejo su presencia física y se transformó en una estrella, ahora arriba nuestro, cuidando a todos sus seres queridos desde el cielo. Aún muy consternados con la rapidez de su partida, nos quedamos con el recuerdo de su alegría, generosidad y fuerza. Por eso pedimos a todos los que lo quieren, que lo tengan presente cariñosamente por los buenos momentos vividos con... el.
Su familia.


AMIGOS: Nosso muito amado Emilio deixou sua presença física e se transformou em uma estrela, que agora está no céu cuidando de todos seus seres queridos. Ainda muito consternados com a rapidez de sua partida, ficamos com as recordações de sua alegria, generosidade e força. Por isso pedimos a todos os que o amam, que o tenham presente carinhosamente pelos bons momentos vividos com ele.
Sua família.

Rir é o melhor remédio

Fonte: Aqui