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02 julho 2012

Predadores e Professores


Predators and Professors - 18 Junho de 2012

Simon Johnson, a former chief economist of the IMF, is co-founder of a leading economics blog, http://BaselineScenario.com, a professor at MIT Sloan, a senior fellow at the Peterson Institute for International Economics, and co-author, with James Kwak, of White House Burning: The Founding Fathers, Our National Debt, and Why It Matters to You.

WASHINGTON, DC – Are America’s great universities still the stalwart custodians of knowledge, leading forces for technological progress, and providers of opportunity that they once were? Or have they become, in part, unscrupulous accomplices to increasingly rapacious economic elites?

Towards the end of Charles Ferguson’s Academy Award-winning documentary Inside Job, he interviews several leading economists regarding their role as paid cheerleaders for the financial sector’s excessive risk-taking and sharp practices in the run-up to the crisis of 2008. Some of these prominent academics received significant sums to promote the interests of large banks and other financial-sector firms. As Ferguson documents in the movie and in his recent sobering book, Predator Nation, many such payments are not fully disclosed even today.

Predation is an entirely appropriate term for these banks’ activities. Because their failure would traumatize the rest of the economy, they receive unique protections – for example, special credit lines from central banks and relaxed regulations (measures that have been anticipated or announced in recent days in the United States, the United Kingdom, and Switzerland).

As a result, the people who run these banks are encouraged to assume a lot of risky bets, which include pure gambling-type activities. The bankers get the upside when things go well, while the downside risks are largely someone else’s problem. This is a nontransparent, dangerous, government-run subsidy scheme, ultimately involving very large transfers from taxpayers to a few top people in the financial sector.

To protect the scheme’s continued existence, global megabanks contribute large amounts of money to politicians. For example, JPMorgan Chase CEO Jamie Dimon recently testified to the US Senate Banking Committee about the apparent breakdown of risk management that caused an estimated $7 billion trading loss at his firm. OpenSecrets.org estimates that JPMorgan Chase, America’s largest bank holding company, spent close to $8 million in political contributions in 2011, and that Dimon and his company donated to most senators on the committee. Not surprisingly, the senators’ questions were overwhelmingly gentle, and JPMorgan Chase’s broader lobbying strategy appears to be paying off; “investigations” of irresponsible and system-threatening mismanagement will likely end up as whitewash.

In support of their political strategy, global megabanks also run a highly sophisticated disinformation/propaganda operation, with the goal of creating at least a veneer of respectability for the subsidies that they receive. This is where universities come in.

At a recent Commodity Futures Trading Commission roundtable, the banking-sector representative sitting next to me cited a paper by a prominent Stanford University finance professor to support his position against a particular regulation. The banker neglected to mention that the professor was paid $50,000 for the paper by the Securities Industry and Financial Markets Association, SIFMA, a lobby group. (The professor, Darrell Duffie, disclosed the size of this fee and donated it to charity.)

Why should we take such work seriously – or any more seriously than other paid consulting work, for example, by a law firm or someone else working for the industry?

The answer presumably is that Stanford University is very prestigious. As an institution, it has done great things. And its faculty is one of the best in the world. When a professor writes a paper on behalf of an industry group, the industry benefits from – and is, in a sense, renting – the university’s name and reputation. Naturally, the banker at the CFTC roundtable stressed “Stanford” when he cited the paper. (I’m not criticizing that particular university; in fact, other Stanford faculty, including Anat Admati, are at the forefront of pushing for sensible reform.)

Ferguson believes that this form of academic “consulting” is generally out of control. I agree, but reining it in will be difficult as long as the universities and “too big to fail” banks remain so intertwined.


01 julho 2012

PHD Comics - O Filme


Queridos leitores,

para os obsecados com o PHD Comics como eu, o filme foi lançado!!! (Não sei se só eu estava desatualizada... só percebi hoje). Por enquanto não há legendas em português, mas sim em inglês, espanhol, russo, grego!! xD eu achava que seria mais complicado, mas a película está disponível por US$ 9 aqui. Vamos lá? xD Eu cuido da pipoca e vocês das bebidas. Com certeza o seu orientador irá perdoar essa pausa na sua dissertação. A causa é mais que justa! É quase que um trabalho exploratório...!

Trilha sonora:

Rir é o melhor remédio



Fonte: Depósito de Tirinhas

Embaraço

O Business Line, um jornal da Índia, chama atenção para um aspecto que passou desapercebido nas demonstrações contábeis do Iasb, a entidade responsável pelas normas internacionais: uma disputa fiscal com a receita inglesa. O valor, de 460 mil libras, corresponde ao salário de um dos seus conselheiros. Ou seja, não é substancial. Entretanto, sabendo que a maioria dos seus funcionários (conselheiros, inclusive) tinham vínculo com as big four, a situação é considerada "embaraçosa" por Richard Murphy, vinculado ao fisco inglês.

Além disto, segundo Murphy e a partir das informações do BL, a estimativa do passivo tem sido subestimada.

Capturando o Sol










Feliz Dia para todos. Com muito sol !

Desonestidade dos políticos


A desonestidade dos políticos - RENATO JANINE RIBEIRO
VALOR ECONÔMICO - 25/06

Tony Blair é alvo de três romances contra marqueteiros


No Brasil, quando falamos em desonestidade dos políticos, entendemos que eles são corruptos e roubam dinheiro público. No Reino Unido, entende-se que eles - ou ele, um modelo em especial, Tony Blair - mentem à sociedade. No Brasil, o descontentamento se expressa em postagens mal escritas e em artigos repetitivos nos jornais. Na Inglaterra, o protesto resultou em literatura - e da boa. Conheço três livros a respeito, dos quais dois foram transpostos para o cinema. São "O Fantasma", de Robert Harris, publicado em 2007 e depois filmado por Polanski (como "O Escritor Fantasma"), e "A Pesca do Salmão no Iêmen" (2006), de Paul Torday, que virou o filme que acaba de estrear em nosso país, com o impossível nome de "Amor impossível", dirigido por Lasse Hallström.

Falta ir para o cinema o melhor desses bons livros, "The Uncommon Reader", de Alan Bennett (2007). O autor imagina que a rainha Elizabeth começa a ler e isso muda sua vida, tornando-a mais crítica dos fatos e ao mesmo tempo, talvez, uma pessoa melhor. O título é um jogo de palavras. Na Inglaterra, "common" é o plebeu. Por isso, a Câmara dos Comuns é eleita pelos plebeus, os não nobres, a maioria esmagadora da sociedade. A rainha é a mais "uncommon" das pessoas, porque está no auge da nobreza - mas a rainha leitora também se torna uma pessoa incomum, porque começa a pensar por si mesma. Daí que, no final do livro, ela observe que seu décimo primeiro-ministro, o governante marqueteiro, tem auxiliares ignorantes e que se orgulham disso. Nenhum deles tem cultura. Todos somente se preocupam em marketing.

(...)Em "Amor impossível", só está interessado em imagens que rendam dividendos políticos. A história é a mais cômica das três: um rico xeique iemenita se dispõe a pagar a fortuna que for necessária para criar e pescar salmões no Iêmen - um país que não tem a água nem a temperatura adequadas para criar esses peixes típicos de lugares frios. O governo britânico, desejoso de mostrar uma cooperação bem sucedida com um país árabe, seja qual for, obriga um cientista a entrar nesse projeto absurdo. E a assessora de imprensa do premier não recua diante de nenhum expediente para conseguir notícias favoráveis à imagem do governo.

Agora, a questão que cabe é: por que os britânicos convertem seu descontentamento com um governo que acabou mal em boa literatura, e nós não? Nos Estados Unidos o ótimo Philip Roth faz algo parecido, com a crônica, bem em filigrana, dos anos neoconservadores em seu país. Isso aparece no fundo de seus livros, como quando ele menciona o processo movido contra Clinton devido a seu romance com uma estagiária. Mas ignoro uma produção literária ou mesmo artística em outros países que se compare ao modo como os britânicos transformam os anos de seu descontentamento em literatura.

Como ficamos nós? Do período de FHC, restaram as tiras poéticas de Luís Fernando Veríssimo, "As cobras", dizendo que o então presidente estava se descuidando do "social" (que despencava da árvore, caía num rio etc.). Da gestão Lula, nada. Um escritor notável, que é João Ubaldo Ribeiro, não perdeu ocasião de atacá-lo em sua coluna nos jornais, mas suas crônicas não se alçam ao nível de seus romances, não indo além do plano de algum comentador habitual. Por que não temos uma literatura que trate, com qualidade, da nossa política? Sei que não é fácil. Parece que nos acostumamos mais ao discurso semi-difamador, em vez de nos dispormos a um texto criativo. Curiosamente, os romances britânicos que mencionei são muito críticos. Condenam Blair sem piedade, mesmo que nunca mencionem seu nome. São ferozes com o marketing político que, aliás, hoje é uma prática quase unânime no mundo. Só que eles criticam bem. São sofisticados. Dá prazer lê-los. Ficarão, creio eu, nas estantes dos livros que vale a pena ter, mesmo daqui a décadas.

Links

Movimento por um Brasil literário

Troca de cartões postais (em inglês) – os usuários cadastrados trocam cartões postais (de verdade, via correio, old style). Assim há a possibilidade de receber cartões de todo o mundo e compartilhar os de sua cidade.