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27 junho 2012

Stricto Sensu em contabilidade: formação de professores

Programas de pós-graduação Stricto Sensu em contabilidade: sua contribuição na formação de professores e pesquisadores

Os estudos sobre a formação de professores e pesquisadores em Contabilidade importam no processo de desenvolvimento do ensino. Com o aumento da demanda destes profissionais e da oferta de cursos de graduações, o docente e o pesquisador devem estar preparados para enfrentar novos desafios. Nesse sentido, o presente estudo foi desenvolvido com objetivo de verificar a contribuição dos Programas de Pós-Graduação Stricto Sensu em Contabilidade em nível de mestrado quanto à formação de professores e pesquisadores. A pesquisa foi desenvolvida sob as formas qualitativa e quantitativa, utilizando-se de dados secundários e de análise de conteúdo para atingir o objetivo proposto. A análise de dados pautou-se em 6 PPGs, contemplando 115 mestres em Contabilidade que concluíram o curso no ano de 2004. Foram analisadas as suas publicações e atuação profissional nos cinco anos subsequentes, ou seja, até 2009. Os resultados apontam que os PPGs no período em estudo estavam voltados basicamente para a formação de professores, pois 104 mestres atuam na docência. Ainda, demonstrou que o destino destes professores eram as instituições de ensino superior privadas e para o curso de Ciências Contábeis. No processo de formação pedagógica, todos os programas possuíam a disciplina de Metodologia do Ensino Superior, sendo alguns de forma obrigatória e outros, optativa. No entanto, os dados da pesquisa mostraram que no período estudado, os programas não contribuíram significativamente para a formação de pesquisadores, pois estes estavam centrados na formação de docentes, evidenciada pela baixa publicação dos egressos dos programas e pela concentração em determinados egressos.

André Luis Comunelo, Márcia Maria dos Santos Bortolocci Espejo, Simone Bernardes Voese, Emanoel Marcos Lima

Enfoque: Reflexão Contábil, v. 31, n. 1, 2012.

26 junho 2012

Rir é o melhor remédio

Adaptado: Daqui

Como fazer uma tabela


Como apresentar uma tabela

Esta postagem trata de algumas dicas para apresentar uma tabela mais legível para o leitor. Obviamente se sua intenção é evitar que o leitor preste atenção nos seus números, siga o conselho oposto.

O primeiro conselho é bastante óbvio: use sempre algarismos hindu-arábicos. Nunca utilize os algarismos romanos. A figura 1 ilustra isto:

Quanto tempo você levou para entender esta demonstração?

O segundo conselho é colocar os números do lado direito. Veja a figura 2:


A forma que torna a leitura mais fácil é a da primeira coluna. Centralizar os números ou alinhá-los à esquerda dificulta a leitura. O alinhamento à direita permite que o leitor rapidamente possa enxergar quais as contas mais relevantes.

A figura 3 exemplifica o tratamento da unidade de medida.

Na primeira coluna coloca a unidade de medida (real) somente na primeira linha e na linha do total. A segunda coluna apresenta a unidade de medida em cada linha. A terceira coluna não indica que os valores estão em reais. O mais correto seria a segunda coluna. Mas observe que a coluna está poluída com o símbolo do real em cada linha. A alternativa que torna a informação mais “limpa” é a terceira. A ausência da unidade de medida não é tão grave se existir, em algum lugar da tabela, uma informação para a unidade de medida. Na terceira coluna, com uma rápida olhada, podemos distinguir quais as linhas mais relevantes pelo valor apresentado.

O quarto conselho é aquele mais difícil de ser seguido. E o mais fácil de ser encontrado em apresentações tediosas e trabalhos acadêmicos com baixo nível de apresentação didática. Veja a figura a seguir e escolha a melhor apresentação para a informação:

Qual você escolheu? Se você achou que a primeira opção é a melhor forma de apresentar as informações, você realmente precisa repensar sua posição. É muito tedioso imaginar alguém preocupado em informar que a receita da empresa em 2009 foi de quatrocentos e cinquenta e três mil, oitocentos e quarenta e seis reais e trinta e cinco centavos. Observe a relevância dos centavos. (O leitor atento também que na última coluna a planilha fez um arredondamento errado.) Apesar da exatidão dos valores, uma quantidade excessiva de números numa tabela realmente desestimula qualquer leitor. A terceira tabela, em reais mil, é muito mais informativa das variações do lucro.

Uma variação nesta apresentação encontra-se na figura a seguir:

Trata-se de uma saída da planilha Excel para uma regressão. Observe que o R-Quadrado é de 0,056168098, com 9 casas decimais. A figura está muito poluída de números. Compare agora com uma nova figura:

A nova figura possui menos números, permitindo o leitor identificar rapidamente a relevância dos números. Além disto, para uma pessoa que terá que ler mais de dez páginas de um trabalho, menos números significa leitura menos cansativa. 

Sri Lanka

Anteriormente postamos que o futuro da contabilidade depende do Sri Lanka, uma ilha ao lado da Índia (também conhecido no passado como Ceilão). Agora, outra notícia interessante deste país, que adotou as IFRS (normas internacionais de contabilidade) este ano. Entretanto, sua adoção criou muita confusão nos negócios, em razão do atraso do governo em adequar as divergências da legislação fiscal com algumas das normas do Iasb (o instituto internacional responsável pela emissão das normas internacionais).

A questão do uso do valor justo para ativos financeiros, que sob as normas internacionais aproxima-se do valor de mercado, é uma das divergências. Pelos padrões de contabilidade do Sri Lanka utilizava-se o custo histórico. A solução adotada pode ser preparar duas demonstrações: uma conforme as normas internacionais e outra para o fisco do país.

Sem noção

Aos 63 anos, Gene Morphis, CFO da rede de roupas Francesca Collections, foi demitido por causa do Twitter. Poucos dias antes de a empresa entregar seu relatório anual de resultados àSEC, ele postou na rede social: "Reunião do conselho. Bons números = conselho feliz". A atitude é uma violação das regras de disclosure, por divulgar informações relevantes para um número limitado de pessoas antes de elas serem públicas.


Bruna Maia - CFO sem noção - 8 de Junho de 2012 - Revista Capital Aberto

MF Global

A MF Global é uma empresa de negociação de derivativos. Era a principal negociante de títulos do tesouro dos Estados Unidos.

No final do mês de outubro de 2011 uma unidade da corretora informa um déficit de centenas de milhões de dólares. Logo após, a empresa apresenta um pedido de falência (oitava maior dos Estados Unidos). A empresa fez uso de acordos de recompra, muitos deles fora do balanço.

Onde se tem problemas de falência é quase certo encontrar problemas contábeis. Este é o caso da MF Global. A empresa usava os acordos de recompra – denominados “repos” para encontrar seus problemas financeiros. Uma repo é um empréstimo, com garantia de títulos, existindo um pacto de recompra destes títulos. Se o acordo de recompra é um empréstimo, deveria ser contabilizados como um passivo. Entretanto, algumas entidades registram como vendas, que são os “acordos de recompra para maturidade”, onde o repo não expira até o vencimento do título.

Eis o que diz a Wikipedia:

Some commentators have suggested the failure of MF Global highlights the difficulty in regulating complex global financial firms, the dangers of off-balance-sheet accounting as well touching on the European sovereign debt crisis

Efeito espectador

O efeito espectador refere-se à atitude passiva que as pessoas têm diante de certas situações. Em lugar de agir, as pessoas tendem a assistir as determinadas cenas urbanas.

Um estudo realizado na Universidade de Amsterdã mostrou que este efeito pode ser alterado diante da presença de câmeras de vigilância. Quando existe uma câmera por perto, as pessoas são mais propensas a ajudar estranhos que precisam de ajuda.

Este estudo é interessante já que algumas pesquisas mostraram que instalar câmeras de vigilância nas cidades não diminui a criminalidade. Mas parece ajudar a reduzir o efeito espectador.