Translate

22 maio 2012

Respeito ao patrimônio



O amplo corredor que dá acesso ao gabinete da presidente Dilma Rousseff, no terceiro andar do Palácio do Planalto, receberá em breve uma nova peça de decoração: um raro relógio fabricado pela família que atendia a corte de Luís XIV substituirá o quadro "Barbearia", de Francisco Galeno. A peça, avaliada em aproximadamente R$ 250 mil, estava esquecida num depósito do governo. Agora, pode se tornar símbolo da busca feita recentemente pela Diretoria de Documentação Histórica do Gabinete Pessoal da Presidente da República nos galpões e palácios presidenciais. Restaurado, o relógio passará a marcar um novo tempo nos cuidados dispensados a objetos de arte e mobiliário, não apenas em respeito a seu valor histórico, literalmente, mas também na atualização de seu valor material, reduzido a quase nada numa contabilidade carcomida por seguidas desatualizações monetárias e pelo descaso de uma máquina burocrática pouco afeita a considerações de ordem estética.


Fonte da foto: Valor Econômico



(...) A pauta não é de simples solução. O diretor de Documentação Histórica da Presidência, Claudio Soares Rocha, conta que o valor de diversos móveis e peças de arte do governo foi reduzido a praticamente zero. Assim como ocorre na declaração do imposto de renda, esses ativos foram registrados no patrimônio público da União com o valor de compra da época da aquisição. Com os sucessivos planos econômicos e mudanças de moedas, a administração pública optou por atribuir a esses itens o valor simbólico de R$ 0,01.

A desvalorização acabou reduzindo a preocupação de gestores e servidores públicos com a manutenção e o cuidado no trato desse patrimônio. Por isso, decidiu-se dar os primeiros passos para alterar essa situação. Soares Rocha aproveitou um convite da ministra doPlanejamento, Miriam Belchior, para fazer a curadoria de seu gabinete e advogou a mudança na atual metodologia de contabilização desses ativos.

Soares Rocha montou um arquivo de referências de valores, com anúncios publicados em sites estrangeiros especializados na venda de móveis assinados por arquitetos ou designers renomados. As ofertas dão uma ideia de quanto o governo subestima seu patrimônio. Um par de "cadeiras do juiz", de Jorge Zalszupin, por exemplo, estava à venda em fevereiro por US$ 11.800. Uma mesa do mesmo arquiteto era cotada a US$ 8.200, enquanto uma outra, de Sergio Rodrigues, poderia ser comprada por US$ 18.000. Zalszupin e Rodrigues são justamente alguns dos nomes de responsáveis pela criação de móveis em recuperação pertencentes ao acervo da Presidência(...)



Fonte da foto: Valor Econômico

21 maio 2012

Rir é o melhor remédio

Em 1987, ele [Miles Davis] foi convidado para um jantar na Casa Branca com Ronald Reagan. Poucos convidados parecia saber quem Davis era. Durante o jantar, Nancy Reagan voltou-se para ele e perguntou o que tinha feito com a sua vida para merecer um convite. Davis respondeu: "Bem, eu mudei o rumo da música cinco ou seis vezes. E o que você fez além de #*&@+ com o presidente?


Fonte: aqui

Links


Acionistas
Preço
Facebook
China
Fraude & Corrupção
IASB e FASB
Outros

Teste 557

(...) a maior parte dos R$ 127,9 milhões captados pela moveleira Unicasa em sua estreia na BM&FBovespa em 27 de abril foi para o bolso dos seis acionistas que a companhia possuía antes de abrir o capital. (Lucro sem caixa, 12 de Maio de 2012, Revista Capital Aberto, Bruna Maia)

A explicação para este fato é dada pelo texto:

No fim de 2011, havia, respectivamente, R$ 76 milhões e R$ 78 milhões registrados nas rubricas de ativo imobilizado e contas a receber de clientes. Ambas as rubricas refletem–se positivamente na conta de reservas de lucros e negativamente no caixa: os investimentos em ativo imobilizado saem do caixa, mas, devido ao seu potencial de rendimentos no futuro, não são contabilizados como despesa imediatamente, o que acaba inflando os lucros; e o contas a receber, por referir–se às vendas a serem pagas adiante, não entra no caixa, mas é computado como receita líquida, também favorecendo o lucro, explica o professor de contabilidade da Universidade de São Paulo, Eliseu Martins.



Você, leitor perspicaz, seria capaz de encontrar alguns “problemas” no texto explicativo acima?


Resposta do Anterior: em Custos isto é tratado quando estuda a questão do produto principal, subproduto e sucata.

Instrumentos Híbrido

Em Teoria da Contabilidade o estudo do passivo e patrimônio líquido não desperta tanta emoção e curiosidade quanto o ativo. Um dos pontos que se discute nestes dois tópicos é o denominado "título híbrido". Este tipo de instrumento possui características de passivo e patrimônio líquido, ao mesmo tempo. Em outras palavras, situa-se numa soma nebulosa entre estes dois conceitos.

Existe uma discussão sobre o assunto no livro de Teoria da Contabilidade, de Niyama e Silva (Atlas, p. 171 e seguintes).

Sobre o assunto tem-se um texto muito instrutivo publicado na revista Capital Aberto (Títulos híbridos: não julgue o livro pela capa, Atademes Branco Pereira & Conrado de Castro Stievani, 12 mai 2012)

O desafio reside em identificar quais particularidades do instrumento o definirão como dívida ou como patrimônio. Por óbvio, esse debate não objetiva apenas solucionar as questões contábeis em si. Ele ganha importância também diante das vantagens que podem se apresentar para o emissor em caso de o instrumento de captação ser classificado como título patrimonial ou de dívida.


Estas vantagens citadas pelos autores são: (a) redução no índice de endividamento da empresa, com consequências inclusive nas taxas de juros; (b) não afeta os direitos dos acionista; (c) poderia ser considerado como redutora do lucro tributável.

Os autores chamam atenção para os

pronunciamentos da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) nos processos RJ2010/1058 e RJ2011/3316, relativos, respectivamente, às debêntures perpétuas emitidas pela Tec Toy S.A. e às perpetual notes da Energisa S.A. (...)

De acordo com os precedentes mencionados acima, um título híbrido poderia ser considerado patrimonial se apresentasse, dentre outras, as seguintes características: 1) perpetuidade, sendo o principal exigível somente em hipóteses muito restritas, como liquidação da emissora; 2) participação nos lucros da emissora como sua única remuneração; 3) subordinação aos demais passivos, sendo desnecessária a conversão em outro instrumento para tornar–se subordinado; 4) inexistência de covenants, sendo o resgate a critério exclusivo da emissora; e 5) cálculo do reembolso com base no patrimônio líquido, na hipótese de liquidação da companhia emissora.

Sistema de Informação

A revista Fortune descreve os problemas da Avon, empresa de cosméticos. Num determinado trecho o texto cita que o mercado brasileiro é hoje o maior da empresa em termos de vendas. Entretanto, a situação da empresa no país tem sido um problema desde que o governo brasileiro passou a exigir a nota fiscal eletrônica. A exigência passou a demandar muito dos sistemas de informação da empresa:

A mudança criou problemas de serviço para os representantes, com os problemas de previsão e a escassez do produto em três vezes os níveis normais.

O sistema perdeu pedidos, atrasou a entrega de produtos e prejudicou as vendas.

Missão (quase) impossível

A seguir um trecho de uma reportagem muito interessante sobre a dificuldade de fechar uma empresa no Brasil. 
De acordo com o estudo Doing Business, do Banco Mundial, para cumprir as normas legais para encerrar um negócio no Brasil, são necessários, em média, quatro anos. Tempo suficiente para colocar o País na incômoda 136ª posição, em uma lista que inclui 183 países. O Japão é o local onde é mais fácil encerrar uma companhia: são necessários apenas seis meses.

Missão (quase) impossível - Isto É Dinheiro