18 maio 2012
Cruzeiro do Sul
O balanço do primeiro trimestre do Cruzeiro do Sul recebeu uma ressalva da empresa de auditoria Ernst & Young. Uma ressalva significa que, na análise dos números, os auditores encontraram alguma inconsistência contábil.
Nas notas explicativas, a Ernst & Young ressalta que o Cruzeiro do Sul fez um diferimento de despesas no primeiro trimestre que não está de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. Essas perdas foram decorrentes de renegociações de operações de crédito cedidas em exercícios anteriores. Focado em crédito consignado, o Cruzeiro do Sul depende da venda de carteiras para captar recursos.
No balanço, o banco diferiu essas perdas, mas o BC pede que o referido resultado líquido negativo seja apropriado em despesa no período em que ocorrer, não devendo, portanto, ser diferido, explica a Ernst & Young nas notas da demonstração.
Em 31 de março, o montante da perda diferida, incluído na rubrica do ativo "Outros créditos - resultado líquido renegociação operações cedidas" é de R$ 17,8 milhões. A conclusão da auditoria é que o patrimônio líquido do Cruzeiro do Sul no final de março e o resultado do primeiro trimestre estão superavaliados em R$ 10,7 milhões, líquidos dos efeitos tributários. O patrimônio líquido do banco reportado no balanço foi de R$ 1,1 bilhão.
Procedimentos. Em resposta à ressalva dos auditores, o banco informa que adotou procedimentos permitidos pela resolução 4.036 editada no ano passado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
Além disso, destaca que "entende que a renegociação de operações de crédito cedidas em exercícios anteriores garantem os fluxos de caixa e o desempenho operacional das operações anteriormente cedidas e portanto, refletem a adequada posição patrimonial e financeira".
O presidente executivo do Cruzeiro do Sul, Luis Octavio Indio da Costa disse à Agência Estado que a instituição não fez nenhum procedimento irregular. O BC, diz ele, permite que se faça o diferimento das receitas e despesas com renegociações de carteiras, como uma transição da regra antiga para a atual. Na antiga, a receita com cessão de carteiras podiam ser reconhecidas no momento da venda . Na nova, as receitas e despesas com as cessões precisam ser contabilizadas ao longo do tempo, conforme o prazo dos empréstimos.
Nas renegociações de cessões antigas, o Cruzeiro do Sul optou por fazer o diferimento, destaca Indio da Costa. Os valores apontados pelos auditores como superavaliados equivalem a cerca de 1% do patrimônio do patrimônio do banco.
Nas notas explicativas, a Ernst & Young ressalta que o Cruzeiro do Sul fez um diferimento de despesas no primeiro trimestre que não está de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. Essas perdas foram decorrentes de renegociações de operações de crédito cedidas em exercícios anteriores. Focado em crédito consignado, o Cruzeiro do Sul depende da venda de carteiras para captar recursos.
No balanço, o banco diferiu essas perdas, mas o BC pede que o referido resultado líquido negativo seja apropriado em despesa no período em que ocorrer, não devendo, portanto, ser diferido, explica a Ernst & Young nas notas da demonstração.
Em 31 de março, o montante da perda diferida, incluído na rubrica do ativo "Outros créditos - resultado líquido renegociação operações cedidas" é de R$ 17,8 milhões. A conclusão da auditoria é que o patrimônio líquido do Cruzeiro do Sul no final de março e o resultado do primeiro trimestre estão superavaliados em R$ 10,7 milhões, líquidos dos efeitos tributários. O patrimônio líquido do banco reportado no balanço foi de R$ 1,1 bilhão.
Procedimentos. Em resposta à ressalva dos auditores, o banco informa que adotou procedimentos permitidos pela resolução 4.036 editada no ano passado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
Além disso, destaca que "entende que a renegociação de operações de crédito cedidas em exercícios anteriores garantem os fluxos de caixa e o desempenho operacional das operações anteriormente cedidas e portanto, refletem a adequada posição patrimonial e financeira".
O presidente executivo do Cruzeiro do Sul, Luis Octavio Indio da Costa disse à Agência Estado que a instituição não fez nenhum procedimento irregular. O BC, diz ele, permite que se faça o diferimento das receitas e despesas com renegociações de carteiras, como uma transição da regra antiga para a atual. Na antiga, a receita com cessão de carteiras podiam ser reconhecidas no momento da venda . Na nova, as receitas e despesas com as cessões precisam ser contabilizadas ao longo do tempo, conforme o prazo dos empréstimos.
Nas renegociações de cessões antigas, o Cruzeiro do Sul optou por fazer o diferimento, destaca Indio da Costa. Os valores apontados pelos auditores como superavaliados equivalem a cerca de 1% do patrimônio do patrimônio do banco.
Petrópolis
A suspeita, segundo a Secretaria da Fazenda, é de que a companhia teria simulando a transferência de bebidas de unidades paulistas para filiais suas no estado do Rio de Janeiro, onde o ICMS é menor. Assim, evitaria pagar antecipadamente o imposto nas etapas de venda ao atacado e ao varejo, como prevê o sistema de substituição tributária ao qual o segmento de bebidas está sujeito. Em tese, o ICMS seria pago no estado de destino dos produtos, no caso o Rio de Janeiro.
Com a operação Czar, os agentes esperam levantar evidência que possam provar a irregularidade. A investigação foi iniciada em 2011. (...)
O grupo Petrópolis já foi investigado durante a Operação Cevada, realizada em 2005, pela Receita Federal, para apurar suspeita de sonegação de R$ 1 bilhão em impostos. Naquela ação, o alvo principal foi a cervejaria Schincariol, de Itu, na época o segundo maior grupo cervejeiro do País. A operação, em conjunto com a Polícia Federal, resultou na prisão de 20 pessoas, entre elas os três proprietários - Adriano, Alexandre e Gilberto Schincariol - e executivos da cervejaria de Itu, além de pessoas ligadas à cervejaria Itaipava - todos acabaram libertados. Em 2011, a Schincariol foi vendida para o grupo japonês Kirin.
Petrópolis é investigada por suspeita de sonegar R$ 600 milhões
Com a operação Czar, os agentes esperam levantar evidência que possam provar a irregularidade. A investigação foi iniciada em 2011. (...)
O grupo Petrópolis já foi investigado durante a Operação Cevada, realizada em 2005, pela Receita Federal, para apurar suspeita de sonegação de R$ 1 bilhão em impostos. Naquela ação, o alvo principal foi a cervejaria Schincariol, de Itu, na época o segundo maior grupo cervejeiro do País. A operação, em conjunto com a Polícia Federal, resultou na prisão de 20 pessoas, entre elas os três proprietários - Adriano, Alexandre e Gilberto Schincariol - e executivos da cervejaria de Itu, além de pessoas ligadas à cervejaria Itaipava - todos acabaram libertados. Em 2011, a Schincariol foi vendida para o grupo japonês Kirin.
Petrópolis é investigada por suspeita de sonegar R$ 600 milhões
Mudando o discurso
Um artigo sobre a saída da Grécia da zona do Euro (Nunca diga nunca, URI, FRIEDMAN, FOREIGN POLICY - O Estado de S.Paulo, 17 de maio de 2012, B11) mostra a mudança no discurso sobre o assunto. Fiz uma breve compilação das frases:
Luc Coene, membro do conselho do Banco Central Europeu e governador do Banco Nacional da Bélgica.
Antes: “[a Europa] se mostraria totalmente unida na defesa do sistema [caso a Grécia deixasse a zona do euro. tal cenário lhe parecia] completamente inconcebível".
Agora: "um divórcio amigável - caso um dia se torne necessário - seria possível" (...)"O ideal seria que todos os países-membros continuassem no clube - isso seria melhor para todos, até para os gregos", destacou ele. "Mas é claro que, se um membro decidir que não tem mais interesses em comum com o restante do grupo, temos de permitir a saída deste - trata-se de algo inerente à democracia."
Wolfgang Schaeuble, ministro alemão de Finanças.
Antes: (...)os representantes europeus "não pretendem jogar dinheiro num buraco sem fundo"
Agora: "Queremos que a Grécia fique na zona do euro. Mas o país também precisa desejá-lo e aceitar os compromissos exigidos. Não podemos obrigar ninguém a fazê-lo. A Europa não vai afundar tão rapidamente."
Olli Rehn, comissário da UE para Assuntos Econômicos e Monetários.
Antes: Em maio do ano passado, Rehn disse ao Der Spiegel que não considerava a saída da Grécia da zona do euro uma "opção séria". Tal curso "prejudicaria a economia grega e representaria um retrocesso para a integração europeia", explicou ele. "O euro é mais do que uma moeda; é o principal projeto político da nossa comunidade. Esse é mais um motivo pelo qual não aceitaríamos uma saída da Grécia." Em setembro, ele reiterou que os governantes europeus não permitiriam que a Grécia deixasse o euro porque isso "provocaria um imenso estrago econômico e social, não apenas à Grécia mas à União Europeia como um todo, trazendo consequências para toda a economia mundial".
Agora: "A bola está agora com os gregos, é a sua vez de jogar. Para a Grécia e os cidadãos gregos, principalmente os mais pobres, o resultado de uma saída do euro seria muito pior do que para a Europa"
Jens Weidmann, membro do conselho do Banco Central Europeu e presidente do Deutsche Bundesbank.
Antes: "Este não é um debate do qual eu gostaria de participar".
Agora: "essa será uma decisão democrática", mas uma decisão que obrigaria os países doadores a interromper a ajuda financeira à Grécia.
Além de "não ter precedentes históricos e estar associada a grande dose de incerteza", uma saída seria também "mais grave" para a Grécia do que para os demais países da zona do euro, acrescentou ele.
Pia Ahrenkilde Hansen, porta-voz da Comissão Europeia.
Antes: "Não podemos permitir que a zona do euro se fragmente, nem a UE, porque isso contrariaria o interesse geral do povo europeu como um todo".
Agora: "desejamos que a Grécia permaneça na zona do euro e esperamos que ela permaneça na zona do euro". "São realmente muitas as questões sendo levantadas e há muito que continua em aberto em relação à Grécia; a maioria das respostas deve ser dada pelos gregos e cabe a nós respeitar o processo político que se desenvolve no país"
IR do Cachoeira
Ao analisar as declarações de Imposto de Renda do bicheiro, os parlamentares descobriram que Cachoeira tomava empréstimos milionários de uma empresa de que é sócio, com sede na Coréia do Norte.
Se Carlinhos Cachoeira vai mesmo à CPI, na semana que vem, ainda não se sabe. A comissão liberou o acesso aos documentos para os advogados, mas o ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal, que havia suspendido a ida do contraventor, ainda não esclareceu se o bicheiro já pode prestar depoimento. Enquanto esperam, parlamentares analisam a declaração de Imposto de Renda de Cachoeira e se surpreendem com o que encontram.
“Em 2003 e 2004, ele declara 0 de rendimento. O Imposto de Renda é zerado. A declaração mais recente, de 2010, apresenta rendimentos tributáveis de R$ 60 mil, o que em uma conta rápida aponta para R$ 5 mil mensais, o que é incompatível com a movimentação que ele fazia, sobretudo, no cartão de crédito”, declara o senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB).
Parlamentares também se assustaram com empréstimos milionários feitos por Cachoeira na empresa BET Capital de que ele era sócio. Foram R$ 10,1 milhões de 2005 a 2009, segundo as declarações anuais de Imposto de Renda do bicheiro.
“Ao todo, 51% da composição societária dessa empresa era de uma empresa chamada BET Company, que tem sede, pelo menos nos dados que nós vimos, na Coreia do Norte. A sede dessa empresa é algo que chama atenção”, afirma o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP).
Se Carlinhos Cachoeira vai mesmo à CPI, na semana que vem, ainda não se sabe. A comissão liberou o acesso aos documentos para os advogados, mas o ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal, que havia suspendido a ida do contraventor, ainda não esclareceu se o bicheiro já pode prestar depoimento. Enquanto esperam, parlamentares analisam a declaração de Imposto de Renda de Cachoeira e se surpreendem com o que encontram.
“Em 2003 e 2004, ele declara 0 de rendimento. O Imposto de Renda é zerado. A declaração mais recente, de 2010, apresenta rendimentos tributáveis de R$ 60 mil, o que em uma conta rápida aponta para R$ 5 mil mensais, o que é incompatível com a movimentação que ele fazia, sobretudo, no cartão de crédito”, declara o senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB).
Parlamentares também se assustaram com empréstimos milionários feitos por Cachoeira na empresa BET Capital de que ele era sócio. Foram R$ 10,1 milhões de 2005 a 2009, segundo as declarações anuais de Imposto de Renda do bicheiro.
“Ao todo, 51% da composição societária dessa empresa era de uma empresa chamada BET Company, que tem sede, pelo menos nos dados que nós vimos, na Coreia do Norte. A sede dessa empresa é algo que chama atenção”, afirma o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP).
Blog
No dia 18 de abril de 2012 este blog fez seis anos de vida. Até agora, 11878 postagens. São 2189 dias, o que representa uma média de 5,4 postagens por dia.
Este blog nasceu da continuidade do meu antigo endereço (cesartiburcio.com.br). Abandonei o endereço e passei a blogar: muito mais ágil e não tinha custo. A estatística de visitas hoje está marcando quase 700 mil acessos (muito obrigado!!), muito embora esta contagem tenha começado em julho de 2009. Nos últimos meses (para ser exato, de 1o. de junho de 2011 até 30 de abril de 2012, ou 329 dias) foram quase 360 mil acessos, o que dá uma média de mil acessos por dia. Novamente obrigado.
Durante este período tenho recebido algum retorno de leitores, que informam, geralmente numa conversa casual: "acompanho seu blog". Fico muito feliz por isto. E isto tem acontecido até quando saio da cidade onde moro. Em geral os leitores são carinhosos e atenciosos, embora não participem com comentários tanto quanto gostaria.
Nos últimos meses o blog passou a contar com a colaboração do Pedro e da Isabel. Ambos sempre mandavam contribuições interessantes. Decidi convidá-los para serem co-autores. A participação de ambos tem dinamizado o blog, com alteração no layout e incorporação de redes sociais (facebook e twitter).
O blog está em constante mudança. Opine sobre elas.
Boa leitura.
Este blog nasceu da continuidade do meu antigo endereço (cesartiburcio.com.br). Abandonei o endereço e passei a blogar: muito mais ágil e não tinha custo. A estatística de visitas hoje está marcando quase 700 mil acessos (muito obrigado!!), muito embora esta contagem tenha começado em julho de 2009. Nos últimos meses (para ser exato, de 1o. de junho de 2011 até 30 de abril de 2012, ou 329 dias) foram quase 360 mil acessos, o que dá uma média de mil acessos por dia. Novamente obrigado.
Durante este período tenho recebido algum retorno de leitores, que informam, geralmente numa conversa casual: "acompanho seu blog". Fico muito feliz por isto. E isto tem acontecido até quando saio da cidade onde moro. Em geral os leitores são carinhosos e atenciosos, embora não participem com comentários tanto quanto gostaria.
Nos últimos meses o blog passou a contar com a colaboração do Pedro e da Isabel. Ambos sempre mandavam contribuições interessantes. Decidi convidá-los para serem co-autores. A participação de ambos tem dinamizado o blog, com alteração no layout e incorporação de redes sociais (facebook e twitter).
O blog está em constante mudança. Opine sobre elas.
Boa leitura.
17 maio 2012
Novidades no blog: companhia e parceria
Queridos leitores do blog,
Bom dia. O meio do ano está chegando e com ele resolvemos alterar mais alguns aspectos do blog para que 2012 seja um ano excepcional. O que você tem achado? Quer incluir sugestões ou impressões? Continue participando ativamente nos comentários!
Além de mudarmos um pouco o visual, criarmos uma página com as “séries de postagens”, incluirmos contribuições de convidados, estamos implementando uma parceria com a livraria Cultura, com a loja norte-americana Amazon e provavelmente com o iTunes, da Apple. O que isso significa? Inicialmente denota que somos legais, descolados e inteligentes porque eles avaliam os sites antes de permitir as parcerias. Brincadeiras a parte, ressalta o nosso comprometimento com vocês pois as parcerias são mesmo pré-avaliadas.
Significa também que agora, quando indicarmos livros e conteúdos, teremos um referencial de confiança para que vocês saibam onde adquirir o que é comentado nas postagens. Por exemplo, um livro legal sobre capital de giro. Já leram? ;)
Ainda, se vocês clicarem no link e adquirirem livros, ganharemos um pequeno, pequeno, PEQUENO percentual. Não será possível custearmos um encontro anual de blogs ou algo similar, mas esperamos que a verba nos ajude a por em prática outras surpresas que temos guardadas em nossas mangas.
Bom fim de semana a todos e boa leitura!
Bom dia. O meio do ano está chegando e com ele resolvemos alterar mais alguns aspectos do blog para que 2012 seja um ano excepcional. O que você tem achado? Quer incluir sugestões ou impressões? Continue participando ativamente nos comentários!
Além de mudarmos um pouco o visual, criarmos uma página com as “séries de postagens”, incluirmos contribuições de convidados, estamos implementando uma parceria com a livraria Cultura, com a loja norte-americana Amazon e provavelmente com o iTunes, da Apple. O que isso significa? Inicialmente denota que somos legais, descolados e inteligentes porque eles avaliam os sites antes de permitir as parcerias. Brincadeiras a parte, ressalta o nosso comprometimento com vocês pois as parcerias são mesmo pré-avaliadas.
Significa também que agora, quando indicarmos livros e conteúdos, teremos um referencial de confiança para que vocês saibam onde adquirir o que é comentado nas postagens. Por exemplo, um livro legal sobre capital de giro. Já leram? ;)
Ainda, se vocês clicarem no link e adquirirem livros, ganharemos um pequeno, pequeno, PEQUENO percentual. Não será possível custearmos um encontro anual de blogs ou algo similar, mas esperamos que a verba nos ajude a por em prática outras surpresas que temos guardadas em nossas mangas.
Bom fim de semana a todos e boa leitura!
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