Atualmente o Iasb e o Fasb estão juntos em três grandes projetos voltados para convergência. Um destes projetos é o do reconhecimento da receita, que parece estar em processo final de conclusão. Você saberia dizer quando começou a discussão deste tema na agenda das duas entidades?
2002
2006
2009
Resposta do Teste Anterior: A resposta correta deveria ser: 31 de dezembro de 2010 / contabilidade / avaliados. O texto do jornal mostrava: 2011 / auditoria / valorizados
09 maio 2012
Convergência
Sobre a convergência, Huw Jones, da Reuters, discute (Analysis - U.S. demands overshadow accounting prize) a questão do prazo para que a mesma esteja concluída. Jones lembra que os ministros do G20 deram um prazo até meados de 2013 para sua conclusão. Este prazo representa 30 meses além do prazo original.
A questão é que este prazo depende da posição dos Estados Unidos. Segundo um executivo da Grant Thornton, tudo indica que as eleições presidenciais de novembro pode influenciar na posição daquele país. Além disto, a decisão dos Estados Unidos depende da garantia de que terão liberdade para mudar as normas contábeis quando forem adotadas no país.
Esta também parece ser a posição da Índia, que também não adotou as normas internacionais. Ao mesmo tempo, parece existir um incentivo, por parte do Iasb, para formação de blocos de países regionais. É o caso de um grupo de países da Ásia e o pequeno grupo da América Latina. Como normas internacionais são feitas com poucas pessoas, o agrupamento de países teria assento no Iasb em lugar de lugares cativos, como ocorre hoje. Entretanto, isto enfrenta oposição de alguns países europeus.
Assim, talvez a posição do Brasil em adotar as normas antes tenha retirado seu poder de barganha junto ao Iasb. Ao mesmo tempo, o esforço em formar parceria com Argentina, Venezuela e outros países da América Latina, possa reduzir nossa influencia no Iasb, não aumentá-la.
Voltando a questão dos Estados Unidos, parece muito claro que a adoção das normas internacionais por parte daquele país deve ser feita no médio e longo prazo. Numa entrevista para Bloomberg, o contador da Microsoft afirmou acreditar que o processo deverá demorar de cinco a sete anos e que pode ser maior ainda. Isto decorre do profundo impacto que a adoção terá na empresas daquele país.
A questão é que este prazo depende da posição dos Estados Unidos. Segundo um executivo da Grant Thornton, tudo indica que as eleições presidenciais de novembro pode influenciar na posição daquele país. Além disto, a decisão dos Estados Unidos depende da garantia de que terão liberdade para mudar as normas contábeis quando forem adotadas no país.
Esta também parece ser a posição da Índia, que também não adotou as normas internacionais. Ao mesmo tempo, parece existir um incentivo, por parte do Iasb, para formação de blocos de países regionais. É o caso de um grupo de países da Ásia e o pequeno grupo da América Latina. Como normas internacionais são feitas com poucas pessoas, o agrupamento de países teria assento no Iasb em lugar de lugares cativos, como ocorre hoje. Entretanto, isto enfrenta oposição de alguns países europeus.
Assim, talvez a posição do Brasil em adotar as normas antes tenha retirado seu poder de barganha junto ao Iasb. Ao mesmo tempo, o esforço em formar parceria com Argentina, Venezuela e outros países da América Latina, possa reduzir nossa influencia no Iasb, não aumentá-la.
Voltando a questão dos Estados Unidos, parece muito claro que a adoção das normas internacionais por parte daquele país deve ser feita no médio e longo prazo. Numa entrevista para Bloomberg, o contador da Microsoft afirmou acreditar que o processo deverá demorar de cinco a sete anos e que pode ser maior ainda. Isto decorre do profundo impacto que a adoção terá na empresas daquele país.
Currículo falso
O presidente do Yahoo, Scott Thompson (foto), enfrenta pedidos de sua saída apenas quatro meses após assumir a chefia da problemática companhia de internet, por informações falsas em suas credenciais acadêmicas.
(...) Desde que anunciou a contratação de Thompson, no começo de janeiro, o Yahoo incluiu dois diplomas - um de contabilidade e outro de ciência da computação - na biografia do executivo. A dupla graduação não entrou apenas no site do Yahoo, mas também consta de um documento legal encaminhado em 27 de abril à Securities and Exchange Comission (SEC, equivalente à CVM brasileira).
Após ser questionado na quinta-feira por Loeb, o Yahoo confirmou que Thompson se diplomou somente em contabilidade na Stonehill.
Fonte: Aqui
(...) Desde que anunciou a contratação de Thompson, no começo de janeiro, o Yahoo incluiu dois diplomas - um de contabilidade e outro de ciência da computação - na biografia do executivo. A dupla graduação não entrou apenas no site do Yahoo, mas também consta de um documento legal encaminhado em 27 de abril à Securities and Exchange Comission (SEC, equivalente à CVM brasileira).
Após ser questionado na quinta-feira por Loeb, o Yahoo confirmou que Thompson se diplomou somente em contabilidade na Stonehill.
Fonte: Aqui
Custos de Menu
Na página 395 do livro Macroeconomia, Mankiw fez um resumo do artigo "The magnitude os menu costs: Direct Evidence from Large Supermarket Chains", publicado no Quartely Journal of Economics 112 - Agosto 1997:
Quando os microecomistas discutem os custos de uma empresa, eles geralmente enfatizam mão-de-obra, o capital e as matérias-primas que são necessárias para gerar o produto da empresa. O custo da alteração de preços raramente é mencionado. Para muitos propósitos, essa omissão cosntitui uma simplificação aceitável. Contudo, o custo decorrente da alteração de preços não é zero, omo foi estabelecido por um estudo sobre variações nos preços em cinco grandes cadeias de supermercados.
Nesse estudo, um grupo de economistas examinou um conjunto específico de dados de uma loja de supermercado para determinar qual a dimensão real dos custos de menu. Eles descobriram que o ajuste de preços "é um porcesso complexo, quer requer dezenas de contratos e um monetante de recursos não-trivial". Esses recursos incluem o custo de mão-de-obra que modifica os preços nas prateleiras; os custos de imprimir e enviar novas etiquetas de preços; e o custo de supervisionar o processo. Os dados incluíam medições detalhadas desses custos; quando necessário foi utilizado um cronômetro para medir o insumo correspondente a mão-de-obra.
O estudo relatou que, para uma loja típica de uma cadeia de supermercados, os custos de menu totalizam USS 105.887 ao ano. Esse monatante equivale a 70% da receita de uma loja, ou 35% do lucro líquido. Se esse total é dividido pelo númeor de alterações nos preços que uma loja institui em um determinado ano sobre todos os seus produtos, o resultado é que cada alteração de preço custa 52 centavos de dólar.
(...) Esssas descobertas se aplicam somente a um único setor da economia, de modo que é necessário ter cautela a extrapolar os resultados para a economia como um todo. Ainda assim, os autores do estudo concluem que " a magnitude dos custos de menu que descobrimos é grande o suficiente para ser capaz de ter significância econômica"
Então, por que os preços não se ajustam imediatamente no curto prazo?
De acordo com Mankiw, segundo os neokeynesianos, "uma das razões pelas quais os preços não se ajustam imeditamente no curto prazo é o fato de existirem custos do ajuste dos preços. Para modificar seus preços, uma empresa pode precisar enviar novos catálogos aos clientes, distribuir novas listas de preços. Para modificar seus preços à equipe de vendas , ou, no caso de um restaurante, imprimir novos menus. Esses custos de ajuste de preços, chamados custos de menu, fazem com que as empresas ajustem seus preços de modo intermitente, e não de modo contínuo."
Ainda segundo Mankiw, "os economistas discordam em relação ao fato de os custos de menu explicarem a rigidez de preços no curto prazo. Os céticos enfatizam que os custos de menu são usualmente bastante pequenos. Como seria possível que pequenos custos de menu ajudassem a explcar recessões, que são tão oneraosos para a sociedade? Os defensores da hipótese dos custos de menu respondem que pequeno não significa isento de consequências: embora sejam pequenos para a empresa individual, os custos de menu podem exercer efeitos significativos sobre a economia como um todo."
A discusão sobre a rigidez dos preços no curto prazo é interessante. Eis alguns links: aqui, aqui, aqui, aqui, aqui e o famoso artigo de Mankiw sobre o assunto. Em 2007, este blog publicou um post sobre a rigidez no preço da Coca-Cola.
Ainda segundo Mankiw, "os economistas discordam em relação ao fato de os custos de menu explicarem a rigidez de preços no curto prazo. Os céticos enfatizam que os custos de menu são usualmente bastante pequenos. Como seria possível que pequenos custos de menu ajudassem a explcar recessões, que são tão oneraosos para a sociedade? Os defensores da hipótese dos custos de menu respondem que pequeno não significa isento de consequências: embora sejam pequenos para a empresa individual, os custos de menu podem exercer efeitos significativos sobre a economia como um todo."
A discusão sobre a rigidez dos preços no curto prazo é interessante. Eis alguns links: aqui, aqui, aqui, aqui, aqui e o famoso artigo de Mankiw sobre o assunto. Em 2007, este blog publicou um post sobre a rigidez no preço da Coca-Cola.
Prazo curto
A implantação do IFRS (International Financial Reporting Standards), conjunto de normas que padronizam os procedimentos contábeis em nível internacional, costuma ser bem avaliada pelas empresas do País. Contudo, nem todas parecem estar satisfeitas com o prazo estipulado para o início do novo sistema.
Segundo um levantamento da WK Sistemas, por exemplo, das 398 pessoas consultadas pela pesquisa, 65,1% defendem que as empresas precisam de mais tempo para se adaptar às novas regras. Já para outros 46% dos respondentes, o novo sistema deveria vir acompanhado de ações do governo. (...)
Continue lendo aqui. Realmente o prazo de implantação foi (é) muito curto. Observe na postagem de hoje que os EUA estão prevendo mais de cinco anos de prazo. Fizemos em menos tempo.
Segundo um levantamento da WK Sistemas, por exemplo, das 398 pessoas consultadas pela pesquisa, 65,1% defendem que as empresas precisam de mais tempo para se adaptar às novas regras. Já para outros 46% dos respondentes, o novo sistema deveria vir acompanhado de ações do governo. (...)
Continue lendo aqui. Realmente o prazo de implantação foi (é) muito curto. Observe na postagem de hoje que os EUA estão prevendo mais de cinco anos de prazo. Fizemos em menos tempo.
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