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08 maio 2012

Rir é o melhor remédio

Adaptado daqui

Groupon

A empresa Groupon perdeu metade do valor de mercado, desde sua oferta inicial de ações em novembro. A razão foi a sua contabilidade. Há alguns dias a empresa reconheceu problemas de controles internos, além de problemas com a complexa contabilidade da sua receita, que era destaque pelo elevado crescimento no primeiro ano de atividade da empresa: de uma receita de 1,5 bilhão, o valor real foi de 688 milhões de dólares. Além dos problemas contábeis, a empresa insistia em usar índices desvinculados dos princípios contábeis para avaliar seu desempenho.

Além disto, a empresa enfatizava a receita como medida de desempenho, justamente a principal alteração no refazimento da sua contabilidade. Conforme a Bloomberg:

A empresa também disse que está trabalhando há vários meses com uma empresa de contabilidade para remediar controles internos, e apresentará um relatório sobre a eficácia desses controles até o final do ano.

Diretor da CVM

Pelo visto, ainda irá demorar a nomeação do Diretor de Normas da CVM. O cargo era ocupado por Alexsandro Broedel. Segundo texto da agência Estado:

A quinta e última cadeira vaga só deverá ser preenchida na gestão do próximo presidente da CVM, que substituirá Maria Helena Santana a partir do segundo semestre.

A avaliação é de Eli Loria, membro da diretoria da CVM até dezembro do ano passado. Na segunda-feira, após 33 anos na comissão, ele passou o bastão para Tadeu Fernandes. Segundo Loria, não haveria mais tempo hábil para cumprir os trâmites que começam na indicação pelo Ministério da Fazenda, passam pela Casa Civil e a Presidência da República para, só então, ir à Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal, responsável por sabatinar o candidato.

O assento vago na diretoria é o que foi deixado no fim de 2012 por Alexsandro Broedel, professor de Contabilidade da USP, por razões pessoais. Quem assumir seu lugar terá mandato até dezembro de 2014.

Xadrez

Quinta-feira inicia a disputa do título de campeão mundial de xadrez. De um lado, o atual campeão, o indiano Anand. Do outro lado, o desafiante, o israelense Gelfand.

Atualmente não são os melhores jogadores do mundo e isto irá tirar um pouco da atenção para a disputa: no xadrez medimos a força de um jogador pelo seu rating. Um jogador forte possui um rating acima de 2600 pontos. Hoje 45 jogadores possuem mais de 2700 pontos, nenhum deles brasileiro e somente uma mulher.

O jogador mais forte hoje é o jovem norueguês Carlsen, com 2835 pontos. O segundo melhor, o armênio Aronian, com 2825 pontos. O russo Krammik tem 2801 e completa o trio dos jogadores com mais de 2800 pontos de rating. Anand já esteve neste grupo, mas seus últimos resultados não foram bons. Gelfand chegou no máximo entre os sete melhores do mundo, em 2009.

Na disputa para eleger o desafiante, Aronian e Krammik ficaram no caminho. Carlsen, por não concordar com a forma de escolha, não participou. Para quem pretende acompanhar, recomendo Chessbomb.com.

Dias das mães

A propaganda a seguir, da P&G, mistura o dias das mães com Olimpíadas. Inclui uma mãe brasileira, cujo filho joga ... (suspense. Assista ao vídeo para saber). Bastante emoção.

07 maio 2012

Rir é o melhor remédio




Fonte: Aqui

Efeito da baixa contábil sobre o Valor da Empresa


Quando uma empresa faz uma baixa contábil - como é o caso de um ágio ou após um teste de imparidade - é comum a argumentação de que ocorreu somente uma transação contábil, sem efeito sobre o caixa. Vamos discutir nesta postagem se uma baixa contábil provoca um efeito sobre o valor de uma empresa.

Considere um exemplo simples de uma empresa que adquiriu um terreno por $100 mil para fazer um estacionamento. Este empreendimento gera uma receita de R$20 mil e uma despesa de R$8 mil, em perpetuidade. Inexistindo imposto de renda e supondo uma taxa de desconto de 16% tem-se o seguinte valor:

Valor =(20.000-8.000)/0,16 = 75.000

Ao fazer o teste de impairment a entidade deve comparar o valor em uso com o valor de mercado. Nesta comparação, o maior valor será considerado o "valor recuperável". Vamos admitir que o valor em uso é maior que o valor de mercado. Assim, a empresa compara o valor de $75 mil com o valor registrado na contabilidade ($100 mil). Como o valor recuperável é menor, é necessário registrar uma baixa contábil no valor de $25 mil.

Suponha que não existe previsão de alteração no fluxo nem na taxa de desconto. No ano 1 o resultado da empresa será um prejuízo de R$13 mil.

Prejuízo = $20 mil - $8 mil - $25 mil = - $13 mil

O fluxo de caixa corresponde ao lucro do período mais ou menos a variação no investimento da empresa. Ou seja,

Fluxo de Caixa = -13 000 + [100.000 – 75.000] = 12.000

Ou seja, o fluxo de caixa não é afetado pela baixa contábil efetuada. Assim, o valor da empresa permanece o mesmo, também não sendo influenciado. Isto comprovaria a afirmação que ocorreu somente uma operação contábil, sem efeito sobre o valor. Mas existem dois problemas neste raciocínio: a questão das despesas que são apuradas pelo regime de competência e o custo de oportunidade do capital.

Despesas Apuradas pela Competência - Algumas despesas são mensuradas a partir do resultado contábil. É o caso do imposto de renda, em certo sentido, e de bonificações e participações no lucro. Assim, o fluxo de caixa será afetado, através da redução da redução do pagamento de despesas que são apuradas a partir do lucro contábil. Ou seja, o prejuízo da empresa resultará em menos imposto de renda. Haverá um aumento no valor em razão da redução das despesas apuradas pela competência.

Mas isto não faz muito sentido, já que as empresas evitam fazer baixas contábeis. O segundo item explica isto.

Custo de Oportunidade do Capital - O raciocínio anterior partiu da suposição que as demais variáveis permanecem constantes. Entretanto, um provável efeito de uma baixa contábil é o aumento do custo de capital, diante do aumento da variabilidade do resultado e do fato de que muitos investidores usam o lucro contábil para fins de análise do seu investimento. Ora, o aumento na taxa de desconto irá reduzir o valor da empresa. E isto pode ter consequências no longo prazo para uma empresa.

Conclusão: A baixa contábil AFETA o valor da empresa.