O momento propício está associado ao aumento no preço do petróleo. Em momentos de baixa, geralmente ocorrem as privatizações; quando o petróleo aumenta de preço no mercado, torna-se mais vantajoso fazer o confisco. A justificativa geralmente está associada a algum aspecto nacionalista. O terceiro passo é apresentar uma proposta "irrecusável" para mostrar que está sendo justo. A seguir, abrandar a postura, mas sem deixar o confisco de lado. Finalmente, é preciso ter cuidado com a possibilidade de ser derrubado do poder. Os interesses são muitos.
24 abril 2012
Como confiscar uma empresa de petróleo
Josh Keating apresenta em Como Confiscar uma Companhia Petrolífera (Foreign Policy, publicado no Estado de S Paulo, 23 de abr 2012) os passos necessários para estatizar uma empresa de petróleo. O resumo está na figura abaixo
Crescimento Sustentável
Definição – este índice determina a taxa de crescimento máxima das vendas em comprometer a estrutura financeira.
Fórmulas – Crescimento sustentável = Variação no PL / PL inicial
Variação no PL = corresponde à variação ocorrida no patrimônio líquido da empresa no período. Nas situações onde nenhum lucro é distribuído, a variação irá corresponder ao próprio lucro líquido. Caso exista distribuição, a variação no PL corresponde ao lucro vezes a taxa de retenção.
PL Inicial = refere-se ao patrimônio no inicio do período.
Unidade de Medida – Pode ser expresso em percentual se multiplicar por 100.
Intervalo da medida – Este índice pode variar, pelo menos em teoria, entre menos infinito a infinito. Entretanto, em situações de lucro irá variar entre zero a cem por cento.
Como calcular – Os valores podem ser obtidos na DMPL de uma empresa. A figura a seguir é um pedaço da DMPL da empresa Les Lis Blanc Deux, do setor de moda.
Em 31 de dezembro de 2010 o patrimônio líquido da empresa era de 153 milhões de reais. A empresa gerou um lucro de 37,7 milhões, dos quais 8,9 foram distribuídos. Assim, o lucro que ficou na empresa foi de 28,7 milhões. O crescimento sustentável é de
Crescimento Sustentável = 28,7 / 153 = 0,1877
Ou seja, a empresa pode crescer a uma taxa de 18,77%. Observando a demonstração do resultado da empresa tem-se a seguinte figura:
Durante o ano de 2011 a receita da empresa apresentou o seguinte crescimento:
Crescimento das Receitas = (471,1 / 351,1) – 1 = 0,342
Ou seja, a receita vem aumentando muito além do crescimento sustentável da empresa. Persistindo esta diferença, isto pode gerar problemas financeiros.
Grau de utilidade – Regular. É um índice interessante para empresas com lucro e taxa de crescimento elevada. Além disto, não é muito usada pelos analistas.
Controvérsia de Medida – Alguma. É muito difícil prever uma taxa de crescimento adequada para uma empresa. No anterior, a empresa do exemplo apresentou um crescimento sustentável de 0,24. Naquele período o crescimento das vendas foi novamente superior ao crescimento sustentável (34%).
Observações Adicionais
a) Este índice é bastante defendido por Robert Higgins, no livro Analysis for Financial Management.
b) Multiplicando o numerador e denominador por vendas e ativo, o índice corresponde a margem líquida vezes a taxa de retenção do lucro vezes o retorno do ativo vezes o giro do ativo. Higgins denomina esta fórmula de PRAT, sendo P = margem líquida (profit margin), R = retenção do lucro; A = giro do ativo e T = alavancagem que poderíamos traduzir para MARA.
c) Este índice deve ser considerado no longo prazo. A empresa que apresenta crescimento de vendas muito acima da sua capitalização pode estar aumentando o endividamento, com reflexo no risco.
d) Trata-se, portanto, de um índice conservador, onde a expansão deve ser feita com recursos próprios da própria empresa.
Esta é uma série de
textos sobre os principais índices usados na análise das demonstrações
contábeis. Outros textos publicados foram:
Capital
Circulante Líquido, Capitalização, Cobertura
de dívida, Cobertura
de investimento, Composição
do Endividamento, Crescimento
Sustentável, Custo
da Dívida, Distribuição
do Valor adicionado, Dividend
yield, Dividendo
por lucro, Ebitda,
Endividamento, Endividamento
Oneroso, FC
sobre VE, FC
sobre Vendas, FCL
sobre VE, FCO
sobre Ativo, FCO
sobre Passivo, Fluxo
de Caixa Livre, Giro
do Ativo, Grau
de Alavancagem Operacional, Investimento
sobre Depreciação, Liquidez
Corrente, Lucro
Econômico, Lucro
Líquido sobre Ativo, Lucro
por ação, Margem
Bruta, Margem
Líquida, Margem
Operacional, NIG
sobre Vendas, P/L, PLC, Prazo
de Pagamento a Fornecedores, Preço
sobre vendas, Retorno
Total, ROI, RSPL, Taxa
de Queima, Valor
do Empreendimento, Valor
Econômico Agregado.
23 abril 2012
Rir é o melhor remédio
Todo Juiz, mergulhado num julgamento de corrupção, sofre um impulso pra cima igual ao peso dos corruptos por ele inocentados
Millor Fernandes
Millor Fernandes
Teste 549
Veja o cartaz abaixo. Trata da oferta de diversos serviços de engenharia. É um exemplo de: (a) economia de escala (b) economia de escopo (c ) ambos
Resposta do Teste Anterior: Trata-se de um aumento do passivo em razão da recuperação do valor de mercado. Neste caso, o mercado está valorando o passivo da empresa de forma mais otimista
Fonte: Aqui
Resposta do Teste Anterior: Trata-se de um aumento do passivo em razão da recuperação do valor de mercado. Neste caso, o mercado está valorando o passivo da empresa de forma mais otimista
Fonte: Aqui
Fluxo sobre Vendas
Definição – este índice mede o fluxo de caixa gerado pelas vendas da empresa. Corresponde ao percentual das vendas que é transformado em caixa das operações.
Fórmulas – FC sobre Vendas = Fluxo de Caixa das Atividades Operacionais / Vendas Líquidas
Fluxo de Caixa das Atividades Operacionais = corresponde ao fluxo oriundo das atividades operacionais da empresa. Não deve constar deste fluxo as despesas financeiras pagas ao capital de terceiros, que para fins de análise corresponde ao fluxo de financiamento.
Vendas Líquidas = refere-se a receita líquida originária da venda de produtos e prestação de serviços, sem considerar as devoluções, abatimentos e impostos sobre vendas.
Unidade de Medida – Corresponde a um número absoluto. Entretanto, pode-se multiplicar a fórmula por 100 para usar um percentual.
Intervalo da medida – O fluxo pode assumir valores positivos e negativos. Espera-se que seu valor, quando positivo, não seja superior as vendas. Assim, o intervalo da medida deve estar normalmente entre -1 a 1.
Como calcular – Os valores necessários para cálculo do índice são obtidos na demonstração do resultado do exercício e na demonstração dos fluxos de caixa.
A receita é obtida na DRE da empresa, conforme figura a seguir:
Podemos calcular o índice da seguinte forma:
FC sobre Vendas = 1 269 991 / 4967 359 = 0,2557
No ano de 2010 este índice seria:
FC sobre Vendas = 950 123 / 4394 324 = 0,2162
Indicando que a empresa consegue transformar em caixa operacional ¼ da sua receita.
Grau de utilidade – Regular. Este índice faz sentido analítico quando a empresa gera caixa nas operações.
Controvérsia de Medida – Alguma. A incorporação dos encargos financeiros no fluxo das operações não fica muito claro em algumas DFCs.
Observações Adicionais
a) Em algumas empresas é interessante somar ao valor das vendas as outras receitas, como as receitas financeiras. Isto tende a reduzir o valor do índice.
b) O volume de deduções das receitas pode ser expressivo, como é o caso da empresa usada no exemplo, onde o valor foi de 2 bilhões de reais. Deste total, 1,2 bilhão é referente ao ICMS e 460 milhões ao Cofins.
c) Desconsiderando a despesa financeira do fluxo das operações, no valor de R$489 milhões, o resultado seria de 35% para 2011. Esta seria a forma mais correta de cálculo deste índice.
d) Valores elevados deste índice pode ser um sinal da qualidade do lucro, já que seu valor estaria mais próximo do fluxo de caixa. Entretanto, para empresas que revendem produtos, como é o caso de varejistas, este índice tende a ser menor.
Esta é uma série de textos sobre os principais índices usados na análise das demonstrações contábeis. Outros textos publicados foram: PLC, FCL sobre VE, Distribuição do Valor adicionado, Lucro Líquido sobre Ativo, Dividendo por lucro, Lucro por ação, Preço sobre vendas, Dividend yield, Capital Circulante Líquido, Custo da Dívida, Investimento sobre Depreciação, Composição do Endividamento, Cobertura de dívida,. Cobertura de investimento, Prazo de Pagamento a Fornecedores, Taxa de Queima, Prazo de Estocagem, Valor Adicionado sobre Receita, Margem Líquida, Giro do Ativo, P/L, RSPL, Endividamento Oneroso, Endividamento, Fluxo de Caixa Livre, Ebitda, Margem Operacional, NIG sobre Vendas, Valor do Empreendimento, Capitalização, Margem Bruta, ROI e Liquidez Corrente
Esta é uma série de textos sobre os principais índices usados na análise das demonstrações contábeis. Outros textos publicados foram: PLC, FCL sobre VE, Distribuição do Valor adicionado, Lucro Líquido sobre Ativo, Dividendo por lucro, Lucro por ação, Preço sobre vendas, Dividend yield, Capital Circulante Líquido, Custo da Dívida, Investimento sobre Depreciação, Composição do Endividamento, Cobertura de dívida,. Cobertura de investimento, Prazo de Pagamento a Fornecedores, Taxa de Queima, Prazo de Estocagem, Valor Adicionado sobre Receita, Margem Líquida, Giro do Ativo, P/L, RSPL, Endividamento Oneroso, Endividamento, Fluxo de Caixa Livre, Ebitda, Margem Operacional, NIG sobre Vendas, Valor do Empreendimento, Capitalização, Margem Bruta, ROI e Liquidez Corrente
As maiores do Brasil
A liderança econômica do Brasil, na América Latina, foi sancionada, mais uma vez, na edição 2012 do Índice Forbes Global 2000, divulgado na quarta-feira 18. Na lista, o Brasil participa com 33 empresas, mais do que o dobro do México, que emplacou 16. A brasileira mais bem posicionada é a Petrobras, em décimo lugar, duas posições abaixo em relação à edição de 2011. Mesmo com a queda, a petrolífera estatal cujas vendas somaram US$ 145,9 bilhões no ano passado segue à frente de competidoras de maior porte como a British Petroleum, com receitas de US$ 375,5 bilhões, a Chevron, US$ 236,6 bilhões, e a Sinopec, US$ 391,4 bilhões. (...)
Petrobras no topo - Isto é Dinheiro - 21 abr 2012
Petrobras no topo - Isto é Dinheiro - 21 abr 2012
Wal-Mart
O Walmart do México pagou mais de US$ 24 milhões em subornos a prefeitos e vereadores em licenças para acelerar a construção de lojas em todo o país. Segundo reportagem do The New York Times, maior empregador privado no México, com 29 mil funcionários, a rede varejista era tida como um modelo para o crescimento futuro da companhia, já que uma a cada cinco lojas da multinacional no mundo estão na nação da América Latina.
O esquema de suborno foi revelado à matriz, nos EUA, em setembro de 2005, quando um advogado da companhia recebeu um e-mail de um ex-executivo da subsidiária no México, que era responsável pela obtenção de licenças . Ao iniciar uma investigação, a rede nos EUA abafou o caso e demitiu o funcionário responsável pela análise da suspeita de corrupção. Não houve nenhum tipo de punição. Pelo contrário, o diretor-executivo da rede no México Eduardo Castro-Wright foi promovido a vice-presidente do Walmart em 2008.
Após pressão de parte da diretoria, a rede varejista demitiu alguns executivos do México. Em dezembro, após o Walmart saber que o esquema havia vazado para o jornal “The New York Times”, a rede varejista informou ao Departamento de Justiça dos EUA que havia aberto uma investigação interna.
À SEC(órgão regulador do mercado americano), a rede informou não acreditar que estas questões terão efeito sobre os negócios. O porta-voz da empresa David W. Tovar disse que o Walmart está trabalhando para descobrir o que aconteceu.
Segundo um ex-funcionário, a licença par a as lojas saía dias depois do pagamento do suborno, que incluía o loteamento do terreno e a redução das taxas de impacto ambiental.
Walmart subornou políticos do México para construir lojas - O Globo - 22 Abr 2012
O esquema de suborno foi revelado à matriz, nos EUA, em setembro de 2005, quando um advogado da companhia recebeu um e-mail de um ex-executivo da subsidiária no México, que era responsável pela obtenção de licenças . Ao iniciar uma investigação, a rede nos EUA abafou o caso e demitiu o funcionário responsável pela análise da suspeita de corrupção. Não houve nenhum tipo de punição. Pelo contrário, o diretor-executivo da rede no México Eduardo Castro-Wright foi promovido a vice-presidente do Walmart em 2008.
Após pressão de parte da diretoria, a rede varejista demitiu alguns executivos do México. Em dezembro, após o Walmart saber que o esquema havia vazado para o jornal “The New York Times”, a rede varejista informou ao Departamento de Justiça dos EUA que havia aberto uma investigação interna.
À SEC(órgão regulador do mercado americano), a rede informou não acreditar que estas questões terão efeito sobre os negócios. O porta-voz da empresa David W. Tovar disse que o Walmart está trabalhando para descobrir o que aconteceu.
Segundo um ex-funcionário, a licença par a as lojas saía dias depois do pagamento do suborno, que incluía o loteamento do terreno e a redução das taxas de impacto ambiental.
Walmart subornou políticos do México para construir lojas - O Globo - 22 Abr 2012
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