30 março 2012
Alfabeto e filmes
Um teste para aqueles que gostam de cinema: descobrir o nome dos filmes da década de oitenta. Confesso que descobri 7 :(.
29 março 2012
Taxa de Queima
Definição – Para as empresas que não estão gerando caixa com as atividades operacionais mostra quanto tempo o capital circulante líquido será consumido na empresa
Fórmula – Taxa de Queima = Capital Circulante Líquido /|Fluxo de Caixa das Operações|
Sendo
Capital Circulante Líquido = diz respeito a diferença entre o ativo circulante e o passivo circulante. Só é usado quando o CCL for positivo.
Fluxo de Caixa das Atividades Operacionais = corresponde ao caixa gerado pela empresa derivado as atividades operacionais. O índice é calculado quando este item é negativo. Assim, usamos o módulo do valor no índice.
Unidade de Medida – Em exercícios sociais. Se o fluxo for anual indica quantos anos, mantendo a empresa este desempenho, irá suportar seu CCL.
Intervalo da medida – O índice só pode ser usado para situações onde o denominador é negativo e o numerador é positivo. Como usamos módulo de fluxo de caixa, o intervalo estará entre zero a infinito.
Como calcular – Os valores são obtidos na demonstração dos fluxos de caixa e no balanço patrimonial.
Para exemplificar, considere o balanço da Marfrig, controladora. O fluxo de caixa das atividades operacionais é apresentado a seguir.
A empresa não tem gerado caixa nos dois últimos anos: R$1,05 bilhão e R$960 milhões, em 2011 e 2010. Isto significa que o fluxo de caixa é negativo, que corresponde a primeira condição para o uso do indicador.
Para calcular o Capital Circulante Líquido é necessário o ativo circulante e o passivo circulante. As duas figuras a seguir apresentam esta informação.
O Capital Circulante Líquido seria igual a R$1,395 ou R$4 000 285 – R$ 2 605 409.
A taxa de queima para o final de 2011 é dada por:
Taxa de Queima = 1 394 876 / 1046 373 = 1,33 anos
Ou seja, mantendo esta geração negativa do fluxo de caixa, a empresa irá suportar 1,33 anos com o CCL positivo. No final de 2010 a taxa de queira era de:
Taxa de Queima = 2 428 884 / 960 127 = 2,53 anos
Em um ano a taxa de queima reduziu em 1,19 em razão do fluxo das operações mais negativo.
Grau de utilidade – Regular. Seu uso está restrito a situações onde o fluxo das operações é negativo e o CCL é positivo. Entretanto, nestas situações, a taxa de queima pode ser um índice relevante.
Controvérsia de Medida – Não existe controvérsia. No livro de Administração do Capital de Giro, de Assaf Neto e Silva, este índice é apresentado de maneira invertida.
Observações Adicionais
a) A taxa de queima é um sinalizador para as empresas em dificuldades. Outros parâmetros devem ser levados em consideração na análise, antes de uma conclusão mais incisiva.
b) Uma empresa pode sobreviver no curto e médio prazo com um fluxo negativo nas operações e um CCL menor de a unidade. Entretanto esta situação geralmente não persiste no longo prazo.
c) Neste índice, menores valores indicariam uma situação mais crítica da empresa. No exemplo apresentado, a situação em 31 de dezembro de 2011 era pior do que doze meses antes.
d) Persistindo um fluxo de caixa negativo, a tendência da empresa é ter uma taxa de queima cada vez menor, indicando que a situação da empresa é mais crítica.
Veja também
Fluxo sobre lucro
Prazo de Estocagem
Margem Líquida
Giro do Ativo
P/L
Retorno sobre Patrimônio Líquido
Endividamento Oneroso
Endividamento
Ebitda
Margem Operacional
NIG sobre Vendas
Valor do Empreendimento
Capitalização
Margem Bruta
ROI
Liquidez Corrente
Princípios do Controle Interno
Existe uma série de regras básicas que toda entidade deve observar visando preservar seu patrimônio. Os aspectos apresentados aqui correspondem a uma listagem mínima de princípios de controle interno de uma organização. Sua observância permite a redução do chamado risco de controle interno, que é o risco decorrente das falhas existentes nos mecanismos de controle interno de uma organização.
A observância destes princípios não garante a ausência de irregularidades na empresa. A rigor não existe um sistema de controle ótimo, que elimine estes problemas. Ao gestor responsável pela implantação do controle interno é necessário ponderar entre o custo de implantar e manter um sistema de controle interno e o custo das irregularidades e erros que podem ser evitados com o sistema.
Rodízio de Funcionários
Nas empresas é importante que os funcionários tenham um rodízio das suas funções. Isto significa dizer que se deve evitar que um funcionário fique muito tempo numa mesma função. É muito comum as empresas descobrirem desfalques quando fazem rodízios dos funcionários. Outra prática de um bom controle interno é exigir que os funcionários tirem férias. Quando um funcionário permanece muito tempo na mesma função existe mais chance de agir de maneira inapropriada.
Supervisão das Operações
Os funcionários devem ser supervisionados na execução das suas funções. A supervisão irá garantir que as tarefas estão sendo executadas para atingir os objetivos da organização. A supervisão também reduz a probabilidade de desfalques e furtos, tanto por parte dos funcionários como de pessoas externas.
A supervisão das operações pode ser feita por um funcionário superior na escala hierárquica. Mas mesmo o mais elevado nível da hierarquia de uma organização deve ter seu trabalho monitorado. Em grandes empresas, o presidente reporta suas estratégias e ações a um conselho de administração, garantindo a existência das supervisão das operações.
Estabelecimento de Responsabilidade
Dentro de uma organização, as tarefas devem ser delegadas aos funcionários. Para cada tarefa, deve existe somente um funcionário responsável por sua execução. Usando este princípio é mais fácil para a empresa gerenciar a execução das atividades. Em tais situações, é possível determinar claramente a responsabilidade por um erro. Além disto, numa organização onde existe uma premiação baseada no mérito, determinar claramente a responsabilidade por cada tarefa facilita o pagamento por desempenho.
Segregação de funções
A segregação de funções permite aumentar o controle as ações internas da entidade. Quando uma mesma pessoa é responsável por muitas tarefas, o potencial de erro e irregularidades aumenta.
Um exemplo de segregação de função ocorre numa empresa comercial, quando a pessoa que efetua a venda não é a mesma que recebe o dinheiro. Outra situação ocorre na área financeira da empresa, onde o responsável pela autorização de um gasto não é o mesmo que faz o registro contábil.
Autorização de Transação
Os pagamentos que são realizados por uma entidade devem ser devidamente autorizados pela pessoa responsável. Algumas entidades criam um processo padronizado de autorização de despesa, onde os gastos somente são realizados após cumprir todos os requisitos necessários.
Apesar disto representar uma redução na velocidade com que os negócios são realizados pela entidade, acredita-se que a cautela nos procedimentos pode prevenir fraudes e irregularidades.
Procedimentos Documentados
As atividades realizadas na entidade devem ser devidamente documentadas. Isto inclui, quando for o caso, o registro contábil das transações. A posterior verificação será possível com esta documentação. A ausência documentação facilita a ação de pessoas desonestas.
É importante notar que uma entidade pode adotar procedimentos documentados e mesmo assim funcionar de maneira ágil e sem burocracia.
Verificação independente
A verificação dos atos que ocorrem dentro da entidade deve estar sujeita a verificação independente. Esta verificação deve ser periódica, onde os problemas devem ser relatados para a administração resolvê-los.
Nas grandes empresas esta verificação pode ser feita pelos auditores internos e externos. Os auditores internos são funcionários da empresa que avaliam os controles e os registros contábeis. Os auditores externos são contratos para emitir um relatório de auditoria para os usuários externos.
Controles Físicos
Uma entidade deve ter controles físicos para suas operações. Existe uma ampla gama de instrumentos que podem ser usados, entre os quais citamos: câmeras de vídeos, cofres, máquinas registradoras, alarmes, programas antivírus, ponto eletrônico, senhas em computadores, entre outras possibilidades.
A observância destes princípios não garante a ausência de irregularidades na empresa. A rigor não existe um sistema de controle ótimo, que elimine estes problemas. Ao gestor responsável pela implantação do controle interno é necessário ponderar entre o custo de implantar e manter um sistema de controle interno e o custo das irregularidades e erros que podem ser evitados com o sistema.
Rodízio de Funcionários
Nas empresas é importante que os funcionários tenham um rodízio das suas funções. Isto significa dizer que se deve evitar que um funcionário fique muito tempo numa mesma função. É muito comum as empresas descobrirem desfalques quando fazem rodízios dos funcionários. Outra prática de um bom controle interno é exigir que os funcionários tirem férias. Quando um funcionário permanece muito tempo na mesma função existe mais chance de agir de maneira inapropriada.
Supervisão das Operações
Os funcionários devem ser supervisionados na execução das suas funções. A supervisão irá garantir que as tarefas estão sendo executadas para atingir os objetivos da organização. A supervisão também reduz a probabilidade de desfalques e furtos, tanto por parte dos funcionários como de pessoas externas.
A supervisão das operações pode ser feita por um funcionário superior na escala hierárquica. Mas mesmo o mais elevado nível da hierarquia de uma organização deve ter seu trabalho monitorado. Em grandes empresas, o presidente reporta suas estratégias e ações a um conselho de administração, garantindo a existência das supervisão das operações.
Estabelecimento de Responsabilidade
Dentro de uma organização, as tarefas devem ser delegadas aos funcionários. Para cada tarefa, deve existe somente um funcionário responsável por sua execução. Usando este princípio é mais fácil para a empresa gerenciar a execução das atividades. Em tais situações, é possível determinar claramente a responsabilidade por um erro. Além disto, numa organização onde existe uma premiação baseada no mérito, determinar claramente a responsabilidade por cada tarefa facilita o pagamento por desempenho.
Segregação de funções
A segregação de funções permite aumentar o controle as ações internas da entidade. Quando uma mesma pessoa é responsável por muitas tarefas, o potencial de erro e irregularidades aumenta.
Um exemplo de segregação de função ocorre numa empresa comercial, quando a pessoa que efetua a venda não é a mesma que recebe o dinheiro. Outra situação ocorre na área financeira da empresa, onde o responsável pela autorização de um gasto não é o mesmo que faz o registro contábil.
Autorização de Transação
Os pagamentos que são realizados por uma entidade devem ser devidamente autorizados pela pessoa responsável. Algumas entidades criam um processo padronizado de autorização de despesa, onde os gastos somente são realizados após cumprir todos os requisitos necessários.
Apesar disto representar uma redução na velocidade com que os negócios são realizados pela entidade, acredita-se que a cautela nos procedimentos pode prevenir fraudes e irregularidades.
Procedimentos Documentados
As atividades realizadas na entidade devem ser devidamente documentadas. Isto inclui, quando for o caso, o registro contábil das transações. A posterior verificação será possível com esta documentação. A ausência documentação facilita a ação de pessoas desonestas.
É importante notar que uma entidade pode adotar procedimentos documentados e mesmo assim funcionar de maneira ágil e sem burocracia.
Verificação independente
A verificação dos atos que ocorrem dentro da entidade deve estar sujeita a verificação independente. Esta verificação deve ser periódica, onde os problemas devem ser relatados para a administração resolvê-los.
Nas grandes empresas esta verificação pode ser feita pelos auditores internos e externos. Os auditores internos são funcionários da empresa que avaliam os controles e os registros contábeis. Os auditores externos são contratos para emitir um relatório de auditoria para os usuários externos.
Controles Físicos
Uma entidade deve ter controles físicos para suas operações. Existe uma ampla gama de instrumentos que podem ser usados, entre os quais citamos: câmeras de vídeos, cofres, máquinas registradoras, alarmes, programas antivírus, ponto eletrônico, senhas em computadores, entre outras possibilidades.
28 março 2012
Rir é o melhor remédio
Um série de posters sobre economia: mínimas palavras e máximo conteúdo: austeridade, correção, inflação, custo de oportunidade, previsão (o melhor !), mão invisível e incentivos.
Links
Contabilidade e Crime
CPA e o crime
CEO da Deloitte holandesa tinha ações de empresas que auditava
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Como evitar comprar combustível adulterado
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Muppet explica Goldman Sachs
MEC fecha a Universidade São Marcos (dica de A Alcantara)
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Gráfico: Ascensão e queda dos impérios on line
Ponto eletrônico: vantagens e desvantagens
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Volei de praia nas olimpíadas: trajes mais conservadores
Outros
A impossiblidade do esperanto
Um país novo com previdência de um país velho
Coisas que não conhecemos na matemática
Fluxo sobre Lucro
Definição – Mostra quanto do lucro foi transformado em caixa das operações. Compara uma medida pelo regime de competência com o desempenho medido pelo regime de caixa
Fórmula – Fluxo/Lucro = (Fluxo de Caixa das Atividades Operacionais/Lucro Líquido) x 100
Sendo
Fluxo de Caixa das Atividades Operacionais = refere-se ao caixa gerado pela empresa derivado as atividades operacionais
Lucro Líquido = corresponde ao lucro líquido do período
Unidade de Medida – O índice está expresso em valores percentuais
Intervalo da medida – As possibilidades do intervalo do índice são diversas. Como também o numerador quanto o denominador pode ser positivos ou negativos, o índice pode, teoricamente, variar entre menos infinito e mais infinito. O mais comum é que o índice esteja próximo dos 100%.
Como calcular – Os valores da determinação deste índice podem ser encontrados na demonstração dos fluxos de caixa e na demonstração do resultado do exercício. Para as empresas que usam o fluxo indireto, basta a demonstração dos fluxos de caixa.
A figura a seguir mostra o extrato desta demonstração para a BRMalls , uma empresa que administra diversos shoppings no Brasil.
Em 2011 a empresa gerou um lucro de 471 milhões de reais, mas o fluxo de caixa foi de menos 56 milhões de reais. Assim, o índice fluxo sobre lucro é dado por:
Fluxo sobre Lucro = (-55 710 / 471 019) x 100 = - 11,83%
Isto indica que a empresa, apesar de gerar lucro no exercício, não consegue transformar este resultado em fluxo das operações. Observe que no exercício anterior, de 2010, o índice era de 11,48%, indicando que a quantidade de caixa gerada representava somente onze por cento do lucro gerado. Ou seja, nos dois últimos exercícios a empresa não conseguiu transformar o lucro em dinheiro.
Grau de utilidade – Elevado. No longo prazo este índice deve ser igual a unidade, já que o lucro tende a ser igual ao caixa. Assim, quando o índice é menor que 100% podemos ter uma sinalização da existência de gerenciamento dos accruals na contabilidade.
Controvérsia de Medida – Existe alguma controvérsia sobre a medida. Alguns autores usam o lucro operacional em lugar do lucro líquido. Além disto, em razão dos valores assumirem tanto valores positivos quanto negativos, o sinal do índice pode provocar confusão no analista.
Observações Adicionais
a) Como tanto o numerador quanto o denominador podem assumir valores positivos e negativos o resultado do índice pode ser enganoso. Assim, se ambos são negativos, o resultado é positivo. O importante é comparar o valor do fluxo com o valor do lucro. Podemos estabelecer a seguinte regra: a1) ambos positivos – o valor deve ser próximo de 100%; b) ambos sendo negativos – o valor deve estar próximo de 100%; c) um deles negativo e outro positivo – o valor deve estar próximo de zero e os valores do lucro e do fluxo não devem ser expressivos.
b) Este índice pode variar quando a empresa está em fase de crescimento. Neste caso, o aumento da depreciação irá influenciar no lucro, mas não no fluxo operacional.
c) Para as empresas que consideram que a despesa financeira é um item decorrente da atividade de financiamento, o mais adequado é usar o lucro operacional.
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