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07 março 2012

Banqueiro condenado

O bilionário banqueiro texano, Allen Stanford, foi condenado pelo roubo de US$ 7 bilhões em dinheiro de seus clientes usado para financiar um estilo de vida suntuoso que incluía patrocínio a um torneio internacional de críquete, iates e propriedades em ilhas caribenhas.


Depois de um julgamento de seis semanas em Houston, e no quinto dia de deliberação dos jurados, os oito homens e quatro mulheres que formam o júri votaram pela condenação de Stanford, por 13 das 14 acusações que lhe eram movidas, entre as quais fraude, conluio e obstrução de investigação da Securities and Exchange Commission (SEC, a CVM dos EUA). Ele foi considerado inocente por uma acusação de fraude telegráfica.


(...) Os promotores acusaram Stanford de iludir os investidores em seu material de marketing, prometendo que seu dinheiro seria investido em ativos de fácil negociação, tais como ações e títulos, quando em lugar disso ele utilizou o dinheiro para comprar dois jornais no Caribe, ilhas e aviões.


Também pagou subornos, transferidos via contas em bancos suíços, a um fiscal de Antígua, para que este interferisse com a investigação da SEC, e também a um contador local, para que ele aprovasse as contas do banco e suas transações de empréstimo.

Banqueiro americano é condenado por fraude de US$ 7 bilhões - KARA SCANNEL - DO FINANCIAL TIMES, EM NOVA YORK

Defesa de Tese

Dia 21 de março (quarta-feira) teremos a defesa de tese de Ducineli Régis Botelho com o título “EPISTEMOLOGIA DA PESQUISA EM CONTABILIDADE INTERNACIONAL: ENFOQUE CULTURAL-REFLEXIVO”.

A comissão examinadora será a seguinte:

Prof. Dr. Jorge Katsumi Niyama – UnB/UFPB/UFRN (Orientador)
Prof. Dr. Paulo Roberto Barbosa Lustosa – UnB/UFPB/UFRN (Membro Interno)
Prof. Dr. Tomás de Aquino Guimarães – PPGA/UnB (Membro Não Vinculado ao Programa)
Prof. Dr. Carlos Renato Theóphilo – UNIMONTES (Membro Externo)
Prof. Dr. Sérgio de Iudícibus – PUC/SP (Membro Externo)
Profª. Drª. Fátima de Souza Freire – UnB/UFPB/UFRN (Suplente)

A defesa será às 10:30 hs, no Auditório do Instituto de Química, da UnB.

Nota: Primeira defesa FEMININA do Programa!!

Paradoxo do Imposto de Renda

Minha primeira sogra era uma dessas pessoas que tentam burlar o imposto de renda. Uma vez, no intervalo de um filme ou coisa assim, ela lançou um paradoxo muito profundo: “O problema é que nós tentamos convencer o banco de que somos ricos e, ao mesmo tempo, convencer o governo de que somos pobres. E depois eles chegam e cruzam os dados”.

Acho que esse é basicamente o paradoxo dos países que ficam tentando incentivar o turismo e, ao mesmo tempo, conter a imigração.

Em 2007, por exemplo, a prefeitura de Barcelona e o governo da Catalunha investiram dois milhões de euros na produção de “Vicky Cristina Barcelona”. No ano seguinte, companhias americanas que nem tinham voos diretos para Barcelona criaram esses voos. Todo mundo queria ser Rebecca Hall e ser baleado na mão por uma amante latina enlouquecida.

No entanto, ao mesmo tempo que pagava Woody Allen para incentivar o turismo, a Espanha tentava convencer os imigrantes a irem “para casa” porque o país estava pobre demais para “sustenta-los”. Será que eles não entendem que uma hora o turista realmente empolgado cruza os dados e resolve estender as férias?

Quando minha ex-sogra colocou o paradoxo do imposto de renda na roda, criei um pequeno climão dizendo que ela poderia simplesmente decidir se preferiria pagar menos taxas no banco ou menos imposto ao governo.

Acho que alguém poderia fazer algo semelhante explicando para a União Europeia que tudo seria mais simples se eles escolhessem se querem ganhar o dinheiro dos turistas ou economizar o que dizem gastar com os imigrantes.

Sei que nem todo mundo escolhe o país para onde vai migrar por conta da sedução de um filme ou de uma viagem, mas eu não subestimaria a sedução das coisas fúteis se fosse você. No fim das contas, supridas as necessidades muito básicas, todo mundo quer morar no lugar que lhe promete sonhos.


Juliana Cunha

06 março 2012

Rir é o melhor remédio

Crise na Europa

Links


Listas
Dez pontes bonitas

Dez castelos

Financiamento
Aprovado fundo de pensão dos servidores públicos

Crowdfunding para financiar compras de jogadores e ensaios “artísticos”

Crise
Islândia quer adotar o dólar do Canadá

Custo da quebra da Grécia pode ser de 1 trilhão

O segredo da Finlândia (com a Grécia)

Regulador e Empresa
Empresas ainda têm dificuldade de lidar com o Sped Fiscal

Banco Central vai cobrar 65 bilhões do Nacional e Econômico

Suiça investiga a Vale

Videos
Motorista no limite - Peru

Helicopteros Robôs tocam tema de James Bond

Faz 50 anos que Chamberlain fez 100 pontos numa partida de basquete

Retorno Sobre o Investimento - ROI

Definição – relaciona o lucro operacional com o investimento da empresa. O retorno sobre o investimento, também denominado de ROI, mostra a taxa de retorno obtida pela empresa para seus financiadores, seja capital próprio ou capital de terceiros.

Quanto maior o ROI maior o retorno obtido.


Fórmula – Retorno sobre o Investimento = (Lucro Operacional/Investimento) x 100

Sendo
Lucro Operacional = lucro obtido pela empresa antes de remunerar seus financiadores. Existem algumas controvérsias sobre o que se deve considerar ou não no lucro operacional. Basicamente todo resultado decorrente do investimento realizado na empresa deve entrar no lucro operacional. Isto inclui as receitas financeiras e o resultado de investimentos em outras empresas, mas não as despesas financeiras, que devem ser excluídas.

Investimento = também denominado de ativo líquido. Diz respeito ao valor do ativo menos os passivos não onerosos (passivos de funcionamento), que inclui fornecedores, salários e encargos, impostos a pagar.

Os dados são obtidos no balanço patrimonial e na demonstração de resultado de cada empresa. Para algumas situações, as notas explicativas também são importantes, quando a empresa não divulga, de maneira segregada, as despesas das receitas financeiras.

Por dividir uma informação de um período (lucro operacional) por uma informação de uma data (investimento), o retorno sobre investimento refere-se a um período de tempo, como um ano específico ou um trimestre.

Unidade de Medida – Ao dividir um valor monetário por outro valor monetário, o resultado não possui uma medida específica. Entretanto, ao multiplicarmos por cem estamos considerando esta medida em percentual. Assim, pode-se comparar o retorno do investimento de uma empresa com outros retornos, com um título sem risco. Mas é importante lembrar que ao usar o lucro operacional de um trimestre, por exemplo, o retorno obtido será o retorno do trimestre.

Intervalo da medida – Como o lucro operacional pode variar entre um número negativo e um número positivo, o intervalo esperado da medida varia entre menos 100% até infinito. Usualmente o resultado deve ser positivo.

Como calcular – A figura a seguir mostra o balanço de 31 de dezembro de 2011 da B2W, em milhões de reais.


A seguir, a demonstração de resultado no quarto trimestre de 2011, também em milhões de reais:

Para calcular o lucro operacional temos que separar tudo que é proveniente do ativo líquido (investimento) daquilo que é decorrente dos financiadores (terceiros e próprio). Partindo do Resultado Operacional antes do Resultado Financeiro temos que adicionar as receitas financeiras, a equivalência patrimonial e outras despesas operacionais:

Lucro Operacional = Resultado Operacional Antes do Resultado Financeiro + Receitas Financeiras + Equivalência Patrimonial + Outras receitas (despesas) não operacionais

O investimento é obtido retirando do ativo os passivos não onerosos. No caso da empresa

Investimento = Ativo – Fornecedores – Salários, provisões e Contribuições Sociais


O cálculo do ROI é obtido através da relação dos dois valores encontrados:

ROI = (72,8 / 2.802,8) x 100 = 2,6% ao trimestre

Isto corresponde a um retorno anual de 10,8%. É possível comparar este rendimento com outras empresas e até mesmo, com as devidas ressalvas, com outros investimentos.

Grau de utilidade – Elevado. Esta é uma das medidas de desempenho mais relevantes de uma empresa. É importante para comparar empresas de setores diferentes.

Controvérsia de Medida – A forma como se calcula o ROI pode variar conforme o analista, tanto pelo denominador quanto pelo numerador.

Cuidados Adicionais

a) Pelo menos na teoria pode ocorrer uma situação esdrúxula onde o ativo líquido seria negativo. Nestes casos é preferível não usar o ROI.

b) A medida do lucro operacional varia na literatura. No passado a legislação brasileira considerava as despesas financeiras como parte do lucro operacional, o que não faz nenhum sentido lógico. Alguns optam por não considerar as receitas e despesas não operacionais. Como a classificação deste item é questionável e tende a cair em desuso, é aconselhável que os valores sejam considerados no lucro operacional. Da mesma forma, em países mais desenvolvidos, é comum retirar do ativo todo passivo circulante. Assim, o investimento corresponderia ao ativo menos o passivo circulante. Em razão do grande volume de empréstimo e financiamento de curto prazo ainda presente na estrutura das empresas brasileiras, aconselha a considerar somente o passivo não oneroso.

c) O Retorno sobre o investimento também é conhecido como índice Du Pont. Historicamente este índice era usado na Du Pont para fazer análise de desempenho das empresas do grupo, que era bastante diversificado.

d) Uma forma de enriquecer a análise do ROI é usar a expressão de cálculo mais expandida:

ROI = Lucro Operacional / Investimento Líquido
ROI = (Lucro Operacional / Investimento Líquido) x (Vendas/Vendas)
ROI = (Lucro Operacional / Vendas) x (Vendas/Investimento Líquido)
ROI = Margem Operacional x Giro do Ativo

Veja também:

Entrevista com Jeffrey Sachs



Jeffrey Sachs, um dos economistas mais importantes e influentes do mundo, concedeu entrevista ao Valor Econômico, onde trata de desenvolvimento sustentável e da Rio+20. Eis alguns pontos interessantes:

Valor: O senhor disse em discurso nas Nações Unidas que a Rio+20 deveria ser honesta e admitir as mais de duas décadas de fracasso global na área ambiental. O que quis dizer?

Jeffrey Sachs: A conferência do Rio em 1992 foi uma grande conquista da legislação ambiental internacional. Três grandes tratados ambientais saíram de lá: a Convenção do Clima, a da Biodiversidade e a do Combate à Desertificação. Quando olhamos para tudo isso 20 anos depois, temos três fundamentos da lei internacional, mas sem muito resultado. A mudança climática piorou dramaticamente e não temos um arcabouço no qual trabalhar. Registramos perdas gigantes em biodiversidade e enfrentamos secas cada vez mais fortes nas regiões áridas. Acho que é justo dizer que nos últimos 20 anos houve muito debate sobre legislação e acordos, mas não muito progresso em ações concretas. Penso que teríamos de sair da Rio+20 com caminhos práticos. Em outras palavras: esses problemas não devem ser deixados mais ao crivo de advogados. É preciso encontrar abordagens de desenvolvimento sustentável que façam sentido, que sejam mensuráveis e possíveis de replicar. É disso que se trata.

Valor: Mudando de assunto: o Brasil descobriu um volume imenso de petróleo no mar. Poderia trilhar o caminho errado, do passado?

Sachs: Há dois pontos bem diferentes quando se pensa sobre o que fazer com o petróleo no mar. O primeiro é como explorar esse petróleo de maneira segura. Os EUA viveram um enorme desastre nesse campo em 2010 e frequentemente essas empresas são desonestas, míopes, corrompem os legisladores. Os EUA têm um sistema regulatório todo corrompido por empresas que cortaram custos onde não deviam, comportaram-se mal e terminamos com um grande desastre. Mesmo em um país como o Japão, vimos como o sistema que controlava uma usina nuclear era horrivelmente mal gerenciado. Então, a primeira coisa que eu diria é que o Brasil deveria ter um sistema de gerenciamento ambiental muito sério, capacitado e técnico. O segundo ponto é sobre o que vamos fazer com o petróleo nesse mundo. Claro, continuaremos usando petróleo por algumas décadas ainda e evidentemente o Brasil vai explorar seu petróleo. Mas é preciso colocar a questão do combustível fóssil dentro de uma moldura climática séria.

Valor: Estamos vivendo o fim do capitalismo?

Sachs: Penso que precisamos modernizar o capitalismo. Veja as economias que, na minha opinião, têm o melhor desempenho: Noruega, Suécia, Dinamarca, Holanda e Alemanha.

Valor: Por que o senhor escolhe essas?

Sachs: Porque equilibram mercado com políticas sociais e ambientais. Fazem isso de maneiras diferentes e não são perfeitas, mas são países altamente produtivos, orientados pelo mercado, com baixa desigualdade, taxas bem baixas de pobreza, igualdade entre homens e mulheres. São generosos nas licenças-maternidade e paternidade e nas férias porque acreditam em uma vida equilibrada. São economias baseadas em mercados dentro de regimes capitalistas, mas não são a face implacável do capitalismo. Os governos dos países escandinavos têm níveis de corrupção muito baixos porque não deixam os negócios ditarem a política, deixam os governos regulamentarem os negócios. Acho que são bons modelos. Não são perfeitos, mas mostram que podemos ter uma economia de mercado e ao mesmo tempo uma sociedade muito humana. Os EUA são um modelo muito pobre neste momento. É corrupto, altamente desigual, ambientalmente negligente e tem preços excessivos no sistema de saúde porque deixaram o setor privado dominar a nossa política. É um exemplo de mercado que foi longe demais. Os modelos escandinavos são de sociedades equilibradas, éticas e moderadas. Espero que esses países continuem muito prósperos. Neste momento eles estão muito bem, dão ótimas condições de vida às pessoas, mostram como evitar a corrupção e provam, no meu ponto de vista, que é possível ter um capitalismo não imprudente. Eles usam a bandeira da social-democracia. Isso, na minha cabeça, são boas descrições.