A figura acima, extraída de uma orientação minha na especialização (de autoria de Claudilene Chaves de
Carvalho) é bastante interessante para entendermos o mercado acionário brasileiro. Entre mais de cinco mil dias de negociação entre 1991 a 2011, foram selecionados os quinze dias de maiores altas e os quinze dias de maiores quedas da bolsa de valores. Estes valores extremos ocorreram ao longo da série e estão no gráfico sob a forma de barra.
Estes trinta dias de negociação, onde o mercado teve um comportamento extremado, aconteceram em cinco períodos distintos: o primeiro, durante o plano Collor, quando o governo congelou os principais ativos financeiros. A consequência disto foi uma queda brutal na bolsa de valores, com três dias de perdas acima de 15%. Entretanto, logo após, ocorre aumentos expressivos também.
O segundo período ocorreu durante a crise política, que resultou na saída do presidente da república e o governo Itamar.
A implantação do Plano Real corresponde ao terceiro período, que inclui a crise mexicana e seus efeitos na economia brasileira.
O quarto período coincide com a ajuda externa do FMI, a desvalorização cambial no início de 99 e a mudança do Banco Central.
Finalmente o quinto período refere-se a crise financeira do subprime, ocorrida recentemente.
Quatro aspectos interessantes sobre estes momentos extremos:
a) dos cinco períodos, somente um está relacionado com a política (a saída do presidente Collor). Isto significa que o aspecto econômico é mais relevante que o aspecto político;
b) as crises estão mais esparsas. Entre a crise cambial e a crise do subprime passaram mais de dez anos. Foi um período invejável de tranquilidade para o mercado acionário brasileiro;
c) A crise do subprime é a única decorrente diretamente de um evento externo. Ela decorre também da presença maior do investidor estrangeiro no mercado acionário. Com a crise nos países desenvolvidos, os investidores estrangeiros começaram a realizar lucro, retirando recursos aplicados no nosso mercado para cobrir os passivos existentes no exterior. É o reflexo da participação estrangeira na bolsa.
d) Em todas as fases tivemos momentos extremos nos dois sentidos. Assim, na primeira etapa, ocorreram momentos de grande perda, mas também existiram valorizações elevadas na bolsa. Assim, os valores extremos ocorreram nos dois sentidos.
01 março 2012
Rir é o melhor remédio
Fonte: Pratica de Pesquisa (um endereço excelente para quem quer acompanhar sobre TCC e outros assuntos similares).
Links
Contabilidade
As resistências as mudanças nas normas contábeis de leasing tem uma razão: $
O problema do Fasb adotar “princípios” e não “normas”
China ameaça as Big Four
Barclays x PwC: esquema de evasão abusivo
Educação e Pesquisa
Diploma de curso superior não garante aumento de salário
USP é a número 1 na formação de doutores no mundo
Elsevier decide diminuir o preço dos periódicos de matemática após boicote
Política
Vídeo: Enquanto era aprovado a ajuda alemã, o ministro das Finanças jogava Sudoku
Petrobras nomeia político para empresa
Empresas e Executivos
Abilio Diniz poderá continuar como presidente do Pão de Açúcar, afirma Casino
Executivos confiantes são mais inovadores?
30% das empresas brasileiras já foram atacadas virtualmente
Itau e BB são líderes de reclamações na CVM
Regulação
O sigilo bancário da Suiça sob risco
As leis da regulação
História
A história do sushi
Dentro do Hindenburg
Arte
Arte na sombra
Arte no café (barista)
Celebridades
Acordo pré-nupcial entre Jessica Biel e Timberlake: penalidade por traição
Investindo em autográfos de celebridades
Economia
Financial Times: O enigma chamado Portugal
Onde a gasolina é mais barata: Venezuela em primeiro
As resistências as mudanças nas normas contábeis de leasing tem uma razão: $
O problema do Fasb adotar “princípios” e não “normas”
China ameaça as Big Four
Barclays x PwC: esquema de evasão abusivo
Educação e Pesquisa
Diploma de curso superior não garante aumento de salário
USP é a número 1 na formação de doutores no mundo
Elsevier decide diminuir o preço dos periódicos de matemática após boicote
Política
Vídeo: Enquanto era aprovado a ajuda alemã, o ministro das Finanças jogava Sudoku
Petrobras nomeia político para empresa
Empresas e Executivos
Abilio Diniz poderá continuar como presidente do Pão de Açúcar, afirma Casino
Executivos confiantes são mais inovadores?
30% das empresas brasileiras já foram atacadas virtualmente
Itau e BB são líderes de reclamações na CVM
Regulação
O sigilo bancário da Suiça sob risco
As leis da regulação
História
A história do sushi
Dentro do Hindenburg
Arte
Arte na sombra
Arte no café (barista)
Celebridades
Acordo pré-nupcial entre Jessica Biel e Timberlake: penalidade por traição
Investindo em autográfos de celebridades
Economia
Financial Times: O enigma chamado Portugal
Onde a gasolina é mais barata: Venezuela em primeiro
Práticas de gestão nas empresas e países
Este post vai tratar sobre o working paper: Management Practices Across Firms and Countries , de autoria de Nicholas Bloom (Stanford University) , Christos Genakos (Athens University of Economics and Business), Raffaella Sadun (Harvard Business School) e John Van Reenen (London School of Economics).
O objetivo da pesquisa é compreender como e por que práticas de gestão variam não somente entre países, bem como entre as empresas e indústrias. Para mensurar as práticas de gestão, os pesquisadores usaram a metodologia de double-blind survey . A pesquisa foi executada com amostras retiradas aleatoriamente de diferentes indústrias e países ,e com a utilização de perguntas abertas para obter respostas precisas sobre a qualidade das práticas gerenciais dentro de cada orgazanização.Na última década, ao executar esta abordagem sistemática em cerca de 10.000 organizações, os autores chegaram às seguintes conclusões:
1. Em termos de práticas de gestão, as empresas industriais norte-americanas têm pontuação superior a qualquer outro país . As organizações com sede no Canadá, Alemanha, Japão e Suécia também são bem gerenciados. Todavia, as empresas de países em desenvolvimento como Brasil, China e Índia, geralmente são mal gerenciadas .Veja:
O objetivo da pesquisa é compreender como e por que práticas de gestão variam não somente entre países, bem como entre as empresas e indústrias. Para mensurar as práticas de gestão, os pesquisadores usaram a metodologia de double-blind survey . A pesquisa foi executada com amostras retiradas aleatoriamente de diferentes indústrias e países ,e com a utilização de perguntas abertas para obter respostas precisas sobre a qualidade das práticas gerenciais dentro de cada orgazanização.Na última década, ao executar esta abordagem sistemática em cerca de 10.000 organizações, os autores chegaram às seguintes conclusões:
1. Em termos de práticas de gestão, as empresas industriais norte-americanas têm pontuação superior a qualquer outro país . As organizações com sede no Canadá, Alemanha, Japão e Suécia também são bem gerenciados. Todavia, as empresas de países em desenvolvimento como Brasil, China e Índia, geralmente são mal gerenciadas .Veja:
2.As diferenças nas práticas de gestão são nítidas em países em desenvolvimento, como o Brasil, China e Índia, que têm uma grande quantidade de empresas muito mal geridas. Veja:
3. A propriedade é um dos fatores que explica a variação da qualidade das práticas gerenciais.Assim, empresas de propriedade estatal, familiares e de propriedade do fundador ,são normalmente mal gerenciadas, enquanto multinacionais,com dispersão de controle acionário são tipicamente bem geridas.
4.Há uma forte evidência que um mercado competitivo mais acirrado favorece as melhores práticas de gestão, tanto no setor público e privado .
5. Países onde o mercado de trabalho tem pouca regulamentação estão associados a melhores práticas de gestão de incentivos organizacionais, como a promoção baseada em desempenho.
6. As organizações públicas têm as piores práticas de gestão em todos os setores estudados. No entanto,as multinacionais parecem ser capazes de adotar boas práticas de gestão em quase todos os países em que operam.
4.Há uma forte evidência que um mercado competitivo mais acirrado favorece as melhores práticas de gestão, tanto no setor público e privado .
5. Países onde o mercado de trabalho tem pouca regulamentação estão associados a melhores práticas de gestão de incentivos organizacionais, como a promoção baseada em desempenho.
6. As organizações públicas têm as piores práticas de gestão em todos os setores estudados. No entanto,as multinacionais parecem ser capazes de adotar boas práticas de gestão em quase todos os países em que operam.
7. O nível de escolaridade, tanto dos gerentes e não-gerentes, está fortemente ligado as melhores práticas de gestão. Além disso, os pesquisadores acreditam que o aprendizado de conceitos básicos de gestão empresarial - por exemplo, análise de dados e orçamento de capital- pode melhorar a gestão de negócios em diversos países, especialmente nos em desenvolvimento. No artigo apresentam evidências encontradas na Índia.
Em suma, menor participação estatal, livre mercado, competição acirrada e crescimento da iniciativa privada favorecem a produtividade e o crescimento econômico. Nenhuma novidade, pois já está empiricamente mais que comprovado.
Obs: Para maiores detalhes, quanto à metodologia e nomenclatura , recomendo a leitura do working paper na íntegra.
Língua Vulgar
Em 1811 Francis Grose escreveu um livro denominado "Dictionary in the Vulgar Tongue". Agora, o livro passou a fazer parte do projeto Gutemberg, de recuperação de obras raras. Vejam o seguinte verbete:
ACCOUNTS. To cast up one's accounts; to vomit.
Fonte: Boing Boing
ACCOUNTS. To cast up one's accounts; to vomit.
Fonte: Boing Boing
Orçamento Europeu
Um notícia interessante da Dow Jones (via aqui) informa que Reino Unido, Suécia e Holanda reprovaram o orçamento da Comunidade Européia. A razão: "nível inaceitável de erros".
As três nações votaram contra o orçamento após o Tribunal de Auditores, órgão da UE que monitora o orçamento, pedir uma auditoria qualificada do orçamento, pois a taxa de erro estava em 3,7% - acima do limite de 2% necessário para a aprovação da corte. É o 17º ano consecutivo que o tribunal pediu essa auditoria. O Reino Unido disse estar particularmente preocupado com o fato de a taxa de erros aumentar nos últimos anos - ela estava em 3,2% em 2009.
As três nações votaram contra o orçamento após o Tribunal de Auditores, órgão da UE que monitora o orçamento, pedir uma auditoria qualificada do orçamento, pois a taxa de erro estava em 3,7% - acima do limite de 2% necessário para a aprovação da corte. É o 17º ano consecutivo que o tribunal pediu essa auditoria. O Reino Unido disse estar particularmente preocupado com o fato de a taxa de erros aumentar nos últimos anos - ela estava em 3,2% em 2009.
Periódicos
Cientistas resolveram fazer um boicote aos periódicos publicados pela editora Elsevier.
Ontem li uma notícia de que a editora resolveu reduzir os preços de alguns periódicos de matemática (somente). Isto não resolve os problemas dos cientistas.
Mas a revolta não se refere somente a questão do custo dos periódicos. Alguns não gostaram da posição da editora com o recente debate ocorrido nos Estados Unidos sobre a questão da pirataria .
É interessante notar que enquanto no Brasil não temos muitos periódicos de pesquisa pagos, no exterior esta é uma prática comum. Além disto, nossos periódicos estão vinculados aos programas de pós-graduação ou as instituições de ensino. No exterior, mesmo um periódico vinculado a uma associação científica tem um vinculo com alguma editora.
Existem é claro exceções: o PLoS que publica sete periódicos de livre acesso, com mais de 13 mil artigos publicados em 2011 é um caso de plataforma aberta no exterior.
Ontem li uma notícia de que a editora resolveu reduzir os preços de alguns periódicos de matemática (somente). Isto não resolve os problemas dos cientistas.
Mas a revolta não se refere somente a questão do custo dos periódicos. Alguns não gostaram da posição da editora com o recente debate ocorrido nos Estados Unidos sobre a questão da pirataria .
É interessante notar que enquanto no Brasil não temos muitos periódicos de pesquisa pagos, no exterior esta é uma prática comum. Além disto, nossos periódicos estão vinculados aos programas de pós-graduação ou as instituições de ensino. No exterior, mesmo um periódico vinculado a uma associação científica tem um vinculo com alguma editora.
Existem é claro exceções: o PLoS que publica sete periódicos de livre acesso, com mais de 13 mil artigos publicados em 2011 é um caso de plataforma aberta no exterior.
Assinar:
Postagens (Atom)