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26 janeiro 2012

Travessuras


Um texto do Wall Street Journal (One Cure for Accounting Shenanigans, de Jason Zweig) discute as “travessuras” contábeis. Para Zweig o problema está nos auditores, que trabalham para uma mesma empresa por muito tempo. Com isto, deixa de ser “independente”, tornando-se “co-dependente”.

A auditoria independente nasceu logo após a crise de 1929, que exigiu das empresas com ações negociadas na bolsa a contratação de auditores para verificar sua contabilidade. Entretanto, dados apresentados na reportagem mostram que talvez isto não esteja funcionando:

Nos últimos 25 anos, 30% de mil empresas estão com a mesma empresa de auditoria;
11% usam a mesma empresa mais de 50 anos;
8 destas empresas não mudam de auditores há um século.

Para tentar resolver este problema, uma entidade chamada Public Company Accounting Oversight Board PCAOB) está tentando implantar o rodízio de auditores nos Estados Unidos. A entidade colocou isto em discussão pública e recebeu 94% de comentários contrários a uma proposta como esta. Os argumentos: aumento de custo, desconhecimento das peculiaridades da empresa e problemas com a qualidade no trabalho.

Uma das empresas declarou que o auditor deve ser um “parceiro” e deve “ajudar” seu cliente. Isto não parece algo que deva ser dito de um auditor “independente”.

Humildade Socrática

Sócrates chegou à conclusão de que mudaria sua vida (e a história do pensamento). Se ele era o homem mais sábio da Grécia, então o verdadeiro sábio é aquele que tem consciência da própria ignorância. Para colocar à rova sua descoberta, ele foi se encontrar com um dos figurões intelectuais da época. Após algumas horas de conversa, percebeu que a autoproclamada sabedoria do sujeito era uma casca vazia. E concluiu: “Mais sábio que esse homem eu sou. É provável que nenhum de nós saiba nada de bom, mas ele supõe saber alguma coisa e não sabe, enquanto eu, se não sei, tampouco suponho saber. Parece que sou um tantinho mais sábio que ele exatamente por não supor saber o que não sei.”


Fonte: aqui

25 janeiro 2012

Rir é o melhor remédio

A importância de saber falar Inglês, com Megan Fox e Tyson.



Dica aqui

Pan Americano

A venda de carteiras de crédito sem a devida baixa no balanço do PanAmericano - chamada pelos ex-diretores da instituição como cessão "sem financeiro" - não ocorreu apenas nas operações realizadas com outros bancos. A fiscalização do Banco Central (BC) e a auditoria interna promovida pela nova administração da instituição encontraram carteiras cedidas aos fundos de investimentos em direitos creditórios (FIDCs) Autopan e Masterpan, mas que já haviam sido contabilizadas como prejuízo no balanço do banco.

Agora denominados Caixa Master CDC Veículos e Caixa CDC Veículos, os fundos Masterpan e Autopan eram administrados pela subsidiária PanAmericano DTVM até o fim de fevereiro do ano passado, quando foram transferidos para a Caixa Econômica Federal (CEF). Ambos destinam-se à aquisição de direitos creditórios decorrentes de financiamentos de veículos realizados pelo PanAmericano. (...)

Os problemas na cessão de créditos e na avaliação do risco das carteiras não foram os únicos encontrados nos dois fundos. O relatório de auditoria interna, concluído em março do ano passado pela nova diretoria do PanAmericano e também incluído no inquérito da Polícia Federal, apontou diversas falhas em controles internos. Ao todo, a nova administração do PanAmericano encontrou em ambos 14 irregularidades - 11 delas consideradas de alto risco. Segundo o documento, "praticamente todas as rotinas contêm deficiências que deixam o administrador dos fundos FIDCs, a PanAmericano DTVM, vulnerável não somente a fraudes, mas também a penalizações por parte da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e do BC".

Cristine Prestes - Valor Economico - 24 jan 2012 - Fundos do PanAmericano também tinham fraude

Pan Americano 2

O investimento da Caixa Econômica Federal no Panamericano já chega a R$ 1,4 bilhão, considerando apenas os valores relativos à participação acionária de 36,56% no banco que pertencia a Silvio Santos. Ou seja, sem levar em conta os recursos para garantir seu funcionamento no dia a dia.

Para entrar no Panamericano, a Caixa pagou R$ 740 milhões. Na semana passada, o banco público colocou mais R$ 658 milhões, em uma operação de aporte de capital feita em conjunto com o outro sócio do Panamericano, o BTG Pactual.

O dinheiro novo servirá, segundo os sócios, para equilibrar de vez as contas do banco após a descoberta - e resolução - das fraudes contábeis de R$ 4,3 bilhões. Além disso, parte do dinheiro será usada para bancar a compra da Brazilian Finance & Real Estate - maior financeira independente de empréstimos imobiliários do País -, anunciada no fim do ano passado.

Desde que entrou no negócio, em dezembro de 2009, a Caixa ainda não obteve retorno com o investimento no Panamericano. Mesmo assim, a direção do banco informa, por meio da assessoria de imprensa, que está satisfeita com o negócio.

(...) Um analista de mercado que pede para não ser identificado pondera, no entanto, que a Caixa poderia ter feito uso melhor do R$ 1,4 bilhão aplicado no Panamericano até agora. Ele lembra que, nos últimos anos, em média, as negociações de bancos tiveram um preço equivalente a uma vez e meia o patrimônio líquido. Isto é, um banco com patrimônio de R$ 1 bilhão foi, na média, vendido por R$ 1,5 bilhão.

Outras opções. Tomando por base essa média e o fato de a Caixa possuir apenas 36,56% do capital total do Panamericano, daria para comprar, com o mesmo valor de investimento, participações em bancos como Cruzeiro do Sul, Bicbanco, Pine, Fibra, Daycoval, Alfa e Sofisa, entre outras instituições. Vale frisar que todos pertencem ao segmento dos chamados bancos médios, onde também se encaixa o Panamericano.

Mais até: com R$ 1,4 bilhão, a Caixa poderia tornar-se sócia, de uma só vez, de Cruzeiro do Sul, Pine e Fibra, que, somados, tinham patrimônio líquido de R$ 3,2 bilhões em setembro, segundo dados enviados ao Banco Central (BC). O exercício considera uma participação da Caixa nessas instituições igual à que detém no Panamericano. (...)

Caixa já pôs mais de R$ 1,4 bi no Panamericano - O Estado de São Paulo - 24 jan 2012 - Leandro Modé

Ano do Dragão


Estamos no ano do Dragão. Neste ano o mercado acionário costuma ter um crescimento nominal acima de 10%, segundo gráfico da The Economist. Na realidade, o ano do Dragão só perde para o do Coelho.