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16 dezembro 2011

Repetindo o erro

O gráfico abaixo é do New York Times (via aqui). Mostra os “problemas” (violações) das instituições financeiras no tempo.

Por exemplo, o Citigroup cometeu uma violação a uma lei de 1933 (fraude) no ano de 2000. Este problema se repetiu mais quatro vezes nos anos seguintes. (clique na imagem para ver melhor)


Novas Normas

A CVM aprovou novas normas para concessão e alterações no CPC 00 e CPC 26, sobre a estrutura conceitual e a apresentação das demonstrações contábeis.

Ouro da Venezuela

Em postagem anterior mostramos que a Venezuela pretendia transportar sua reserva de ouro existente no exterior para o país. A decisão de Chavez é um pouco irracional em razão dos riscos da operação e do seu custo elevado.

Um aspecto aventado pelo The Telegraph  que não tinha atentado: trazer o ouro para Venezuela pode ser interessante para aquele país caso seu governante esteja pensando em decretar a moratória. Em situações como esta, os emprestadores tentam obter a guarda, na justiça, de bens do país. Chavez estaria colocando a reserva de ouro do seu país longe das mãos dos emprestadores. Pelo que conhecemos deste governante, é possível.

Rodízio

Segundo notícia do Valor Econômico, o AICPA é contra o rodízio. Veja a notícia:

O conselho federal de contabilidade dos Estados Unidos (AICPA, na sigla em inglês) se posicionou contra o rodízio obrigatório de firmas de auditoria durante a atual audiência pública sobre o tema.


Em carta encaminhada ontem ao órgão americano que regula as auditorias (PCAOB, na sigla em inglês), o AICPA disse que a rotação tem mais potencial de prejudicar a qualidade da auditoria do que de melhorá-la, além de ser alternativa muito cara para as firmas.


“Parece que a justificativa da diretoria [do PCAOB] para rodízio é baseado numa suposição infundada de que o resultado das inspeções [do PCAOB nas firmas] são fruto de uma falta de objetividade e ceticismo profissional do auditor, e que isso poderia ser resolvido com o rodízio obrigatório”, escreveu o AICPA.


A rotação de auditorias também está em discussão na Comunidade Europeia (CE). No Brasil, a audiência pública sobre o tema foi encerrada no mês passado, com a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) exigindo a volta do rodízio obrigatório a partir do ano que vem.

Manipulação nas ações do Panamericano

A CVM identificou movimentações atípicas das ações do PanAmericano a partir de agosto de 2009, quando as negociações para o acordo estavam avançadas.


O que mais chamou a atenção das autoridades foi o súbito aumento do volume de negócios em agosto de 2009, três meses antes de a Caixa bater o martelo.

CVM apura vazamento na venda do PanAmericano para a Caixa

Marfrig

O clima ficou tenso durante reunião anual realizada pelo frigorífico Marfrig, dono da marca Seara, com analistas de investimentos, promovida na segunda-feira à tarde pela Apimec (Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais).


O analista e sócio da casa de análise de investimentos Empiricus, Rodolfo Amstalden, questionou os gestores do Marfrig presentes ao encontro, incluindo o presidente do grupo, Marcos Antonio Molina dos Santos, sobre a contabilidade da empresa. A Empiricus já havia levantado dúvidas sobre o balanço apresentado pela companhia no fim de novembro.(...)


“Nós recomendávamos, sim, a compra de ações do Marfrig, mas isso até o terceiro trimestre. O balanço do terceiro trimestre foi o gatilho para que passássemos a investigar a empresa de perto”, disse Amstalden, para quem é natural que os analistas mudem de opinião. “Nós avaliamos as empresas com base nas informações que estão disponíveis”.


(...) Os gestores do Marfrig responderam que as suspeitas da Empiricus deviam-se, na verdade, à forma como a variação cambial é contabilizada no balanço das empresas no exterior, e que o impacto cambial explica as mudanças no patrimônio líquido das subsidiárias do grupo fora do País e nos estoques. O dólar se valorizou 19% em relação ao real entre o segundo e o terceiro trimestre.


Amstalden acredita que os executivos do Marfrig tentaram desmerecê-lo ao sugerir, enquanto respondiam às suas perguntas, que ele não "entendia" muito bem os conceitos de contabilidade. Um dos pontos que chamaram a atenção da Empiricus e a levaram a duvidar dos números apresentados são os estoques da Marfrig, que, na avaliação da casa de análise, estariam “inflados”.


O número de abates não é condizente com as vendas, alega Amstalden. O total de cabeças abatidas é muito inferior ao que seria necessário, acrescenta. A contabilização dos números para o IFRS, sistema de normas internacionais, também é colocada em xeque. Segundo Amstalden, o IRFS pode ser usado como uma desculpa.


Aquisição de ações


Felipe Miranda, analista da Gradius, com a qual a Empiricus mantém boas relações, uniu-se a Amstalden e, além de questionar a Marfrig sobre os critérios contábeis utilizados pela companhia, também levantou suspeitas sobre as constantes aquisições de ações feitas pela corretora Umuarama, que atua em nome do frigorífico, coincidentemente nos 10 minutos finais do pregão. Essas aquisições, segundo o analista, são realizadas com o objetivo de elevar os preços do papel no fechamento.


“Já não compramos ações há um tempo. A última aquisição de ações que fizemos foi no dia 24 de novembro”, disse Marcos Antonio Molina dos Santos, presidente do Marfrig. Segundo ele, todas as informações sobre a compra de ações, incluindo o dia em que a operação foi feita e a quantidade, foram informadas às autoridades e ao mercado, de forma transparente.


De forma geral, os investidores costumam gostar quando os controladores ou as tesouraria de suas empresas compram ações, o que demonstra que eles estão dispostos a correr riscos. O problema seria se eles vendessem.

Queda de braço com analista marca reunião do Marfrig, dono da Seara