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10 dezembro 2011

Correlação e causalidade


Uma das minhas postagens preferidas aqui do blog é a que fala sobre correlação espúria por ser um assunto extremamente pertinente não só na vida academica, mas principalmente fora dela. Quem nunca leu uma reportagem na qual o jornalista faz conclusões absurdas sem o devido embasamento!? (O Phd Comics tem uma tirinha super engraçada com esse tema, mas não consegui encontrar e vou ficar devendo. Se alguém achar, deixe o link nos comentários, ok?)

Para refrescar o assunto, uma postagem da PharmaCoaching:


(...)

Desde os seus primórdios, o homem sempre tentou encontrar sentido para tudo o que acontecia ao seu redor. Buscava explicações, inclusive, para fenômenos naturais como a chuva, o nascimento de um bezerro, ou um apêndice inflamado.

Tal comportamento explica-se pela necessidade de estar no controle: se você sabe as causas, você pode tentar controlar as consequências; se não sabe, aquilo está fora do seu controle.

Para atender a esta necessidade em encontrar explicações, valia qualquer coisa, inclusive encontrar padrões onde eles não existiam. Dos primórdios da humanidade até hoje, costumamos confundir coincidência (fatos que acontecem juntos por puro acaso) com causalidade (um fato causando e sendo responsável pelo outro).

Se um homem das cavernas subia numa árvore antes da chuva, ele fazia todos subirem em árvores quando queria que chovesse novamente. Se a vaca comesse um jiló e o bezerro nascesse forte, a dieta básica das vacas prenhas passava a ser jiló. E se alguém matasse um besouro na véspera de o seu apêndice estourar, o inseto tornava-se intocável.

(...)

Superstições nascem, assim, de coisas que coincidentemente acontecem antes dos eventos aos quais estamos prestando atenção. A relação é reforçada, ainda, porque convenientemente nos esquecemos das vezes em que o evento acontece sem que a coisa tenha ocorrido antes.

Quando enxergamos um padrão onde ele não existe, cometemos um Erro Tipo I - ou um Falso Positivo. Mas quando não enxergamos um padrão onde, de fato, ele existe, cometemos um Erro Tipo II - ou um Falso Negativo. Vejamos um exemplo prático:

Um paciente chega ao pronto socorro queixando-se de dores no peito. O médico plantonista precisa avaliar se ele está enfartando ou não.

Se o paciente não estiver enfartando e o médico disser que ele está bem de saúde, então o diagnóstico está correto. Se o médico disser, no entanto, que este paciente (que não está enfartando) deve receber o tratamento indicado para casos de enfarte, incorrerá num Erro Tipo I, ou Falso Positivo (dizer que ele tem uma condição que ele, na verdade, não tem).

Se o paciente estiver enfartando e o médico fizer o diagnóstico correto, ele receberá o tratamento adequado. Mas se estiver enfartando e o médico disser que não está, temos um clássico exemplo de Erro Tipo II, ou Falso Negativo (dizer que ele não tem uma condição que ele, na verdade, tem). (...)

Em situações novas, sempre estamos sujeitos a cometer um dos dois tipos de erros - mas nunca sabemos qual. O problema consiste, então, em avaliar o quanto cada erro pode custar. No exemplo acima, um Falso Positivo fará com que o paciente receba um tratamento de que não precisa, enquanto que com um Falso Negativo ele correrá risco de morte.

Assim, o custo de um Falso Negativo (risco de morte) é maior do que o risco de um Falso Positivo (gastos com tratamento desnecessário e possíveis eventos adversos). Em Medicina, este tipo de preferência em pecar pelo excesso é, de certa forma, justificável pois, muitas vezes, as consequências são irreversíveis.

Em muitas situações do dia-a-dia, contudo, os custos cumulativos dos Falsos Positivos acabam não aparecendo na conta final - exatamente porque não os percebemos.

A capacidade de encontrar padrões representa uma das mais valiosas habilidades das pessoas criativas. Mas quando em excesso, dá margem às superstições ou, em casos mais patológicos, à paranoia.

Para fugir das armadilhas do causalismo é preciso questionar se as relações que você está enxergando realmente fazem sentido (usar a mesma camisa em todas as provas faz você ficar mais inteligente?). Ao avaliar a ligação entre dois eventos, veja se não há um terceiro que cause os dois e, principalmente, se aquele que causa ocorre antes daquele que é causado.

IOF sobre derivativos cambiais

A Receita Federal editará nos próximos dias uma instrução normativa definindo qual será a alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) que incidirá sobre os contratos de derivativos cambiais.

Todo o arcabouço legal que dá ao Conselho Monetário Nacional (CMN) legitimidade para taxar os investidores que mantiverem posição vendida além do que têm em posição comprada de derivativos cambiais foi publicado hoje no Diário Oficial da União (DOU).

A partir de hoje [9/12/2011], o CMN poderá “estabelecer, para fins da política monetária e cambial, condições específicas para negociação de contratos derivativos”. De acordo com o texto da Lei 12.543, publicada hoje, a alíquota do IOF poderá ir a 25%, que é o limite constitucional do imposto.

Os exportadores que fazem contratos como operação de hedge poderão descontar o IOF recolhido.

Em julho, o governo anunciou a intenção de taxar em 1% a variação na exposição vendida em derivativos cambiais. A lei aprovada a partir da MP 539, porém, não há nenhuma menção sobre a alíquota que será cobrada.


Fonte: Valor

Impacientes e endividados


A paciência é mesmo uma virtude. Um novo estudo mostra que pessoas pacientes também têm melhores oportunidades de crédito.

Segundo a pesquisa, as pessoas que estavam dispostas a esperar por benefícios de longo prazo apresentaram melhor pontuação de crédito do que as pessoas que aceitaram recompensas imediatas.

Os pesquisadores entrevistaram 437 famílias de baixa a moderada renda que procuravam ajuda na preparação do imposto.

Em um questionário, os pesquisadores perguntaram aos participantes se eles aceitariam uma pequena recompensa imediatamente, ou uma recompensa potencialmente maior pela qual eles teriam que esperar.

Os pesquisadores então acessaram a pontuação de crédito desses participantes, e descobriram uma correlação entre pontuação de crédito e as pessoas que estavam dispostas a aceitar um benefício a longo prazo. Os participantes que aceitaram recompensas imediatas tinham menor pontuação de crédito.

“Conceitualmente, faz sentido que a forma como as pessoas ‘planejam’ o futuro afete sua decisão de padrão em seus empréstimos”, disse Stephan Meier, autor do estudo. “As pessoas acumulam dívidas e têm que decidir se devolvem o dinheiro ou o usam para outra coisa”, explica.


Fonte: Aqui

09 dezembro 2011

Rir é o melhor remédio

Fonte: aqui

Quantidade indicada de café por dia

Seja para estudar ou trabalhar, são muitas as pessoas que não vivem sem seus cafezinhos diários. Mas grandes variações na quantidade de cafeína presentes nos cafés que compramos significam que o nosso consumo diário de cafeína pode ser maior do que acreditamos. Será que isso é realmente um problema? Qual a quantidade de cafeína segura para beber?

A quantidade de cafeína depende do quanto você ingere, em que condições o café cresceu, por quanto tempo ele foi torrado, o método de fabricação utilizado, o quanto de pó de café é usado para fazer a bebida e o tipo de grão usado.

(...)


As pessoas são afetadas pela cafeína de formas diferentes. Algumas são mais sensíveis às suas propriedades do que outras, e, portanto, tem que regular o quanto podem ingerir.

(...)


O café pode ter benefícios para a saúde. Acredita-se que ele aumente a capacidade de desempenho, habilidades mentais e nos deixe mais alertas, estimulando o sistema nervoso central. Um estudo realizado nos EUA descobriu que mulheres que bebiam duas ou mais xícaras de café por dia tinham menos probabilidade de ficar deprimidas.

Além disso, pesquisas sugerem que o café possa reduzir o risco de desenvolver câncer de próstata, câncer de mama e de útero. Outro estudo sugere que a bebida pode proteger as pessoas contra o aparecimento do Alzheimer.

Mas uma xícara de café (ou várias) pode não trazer só alegrias. Afinal, o café também pode ser viciante.

Todos nós devemos tentar tomar café com moderação, prestando atenção aos nossos próprios corpos. Pessoas diferentes também têm diferentes tolerâncias. Algumas reagem fortemente à cafeína, outras não. É importante conhecer seu próprio limite.

Se você está com vontade de desfrutar um cappuccino pela manhã tudo bem, mas se começar a sentir palpitações ou notar um aumento de nervosismo e insônia, você provavelmente deve cortar ou diminuir sua ingestão de cafeína. [!!!]

O conselho geral é que quatro ou cinco xícaras de café por dia é seguro, o que equivale a cerca de 400 mg de cafeína. Não há limite estabelecido para indivíduos saudáveis. É importante equilibrar diferentes bebidas e ser sensato e moderado na hora de ingerir o pretinho.

Fonte: Aqui

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Vídeo bem interessante (em inglês, sem legendas) indicado por Rafael Pinto, a quem agradeço: http://youtu.be/OTVE5iPMKLg

Avaliação Capes

"Como possíveis avanços à avaliação, foram citadas a inclusão de uma variável contexto regional e institucional no exame das propostas de regiões com recursos humanos mais escassos; a valorização da autoavaliação e a integração da avaliação de cursos acadêmicos e profissionais, entre outros".

Enprop discute avaliação, assimetrias e internacionalização da pós-graduação brasileira

Poker para aprender matemática?

Alexa Fisher, do Texas, parece e fala como uma menina normal de oito anos. Entretanto, ela tem uma habilidade pouco comum para alguém da sua idade: joga pôquer muito bem. De fato, Alexa é tão boa que consegue bater oponentes com idade sete vezes maior que a dela.

Ela começou a jogar com seu pai Justin, aos três anos. Ele diz que fez isso para ajuda-lá na matemática.

O pai começou a jogar assistindo programas de TV e jogando nos fundos da casa. Ele também usava as cartas para ensinar a filha a contar e aprender matemática antes de entrar na escola. E pelo jeito seus esforços valeram: Alexa aos poucos começou a entender o jogo e reconhecer a terminologia do pôquer, como um flush, um par e uma trinca.

Com quatro anos, e mãos que quase não aguentam segurar o maço de cartas, Alexa já sabia embaralhar, enfrentar apostas e até as estratégias básicas de blefe. Com cinco, ela já jogava Texas Hold’em como uma profissional. Aos poucos foi também desenvolvendo mais modalidades do jogo, como Badugi, Double Flop Hold’em e outros da Série Mundial de Torneios de Pôquer (WOSP).

Alexa também já jogou em eventos de caridade. Seu primeiro torneio foi em 2009, marcando um recorde para sua idade: venceu mais da metade dos participantes, incluindo seu pai.

Ela diz amar o jogo e a facilidade em aprendê-lo. Ela espera virar profissional quando crescer, e inspirar outras mulheres a fazer o mesmo.

Ao trocar uma viagem da Disney para Las Vegas, no ano passado, Alexa foi a um torneio do WOSP para conhecer seu ídolo, o jogador profissional Greg Raymer. O autógrafo diz: “Te vejo em 2024!”. Essa é data em que ela vai ser legalmente aceita a entrar no campeonato.

Fontes: HyperScience e OddityCentral