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03 dezembro 2011

Leitura acadêmica


Quando a professora Peg Boyle (e autora do livro “Demystifying Dissertation Writing”) ministra aulas sobre a leitura acadêmica e o fundamento de uma dissertação, ela afirma que se os alunos não tomarem notas sobre o livro ou artigo, que nem se preocupem em ler. Aliás, ao invés disso, que leiam um romance!

Isso porque o propósito da leitura acadêmica não é apenas aprender, como também possibilitar que isso seja usado como um tijolo para construir a parede, que é o seu trabalho. A professora, em estilo agradável, compartilha que se um artigo acadêmico não é interessante o suficiente para que ela tome notas, então não o lê. Simples. Ela preferiria, no lugar, reler alguns dos livros do Harry Potter. Sejamos honestos e diretos ao invés de ficar se enganando para amenizar a consciência.

As brincadeiras dão o tom para que se perceba que a leitura acadêmica tem um propósito distinto. A meta é que você estabeleça a compreensão de uma discussão, as ferramentas que fornecem evidências que você está na discussão e a base com a qual você poderá contribuir com a tal da discussão. Legal, não? Melhor que fingir que entende de contabilidade financeira nos países anglo-saxônicos é realmente entender. Dá menos trabalho. Acredite.

Anabell Lee

Não, não tem mesmo nada a ver com contabilidade, ou com pesquisa e finanças. Mas hoje é o primeiro sábado do último mês do ano (né?!) e eu senti a obrigatoriedade de colocar o meu poema favorito nesta postagem. A gente sempre precisa de um pouco mais de romance em nossas vidas. Essa é a minha contribuição.

O original é do Edgar Allan Poe. Mas o Fernando Pessoa fez uma digna tradução aqui.

It was many and many a year ago,
In a kingdom by the sea,
That a maiden there lived whom you may know
By the name of Annabel Lee;
And this maiden she lived with no other thought
Than to love and be loved by me.

I was a child and she was a child,
In this kingdom by the sea;
But we loved with a love that was more than love-
I and my Annabel Lee;
With a love that the winged seraphs of heaven
Coveted her and me.

And this was the reason that, long ago,
In this kingdom by the sea,
A wind blew out of a cloud, chilling
My beautiful Annabel Lee;
So that her highborn kinsman came
And bore her away from me,
To shut her up in a sepulchre
In this kingdom by the sea.

The angels, not half so happy in heaven,
Went envying her and me-
Yes!- that was the reason (as all men know, In this kingdom by the sea)
That the wind came out of the cloud by night,
Chilling and killing my Annabel Lee.

But our love it was stronger by far than the love
Of those who were older than we-
Of many far wiser than we-
And neither the angels in heaven above,
Nor the demons down under the sea,
Can ever dissever my soul from the soul
Of the beautiful Annabel Lee.
For the moon never beams without bringing me dreams
Of the beautiful Annabel Lee;

And the stars never rise but I feel the bright eyes
Of the beautiful Annabel Lee;
And so,all the night-tide, I lie down by the side
Of my darling, my darling, my life and my bride,
In the sepulchre there by the sea,
In her tomb by the sounding sea.

02 dezembro 2011

Rir é o melhor remédio

"Eu odeio o meu trabalho" - Fonte: aqui

Links

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Teste 533

Casey Mulligan, professor da Universidade de Chicago, estuda a fortuna de ditadores. Recentemente ele fez um cálculo sobre a pretensa fortuna do ditador líbio Kadafi. Segundo ele, “em minhas pesquisas eu estimo que, em média, os ditadores pegam cerca de 3% da riqueza do seu país”. Ele fez o seguinte cálculo:

A Líbia tem reservas estimadas de 46 bilhões de barris. Cada barril está cotado a cerca de US$ 100 dolares. Isto significa que a fortuna dele é de 3% x 46 bilhões x 100 = 200 bilhões. (É isto mesmo).

a) Considere que os valores estejam corretos. Quais os problemas da estimativa de Mulligan?

b) Suponha que em lugar dos barris de petróleo seja usado o PIB daquele País. Segundo a Wikipedia, o PIB da Líbia era de 67 bilhões de dólares. Qual seria a fortuna de Kadafi?

c) Existe um estado, num determinado país democrático da América Latina, que há mais de 40 anos é governado por uma família ou seus amigos. Seu PIB foi estimado em 40 bilhões de reais. Aplicando o índice de Mulligan, qual seria a fortuna estimada deste clã? (Aqui é um mero exercício fictício para os leitores)

Resposta do Anterior:

a) 35 x 5,3 milhões x (100% - 71%) = 53,795 milhões de reais; b) 45 x 5,3 milhões x 26,4% = 63 milhões, aproximadamente; c) 372,5 / 5,3 = 70 reais; d) Não, já que existe os isentos. Como a receita é de 54 milhões e o contrato é de 372,5 milhões, a diferença entre eles corresponde ao subsídio. Ou seja, 318,7 milhões.

Ebitda

A elaboração de uma nova regra para que as empresas divulguem seu Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) está em fase final na CVM (Comissão de Valores Mobiliários), segundo Alexsandro Lopes, diretor da autarquia. O período de audiência pública para avaliar a nova regra terminou e agora o regulador está ajustando os últimos detalhes para lançar a instrução que exigirá o cálculo padrão.


“Nossas avaliações estão bem adiantadas e já estamos nas considerações finais”, afirmou Lopes, que não deu um prazo para que a nova regra entre em vigor.


Para Clodoir Vieira, economista da corretora Souza Barros, a mudança faz sentido pois hoje cada empresa divulga seu Ebitda de uma forma, o que dificulta a análise do mercado. “Como não há padronização, as companhias divulgam o que é melhor para si.”


Lopes afirma que a nova instrução irá corrigir isso. “Hoje o Ebitda é muito usado e extremamente relevante. Tínhamos essa demanda do mercado.”


Segundo ele, a CVM pode observar durante a audiência pública que a mudança será muito bem recebida. “O caso do Ebitda teve muitos comentários, que foram surpreendentemente favoráveis”, disse.


Fonte: aqui

OPA

O gráfico mostra o número de ofertas públicas de ações no mercado brasileiro nos últimos anos. Em 2009, quando a bolsa teve um bom desempenho, o número de oferta caiu em relação a 2008, ano de melhor desempenho no número de ofertas, mas de uma queda na bolsa. Já em 2011, quando da bolsa não teve um bom desempenho, o número aumentou. Nos últimos anos não parece existir uma relação entre o desempenho da bolsa e a disposição das empresas em fazer ofertas de ações.