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16 novembro 2011

Rir é o melhor remédio



Crise na Itália. Fonte: Aqui

Universidades ignoram governança exigida

Menos de 3% das universidades brasileiras oferecem disciplina relacionada à Governança Corporativa nos cursos de contabilidade, segundo estudo realizado pelo pesquisador Angelo Davis, da FEA-RP/USP, em Ribeirão Preto. O levantamento aponta que, das 1.182 instituições brasileiras que podem ministrar o curso de contabilidade, só 33 têm a disciplina. A realidade nas universidades contrasta com a dinâmica do mercado acionário brasileiro, que, através da BM&FBovespa procura sofisticar cada vez mais os instrumentos de governança das empresas a partir de rigoroso regulamento.

O professor de Governança Corporativa da Trevisan Escola de Negócios, Roberto Gonzalez, lembra que a disciplina é sugerida pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC), mas não é objeto do exame de suficiência para os contadores que se formam. "Infelizmente o exame não cobra essa disciplina", diz, lamentando o fato de as universidades estarem formando profissionais que podem se tornar contadores, controladores ou auditores que não vão carregar esses conceitos na bagagem. Gonzalez entende que exigir questões sobre a matéria no exame oficial já seria um bom incentivo para aumentar a abrangência do tema nos cursos de contabilidade.

Davis, autor do estudo, lembra que a existência de uma disciplina específica de Governança Corporativa, além de ser uma solicitação do CFC e da Federação Internacional dos Contadores, também é sugerida pela UNCTAD (Conferência das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento).

O conteúdo programático dos cursos de contabilidade conta com um
a grade curricular que contempla atividades relacionas à governança como controle de fraudes, desempenhos operacionais e controladoria. No entanto, cada instituição decide como distribuir o conteúdo na própria grade e como aplicá-lo aos alunos, explica Antonio Miguel Fernandes, vice presidente de registro do CFC. "Não existe uma obrigação porque na verdade o assunto não está relacionado apenas ao curso de ciências da contabilidade. Economistas, administradores, entre outros profissionais também precisam conhecer as normas de governança", diz.

Desde junho de 2010, quando foi sancionada a Lei nº 2249, o CFC tem autonomia para avaliar e renovar autorização junto ao MEC das faculdades de contabilidade. Segundo Fernandes, a exigência com relação a grade curricular acontecerá de uma maneira evolutiva. "A partir do momento que houver uma revisão das grades, as universidades terão que se adequar", afirma.
O estudo também investigou o perfil de professores que ministram disciplinas onde a Governança Corporativa poderia estar inserida e aponta uma deficiência de profissionais capacitados para transmitir aos alunos a prática da matéria. Para Gonzalez, isso poderia ser corrigido com a contratação de professores que trabalham ou trabalharam no mercado.


Ao que parece os profissionais da contabilidade ainda não despertaram para a importância do tema, segundo João Verner Juenemann, coordenador da Comissão de Finanças, Contabilidade e Mercado de Capitais do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC). "A área de contabilidade ainda não acordou para o tema porque não imagina que seja uma atividade também do contador", diz Juenemann, destacando a importância do conselho fiscal, por exemplo, dentro de uma companhia que pretende manter um adequado nível de governança.

Fonte: aqui

Fraudes

Quase 40% das empresas que participou do estudo da consultoria Kroll apontou a complexidade da TI como principal causa da falsificação de dados.

As fraudes custaram às empresas 2,1% dos ganhos nos últimos 12 meses, o que em um ano equivale a uma semana de receita, de acordo com uma pesquisa mundial anual sobre fraudes, realizada pela consultoria Kroll, que envolveu mais de 1.220 executivos sêniores ao redor do mundo.

Essa pesquisa também traz dados positivos: o número de fraudes diminuiu no último ano. Entre os entrevistados, 75% relataram algum tipo de golpe, em contraste com os 88% em 2010.

Entretanto, as fraudes continuam sendo trabalhos internos e essa prática tem aumentado, segundo o estudo. Os dados deste ano mostram que 60% dos casos foram cometidos por funcionários das empresas, contra 55% na última pesquisa.

“É importante lembrar que esse número traz apenas os casos em que o responsável foi descoberto”, afirmou o diretor sênior de Bussiness Intelligence e Investigações da Kroll, Richard Plansky. “Acho que é justo dizer que a porcentagem é significativamente alta quando levamos em conta todos os casos. Pelo que temos observado nos últimos anos, esse número é um reflexo de uma economia que é cada vez mais baseada em informação.”

No geral, a preocupação com fraudes subiu 15% entre os executivos em todo o mundo, liderada pelo roubo de informações, corrupção e suborno. Metade das empresas entrevistadas disse que tem vulnerabilidade média ou alta ao roubo de informações, contra 38% em 2010. A complexidade da TI é a principal causa da exposição crescente das fraudes, citada por 36% dos entrevistados em comparação com 28% no ano passado.

“Em comparação com 10 anos atrás, cada vez mais o valor de uma empresa passa de coisas tangíveis para idéias, e elas tendem a viver em sistemas na forma de dados digitais”, declarou Plansky. “É aí que está o valor das companhias e os funcionários têm um acesso tremendo a essas informações. Este é um caso em que a tecnologia é verdadeiramente uma faca de dois gumes. Estes maravilhosos e sofisticados sistemas de TI dão fácil acesso a dados sensíveis a uma ampla gama de empregados. Isso é o lado positivo e também o negativo”.

De fato, as empresas relataram maior incidência de roubo de informações e dados eletrônicos, incluindo serviços financeiros (29%), tecnologia de mídia e telecomunicações (29%), saúde, produtos farmacêuticos e biotecnologia (22%) e serviços profissionais (23%).

Cerca de uma em cada quatro empresas reportaram ter sofrido roubos físicos de caixa (ativos e inventários ou roubo de informações), porcentagem menor que em 2010. Gestão de conflitos de interesse (21%); fraude de vendedor, fornecedor ou aquisição (20%) e fraude financeira interna (19%), todos apresentaram aumentos notáveis em relação ao ano passado. A incidência de corrupção e suborno quase dobrou, passando de 10% para 19%.


Fonte: Joan Goodchild, CSO (US

PanAmericano precisa de um aporte de R$ 600 milhões

O PanAmericano precisa de um aporte de R$ 600 milhões porque está em um nível considerado “baixíssimo” de capital próprio para manter seu ritmo de concessão de novos financiamentos.

O banco, que pertencia ao apresentador Silvio Santos, quase quebrou no fim de 2010 devido a um esquema de fraudes que o levaram a um rombo de R$ 4,3 bilhões. A Polícia Federal abriu inquérito para apurar as responsabilidades dos dirigentes, que foram afastados pelos controladores. Hoje, o comando é do BTG Pactual -que comprou a parte de Silvio Santos- e da Caixa Econômica Federal, que tem 36%.

Pelas regras do mercado, uma instituição financeira precisa de, pelo menos, 11% de capital próprio para fazer operações de crédito. O PanAmericano está com 11,99% e, por isso, o Banco Central exige um aporte dos sócios.Esse aumento de capital teria de ser feito ainda neste ano, mas há um problema.

A Caixa também é alvo da investigação da PF. O que se apura é se ela teria comprado os 36% do PanAmericano ciente do rombo, cedendo a supostas pressões políticas. O negócio foi fechado em dezembro de 2009 por R$ 740 milhões, um ano antes de o escândalo vir a público.


SAIA JUSTA

Há ainda outra “saia justa”. Márcio Percival, que comanda a CaixaPar -empresa criada em 2009 pela Caixa para compra e venda de ativos-, seria amigo de Rafael Palladino, ex-presidente do PanAmericano, já indiciado pela PF sob a acusação de seis crimes.

A Folha apurou que esses fatores dificultam a liberação de um aporte rápido.

Inicialmente, o BC queria que fosse injetado R$ 1 bilhão no banco, mas, diante da repercussão do caso, os atuais dirigentes do PanAmericano optaram por um aumento mais modesto, de R$ 600 milhões. Isso exigiria da Caixa menos de R$ 250 milhões.

O novo presidente do PanAmericano, José Luiz Acar Pedro, disse que o assunto não é tão urgente e é possível esperar mais algum tempo. Mas ele reconheceu que o tema é “olhado a todo o momento”. “Não podemos descuidar disso”, afirmou.

Para capitalizar o banco, os executivos estudam fazer uma oferta pública de ações no início de 2012. Acredita-se que, até lá, a PF já terá concluído o relatório final das investigações e a Caixa estará livre das atuais pressões internas. Além disso, aposta-se que a crise global vai ceder um pouco no próximo ano.

Apesar da necessidade de enquadramento às exigências de capital próprio, o PanAmericano é considerado uma “máquina de fazer empréstimos” -motivo que justifica a injeção de recursos.

Antes de as fraudes serem descobertas, ele gerava, em média, R$ 80 milhões em negócios por dia, somente com operações de crédito. Agora, são R$ 32 milhões.

Essa habilidade e a aquisição do controle pelo BTG Pactual fizeram as ações do banco subirem 77,3% em 2010, alta suficiente para colocar os papéis de volta ao patamar anterior ao estouro do escândalo. “Já recuperamos tudo”, disse Willy Jordan, diretor de Relações com Investidores.A Caixa Econômica Federal nega que tenha adquirido o PanAmericano ciente do rombo de R$ 4,3 bilhões e não comentou sobre o aporte.

Por meio de sua assessoria de imprensa, o banco afirmou que a compra dos 36% do PanAmericano foi feita com base na capacidade de geração de negócios do banco. “A Caixa reafirma sua convicção na capacidade de o Banco PanAmericano obter retornos financeiros e competitivos por meio da geração de sinergias entre as duas instituições”, diz a nota.

“O PanAmericano expressa parceria entre a Caixa e o BTG Pactual no sentido de garantir a ampliação de seus produtos, serviços e canais à disposição de seus clientes e de toda a sociedade brasileira, contribuindo cada vez mais para a democratização dos serviços bancários.”

Consultado, o diretor-presidente da CaixaPar, Márcio Percival, nega que seja amigo ou que tenha “qualquer ligação profissional ou pessoal” com o ex-presidente do PanAmericano Rafael Palladino.

Fonte: Toni Sciarretta, Julio Wiziack e Flávio Ferreira, Folha de S.Paulo

Contabilidade de bancos

Na Inglaterra cresce a pressão para uma norma mais rígida para os bancos.  Um texto do The Telegraph informa que as normas internacionais do Iasb para bancos (em particular o IAS 39) tem sido criticado até por instituições financeiras: agora o diretor financeiro do Barclays também pede alteração nas normas.

Dois problemas são apontados pelos críticos: o impairment, que permite que os bancos só reconheçam as dívidas podres no último caso, e o valor justo. O atraso do Iasb em discutir tais problemas não contribui para tranquilizar o mercado. Já se fala em adotar a norma anterior do ASB sobre o assunto.

Reconhecimento da Receita

O Iasb (International Accounting Standards Board) e o Fasb (Financial Accounting Standards Board) divulgaram um rascunho sobre as normas internacionais (e dos Estados Unidos) para receita. Segundo o comunicado, o rascunho procura dar uma maior robustez no reconhecimento da receita, eliminar incoerências, melhorar a comparabilidade, melhorar as informações apresentadas aos usuários e simplificar o volume de normas contábeis.

Segundo o comunicado conjunto, o rascunho segue a mesma proposta apresentada em 2010: a entidade deve reconhecer a receita de contratos com clientes quando transfere os bens.

Desde 2010 estas duas entidades receberam mais de mil sugestões e observações, sendo que o projeto original foi alterado, simplificando as questões sobre garantias e a determinação do preço de transação, incluindo o valor do dinheiro no tempo.

O rascunho apresentado pode ser discutido até 13 de março de 2012 e não deve entrar em vigor antes de 2015.

A KPMG, através de um dos seus executivos, afirmou que para algumas empresas a proposta não representa nenhuma novidade. Mas para alguns setores, como telecomunicações, software e engenharia, poderão sofrer alterações, sendo difícil precisar se o reconhecimento da receita será antecipado ou não.

A proposta possui 221 páginas e 26 exemplos.

Estatística

O texto acima, com a fota da Marilyn Monroe, comenta que a mulher é mensurada por coisas que não pode controlar, como idade. Por isto, se uma mulher está sendo medida, que seja por coisas que ela possa controlar. E finaliza, "como toda mulher sabe, as medições são apenas estatísticas e estatística mente"