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04 novembro 2011

MF Global


A MF Global, que pediu concordata no dia 31/10/2011, pode entrar para a lista dos dez maiores colapsos da história corporativa dos EUA, segundo dados da empresa de pesquisa BankruptcyData.com, com base no valor dos ativos antes da solicitação de concordata. Pelos dados divulgados até 30 de setembro, a MF Global deve ficar pouco acima da Chrysler, como a oitava maior concordata norte-americana. Veja a lista, segundo The Wall Street Journal:

1) Lehman Brothers Holdings. Concordata em setembro de 2008. Ativos: US$ 691 bilhões

2) Washington Mutual. Concordata em setembro de 2008. Ativos: US$ 327,9 bilhões

3) WorldCom. Concordata em 2002. Ativos: US$ 103,9 bilhões

4) General Motors. Concordata em junho de 2009. Ativos: US$ 91 bilhões

5) CIT Group. Concordata em novembro de 2009. Ativos: US$ 80,4 bilhões

6) Enron. Concordata em 2001. Ativos: US$ 65,5 bilhões

7) Conseco. Concordata em 2002. Ativos: US$ 61,4 bilhões

8)Chrysler. Concordata em abril de 2009. Ativos: US$ 39,3 bilhões (MF Global. Ativos: US$ 41 bilhões, em 30 de setembro)

9) Thornburg Mortgage. Concordata em maio de 2009. Ativos: US$ 36,5 bilhões

10) Pacific Gas & Electric Co. Concordata em 2001. Ativos US$ 36,15 bilhões

Fonte: Agência Estado e Dow Jones

Libor



Discrepâncias entre o que os bancos divulgam como o custo diário de obter recursos no curto prazo e o que têm pago de verdade fizeram com que um parâmetro de juros amplamente monitorado minimizasse os problemas de financiamento enfrentados pelos bancos europeus

Vários bancos europeus estão oferecedo atualmente juros mais altos por recursos de curto prazo do que o que divulgam na pesquisa diária de participantes do mercado interbancário realizada pela Associação Britânica de Banqueiros, dizem pessoas que operam no mercado.

Isso significa que o custo real desses bancos para obter financiamentos em dólar é consideravelmente maior que a taxa de juros interbancários de Londres. Conhecida como Libor, a taxa é um número composto derivado da pesquisa da ABB e que define o preço de vários empréstimos e títulos de renda fixa no mundo inteiro.

A discrepância sugere que a Libor não está retratando adequadamente a escassez de recursos para os bancos durante a crise da zona do euro, apesar de ter aumentado consideravelmente nos últimos meses. E, tão importante quanto, isso significa que alguns bancos europeus enfrentam pressões competitivas que vão diminuir sua rentabilidade num momento em que as autoridades europeias estão forçando-os a captar mais recursos.

“A Libor é uma média de taxas de juros que ninguém usa” na realidade, disse Stuart Sparks, estrategista da área de juros do Deutsche Bank em Nova York, que descreveu a diferença entre a Libor e os juros pagos de verdade pelos bancos como “consistente com o que o mercado avalia ser o risco”.

A média de terça-feira para o juro pago por empréstimos em dólar com vencimento em três meses era de 0,4317%, segundo os números oferecidos para a pesquisa da Libor.

Na mesma faixa de dados apresentados à associação na terça, os bancos franceses BNP Paribas e Crédit Agricole divulgaram que ofereceram pagar juros de 0,47% a 0,52% para os empréstimos de três meses. Mas segundo operadores a par do processo, os três bancos franceses estão pagando mais de 0,1 ponto porcentual a mais que o juro divulgado para esses financiamentos.

Segundo um operador que acompanhou os empréstimos tomados pelos bancos franceses, o Crédit Agricole oferecia 0,65% e 0,61% pelos empréstimos de três meses. Não havia dados precisos sobre BNP, mas os operadores notaram que o custo dos três bancos franceses para obter empréstimos no mercado interbancário foi mais ou menos igual no último mês, com todos eles exibindo discrepâncias parecidas em relação à Libor.

Ao mesmo tempo, os bancos espanhóis têm pago ainda mais por seus recursos de curto prazo. Os dois maiores bancos da Espanha, Banco Santander SA e Banco Bilbao Vizcaya Argentaria SA, não participam da pesquisa da associação, mas têm sido consistente obrigados a pagar juros de 1,41% e 1,20%, respectivamente, segundo o mesmo operador que acompanhou a captação dos bancos franceses.

O Crédit Agricole não quis comentar, bem como o BNP e o Santander. A Associação Britânica de Banqueiros não respondeu a pedidos para comentar a questão e não foi possível localizar um representante do SocGen. Um porta-voz do BBVA disse que o juro alto que se afirmou que o banco está tendo de pagar por recursos em dólares não é motivo de preocupação, porque cada subsidiária do BBVA no mundo se financia sozinha na moeda local e o financiamento em dólares para a matriz “não é significativo”.

Os números maiores refletem as dificuldades enfrentadas por muitos bancos europeus para obter financiamento de curto prazo em meio a um ciclo de rebaixamentos de nota de crédito. A demanda por seus commercial papers em dólares caiu muito nos últimos meses já que os fundos do mercado monetário têm resistido a comprar títulos com qualquer coisa maior que alguns dias de vencimento.

Não há quaisquer indícios de que os juros menores divulgados para a pesquisa diária reflitam comportamentos ilegais ou possam influenciar uma investigação em andamento nos Estados Unidos sobre acusações de conluio entre os bancos para definir a Libor. Operadores dizem que os juros indicados pelos bancos à associação, que registra o quanto eles estão dispostos a pagar pelos fundos em vez do custo real, refletem simplesmente jogadas de operadores que não estão dispostos a revelar demais suas cartas quando negociam recursos. Mesmo assim, a discrepância sugere que não dá para confiar na Libor para medir o nível de estresse dos bancos.

Para realmente monitorar a pressão sobre a oferta de dólares, muitos analistas verificam atualmente o spread da Libor-OIS de três meses, que compara a Libor com o índice de swap no overnight, que reflete as expectativas de juro após o fechamento do mercado. O spread da Libor-OIS subiu para 34,75 na terça, o maior nível desde 2009 e quase três vezes mais que a média de longo prazo.


Fonte: Vincent Cignarella, WSJ, Valor Economico

Perdão


Alguns dos principais bancos que quebraram na década de 1990 estão prestes a conseguir um alívio bilionário em suas dívidas. Beneficiados por uma lei aprovada no meio do ano passado, instituições como Econômico e Nacional devem fechar, em breve, acordos de perdão de nada menos que R$ 18,9 bilhões em débitos.


O desconto total equivale a 30% de toda a dívida de cinco bancos: Nacional, Econômico, Mercantil de Pernambuco, Banorte e Bamerindus. Segundo o balanço do Banco Central (BC), em 30 de junho os débitos totais dessas cinco instituições eram de R$ 64,4 bilhões. Com os descontos, caem para R$ 45,5 bilhões, desconto de 30% sobre o total.

Fonte: Aqui

Indenização

O gráfico mostra, em vermelho, a fortuna de Murdoch, de 7,6 bilhões. Ele é um magnata, dono de diversos jornais ao redor do mundo. Recentemente descobriu-se que suas empresas usavam técnicas "pouco éticas" na busca de notícias. Uma família que teve sua filha de 13 anos morta (e o repórter apagou as mensagens do celular da garota para dar esperanças de que ela ainda estava viva) irá receber 3,2 milhões de dólares. Este valor está representado na figura no ponto branco (canto esquerdo em cima).

03 novembro 2011

Rir é o melhor remédio

Gorjeta: Pi. Fonte; Aqui

Olympus

O recente escândalo envolvendo a empresa japonesa Olympus, comentou-se sobre máfia japonesa, corrupção, evasão de divisas e outras coisas mais. Pouco se falou da contabilidade e da auditoria.

Um texto do Telegraph inglês (Olympus scandal: KPMG quit over Gyrus accounts, Rowena Mason, 23 de out 2011) mostra que a KPMG, o auditor, fez a sua parte. Na realidade a empresa de auditoria alertava que não conseguia entender o relacionamento da empresa com outras existentes na Ilhas Cayman e sugeria que este assunto fosse discutido entre os membros da empresa e seus credores.

Panamericano

A Polícia Federal apurou que R$ 16,67 milhões foram sacados em espécie da conta da Panamericano Administradora de Cartões Ltda., entre junho de 2006 e novembro de 2010. Segundo a PF, naquele período foram realizados 86 saques em favor de empresas dos ex-diretores do Banco Panamericano "sem a apresentação de contratos ou outra causa que justificasse a despesa". (...) 


O expediente sob suspeita foi revelado por Jair Angelo Pitol, ex-gerente de contabilidade fiscal do banco. "Wilson Aro mandava mensalmente provisionar em uma conta da Perícia Seguros quantias para pagamentos a efetuar. Eram classificadas contabilmente como ‘contas a pagar’. Eu deduzia que os valores ‘provisionados’ eram destinados a retiradas, por parte dos diretores, pois eles não apresentavam notas fiscais e não justificavam para quem os valores seriam pagos."


Fonte: Estado de São Paulo