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30 outubro 2011

Rir é o melhor remédio

Este cartoon é de 1993. Fonte: aqui

Investigação Antitruste nas Big Four

O domínio das “Quatro Grandes” firmas de auditoria no Reino Unido será investigada, depois que uma autoridade regulamentadora antitruste ter dito que o mercado é desfavorável aos clientes e concorrentes de pequeno porte.

O órgão antitruste (OFT, em inglês) do Reino Unido, que examina a questão desde 2002, remeteu o assunto na sexta-feira à Comissão de Concorrência para identificar distorções no setor e, possivelmente, impor mudanças. A investigação deverá concentrar-se em KPMG, Deloitte, Ernst & Young e PricewaterhouseCoopers.

“O mercado atendido pelas grandes firmas de auditoria não tem concorrência suficiente e não funciona bem para os clientes”, disse John Fingleton, diretor-executivo do OFT, em comunicado. “É extremamente concentrado, majoritariamente atendido por quatro grandes firmas e os clientes raramente trocam de auditores.”

As grandes firmas de auditoria também poderão ser sujeitas a restrições da União Europeia ao oferecer serviços de consultoria, podendo ser obrigadas a compartilhar trabalhos com rivais de menor porte. O OFT disse que a investigação no Reino Unido complementará a sondagem paralela da UE, com enfoque nas condições de concorrência encontradas especificamente na Grã-Bretanha.

“A natureza, conteúdo e cronograma para a legislação da UE não estão definidos e o OFT acredita haver uma série de contribuições importantes que a Comissão de Concorrência poderá aportar durante o processo legislativo”, disse a OFT no comunicado.

A Comissão de Concorrência precisará de tempo e de informações das quatro firmas durante a investigação, e tem autoridade para impor diversas mudanças no setor, disse Rosemary Choueka, que lidera a equipe de concorrência na UE no escritório de advocacia Lawrence Graham, em Londres.

“Elas podem incluir uma limitação para a duração dos contratos de auditoria ou a regulamentação dos termos desses vínculos contratuais ou até mesmo a exigência de que as Quatro Grandes vendam algumas de suas unidades para outras firmas de contabilidade ou para uma nova atuante no mercado”, disse Choueka.

Uma comissão do governo do Reino Unido que está investigando a crise financeira mundial anteriormente defendera uma investigação sobre as Quatro Grandes, que faturaram 99% dos honorários de auditoria pagos pelas 100 maiores empresas do Reino Unido no ano passado, segundo o OFT. Em 29 de julho, a agência fiscalizadora formulou uma conclusão provisória na investigação.

David Sproul, da Deloitte, e Mark Hamilton, da KPMG, disseram que o mercado de auditoria no país já é competitivo. Para Richard Sexton, da PwC, a rivalidade é “feroz”. Hywel Ball, da E&Y, disse que apoia algumas medidas para ampliar o leque de opções dos clientes, como a eliminação das cláusulas contratuais que limitam a escolha a uma das grandes.


Fonte: Erik Larson Bloomberg, Valor Economico

Leasing

As discussões nos órgãos internacionais de contabilidade sobre as mudanças na forma de registrar as operações de leasing nos balanços passam distante da conhecimento de boa parcela das companhias.

Mais da metade (54%) de um universo de 2,8 mil empresas no mundo não está a par das alterações que estão por vir e que devem revirar a fotografia das suas finanças. É o que aponta um levantamento da firma de auditoria Grant Thornton.

No Brasil, a parcela de desconhecimento sobre as novas regras em estudo sobe para 64% entre 200 companhias pesquisadas. “Isso é preocupante porque, grosso modo, oito entre 10 empresas nacionais tem algum tipo de contrato de leasing”, diz sócio da Nelson Barreto, sócio da Grant Thornton Brasil.

Com a adoção do padrão contábil IFRS, o leasing financeiro – em que há uma opção de compra ou transferência do bem ao final do contrato – passou a gerar registro obrigatório no ativo e no passivo das demonstrações financeiras.

Mas o chamado leasing operacional – sem necessariamente transferência da propriedade – ficou de fora dessa regra e aparece nos balanços apenas como despesa de arrendamento mercantil.

O fim dessa divisão em classes de leasing deve ser aprovado pelo Conselho de Normas Internacionais de Contabilidade (Iasb, pelas iniciais em inglês). Assim como o financeiro, o arrendamento operacional ganhará registro no balanço patrimonial.

O impacto nos índices de endividamento das companhias será imediato. “Se há o direito de uso, há um ativo, e se há o compromisso de pagar, há um passivo. Esse é o princípio básico”, avalia Guillermo Braunbeck, professor dos cursos de MBA da Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeira (Fipecafi).

Segundo estimativa da Securities and Exchange Commission (SEC), que regula o mercado de capitais nos Estados Unidos, a medida traria cerca de US$ 1,25 trilhão de dólares para dentro dos balanços das empresas listadas na bolsa americana.

O padrão que está sendo avaliado segue a máxima de priorizar “a essência sobre a forma”, conceito básico do IFRS. Mas as alterações são complexas e, não por acaso, foram alvo de muitas críticas durante audiência pública internacional sobre o tema.

Segundo a pesquisa da Grant Thornton, 36,8% das companhias que afirmaram ter conhecimento das discussões sobre o leasing não aprovam as mudanças sugeridas, 21,4% não souberam responder e 41,8% concordaram com as alterações.

A grande discussão se dá em torno das exceções que serão toleradas. Segundo Braunbeck, há uma expectativa de que os contratos com menos de 12 meses de vigência que não sejam renováveis escapem da contabilização. O critério temporal, no entanto, não deve ser único, tampouco indiscutível. “Não se pode criar uma outra linha divisória baseada apenas na forma. Isso traria uma contradição para dentro da nova contabilidade”, explica Braunbeck.

O maior impacto das mudanças, segundo 33,2% das companhias, é o aumento nos custos e na complexidade dos relatórios, enquanto apenas 15,4% apontam a melhoria da transparência das informações para os investidores. Para outros 12,4%, o novo padrão altera, principalmente, a maneira de estruturar o financiamento de transações futuras.

Fonte: Marina Falcão, Valor Economico

29 outubro 2011

Rir é o melhor remédio




Propaganda criativa: escrever uma carta, peça do banheiro, aspirador de pó e dentista

Peso dos setores no S&P 500

O Ibovespa é uma carteira teórica de ações, que representa 80% do volume de negócios dos últimos 12 meses.Neste ano, o Ibovespa acumula queda real, em dólares, de mais de 20%. Este dado é relevante, pois a bolsa de valores é um indicador antecedente e é utilizada para a realização de previsões acerca do futuro econômico do pais.No entanto, relatório do Nomura mostra que o Ibovespa representa muito mal a economia brasileira.Há um peso muito grande de bancos e de empresas do setor de minério,petróleo e siderurgia.

Por outro lado, é curioso observar os pesos de cada um dos 10 setores que compõe o índice S&P 500. O setor de tecnologia é atualmente um 1/5 do índice, o que mostra a importância dos movimentos das ações de tecnologia . O financeiro, que estava em 1º lugar antes da crise financeira,reduzido sua participação para 13,41%.





O quadro abaixo apresenta gráficos, que mostram a ponderação histórica de cada setor, desde 1990. Em cada gráfico, a linha vermelha representa peso médio do setor durante todo o período, tornando mais fácil observar onde cada um está em relação à sua média histórica. Como mostrado, o setor de tecnologia está bem acima da sua média , enquanto o financeiro está abaixo.




Fonte:aqui

28 outubro 2011

Rir é o melhor remédio

Angela Merkel e o tamanho da ajuda grega

Preço de Veículos


Fiz uma análise na tabela de preços de veículos usados do jornal Estado de São Paulo (edição de 23 de outubro de 2011). Nestes cálculos considerei somente o preço de 2011 e o preço de 2007, o último disponibilizado pelo jornal. Somente os automóveis com os dois preços foram considerados nos cálculos abaixo. A amostra totalizou 120  veículos de diferentes marcas e valores. O automóvel de maior preço inicial tem um valor de 270 mil reais para o comprador: um BMW X5 Sport. O de menor preço custa 21.600, um Uno Mile sem muito luxo.

Inicialmente o meu interesse era verificar qual seria a taxa de depreciação mais adequada para este tipo de ativo. Comparando o preço em 2011 e o preço em 2007 teria uma aproximação desta informação. O valor médio obtido foi de 31%. Considerando que temos quatro anos de uso, isto significa uma desvalorização média anual de 7,72%. Isto corresponde a uma vida útil estimada de 13 anos, aproximadamente. (Esta informação deve ser tomada com um certo cuidado, já que existem outros fatores que não foram levados em consideração. Por exemplo, o preço de um automóvel tende a reduzir mais nos primeiros anos. Irei comentar sobre isto em outra postagem)

O problema é que esta taxa sofre muita variação. Um Celta, da Chevrolet, teve uma desvalorização de 16,73% no período de quatro anos, a menor da relação. Já o Accord EX sofreu uma desvalorização de 57%, o que é um valor bastante expressivo. Além disto, a desvalorização também variou conforme a marca. Assim, os automóveis da General Motors desvalorizaram 24% em média, um pouco abaixo da Ford, Fiat e Volkswagen (em torno de 28%), mas distante da Honda (39%). Nesta estatística só considerei as empresas com mais de cinco automóveis na amostra.

Um aspecto interessante é que o valor da desvalorização possui uma relação estatística forte com o preço inicial (R2 = 0,508, vide gráfico a seguir). Ou seja, automóveis mais caros são aqueles que mais se desvalorizam.

Além da correlação, fiz um teste simples para verificar isto. Selecionei os trinta automóveis mais baratos e o trinta com o preço inicial mais elevado. Enquanto os veículos com preços menores sofriam uma desvalorização média de 23,36%, aqueles com maiores preços têm uma perda de 36,26%. Para ter certeza que os valores são diferentes, fiz um teste estatístico bem simples chamado teste de média. O resultado mostrou que realmente os valores são diferentes.

Observe que como o valor médio dos automóveis mais caros é de quase 140 mil reais, a desvalorização adicional, de 18 mil reais, corresponde a quase um automóvel Mille.

A razão para esta perda é fácil de ser explicada: os veículos usados mais caros geralmente não possuem um mercado comprador expressivo. Assim, a diferença na desvalorização pode ser explicada pela baixa liquidez do automóvel mais caro.

Assim, na próxima compra do seu automóvel, pense que um carro de maior preço possui uma perda na desvalorização.