24 outubro 2011
Frase
"O país que não adotar esse padrão não vai atrair investidores internacionais."
Márcio Luiz Borinelli, coordenador do curso de Contábeis da USP, no Estado.
Será?
Concentrando-se no Fluxo de Caixa
A Burlington Nothern Santa Fe opera a segunda mairo ferrovia dos EUA. O vice-presidente sênior, diretor financeiro e tesoureiro da empresa é Tom Hunt que afirma que em "termos gerais somosmuito orientados para fluxo de caixa". Após a fusão da Burlington Northern com a Santa Fe, a empresa passou por vários anos de pesados investimentos e fluxos de caixa negativos. Para manter-se a par da posição de caixa da empresa, Hunt fazia com que uma pevisão de caixa fosse elaborada a cada mês." Tudo cai como dominós de fluxo de caixa livre", diz Hunt,"isso nos dá alternativas. Agora mesmo, a alternativa preferida é recomprar nossas próprias ações... mas poderia ser aumentar os dividendos ou realizar aquisições de outras empresas. Nenhuma dessas coisas sequer estaria na tela do radar se não tivéssemos fluxo de caixa livre"
Fonte: Randy Myers," Crash Crop: The 2000 Working Capital Survey," CFO, agosto de 2000, pp.59-82.
Fonte: Randy Myers," Crash Crop: The 2000 Working Capital Survey," CFO, agosto de 2000, pp.59-82.
Idosos usam seus cérebros com mais eficiência do que jovens
Teorias científicas e crenças populares sugerem que nosso cérebro se deteriora com a idade, tornando-se menos capaz de tomar decisões fundamentadas. Mas, na verdade, a velhice pode ser sinônimo de sabedoria.
Cientistas provaram que as pessoas com mais de 55 anos usam seus cérebros com muito mais eficiência do que as pessoas mais jovens.
Pesquisadores do Canadá descobriram que anos de experiência de vida faz com que cérebros mais velhos sejam tão eficazes quando se trata de tomada de decisão quanto o de seus colegas mais jovens.
As pessoas mais velhas se incomodam menos com cometer um erro, e usam seus cérebros de forma mais seletiva do que as mentes mais jovens, apenas envolvendo certas partes no momento preciso em que são necessárias.
Os cientistas do Instituto de Geriatria da Universidade de Montreal estudaram 24 jovens com idades entre 18 e 35 anos, ao lado de um grupo de 10 idosos com idades entre 55 a 75 anos.
Os participantes completaram uma série de tarefas cada vez mais difíceis, enquanto os pesquisadores monitoravam sua atividade cerebral.
Os resultados de exames de neuroimagem mostraram que os cérebros jovens e idosos reagiam de maneira muito diferente quando ouviam que tinha cometido um erro em um exercício.
Enquanto os jogadores mais jovens instantaneamente ativavam diversas áreas de seus cérebros, os participantes mais velhos “lutavam” contra o erro e mantinham as partes relevantes do seu cérebro dormentes até a próxima tarefa.
O autor do estudo, Oury Monchi, disse que o experimento foi uma prova de que a sabedoria vem com a idade. “Quando se trata de determinadas tarefas, os cérebros de adultos mais velhos podem ter o mesmo desempenho que os de mais jovens”, acrescentou.
Ele disse que as descobertas se assemelham ao conto da lebre e da tartaruga, a fábula em que o concorrente mais lento, mas mais cauteloso, ganha a corrida. “Já se sabia que o envelhecimento não é necessariamente associado a uma perda significativa na função cognitiva. Quanto mais velho, mais experiência tem o cérebro, que sabe que nada se ganha com pressa”, argumentou Monchi.
Fonte: Aqui.
Cientistas provaram que as pessoas com mais de 55 anos usam seus cérebros com muito mais eficiência do que as pessoas mais jovens.
Pesquisadores do Canadá descobriram que anos de experiência de vida faz com que cérebros mais velhos sejam tão eficazes quando se trata de tomada de decisão quanto o de seus colegas mais jovens.
As pessoas mais velhas se incomodam menos com cometer um erro, e usam seus cérebros de forma mais seletiva do que as mentes mais jovens, apenas envolvendo certas partes no momento preciso em que são necessárias.
Os cientistas do Instituto de Geriatria da Universidade de Montreal estudaram 24 jovens com idades entre 18 e 35 anos, ao lado de um grupo de 10 idosos com idades entre 55 a 75 anos.
Os participantes completaram uma série de tarefas cada vez mais difíceis, enquanto os pesquisadores monitoravam sua atividade cerebral.
Os resultados de exames de neuroimagem mostraram que os cérebros jovens e idosos reagiam de maneira muito diferente quando ouviam que tinha cometido um erro em um exercício.
Enquanto os jogadores mais jovens instantaneamente ativavam diversas áreas de seus cérebros, os participantes mais velhos “lutavam” contra o erro e mantinham as partes relevantes do seu cérebro dormentes até a próxima tarefa.
O autor do estudo, Oury Monchi, disse que o experimento foi uma prova de que a sabedoria vem com a idade. “Quando se trata de determinadas tarefas, os cérebros de adultos mais velhos podem ter o mesmo desempenho que os de mais jovens”, acrescentou.
Ele disse que as descobertas se assemelham ao conto da lebre e da tartaruga, a fábula em que o concorrente mais lento, mas mais cauteloso, ganha a corrida. “Já se sabia que o envelhecimento não é necessariamente associado a uma perda significativa na função cognitiva. Quanto mais velho, mais experiência tem o cérebro, que sabe que nada se ganha com pressa”, argumentou Monchi.
Fonte: Aqui.
Malária
De 108 países onde a malária é endêmica, dez estão em vias de eliminar a doença num futuro próximo, de acordo com um relatório da Roll Back Malaria ,publicado em 18 de outubro. Para muitos outros, zerar o número de mortes causados pelo parasita é um sonho distante. No entanto, isso não pode apagar o progresso realizado na última década, durante o qual as mortes por malária caíram 20% (ver gráfico). A correlação entre a redução de mortes e o dinheiro gasto é bastante forte, muito mais do que a correlação entre a ajuda convencionais e desenvolvimento econômico. Dado que melhorias na saúde, muitas vezes ocorrem antes de avanços em termos de PIB per capita;os gastos com malária podem, eventualmente, apresentar um retorno ainda maior do que até agora.
Fonte: aqui
Fonte: aqui
QI não é estático
O QI de um adolescente pode aumentar ou diminuir até 20 pontos em apenas alguns anos, concluiu um grupo que examina o cérebro num estudo publicado na quarta-feira [19/10/2011] que sugere que a medida da inteligência de uma pessoa jovem não é tão fixa como se pensava.
Os pesquisadores também descobriram que mudanças no QI tiveram relação com pequenas alterações físicas em áreas do cérebro ligadas a habilidades intelectuais, apesar de eles não terem conseguido mostrar claramente causa e efeito.
"Se a descoberta for verdadeira, pode sinalizar que fatores ambientais estão mudando o cérebro e a inteligência num período relativamente curto de tempo", disse o psicólogo Robert Plomin do Kings College em Londres, que estuda a genética da inteligência e não estava envolvido na pesquisa. "Isso é um tanto surpreendente."
Há tempos no centro dos debates sobre como a inteligência pode ser medida, o QI — as iniciais significam "quociente de inteligência" — normalmente mede a capacidade mental através de uma bateria de testes padronizados da capacidade linguística, habilidade espacial, aritmética, memória e raciocínio. Um QI de 100 é considerado médio. Excluindo casos de acidentes, essa capacidade intelectual permanece constante ao longo da vida, acredita a maioria dos especialistas.
Mas as novas descobertas dos pesquisadores da University College London, divulgadas na versão on-line da "Nature", sugerem que o QI, geralmente usado para prever desempenho escolar e perspectivas de trabalho, pode ser mais maleável do que se acreditava antes — e mais suscetível a influências externas, como uso de tutores ou negligência de adultos.
"Uma alteração de 20 pontos é uma diferença enorme", disse a pesquisadora sênior do grupo, Cathy Price, do Centro do Fundo Wellcome de Mapeamento Neurológico da universidade. Realmente, pode significar a diferença entre ser avaliado na média ou ser superdotado — ou, reciprocamente, ser categorizado como abaixo do padrão.
Para melhorar o entendimento da inteligência, Price e seus colegas estudaram 33 jovens britânicos saudáveis cujos QIs variavam entre 80 e 140. Eles testaram os voluntários com exames padronizados de inteligência em 2004 e 2008, para incluir os anos de pico da adolescência, enquanto monitoravam mudanças sutis na estrutura do cérebro usando imagens de ressonância magnética.
Ao analisar o desempenho verbal e não-verbal do QI separadamente, os pesquisadores descobriram que essas facetas fundamentais da inteligência poderiam mudar de forma relevante, mesmo nos casos em que a contagem geral ficasse relativamente constante.
"Um quinto deles saltou em uma das duas direções", disse Price. Um escore de QI verbal de um adolescente subiu de 120 aos 13 anos para 138 aos 17 anos, enquanto o QI não-verbal caiu de 103 para 85. Outro QI verbal aumentou de 104 para 127 em quatro anos, enquanto o seu desempenho não-verbal permaneceu o mesmo.
A ascensão e queda dos escores de testes verbais de QI aparentemente estão ligadas a mudanças na área do cérebro ligada à fala, enquanto as variações no QI não-verbal se relacionam à região envolvida no controle motor e nos movimentos das mãos.
Nos últimos anos, cientistas determinaram que a experiência pode facilmente alterar o cérebro, à medida que as redes de sinapses neurais afloram em resposta à atividade ou murcham com a falta de uso. Quando músicos profissionais, malabaristas de circo e taxistas de Londres estudam mapas — até mesmo guerrilheiros colombianos aprendendo a ler —, todos eles exibem mudanças cerebrais ligadas ao ato de praticar uma ação, relataram vários estudos de imagens do cérebro.
Mas, até agora, pesquisadores consideravam a inteligência geral muito básica para ser afetada por tais ajustes neurais relativamente pequenos. Price e seus colegas não sabem o que causou as mudanças no cérebro e nos escores que eles documentaram, mas especularam que podem ser resultado de experiências de aprendizado.
Diversos especialistas do cérebro disseram que as mudanças poderiam também refletir um ritmo normal de crescimento e mudanças nos QIs poderiam ser causadas pelo desempenho inconsistente no teste.
As variações podem também indicar que o teste de QI em si pode ter falhas. "Pode ser um verdadeiro indício de como a inteligência varia ou pode significar que nossas medidas de inteligência são inconstantes", disse o pioneiro em imagem cerebral B.J. Casey, da Faculdade de Medicina Weill, da Universidade Cornell, que não participou do estudo.
"Um aspecto importante dos resultados é que as habilidades cognitivas podem aumentar ou diminuir", disse o especialista em psicometria da Universidade Estadual de Oklahoma, Robert Sternberg, ex-presidente da Associação Americana de Psicologia que também não participou do estudo. "Aqueles que são mentalmente ativos provavelmente vão se beneficiar. Os preguiçosos, que não se exercitam intelectualmente, vão pagar o preço."
Fonte: WSJ
Os pesquisadores também descobriram que mudanças no QI tiveram relação com pequenas alterações físicas em áreas do cérebro ligadas a habilidades intelectuais, apesar de eles não terem conseguido mostrar claramente causa e efeito.
"Se a descoberta for verdadeira, pode sinalizar que fatores ambientais estão mudando o cérebro e a inteligência num período relativamente curto de tempo", disse o psicólogo Robert Plomin do Kings College em Londres, que estuda a genética da inteligência e não estava envolvido na pesquisa. "Isso é um tanto surpreendente."
Há tempos no centro dos debates sobre como a inteligência pode ser medida, o QI — as iniciais significam "quociente de inteligência" — normalmente mede a capacidade mental através de uma bateria de testes padronizados da capacidade linguística, habilidade espacial, aritmética, memória e raciocínio. Um QI de 100 é considerado médio. Excluindo casos de acidentes, essa capacidade intelectual permanece constante ao longo da vida, acredita a maioria dos especialistas.
Mas as novas descobertas dos pesquisadores da University College London, divulgadas na versão on-line da "Nature", sugerem que o QI, geralmente usado para prever desempenho escolar e perspectivas de trabalho, pode ser mais maleável do que se acreditava antes — e mais suscetível a influências externas, como uso de tutores ou negligência de adultos.
"Uma alteração de 20 pontos é uma diferença enorme", disse a pesquisadora sênior do grupo, Cathy Price, do Centro do Fundo Wellcome de Mapeamento Neurológico da universidade. Realmente, pode significar a diferença entre ser avaliado na média ou ser superdotado — ou, reciprocamente, ser categorizado como abaixo do padrão.
Para melhorar o entendimento da inteligência, Price e seus colegas estudaram 33 jovens britânicos saudáveis cujos QIs variavam entre 80 e 140. Eles testaram os voluntários com exames padronizados de inteligência em 2004 e 2008, para incluir os anos de pico da adolescência, enquanto monitoravam mudanças sutis na estrutura do cérebro usando imagens de ressonância magnética.
Ao analisar o desempenho verbal e não-verbal do QI separadamente, os pesquisadores descobriram que essas facetas fundamentais da inteligência poderiam mudar de forma relevante, mesmo nos casos em que a contagem geral ficasse relativamente constante.
"Um quinto deles saltou em uma das duas direções", disse Price. Um escore de QI verbal de um adolescente subiu de 120 aos 13 anos para 138 aos 17 anos, enquanto o QI não-verbal caiu de 103 para 85. Outro QI verbal aumentou de 104 para 127 em quatro anos, enquanto o seu desempenho não-verbal permaneceu o mesmo.
A ascensão e queda dos escores de testes verbais de QI aparentemente estão ligadas a mudanças na área do cérebro ligada à fala, enquanto as variações no QI não-verbal se relacionam à região envolvida no controle motor e nos movimentos das mãos.
Nos últimos anos, cientistas determinaram que a experiência pode facilmente alterar o cérebro, à medida que as redes de sinapses neurais afloram em resposta à atividade ou murcham com a falta de uso. Quando músicos profissionais, malabaristas de circo e taxistas de Londres estudam mapas — até mesmo guerrilheiros colombianos aprendendo a ler —, todos eles exibem mudanças cerebrais ligadas ao ato de praticar uma ação, relataram vários estudos de imagens do cérebro.
Mas, até agora, pesquisadores consideravam a inteligência geral muito básica para ser afetada por tais ajustes neurais relativamente pequenos. Price e seus colegas não sabem o que causou as mudanças no cérebro e nos escores que eles documentaram, mas especularam que podem ser resultado de experiências de aprendizado.
Diversos especialistas do cérebro disseram que as mudanças poderiam também refletir um ritmo normal de crescimento e mudanças nos QIs poderiam ser causadas pelo desempenho inconsistente no teste.
As variações podem também indicar que o teste de QI em si pode ter falhas. "Pode ser um verdadeiro indício de como a inteligência varia ou pode significar que nossas medidas de inteligência são inconstantes", disse o pioneiro em imagem cerebral B.J. Casey, da Faculdade de Medicina Weill, da Universidade Cornell, que não participou do estudo.
"Um aspecto importante dos resultados é que as habilidades cognitivas podem aumentar ou diminuir", disse o especialista em psicometria da Universidade Estadual de Oklahoma, Robert Sternberg, ex-presidente da Associação Americana de Psicologia que também não participou do estudo. "Aqueles que são mentalmente ativos provavelmente vão se beneficiar. Os preguiçosos, que não se exercitam intelectualmente, vão pagar o preço."
Fonte: WSJ
23 outubro 2011
CVM investiga movimentação atípica do mercado
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) está investigando movimentações atípicas, de mercado, registradas na semana em que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central reduziu a taxa básica de juros em 0,5 ponto porcentual. A reunião aconteceu em 31 de agosto.
A CVM informou ter como padrão acompanhar regularmente a movimentação do mercado de contratos futuros de juros. A autarquia abriu uma investigação para apurar movimentações atípicas de mercado registradas na semana de 31 de agosto, em que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central reduziu a taxa básica de juros em 0,5 ponto porcentual, para 12%.
"O contrato futuro de taxas de juros é um valor mobiliário, negociado em bolsa, cujo acompanhamento está na competência da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A Autarquia acompanha regularmente a movimentação deste mercado e não comenta investigações em curso", disse a CVM, em nota.
A CVM não revela qualquer outro detalhe da investigação.
De qualquer forma, num caso hipotético, um possível vazamento de informação de um órgão do governo não seria enquadrado dentro da autarquia como um caso de "informação privilegiada", ou insider information, um crime contra o mercado que, em tese, pode levar até a prisão. Para ser insider, é preciso haver vazamento de informação de uma empresa de capital aberto.
No caso, poderia haver um processo para apurar "prática não equitativa", quando um ente obtém condições favoráveis em detrimento de outros. Prática não equitativa é enquadrada como infração grave e leva à aplicação de multas, no caso de condenações. Os acusados seriam os beneficiários do suposto ganho irregular. No entanto, para haver condenação, além da investigação teria que ser aberto um inquérito administrativo ou um processo administrativo sancionador. Em geral, dificilmente uma investigação deste tipo leva menos de seis meses na autarquia.
Banco Central
O Banco Central não quis se pronunciar sobre a investigação e também não informou se recebeu alguma notificação da CVM sobre o assunto.
Uma fonte do governo disse que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, há alguns anos tem cobrado que a CVM acompanhe mais de perto as movimentações do mercado às vésperas do Copom e também quando há anúncio de outras medidas do governo, como na área cambial. O ministro, segundo essa fonte, reforçou essas recomendações ao órgão, especialmente a partir da crise financeira internacional de 2008.
Ainda de acordo com esse integrante do governo, essa cobrança já suscitou outras investigações por parte da CVM, embora nos outros casos elas tenham sido mantidas em sigilo, sem serem descobertas pela imprensa.
A CVM informou ter como padrão acompanhar regularmente a movimentação do mercado de contratos futuros de juros. A autarquia abriu uma investigação para apurar movimentações atípicas de mercado registradas na semana de 31 de agosto, em que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central reduziu a taxa básica de juros em 0,5 ponto porcentual, para 12%.
"O contrato futuro de taxas de juros é um valor mobiliário, negociado em bolsa, cujo acompanhamento está na competência da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A Autarquia acompanha regularmente a movimentação deste mercado e não comenta investigações em curso", disse a CVM, em nota.
A CVM não revela qualquer outro detalhe da investigação.
De qualquer forma, num caso hipotético, um possível vazamento de informação de um órgão do governo não seria enquadrado dentro da autarquia como um caso de "informação privilegiada", ou insider information, um crime contra o mercado que, em tese, pode levar até a prisão. Para ser insider, é preciso haver vazamento de informação de uma empresa de capital aberto.
No caso, poderia haver um processo para apurar "prática não equitativa", quando um ente obtém condições favoráveis em detrimento de outros. Prática não equitativa é enquadrada como infração grave e leva à aplicação de multas, no caso de condenações. Os acusados seriam os beneficiários do suposto ganho irregular. No entanto, para haver condenação, além da investigação teria que ser aberto um inquérito administrativo ou um processo administrativo sancionador. Em geral, dificilmente uma investigação deste tipo leva menos de seis meses na autarquia.
Banco Central
O Banco Central não quis se pronunciar sobre a investigação e também não informou se recebeu alguma notificação da CVM sobre o assunto.
Uma fonte do governo disse que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, há alguns anos tem cobrado que a CVM acompanhe mais de perto as movimentações do mercado às vésperas do Copom e também quando há anúncio de outras medidas do governo, como na área cambial. O ministro, segundo essa fonte, reforçou essas recomendações ao órgão, especialmente a partir da crise financeira internacional de 2008.
Ainda de acordo com esse integrante do governo, essa cobrança já suscitou outras investigações por parte da CVM, embora nos outros casos elas tenham sido mantidas em sigilo, sem serem descobertas pela imprensa.
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