Translate

20 setembro 2011

O que houve com o lucro?

Chip Conley é o diretor executivo da Joie de Vivre Hospitality, uma empresa que possui e administra 28 empresas de hospitalidade no norte da Califórnia. Conley assim resumiu a experiência da empresa após o crash das empresas ponto.com e o 11 de setembro: " Na história dos mercados de hotelaria ds EUA, nenhum mercado já viu uma queda tão abrupta de receitas quanto o ocorrida em San Francisco e no Vale do Silício nos últimos dois anos . Em média, as receitas caíram entre 40% e 45%... Tivemos a sorte que nosso ponto de equilíbrio é inferior aos nossos concorrentes...Mas o problema é que o ramo de hotelaria é um ramo de custo fixo. Portanto , num ambiente em que você tem essas quedas abruptas e nossos custos são razoavelmente fixos, nossos lucros líquidos- quer dizer, não são mais lucros , são prejuízos."

Fonte: Karen Dilion, " Shop Talk, Inc., dezembro de 2002, pp.111-114 in Managerial Accounting- 11 edition.

Otimização de resultados na Tata

A Tata Iron Steel Company Ltd. é uma das maiores empresas da Índia. Por causa do suprimento pouco confiável de energia elétrica, a empresa se defronta com faltas frequentes de energia e deve gerir cuidadosamente seu consumo de energia elétrica -alocando a energia escassa à aplicações mais rentáveis. A estimação das necessidades de energia em cada posto de processamento na usina siderúrgica foi a primeira cosntrução de um modelo de gestão aprimorado do consumo de energia. A adminisração utilizou a regressão simples por mínimos quadrados para estimar os componentes fixo e variável de da carga de nergia elétrica. O consumo total de energia era a variável dependente, e a variável independente era o número de toneladas de aço processadas. O componete fixo estimado a partir da regressão por mínimos quadrados foi o consumo fixo de energia, em quilowatts-hora por mês, e o componente variável era o consumo de energia por tonelada de aço processada.

Fonte: "How Tata Steel Optimized Its Results", The Managemente Accountant, maio de 1996,pp.372-376.

Teste de significância

Na teoria uma comparação de dois efeitos experimentais exige um teste estatístico da sua diferença. Na prática, esta comparação é muitas vezes baseadas em num procedimento incorreto envolvendo dois testes separados no qual os pesquisadores concluem que os efeitos diferem quando um efeito é significativo (P <0,05), mas o outro não o é (P> 0,05). Foram revistos 513 artigos de neurociência cognitiva em cinco revistas top (Science, Nature, NatureNeuroscience, Neuron e The Journal of Neuroscience) e descobriu-se que 78 usaram o procedimento correto e 79 utilizava o procedimento incorrecto. Uma análise adicional sugere que as análises incorretas de interações são ainda mais comuns em neurociência. Discutimos cenários em que o procedimento errôneo é particularmente sedutor.

Fonte: aqui

Estante do equilíbrio

A estante do equilíbrio (equilibrium bookcase), criada pelo estúdio colombiano Malagana, é uma das estantes mais criativas dos últimos tempos. Uma interessante combinação entre design, ciência e originalidade, seus módulos se empilham inclinadamente utilizando apenas pequenas cavidades para apoio. Dá uma sensação de surpresa e curiosidade.

Segundo o fabricante, o produto está disponível em 3 cores, pode ser montado em menos de 5 minutos, e é capaz de carregar até 50 quilos. Infelizmente, se você não vive em Nova Iorque, não vai conseguir encomendar a sua. Já se você mora na grande maçã, pode comprar essa beleza desembolsando U$1230 dólares.

Se alguém conseguir um preço camarada com aquele marceneiro amigo, nos avise.

Fonte: Aqui

19 setembro 2011

Rir é o melhor remédio

O uso de Photoshop é o destaque do engraçado sítio Photoshop disasters. Veja esta fotografia:

Não entendeu? Observe os dois três automóveis no centro da fotografia.

Controles internos no UBS


O texto a seguir, publicado originalmente no Financial Times, mostra que os problemas do banco suíço UBS estão ligados a falhas no controle interno. Um bom exemplo da relevância da controladoria e áreas afins:

Quem e o que são os culpados pelo prejuízo de US$ 2,3 bilhões em negócios "não autorizados" incorridos pelo UBS, no mais recente de uma série de escândalos provocados por operadores irresponsáveis que abalaram o setor bancário de investimentos?


Terá sido culpa de um frouxo sistema de gestão e controles de riscos em todo o grupo suíço, cuja reputação antes irrepreensível foi praticamente destruída durante a crise por baixas contábeis de ativos tóxicos no montante de US$ 50 bilhões e por uma investigação sobre se o banco ajudou clientes ricos a evadir impostos nos EUA?


Terá sido a incapacidade dos altos executivos do UBS em compreender a complexidade de algumas das operações executadas por funcionários relativamente jovens, como Kweku Adoboli, 31 anos, diretor que na sexta-feira um juiz decidiu manter sob prisão preventiva, após ser acusado de fraude contábil relacionada com os prejuízos?


Ou terá sido porque o setor não reformulou sua cultura e sua estrutura de remuneração baseada na regra segundo a qual "o vencedor leva tudo", uma estrutura que continua incentivando as pessoas a assumirem riscos imensos na busca de lucros extraordinários - três anos após o colapso do Lehman Brothers?


Uma combinação autodestrutiva de todos os três aspectos. "Nem sempre é possível eliminar esse tipo de evento, não importa o que se faça" (preventivamente)", disse um executivo sênior de um banco rival. "O fato é que - como no caso de companhias aéreas - por mais que se aperfeiçoem os controles de segurança em aviões, as aeronaves podem, ocasionalmente, cair".


Na manhã de quarta-feira, Carsten Kengeter, que comanda o banco de investimentos do UBS, estava expressando preocupações sobre o impacto de um plano, no Reino Unido, para "separar, com uma blindagem" as operações bancárias varejistas das atividades como banco de investimento, dizendo a colegas, durante um café da manhã organizado pelo "Financial Times", que o setor pode não ser capaz de suportar custos regulamentares adicionais.


Poucas horas depois, ele estava empenhado em confrontar um dos maiores escândalos decorrentes de operações supostamente realizadas por um trader irresponsável em toda a história do setor e que diversas pessoas qualificaram de exemplo perfeito do motivo pelo qual as atividades de investimento dos bancos devem ser totalmente separadas das atividades varejistas, de administração dos depósitos de correntistas.


A agora infame mesa de operações Delta One, de Adoboli, era parte de um nicho em rápido crescimento, embora nebuloso, da atividade bancária de investimentos que envolve negócios com valores mobiliários que rastreiam um ativo subjacente, como ações ou a prata, o mais próximo possível.


Frequentemente associado a Exchange Traded Funds (ETFs) e swaps, é uma área com a qual a maioria dos profissionais bancários têm pouca familiaridade, apesar dos riscos envolvidos. "Eu sou um analista no setor bancário e para mim Delta One era uma companhia aérea americana", disse um analista. "E eu não ficaria surpreso se isso também se aplicar à alta administração e à agência fiscalizadora competente".


Os analistas bancários admitiram estar perplexos diante do fato de um prejuízo tão grande ter acontecido sem disparar alarmes no UBS. Especificamente, eles disseram que ficariam chocados se vier à tona que controles internos do banco - que, como os controles em outros bancos, deveriam ser agora bem mais rigorosos do que antes da crise -, não identificaram os níveis presumivelmente elevados de garantias antecipadas necessárias para lastrear as operações da mesa Delta One.


Adoboli foi acusado na sexta-feira de ter cometido crimes contábeis que remontam a outubro de 2008, no auge da crise, uma revelação que deverá deflagrar intensas críticas à gestão do UBS.


"Isso confirmará eventuais preconceitos da opinião pública em relação ao sistema bancário público como sendo um 'casino' e se traduzirá em mais argumentos em defesa da blindagem da atividade bancária varejista ou de soluções ainda mais duras", disse Ronit Ghose, analista do Citigroup.


Altos executivos do UBS, Kengeter entre eles, estão enfurecidos com a forma pela qual as supostas operações de um funcionário atuando isoladamente puderam reverter três anos do trabalho necessário para resgatar o grupo de volta da beira de um colapso.


A reconstrução da reputação do banco foi um processo penoso e altos executivos estão preocupados com que esse escândalo mais recente tenha repercussões drásticas tanto entre os principais clientes empresariais como sobre sua clientela "pão com manteiga" de banco atacadista.


Embora o UBS como grupo possua capital suficiente para suportar o impacto financeiro de um baque de US$ 2,3 bilhões, o prejuízo poderá também efetivamente zerar os lucros de suas operações como banco de investimentos em 2011. Durante o primeiro semestre do ano, a divisão registrou 1,2 bilhão de francos suíços (US $ 1,4 bilhão) em lucros antes de impostos, ou US$ 630 milhões a menos do que o prejuízo previsto.


Isso significa que os 17.775 funcionários em toda a companhia levarão para casa cheques salariais substancialmente mais baixos, neste ano, à medida que os prejuízos repercutirem em suas gratificações anuais. Analistas especularam que executivos bancários cujas gratificações são vinculadas ao lucro geral do banco de investimentos poderão ficar sem gratificações em 2011.


Entre os políticos e economistas que defenderam uma reestruturação bem mais profunda na maneira como banqueiros e operadores são remunerados, isso será visto como desfecho apropriado.


O modelo adotado pelos bancos - pagar enormes somas a funcionários que geram enormes receitas - permanece em larga medida inalterado em todo o setor, apesar das queixas de que o modelo é tido como o principal incentivo para os traders assumirem riscos excessivos ou não autorizados. Em vez disso, as agências regulamentadoras impuseram mudanças apenas marginais nas estruturas de remuneração aos funcionários de bancos, forçando os patrões a pagar salários mais altos aos funcionários e menos na forma de gratificações em dinheiro, por exemplo, ou escalonar o pagamento das gratificações por vários anos.


Um funcionário sênior do departamento de conformidade às normas em um banco europeu disse que essas mudanças não foram suficientes para modificar as atitudes de banqueiros e traders em relação à perspectiva de ganhar dinheiro fácil na City (centro financeiro londrino) - ou seu impulso no sentido de fazer qualquer coisa para se ocultarem quando as coisas dão errado. "Isso vai acontecer, claro que vai. Eles simplesmente não conseguem se segurar, não é mesmo?"

Escândalo no UBS reflete combinação de falhas - Por Megan Murphy, Martha Gill e Sharlene Goff | Financial Times, em Londres - Valor Econômico - 19 set 2011

Leia mais aqui

Anhanguera



A Anhanguera Educacional fechou na sexta-feira (16) a compra do Grupo Uniban por R$ 510 milhões. (...)
Dos R$ 510 milhões colocados na compra, R$ 128 milhões se referem à compra de três imóveis operacionais do grupo.


O Grupo Uniban tem 55 mil alunos matriculados, de acordo com dados de março, e 13 campus no país -nove na Grande SP, dois em Cascavel (PR) e um em São José (SC).


(...) Este ano, a Anhanguera já tinha anunciado a compra de outros dois grupos. O mais recente, em abril, foi a FIT (Faculdades Integradas Torricelli), por R$ 39 milhões. A empresa tem 6.480 alunos de ensino superior no seu campus, em Guarulhos.


A outra compra tinha sido menos de um mês antes --a Faculdade Anchieta e a Faculdade de Tecnologia Anchieta, em São Bernardo do Campo, por R$ 75 milhões. (Anhanguera anuncia compra da Uniban por R$ 510 milhões, Folha de S Paulo, 18 de set 2011

Considerando o preço total pago, incluindo os imóveis, o montante médio pago foi de 9,3 mil reais por aluno. Retirando os imóveis, 6,95 mil reais por aluno. Este valor é um pouco superior ao pago pela FIT, que custou 6 mil reais por aluno.

Na base de 7 mil reais por aluno, o grupo Anhanguera vale hoje 2 bilhões de reais já que possui 292 mil alunos.