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10 setembro 2011

O economista e a crise

Por Pedro Correia

Muito interessante este artigo de Paul Krugman no Eastern Economic Journal. Ele comenta sobre a profissão dos economistas e suas relações com as recentes crises econômicas. O artigo é excelente, mas a conclusão mostra o "desespero" de Krugman:

"What we really need is a change in the destructive social dynamics that brought us to this point. And I wish I knew how to do that. But my problem is obvious: I’m an economist, and it seems that we need some kind of sociologist to solve our profession’s problems."

09 setembro 2011

Rir é o melhor remédio












Custo da Copa

Esta manhã, a ESPN Soccernet informou que um analista financeiro alemão, Dr. Nicola Ritter, disse que o custo para a Copa do Mundo do Catar em 2022 é estimado em torno de £ 138 bilhões. Isto, obviamente, inclui a construção de uma nova cidade inteira como parte da preparação do pequeno país para a Copa do Mundo. A cidade chamada Lusail está planejada para ser uma "cidade ícone", que teria uma população de cerca de 200.000 habitantes, especialmente construída para celebrar a cultura região do Golfo e seu património. Você pode visitar o site para a cidade de Lusail aqui . A cidade em si custará cerca de £ 28 bilhões; a grande questão é onde irão os outros 110 bilhões? 

(Fonte: aqui). Somente o custo do ar condicionado (é isto mesmo) será de 30 bilhões de libras.

Ouro da Venezuela


Hugo Chavez anunciou recentemente que pretendia tirar 211 toneladas de ouro físico que estava na Europa. Felix Salmon faz uma análise interessante sobre as consequências disto, em termo de segurança e seguro.

Venezuela precisaria para transportar o ouro em várias viagens, disseram operadores, uma vez que o alto valor do ouro significa que seria impossível para segurar uma única aeronave carregando 211 toneladas. Que pode demorar cerca de 40 carregamentos para mover o ouro de volta a Caracas


A tarefa é complexa e a logística será difícil. A última vez que um grande carregamento foi transportado foi em 1936, quando a Espanha transportou ouro de Madri para Moscou em troca de armas.

A maior parte do ouro era trocada por armas russo, com a União Soviética mantendo 2,1% dos fundos sob a forma de comissões e corretagens, e um 1,2% adicionais na forma de transporte, depósito, fusão, refino e despesas.


Isto significa que só de despesa o país irá pagar 3,3% do valor. Isto significa 400 milhões de dólares ou mais.  Em razão das características do produto, o seguro desta operação seria também problemático. Um roubo de um dos carregamentos poderia render 300 milhões de dólares para os aventureiros. (E seriam cerca de 40 carregamentos).

Mas Chavez possui mais alternativas. Uma delas é pagar alguma despesa com ouro, com a condição que a pessoa que recebe a quantia retire no Banco da Inglaterra com um desconto. Mas isto seria uma opção muito elegante e muito mercado para ele.

Custo do 11 de Setembro

Al Qaeda usou cerca de meio milhão de dólares para destruir o World Trade Center e paralisar o Pentágono. Qual foi o custo para os Estados Unidos? Em uma pesquisa com estimativas do The New York Times, a resposta é de US $ 3,3 trilhões, ou cerca de US $ 7 milhões para cada dólar gasto pela Al Qaeda para planejar e executar os ataques. Embora nem todos os custos foram financiados pelo Governo - e alguns ainda estão por vir - esse total equivale a um quinto da dívida atual nacional [dos Estados Unidos]. Todos os valores são mostrados em dólares de hoje.


Fonte: aqui

Correios


Pressionados por uma queda de 18% no volume de correspondência só nos últimos dez anos e por uma folha de pagamento que hoje consome 80% de sua receita, o Serviço de Correios dos EUA está prestes a quebrar.


Em audiência ontem no Senado americano, a estatal pediu autorização para demitir 120 mil de seus 574 mil funcionários ou 20% de um quadro que já havia encolhido 26% de 2001 para cá.


Segundo reportagem do "New York Times", a empresa pode ficar sem caixa para pagar empregados e combustível para seus veículos já em janeiro ou fevereiro, fechando as portas.


Antes disso, porém, há expectativa de um calote de US$ 5,5 (R$ 8,8 bilhões) no seguro-saúde de funcionários aposentados, cuja conta vence no fim deste mês.


"Se o Congresso não fizer nada, daremos calote", disse o diretor do USPS (sigla para Serviço Postal dos EUA), Patrick Donahoe, ao "Times".


Donahoe pediu ao Senado permissão para demitir, fechar 10% das agências e, em último caso, deixar de fazer entregas aos sábados.


Uma série de ajustes foi feita aos serviços ao longo da última década, depois que a internet passou a substituir os Correios tanto na troca de correspondências pessoais como na mala direta.


Os catálogos ainda entopem as caixas postais americanas, mas com a preferência por spams, a quantidade vem caindo rapidamente. Projeções do USPS indicam que neste ano, o volume de correspondência já deve ser 2,3% menor do que em 2010.


Outro filão que os Correios americano perdem é o das contas, com mais gente aderindo aos boletos on-line.


Para piorar, a estatal não diversificou seus serviços. A única exceção aberta foi a confecção de passaportes, também pouco rentável.


No Brasil e em países europeus, as agências passaram a oferecer serviços bancários; e em lugares como a Suíça, o serviço postal chega até a vender eletrônicos e material de escritório.


Por fim, pesa o ônus trabalhista: os Correios nos EUA têm um quadro de funcionários altamente sindicalizado, e muitos contratos incluem cláusulas contra demissão sem justa causa e programas de pensões generosos.


Apesar do enxugamento drástico na última década, os custos não se comparam aos da concorrência no cálculo do "New York Times", a FedEx consome 32% de sua receita com salários.


De olho nesse gasto, entre as medidas debatidas pelo Congresso no Dia do Trabalho, está um saque no fundo de pensões dos funcionários.


Fonte: Aqui

Fraude


Eis um caso interessante de falta de controle interno de uma entidade:

O ex-vice-presidente do Citigroup, Gary Foster, se declarou nesta terça-feira culpado de se apropriar ilicitamente de mais de US$ 22 milhões em fundos do banco que transferiu para sua conta privada entre 2003 e 2010, segundo confirmou sua advogada Isabelle Kirshner à Agência Efe.


Foster, de 35 anos, admitiu perante o juiz federal Eric Vitaliano, do Tribunal do Distrito Leste de Nova York, que durante esse período retirou mais de US$ 22 milhões, uma quantia superior aos US$ 19 milhões pelos quais tinha sido acusado pela promotoria, disse Isabelle.


A advogada também afirmou que seu cliente "reconhece a gravidade de suas ações e está preparado para assumir sua total responsabilidade por elas".


Foster foi posto em liberdade pagando uma fiança de US$ 800 mil até que o juiz decida a data de sua sentença. O ex-vice-presidente do Citigroup enfrenta uma condenação máxima de 30 anos de prisão, embora o promotor do caso, Michael Yaeger, deva pedir para ele uma pena de oito a 10 anos.


Detido em junho no aeroporto internacional John F. Kennedy de Nova York, ao retornar de férias de Bangcoc, Foster foi acusado de ter enriquecido por meio de transferências ilegais de contas do Citigroup e de sua conta privada no banco rival JPMorgan Chase.


INVESTIGAÇÃO


O FBI (polícia federal americana) garante que o banqueiro desfalcou a entidade financeira do seu cargo na tesouraria, que supervisiona as transações interbancárias do grupo, e em uma ocasião transferiu para sua conta pessoal US$ 3,9 milhões procedentes de uma filial em Baltimore (Maryland).


Segundo detalha nesta terça-feira o "New York Post", o dinheiro foi gasto em luxuosos imóveis, como uma mansão em Nova Jersey, estimada em US$ 6 milhões, e um apartamento de quase US$ 2 milhões em Nova York --este último localizado em frente ao escritório da própria Citi em Nova York.


Gary Foster começou a trabalhar para o banco em 1999, saindo em janeiro de 2011, antes que começasse a ser investigado pelo resultado de uma auditoria interna que revelou o rombo de US$ 19 milhões.