Companhias mundialmente conhecidas hesitam em adentrar o complexo mercado nacional – que, mesmo em franca expansão, ainda é preterido devido ao custo Brasil.
Em plena crise e ante a ameaça de recessão nas economias desenvolvidas, seria lógico pensar que, para lucrar, multinacionais teriam de ir aonde o dinheiro está. Hoje, este destino preferencial responde pelo nome de mercados emergentes, dentre os quais se destaca o Brasil. O próprio autor do termo BRIC, o economista do Goldman Sachs (ex-JP Morgan) Jim O’Neill, afirma que o país é o lugar para se estar na atualidade. Porém, nem todos concordam com a afirmação. Há grandes empresas que, por razões distintas, resolveram não surfar nessa onda. O site de VEJA fez uma seleção de companhias mundialmente famosas – e que tem fãs ardorosos entre os brasileiros – que fizeram essa opção e tentou entender seus motivos. São elas: H&M, Ikea, Best Buy, Abercrombie & Fitch, Vodafone, Tesco, J.C. Penney, Metro AG, além dos hotéis Ritz-Carlton e Four Seasons.
É fato que, para cada caso, há uma razão específica para não se estar no Brasil: desde a estratégia de expansão focada em outros locais até a escassez de capital para investir em tempos de crise. O problema é que o país, tampouco, facilita este cenário. No caso do varejo de vestuário, a alta carga tributária, a valorização imobiliária, o custo para importar peças da China, ou produzi-las internamente, fazem com que as empresas tenham de mobilizar um capital muito grande para entrar no mercado nacional. Para conseguirem margens satisfatórias, acabam praticando preços muito superiores aos vigentes em outras praças e correm o risco de errarem na estratégia e fecharem as portas, como ocorreu com marcas como Ralph Lauren e Miss Sixty.
Leia a reportagem na íntegra
06 setembro 2011
05 setembro 2011
Vai ter um filho? Livro ensina a poupar
Como resistir à tentação de roupinhas fofas, brinquedos e apetrechos high-tech para bebês, existentes no mercado? Pensando na necessidade de preparar também o bolso para a chegada de um filho, a jornalista Maria Fernanda Delmas lança o livro “Olha quem está poupando” (Editora Campus, 121 páginas, R$30). Colunista de Economia, a autora escreve com leveza sobre o tema, que aborda as diferentes fases da maternidade. A publicação inclui gastos com enxoval, despesas médicas, planilhas e informações importantes para investir no futuro da criança.
Gastar faz parte
O livro mostra, na prática, o que uma mãe pode fazer para evitar o estouro do orçamento, sem abrir mão da felicidade da família. Maria Fernanda relaciona despesas realmente necessárias, desde o início da gravidez, como roupas que acompanhem o crescimento da barriga, a escolha do carrinho e de móveis funcionais para o quarto do bebê. Também há orientações úteis para o dia-a-dia, como o local ideal para amamentar, a seleção da babá, a organização da festa de aniversário, outras questões. A seguir, confira as dicas extraídas do livro:
Brinquedos
“Em aniversários e Natais, em vez de dar um brinquedo que ficará perdido na multidão, pense em aplicar mais dinheiro na poupança do bebê, por exemplo. Mais tarde, será inevitável gastar com brinquedos, pois seu filho vai começar a pedir coisas caras que os outros não vão dar”.
Livros
“Tem uma coisa que sempre valerá a pena comprar: livros. É sensacional ver um bebê se interessar por eles, mesmo que seja por causa do bonequinho que faz barulho ou porque é gostoso de mastigar. Um amigo ouviu, não me lembro onde, que o que faz uma criança realmente gostar de ler é ver os pais lendo sempre. Mas não custa transformar o livro em um brinquedo amigável desde cedo”.
Música
“CDs, DVDs e canções compradas por download também são interessantes para incentivar o gosto musical. E ainda bem que existe a internet para você apresentar a seu filho os bons clipes da sua infância, como daqueles especiais de Vinicius de Moraes. Há também coleções de CDs de clássicos do rock para bebês, como Beatles, Madonna e U2. As músicas são só instrumentais, com arranjos do tipo caixa de música e xilofone. Nem você vai querer tirar do CD player do carro.”
Fonte: Aqui
Gastar faz parte
O livro mostra, na prática, o que uma mãe pode fazer para evitar o estouro do orçamento, sem abrir mão da felicidade da família. Maria Fernanda relaciona despesas realmente necessárias, desde o início da gravidez, como roupas que acompanhem o crescimento da barriga, a escolha do carrinho e de móveis funcionais para o quarto do bebê. Também há orientações úteis para o dia-a-dia, como o local ideal para amamentar, a seleção da babá, a organização da festa de aniversário, outras questões. A seguir, confira as dicas extraídas do livro:
Brinquedos
“Em aniversários e Natais, em vez de dar um brinquedo que ficará perdido na multidão, pense em aplicar mais dinheiro na poupança do bebê, por exemplo. Mais tarde, será inevitável gastar com brinquedos, pois seu filho vai começar a pedir coisas caras que os outros não vão dar”.
Livros
“Tem uma coisa que sempre valerá a pena comprar: livros. É sensacional ver um bebê se interessar por eles, mesmo que seja por causa do bonequinho que faz barulho ou porque é gostoso de mastigar. Um amigo ouviu, não me lembro onde, que o que faz uma criança realmente gostar de ler é ver os pais lendo sempre. Mas não custa transformar o livro em um brinquedo amigável desde cedo”.
Música
“CDs, DVDs e canções compradas por download também são interessantes para incentivar o gosto musical. E ainda bem que existe a internet para você apresentar a seu filho os bons clipes da sua infância, como daqueles especiais de Vinicius de Moraes. Há também coleções de CDs de clássicos do rock para bebês, como Beatles, Madonna e U2. As músicas são só instrumentais, com arranjos do tipo caixa de música e xilofone. Nem você vai querer tirar do CD player do carro.”
Fonte: Aqui
Mestrado e Doutorado - UnB, UFPB e UFRN 2
Por Isabel Sales
Eu estive ausente por alguns dias porque estava me preparando para a defesa da minha dissertação. Tenho o orgulho de compartilhar que fui aprovada! E assim, uma etapa maravilhosa da minha vida se encerrou. Exigente, desafiadora e cansativa, mas maravilhosa. Sou apaixonada pelo meu Programa, tive professores fantásticos e por isso hoje insisto mais uma vez: faça uma pós graduação. No futuro ela será tão demandada quanto a graduação. Então porque não investir logo nisso? O prazo para as inscrições para o Programa Multi UnB/UFPB e UFRN se encerrará amanhã [06/09]. Essa é uma ótima oportunidade! Por ser mestrado e doutorado acadêmico em universidades federais, não há mensalidade. Ademais, quem não está trabalhando pode solicitar uma bolsa de pesquisador à CAPES. Isso mesmo. Você receberá para estudar! E, repito, com professores fantásticos.
Clique aqui para ter acesso ao edital.
Eu estive ausente por alguns dias porque estava me preparando para a defesa da minha dissertação. Tenho o orgulho de compartilhar que fui aprovada! E assim, uma etapa maravilhosa da minha vida se encerrou. Exigente, desafiadora e cansativa, mas maravilhosa. Sou apaixonada pelo meu Programa, tive professores fantásticos e por isso hoje insisto mais uma vez: faça uma pós graduação. No futuro ela será tão demandada quanto a graduação. Então porque não investir logo nisso? O prazo para as inscrições para o Programa Multi UnB/UFPB e UFRN se encerrará amanhã [06/09]. Essa é uma ótima oportunidade! Por ser mestrado e doutorado acadêmico em universidades federais, não há mensalidade. Ademais, quem não está trabalhando pode solicitar uma bolsa de pesquisador à CAPES. Isso mesmo. Você receberá para estudar! E, repito, com professores fantásticos.
Clique aqui para ter acesso ao edital.
04 setembro 2011
Links
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Fazer graduação no exterior exige planejamento
Capes e Fulbright selecionam bolsistas para estágio de doutorando nos EUA
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Orçamento do MEC para investimentos em 2012 é de R$ 72,2 bilhões
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Narcóticos virtuais
Como todo mundo, eu comecei pelo e-mail. Algumas vezes por dia, no meio de um texto, minimizava o Word e abria o Outlook. Não é que eu estivesse à espera de alguma mensagem importantíssima. Como percebi com o tempo, importa menos a mensagem do que a expectativa em relação a ela, o milionésimo de segundo em que vemos surgir aquela linha em negrito e pensamos: quem será? O que dirá? É como a bolinha girando na roleta, a carta deslizando sobre o feltro verde em sua direção, o futuro numa compota, o porvir num grão de areia.
Percebi que a coisa estava fugindo ao meu controle quando me peguei, diante da caixa de entrada vazia, clicando ansiosamente no ícone "enviar e receber" – uma, duas, três vezes seguidas. Como todo viciado, inventava justificativas para não encarar a situação. Dizia a mim mesmo: se clico tanto é porque pode ter algum e-mail preso ali, em algum gargalo eletrônico, precisando apenas de uma chacoalhada pra cair. Ou: vai que alguém me escreveu justamente um segundo depois da primeira clicada? É preciso tentar de novo, e de novo, e...
Enquanto fiquei apenas no e-mail, a vida seguiu sua marcha – um pouco mais lenta, claro. O e-mail, agora sei, é a maconha do mundo digital. Viciante, sim, mas não muito nocivo. A droga que iniciaria minha derrocada, a cocaína do mundo virtual, ainda estava para ser inventada: o Orkut.
Quando ele apareceu, em 2006, eu caí de nariz. Abandonava trabalho, família, interrompia sexo e refeições no meio só para percorrer, eufórico, as catacumbas sem fim daquele inferno azul bebê. Brotava conhecido de tudo quanto era lado: primo que você não via desde 83, namoradinha da terceira série, a turma inteira do segundo B se comunicando: "Não acredito, o Luba virou veterinário!", "Nossa, a Vanessinha ficou gostosa!"
Quando a moda passou e percebi que, se não via todos aqueles conhecidos havia duas décadas, era por não termos mais patavinas em comum, já era tarde: estava completamente viciado em rede social.
Tentei me salvar. Saí do Orkut e disse a mim mesmo: vou me curar. Vou tirar os olhos da tela e recolocá-los no mundo. Veio o Myspace, eu ignorei. Vieram o Linkedin e o Flicker, não dei bola. Mesmo diante do Facebook, a rede de todas as redes, evitei a recaída. Até que surgiu o Twitter. "Que mal tem?", me perguntaram os falsos amigos. "São só 140 caracteres! Experimenta, todo mundo usa: o Obama, o Tom Waits, a Xuxa! Vai!" Eu fui.
Se o e-mail era a maconha e o Orkut a cocaína, o Twitter é o crack. Nos dois meses seguintes, eu fingi que trabalhava, eu fingi que conversava, eu fingi que vivia, mas minha cabeça estava todo o tempo pensando em sacadinhas para tuitar. Ouço um trovão, penso: "chuva, raio, São Pedro... O que pode haver de engraçado e curto, aí?" Panetones surgem no mercado, começo: "panetones, natal, mercado. Vamos lá, Antonio, o que dá pra escrever em 140 toques sobre o assunto?" Nos últimos meses, vi jogos de futebol, debates e a reprise de Vale Tudo com o laptop no colo, tuitando, retuitando, checando retuites, até minha cabeça dar tilt.
Foi no salvamento dos mineiros chilenos que me dei conta da gravidade da situação. Ao vê-los ali, nas entranhas da Terra, e ter o sentimento de solidariedade solapado pelo desejo de tuitar piadinhas, percebi que era eu quem estava no fundo do poço. Como o drogado que rouba a mãe para alimentar o vício, eu estava prestes a abrir mão da dignidade em troca de 140 caracteres engraçadinhos. Nas 24 horas seguintes, enquanto a Phoenix trazia os mineiros da escuridão da caverna para as luzes dos flashes, eu viajava de avião, barco e canoa para um vilarejo isolado, às margens do rio Tapajós, onde agora me encontro. Aqui não há computador, luz, nem mesmo caneta esferográfica. Escrevo esta crônica com um toco de carvão, num pedaço de papel de embrulho. Seu Leôncio, um garimpeiro amigo meu, é quem a enviará a Wish, por telex, em São Nonato do Caribó, cidade mais próxima. Espero que o isolamento funcione, pois do twitter, assim como do crack, só existem duas saídas: a cura ou a morte. Seja o que Deus quiser.
Postado por Isabel Sales. Crônica de Antônio Prata originalmente publicada na revista Wish Report #43.
Percebi que a coisa estava fugindo ao meu controle quando me peguei, diante da caixa de entrada vazia, clicando ansiosamente no ícone "enviar e receber" – uma, duas, três vezes seguidas. Como todo viciado, inventava justificativas para não encarar a situação. Dizia a mim mesmo: se clico tanto é porque pode ter algum e-mail preso ali, em algum gargalo eletrônico, precisando apenas de uma chacoalhada pra cair. Ou: vai que alguém me escreveu justamente um segundo depois da primeira clicada? É preciso tentar de novo, e de novo, e...
Enquanto fiquei apenas no e-mail, a vida seguiu sua marcha – um pouco mais lenta, claro. O e-mail, agora sei, é a maconha do mundo digital. Viciante, sim, mas não muito nocivo. A droga que iniciaria minha derrocada, a cocaína do mundo virtual, ainda estava para ser inventada: o Orkut.
Quando ele apareceu, em 2006, eu caí de nariz. Abandonava trabalho, família, interrompia sexo e refeições no meio só para percorrer, eufórico, as catacumbas sem fim daquele inferno azul bebê. Brotava conhecido de tudo quanto era lado: primo que você não via desde 83, namoradinha da terceira série, a turma inteira do segundo B se comunicando: "Não acredito, o Luba virou veterinário!", "Nossa, a Vanessinha ficou gostosa!"
Quando a moda passou e percebi que, se não via todos aqueles conhecidos havia duas décadas, era por não termos mais patavinas em comum, já era tarde: estava completamente viciado em rede social.
Tentei me salvar. Saí do Orkut e disse a mim mesmo: vou me curar. Vou tirar os olhos da tela e recolocá-los no mundo. Veio o Myspace, eu ignorei. Vieram o Linkedin e o Flicker, não dei bola. Mesmo diante do Facebook, a rede de todas as redes, evitei a recaída. Até que surgiu o Twitter. "Que mal tem?", me perguntaram os falsos amigos. "São só 140 caracteres! Experimenta, todo mundo usa: o Obama, o Tom Waits, a Xuxa! Vai!" Eu fui.
Se o e-mail era a maconha e o Orkut a cocaína, o Twitter é o crack. Nos dois meses seguintes, eu fingi que trabalhava, eu fingi que conversava, eu fingi que vivia, mas minha cabeça estava todo o tempo pensando em sacadinhas para tuitar. Ouço um trovão, penso: "chuva, raio, São Pedro... O que pode haver de engraçado e curto, aí?" Panetones surgem no mercado, começo: "panetones, natal, mercado. Vamos lá, Antonio, o que dá pra escrever em 140 toques sobre o assunto?" Nos últimos meses, vi jogos de futebol, debates e a reprise de Vale Tudo com o laptop no colo, tuitando, retuitando, checando retuites, até minha cabeça dar tilt.
Foi no salvamento dos mineiros chilenos que me dei conta da gravidade da situação. Ao vê-los ali, nas entranhas da Terra, e ter o sentimento de solidariedade solapado pelo desejo de tuitar piadinhas, percebi que era eu quem estava no fundo do poço. Como o drogado que rouba a mãe para alimentar o vício, eu estava prestes a abrir mão da dignidade em troca de 140 caracteres engraçadinhos. Nas 24 horas seguintes, enquanto a Phoenix trazia os mineiros da escuridão da caverna para as luzes dos flashes, eu viajava de avião, barco e canoa para um vilarejo isolado, às margens do rio Tapajós, onde agora me encontro. Aqui não há computador, luz, nem mesmo caneta esferográfica. Escrevo esta crônica com um toco de carvão, num pedaço de papel de embrulho. Seu Leôncio, um garimpeiro amigo meu, é quem a enviará a Wish, por telex, em São Nonato do Caribó, cidade mais próxima. Espero que o isolamento funcione, pois do twitter, assim como do crack, só existem duas saídas: a cura ou a morte. Seja o que Deus quiser.
Postado por Isabel Sales. Crônica de Antônio Prata originalmente publicada na revista Wish Report #43.
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