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31 agosto 2011

Reavaliação

Não são apenas os laudos para incorporações que são polêmicos. No passado, havia discussão semelhante sobre os laudos de reavaliação de ativos, utilizados muitas vezes para ampliar o patrimônio das companhias sem que houvesse substância para tanto. A questão era tão problemática que a solução - radical - encontrada pela CVM e pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) foi proibir essas reavaliações nas mudanças de regras que colocaram o Brasil na rota do padrão internacional IFRS - a despeito de a reavaliaçao ser uma figura reconhecida e validade pela contabilidade internacional.


Julgamento poderia trazer jurisprudência - Por Graziella Valenti | Valor Econômico - 8 Ago 2011 (Foto: Flickr)

Na realidade não foi esta a razão da proibição da reavaliação de ativos no Brasil. Além disto, na adoção inicial das IFRS permitiu uma espécie de reavaliavação, através do custo atribuído.

Iasb, Marcação a Mercado e Banco Europeu

Segundo notícia, o IASB encaminhou correspondência ao Banco Central da Europa questionando as práticas contábeis bancárias. Mais especificamente, a adoção da marcação a mercado por parte de algumas instituições. Algumas delas fizeram baixas por conta da crise grega. Mas o Iasb considera que "embora o nível de atividade comercial em títulos do governo grego tenha diminuído, as operações ainda estão acontecendo".

30 agosto 2011

Rir é o melhor remédio

Fonte: aqui

Teste 520

Este artista da música popular brasileira também trabalhou como técnico em contabilidade, tendo sido formado no Realengo: Agepê Martinho da Vila Paulinho da Viola Resposta do Anterior: se aumentou de uma barra para duas é 100%. Fonte: aqui

Banco Rural


A primeira página do balanço do banco Rural, publicado na semana passada, mostra que a instituição teve um lucro líquido de cerca de R$ 3 milhões no primeiro semestre deste ano. Magro, mas ainda assim azul. Mas quem tiver fôlego para chegar até a última página, a de número nove, verá que, para os auditores, a instituição mineira teve um prejuízo de R$ 26,5 milhões.


A diferença de R$ 29,5 milhões a menos no resultado do Rural é alvo de uma ressalva da firma de auditoria que revisou os números do banco, a Ernst & Young. Uma ressalva equivale a dizer que os auditores encontraram um erro na contabilidade da instituição.


O balanço do Rural teve três ressalvas e outros dois parágrafos de ênfase, que são os pontos considerados como incertos pelos auditores. Há muito tempo, segundo dois especialistas em contabilidade de bancos consultados pelo Valor, instituições financeiras não publicavam balanços com ressalvas.


A origem da discrepância dos números está no fato de o banco Rural ter decidido parcelar dívidas tributárias, em vez de discuti-las na Justiça, por considerar que os benefícios da renegociação dos impostos seriam mais vantajosos. Ao fazer isso, porém, o banco teve de reconhecer o pagamento de R$ 29,5 milhões ao governo.


E onde encaixar essa despesa no balanço? Segundo as normas contábeis, esse valor deveria representar um gasto [1] do semestre, o que, portanto, reduziria o tamanho da última linha da demonstração de resultados - aquela que determina a distribuição dos lucros [2]. Se isso tivesse sido feito, o banco teria ficado com um prejuízo de R$ 26,5 milhões, ante R$ 17,3 milhões no vermelho registrados um ano antes.


A opção do Rural foi por descontar os R$ 29,5 milhões diretamente de outra conta, a patrimonial. Dessa forma, o resultado do semestre não foi afetado, o que determinou, ao fim, um lucro líquido de R$ 2,9 milhões do banco.


"Tecnicamente, achamos que temos razão porque o parcelamento se refere a ações judiciais de muitos anos atrás. Não está relacionado a este ano", diz João Heraldo dos Santos Lima, presidente do banco Rural, que tem um ativo total de R$ 4,5 bilhões, o 47º maior do sistema financeiro do Brasil.


A discussão em torno do parcelamento de tributos, entretanto, não é o único ponto dos números do Rural em discordância com as regras contábeis. A Ernst & Young registrou outras duas ressalvas no balanço do banco.


Uma delas se refere a uma acusação feita pelo Banco Central de fraude em operações de câmbio em 1994. O processo, que agora corre na Justiça, foi considerado pelos advogados do banco como de perda "possível", o que não requer provisão pelas normas de contabilidade. Mesmo assim, o banco reservou R$ 27 milhões para arcar com o custo do processo, reduzindo seu patrimônio.


Lima diz que o banco decidiu ser mais conservador, por isso optou por já fazer a provisão. No balanço, o banco diz que as provisões foram feitas por determinação do Banco Central, em abril de 2010. Procurados pela reportagem, a Ernst & Young e o Banco Central informaram que não se pronunciariam sobre o assunto.


Outro ponto ressalvado pela auditoria se refere a R$ 130 milhões que o banco tem em provisões e em depósitos judiciais. Por falta de documentação, a auditoria não conseguiu checar esse valor.


Além disso, a Ernst & Young ainda acrescentou ao balanço do Rural dois parágrafos de ênfase - pontos considerados de incerteza pelos auditores -, em relação ao ganho de créditos tributários.


As ressalvas dos auditores vieram em um semestre em que o Rural sofreu perdas com as operações de crédito com desconto direto na folha de pagamento. O chamado consignado trouxe uma perda de R$ 11,8 milhões para o banco [3]. Já as transações com o crédito para empresas e com câmbio geraram ganhos de R$ 14,7 milhões. O resultado operacional do banco ficou negativo em R$ 15,3 milhões.


Rural foge da norma contábil e tem lucro - Por Carolina Mandl - Valor Econômico - 29 Ago 2011

[1] Despesa
[2] determina o resultado. A determinação dos dividendos depende da assembleia.
[3] Conseguir perder com o consignado...

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Mudanças no Parecer

Sobre a proposta de mudança do parecer de auditoria nos Estados Unidos:

O PCAOB estuda, por exemplo, passar a exigir que os pareceres incluam uma análise do auditor, parágrafos de ênfase ampliados e garantia do auditor em relação a veracidade das informações fora das demonstrações financeiras. 


Além dessas, outras exigências que forem abordadas na mesa-redonda poderão ser incluídas na proposta original. “Qualquer melhora na comunicação sobre o processo de produção das demonstrações financeiras e outras informações sobre as companhias seria destinada a fornecer elementos valiosos para a tomada de decisão dos investidores e qualquer outra pessoa que usa os dados contábeis", diz Martin F. Baumann, auditor-chefe e diretor de padrões profissionais do PCAOB.

EUA vão debater mudança em parecer dos balanços - Valor Econômico - 26 Ago 2011

Negócios de alta frequência e a crise


O aumento dos negócios nos primeiros dez dias de agosto sobre a média de 2011 foi de mais de 80% no volume de ações nos Estados Unidos, mostrando que os operadores de alta frequência foram responsáveis pela maior parte dos negócios do mercado durante a queda, diz Gary Wedbush, vice-presidente executivo e diretor de mercados de capitais da Wedbush Securities. 


Os negócios de alta frequência são uma técnica que se apoia na apresentação rápida e automatizada de ordens de compra e venda, muitas das quais são imediatamente atualizadas ou canceladas, como parte de estratégias como formação de mercado e arbitragem estatística, e táticas baseadas no momento. Eles responderam por cerca de 53% dos negócios no começo do ano, contra 61% em 2009, segundo a Tabb Group, uma consultoria financeira de Nova York. Em 2006 eles foram 26% do mercado, segundo da Tabb. (...)


Os algoritmos, ou estratégias que executam grandes ordens desmembrando-as em grupos pequenos e enviando-os para diferentes bolsas, também usam técnicas de alta frequência. Fundos mútuos, de pensão e hedge empregam os algoritmos elaborados por corretoras para automatizar parte de seus negócios, em vez de apresentar manualmente ordens nos mercados ou recorrer a corretores humanos para comprar ou vende lotes de ações.


Gary Wedbush diz que os profissionais que lançam ordens de compra e venda nas bolsas tornam os negócios mais eficientes e reduzem os custos para os investidores em ações. "A maioria dos operadores de alta frequência está agregando liquidez ao mercado", diz Wedbush. "Os operadores automatizados empregam uma variedade de estratégias que buscam lucrar com a volatilidade de curto prazo de uma ação, mas a maior parte dos operadores de alta frequência está proporcionando liquidez ao estar nos dois lados do mercado, ou fazendo criação/resgate de arbitragem para os operadores de alta frequência." (...)




Negócios de alta frequência triplicam na crise Por Nina Mehta - Valor Econômico - 26 Ago 2011. Sobre o assunto, veja este cartoon: