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30 agosto 2011

Perdas com Gatos


O desperdício de energia no Brasil começa no caminho entre a fonte de geração e o consumo final. Além das perdas técnicas nas linhas de transmissão, que podem chegar a 10% em regiões nas quais as distâncias de distribuição são maiores, é significativo o prejuízo comercial em função do furto de energia, popularmente conhecido como "gato". Em alguns Estados, como o Amazonas, o problema atinge 40% da energia fornecida. No Sudeste, a média é de 2%, embora no Rio de Janeiro, o consumo irregular atinja 18%. (...)


Em sua análise, "com a prática do furto não há incentivo à eficiência energética, porque o consumo não pesa na conta". Ele adverte que o resto do país acaba pagando a conta, que é cara, da energia indevidamente consumida. No boleto recebido mensalmente pelo consumidor nas demais regiões está embutido um encargo criado pelo governo para compensar os custos das perdas na Região Norte, a mais problemática.

Consumidor paga as perdas com "gatos" - Sergio Adeodato - Valor Econômico - 25 Ago 2011

29 agosto 2011

Rir é o melhor remédio

Fonte: aqui

IR/CSLL sobre variação cambial

O resultado positivo da equivalência patrimonial decorrente de variação cambial em controladas e coligadas no exterior não está sujeito ao pagamento do Imposto de Renda (IR) e da Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL). Este foi o entendimento do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) ao analisar recursos de grandes contribuintes que possuem investimentos em empresas estrangeiras. A equivalência patrimonial é um método contábil utilizado para atualizar o valor da participação societária da investidora no patrimônio da empresa. Em pelo menos cinco decisões recentes, a Corte administrativa do Ministério da Fazenda entendeu que a variação cambial não é lucro. Dessa forma, não poderia haver tributação.

Por unanimidade, a 2ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) também considerou a cobrança ilegal ao analisar o recurso da empresa Beckmann Pinto Administração de Bens e Participações contra a Fazenda Nacional, em abril. No Carf, tramitam atualmente cerca de 50 ações sobre o tema, cujos valores das autuação ultrapassam os R$ 10 milhões.

Para advogados, os precedentes são importantes porque significam a "correção" de uma norma da própria administração fazendária. Segundo o tributarista Rodrigo Rigo Pinheiro, do Braga e Moreno Consultores Jurídicos e Advogados, pagar impostos sobre variação cambial traria reflexos negativos diretos sobre o planejamento das empresas com investimentos no exterior. O advogado Jimir Doniak Júnior, do Dias de Souza Advogados Associados, tem a mesma opinião. "Pretender tributar a variação de câmbio é onerar um mero registro contábil momentâneo, que provavelmente não irá se concretizar", diz.

De acordo com o procurador-chefe da Fazenda Nacional no Carf, Paulo Riscado, a jurisprudência a favor do contribuinte tem sido firmada por falta de base legal para a cobrança. Isso porque a Medida Provisória nª 2.158-35, de 2001, não prevê a tributação sobre a variação cambial. No entanto, muitas empresas foram autuadas por causa da Instrução Normativa (IN) da Receita Federal nº 213, de 2002, que determinou a apuração de todos os valores relativos ao resultado positivo da equivalência patrimonial. "Como o contribuinte reconhece o lucro e a variação cambial juntos, o fiscal não faz a distinção. É como se ao jogar uma rede ao mar pescássemos o camarão e a baleia. Queremos só o camarão", diz o procurador.

Carf entende que não há lucro na equivalência patrimonial
Bárbara Pombo De São Paulo
17/08/2011 - Valor Econômico