Acontece com todo mundo, no mundo todo: chegam as malditas três horas da tarde, e apesar de sua sempre crescente, nunca tranquila lista de tarefas, tudo que você quer fazer é se enrolar como uma bola e tirar uma soneca sob sua mesa de trabalho.
Que atire a primeira pedra quem nunca sofreu da “maldição” das três horas. E é por isso que resolvemos dar três boas dicas para você superar esse momento tenso do dia. Espante o sono e vá em frente!
Mexa-se! Tente levantar da sua cadeira, subir uma escada, dar uma volta pelo escritório, qualquer coisa. A atividade física vai acordar seu corpo e seu cérebro.
Evite alimentos açucarados: ele só vai lhe deixar mais cansado. Nunca ouviu a máxima “fico com mais sono depois que como”? É pior com coisas gordurosas. Em vez disso, tente comer frutas frescas, queijo com pouca gordura, etc.
Mantenha-se hidratado: isso significa ficar longe do café e outras bebidas com cafeína, que apesar de lhe darem um rápido impulso de energia, vão lhe desligar totalmente em seguida. Além disso, a cafeína vai desidratá-lo. Beba água ou chá sem cafeína.
Fonte: Hyperscience
08 agosto 2011
Prejuízo na carteira do BNDESPar
Levantamento do GLOBO mostra que as operações acumulam uma "perda" de R$ 3,04 bilhões em valor de mercado, considerando o montante injetado pelo banco para comprar participação societária nessas companhias a partir de 2007 em comparação ao atual valor das ações negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). A "perda", claro, é contábil, não se consolidou porque a BNDESPar não se desfez dos papéis.
- O governo usou riquezas do Brasil para aumentar sua participação numa empresa estatal que tem acionistas privados. É preciso se indagar se essa seria a destinação de recursos que o país precisa - avalia Mansueto de Almeida, pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). (...)
Por trás das "perdas" da carteira está o mau momento enfrentado pela Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). O humor de investidores azedou em meio à crise de países como Grécia e Irlanda. Também pesa a aceleração da inflação e o aumento dos juros no Brasil, o que provoca migração de recursos da Bolsa para a renda fixa. O Ibovespa, índice de referência do mercado, acumula este ano queda de 14,18% até o fechamento da última sexta-feira.
Das seis grandes operações avaliadas pelo GLOBO, a única a registrar ganho foi a compra de ações da BRF-Brasil Foods, em agosto de 2009. A empresa injetou R$ 400 milhões em troca de 10 milhões de ações da companhia, operação que produziu um ganho de R$ 130 milhões em valor de mercado. Mas a aplicação de dinheiro público na companhia não deixa de ser polêmica. Resultado da associação entre Sadia e Perdigão, a fusão vai aumentar a concentração no mercado de alimentos no país, com prejuízo aos consumidores e fornecedores.
Eduardo Fiúza, ex-técnico da Secretaria de Defesa Econômica (SDE) do Ministério da Justiça, discorda da participação de um banco público na operação. Ele afirma que a concepção do governo de eleger "campeões" para competir no mercado internacional é equivocada.
- Não faz sentido o governo marombar empresas brasileiras para competir no mercado internacional se elas não terão competição aqui dentro - afirma Fiúza.
Segundo ele, falta transparência na atuação da BNDESPar. As decisões de investimento do braço de participações do banco são tomadas por um comitê gestor, sem consulta prévia ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
- Quando o projeto chega ao Cade, ele já tem uma chancela do governo por meio das participações do BNDES. Aparentemente não existe modelagem, nada, e o governo chancela a operação sem saber os impactos sobre o mercado. São dois lados do governo que não se conversam - acrescenta Fiúza, para quem o governo federal deveria a transparência do banco e estabelecer metas mais claras de gestão e atuação. (...)
Além das "perdas" bilionárias, a carteira da BNDESPar retrata erros política de fomento do banco ao longo de décadas.
Das 148 empresas que compõem a carteira de participação societária da BNDESPar, 11 delas estão fechadas ou faliram. A carteira carrega esqueletos de outros tempos e governos, como a Elebra (símbolo da reserva do mercado de informática no país), Casa Anglo Brasileira (dona da antiga rede Mappin, de São Paulo), as Lojas Arapuã e a CTC-Rio, empresa de ônibus do Rio que foi liquidada em 1996.
Parte dos papéis não é retirada da carteira da BNDESPar porque as empresas ainda têm inscrição de CNPJ, embora estejam fechadas. A carteira de ações é o principal ativo da BNDESPar. Ao fim de 2010, essa carteira totalizava R$ 102,89 bilhões. Ela rendeu R$ 2,229 bilhões em dividendos em 2010, queda de 8% frente ao ano anterior. Procurado, oficialmente, o BNDES não se pronunciou.
BNDESPar se associa a grandes grupos e efeito colateral é uma 'perda' de R$ 3 bi - O Globo
17/07/2011 - Bruno Villas Bôas
- O governo usou riquezas do Brasil para aumentar sua participação numa empresa estatal que tem acionistas privados. É preciso se indagar se essa seria a destinação de recursos que o país precisa - avalia Mansueto de Almeida, pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). (...)
Por trás das "perdas" da carteira está o mau momento enfrentado pela Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). O humor de investidores azedou em meio à crise de países como Grécia e Irlanda. Também pesa a aceleração da inflação e o aumento dos juros no Brasil, o que provoca migração de recursos da Bolsa para a renda fixa. O Ibovespa, índice de referência do mercado, acumula este ano queda de 14,18% até o fechamento da última sexta-feira.
Das seis grandes operações avaliadas pelo GLOBO, a única a registrar ganho foi a compra de ações da BRF-Brasil Foods, em agosto de 2009. A empresa injetou R$ 400 milhões em troca de 10 milhões de ações da companhia, operação que produziu um ganho de R$ 130 milhões em valor de mercado. Mas a aplicação de dinheiro público na companhia não deixa de ser polêmica. Resultado da associação entre Sadia e Perdigão, a fusão vai aumentar a concentração no mercado de alimentos no país, com prejuízo aos consumidores e fornecedores.
Eduardo Fiúza, ex-técnico da Secretaria de Defesa Econômica (SDE) do Ministério da Justiça, discorda da participação de um banco público na operação. Ele afirma que a concepção do governo de eleger "campeões" para competir no mercado internacional é equivocada.
- Não faz sentido o governo marombar empresas brasileiras para competir no mercado internacional se elas não terão competição aqui dentro - afirma Fiúza.
Segundo ele, falta transparência na atuação da BNDESPar. As decisões de investimento do braço de participações do banco são tomadas por um comitê gestor, sem consulta prévia ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
- Quando o projeto chega ao Cade, ele já tem uma chancela do governo por meio das participações do BNDES. Aparentemente não existe modelagem, nada, e o governo chancela a operação sem saber os impactos sobre o mercado. São dois lados do governo que não se conversam - acrescenta Fiúza, para quem o governo federal deveria a transparência do banco e estabelecer metas mais claras de gestão e atuação. (...)
Além das "perdas" bilionárias, a carteira da BNDESPar retrata erros política de fomento do banco ao longo de décadas.
Das 148 empresas que compõem a carteira de participação societária da BNDESPar, 11 delas estão fechadas ou faliram. A carteira carrega esqueletos de outros tempos e governos, como a Elebra (símbolo da reserva do mercado de informática no país), Casa Anglo Brasileira (dona da antiga rede Mappin, de São Paulo), as Lojas Arapuã e a CTC-Rio, empresa de ônibus do Rio que foi liquidada em 1996.
Parte dos papéis não é retirada da carteira da BNDESPar porque as empresas ainda têm inscrição de CNPJ, embora estejam fechadas. A carteira de ações é o principal ativo da BNDESPar. Ao fim de 2010, essa carteira totalizava R$ 102,89 bilhões. Ela rendeu R$ 2,229 bilhões em dividendos em 2010, queda de 8% frente ao ano anterior. Procurado, oficialmente, o BNDES não se pronunciou.
BNDESPar se associa a grandes grupos e efeito colateral é uma 'perda' de R$ 3 bi - O Globo
17/07/2011 - Bruno Villas Bôas
Como prever crises
Os cientistas da computação também analisaram a freqüência dos termos positivos e negativos e descobriram que num mercado normal há uma mistura da linguagem positiva e negativa. Logo antes de uma bolha, no entanto, há um salto em linguagem positiva. Quando o Dow Jones Industrial Average subia até 2007, por exemplo, "ascensão", "outono", "fechar" e "ganho" foram os verbos mais popular, chegando a semana de 12 de outubro, depois que o crash começou. O uso de termos negativos atingiu o pico em janeiro de 2009, dois meses antes da Dow atingiu seu ponto mais baixo. Economistas desenvolveram várias medidas para prever bolhas principalmente com base em preços, mas uma revisão da linguagem oferece outra maneira de avaliar o que as pessoas estão dizendo e pensando sobre o mercado, oferecendo pistas sobre onde a economia está indo.
Thinking Cap: Predicting Bubbles and Crashes - Patricia Cohen - New York Times - 2 Ago 2011
Thinking Cap: Predicting Bubbles and Crashes - Patricia Cohen - New York Times - 2 Ago 2011
07 agosto 2011
Desenvolvimento da contabilidade norte-americana: Parte II
Desenvolvimento da contabilidade norte-americana: Parte II - Por Isabel Sales
As associações profissionais que auxiliaram o desenvolvimento da contabilidade nos Estados Unidos – AAA e AICPA – merecem uma postagem específica.
AAA
Em 1916 foi criado a American Association of University Instructors in Accounting, que primeiramente voltou-se para o desenvolvimento do currículo universitário (NIYAMA, 2006). Suas primeiras publicações formais eram trabalhos apresentados em reuniões anuais, mas a partir de março de 1926 iniciou-se a publicação da revista The Accounting Review. Atualmente o órgão também apoia o journal Accounting Horizons.
O nome da Associação foi alterado em 1936 para American Accounting Association, ano em que foi publicada a primeira de uma série de trabalhos sobre Princípios da Contabilidade. (Em 1940 foi publicado o estudo que recebeu maior destaque, An Introduction to Corporate Accounting Standards, escrita por Paton e Littleton).
Hendriksen e Van Breda (1999) ressaltam que o enfoque geral do comitê executivo era o de recomendar princípios básicos, mas amplos, nos quais as demonstrações financeiras das empresas poderiam se apoiar.
AICPA
Em 1887 foi formada a Associação Americana de Contadores Públicos (American Association of Public Accountants – AAPA) tendo como seu órgão oficial o Journal of Accountancy. Concomitantemente, surgiram associações independentes por todo o país, tendo em 1896 seus membros sido reconhecidos legalmente pelo Estado de Nova Iorque, o que os permitiu denominarem-se contadores públicos registrados, caso fossem certificados por diretores de universidades estaduais (HENDRIKSEN; VAN BREDA, 1999).
Oliveira (2003) acrescenta que, em consequência às críticas decorrentes do sentimento de fracasso, a AAPA reavaliou o alcance de suas atividades. Foi decidido que a Associação seria reorganizada e, em 1916, seu nome foi alterado para The Institute of Accountants in the United States of American – IAUSA. O Instituto teve vida curta e teve seu nome novamente alterado, dessa vez para American Institute of Accountants – AIA em 1917.
Em 1921, conforme Hendriksen e Van Breda (1999), “uma dissidência formou a Sociedade Americana de Contadores Públicos Registrados (American Society of Certified Public Accountants – ASCPA), sendo o único critério para admissão a posse de um certificado emitido por um estado”.
Essas duas organizações (AIA e ASCPA) contrastaram por quinze anos em busca da representação dos contadores americanos. Finalmente em 1936 as duas organizações se uniram e passaram a cobrar um certificado válido de contador público registrado. Em 1957 o nome foi alterado para Instituto Americano de Contadores Públicos Registrados (American Institute of Certified Public Accountants – AICPA) (OLIVEIRA, 2003). Nessa época, a entidade criou vários comitês e conselhos para o desenvolvimento dos princípios contábeis, dentre eles o Comitê de Procedimentos Contábeis – CAP, em 1938; a Junta de Princípios Contábeis (APB), em 1959; e, como órgão independente do AICPA, a Junta de Princípios e Padrões Contábeis (FASB), em 1972 (NIYAMA, 2006).
Referências
HENDRIKSEN, E. S.; VAN BREDA, M. F. Teoria da Contabilidade. São Paulo: Atlas, 1999.
NIYAMA, J. K. Contabilidade Internacional. São Paulo: Atlas, 2006.
OLIVEIRA, A. D. Evolução da Terminologia Princípio Contábil Baseada na Escola Norte-Americana. 2003. 173 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Contábeis) – Curso de Ciências Contábeis, Programa Multiinstitucional e Inter-regional de Pós-Graduação em Ciências Contábeis da UnB, UFPB, UFPE e UFRN. Universidade Federal de Pernambuco, 2003.
As associações profissionais que auxiliaram o desenvolvimento da contabilidade nos Estados Unidos – AAA e AICPA – merecem uma postagem específica.
AAA
Em 1916 foi criado a American Association of University Instructors in Accounting, que primeiramente voltou-se para o desenvolvimento do currículo universitário (NIYAMA, 2006). Suas primeiras publicações formais eram trabalhos apresentados em reuniões anuais, mas a partir de março de 1926 iniciou-se a publicação da revista The Accounting Review. Atualmente o órgão também apoia o journal Accounting Horizons.
O nome da Associação foi alterado em 1936 para American Accounting Association, ano em que foi publicada a primeira de uma série de trabalhos sobre Princípios da Contabilidade. (Em 1940 foi publicado o estudo que recebeu maior destaque, An Introduction to Corporate Accounting Standards, escrita por Paton e Littleton).
Hendriksen e Van Breda (1999) ressaltam que o enfoque geral do comitê executivo era o de recomendar princípios básicos, mas amplos, nos quais as demonstrações financeiras das empresas poderiam se apoiar.
AICPA
Em 1887 foi formada a Associação Americana de Contadores Públicos (American Association of Public Accountants – AAPA) tendo como seu órgão oficial o Journal of Accountancy. Concomitantemente, surgiram associações independentes por todo o país, tendo em 1896 seus membros sido reconhecidos legalmente pelo Estado de Nova Iorque, o que os permitiu denominarem-se contadores públicos registrados, caso fossem certificados por diretores de universidades estaduais (HENDRIKSEN; VAN BREDA, 1999).
Oliveira (2003) acrescenta que, em consequência às críticas decorrentes do sentimento de fracasso, a AAPA reavaliou o alcance de suas atividades. Foi decidido que a Associação seria reorganizada e, em 1916, seu nome foi alterado para The Institute of Accountants in the United States of American – IAUSA. O Instituto teve vida curta e teve seu nome novamente alterado, dessa vez para American Institute of Accountants – AIA em 1917.
Em 1921, conforme Hendriksen e Van Breda (1999), “uma dissidência formou a Sociedade Americana de Contadores Públicos Registrados (American Society of Certified Public Accountants – ASCPA), sendo o único critério para admissão a posse de um certificado emitido por um estado”.
Essas duas organizações (AIA e ASCPA) contrastaram por quinze anos em busca da representação dos contadores americanos. Finalmente em 1936 as duas organizações se uniram e passaram a cobrar um certificado válido de contador público registrado. Em 1957 o nome foi alterado para Instituto Americano de Contadores Públicos Registrados (American Institute of Certified Public Accountants – AICPA) (OLIVEIRA, 2003). Nessa época, a entidade criou vários comitês e conselhos para o desenvolvimento dos princípios contábeis, dentre eles o Comitê de Procedimentos Contábeis – CAP, em 1938; a Junta de Princípios Contábeis (APB), em 1959; e, como órgão independente do AICPA, a Junta de Princípios e Padrões Contábeis (FASB), em 1972 (NIYAMA, 2006).
Referências
HENDRIKSEN, E. S.; VAN BREDA, M. F. Teoria da Contabilidade. São Paulo: Atlas, 1999.
NIYAMA, J. K. Contabilidade Internacional. São Paulo: Atlas, 2006.
OLIVEIRA, A. D. Evolução da Terminologia Princípio Contábil Baseada na Escola Norte-Americana. 2003. 173 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Contábeis) – Curso de Ciências Contábeis, Programa Multiinstitucional e Inter-regional de Pós-Graduação em Ciências Contábeis da UnB, UFPB, UFPE e UFRN. Universidade Federal de Pernambuco, 2003.
Bloqueio de escritor: impaciência
Bloqueio de escritor: impaciência - Por Isabel Sales
Nós já falamos sobre como a depressão que rodeia alguns momentos da pós-graduação podem causar o bloqueio de escritor. Hoje vamos falar sobre como a impaciência pode te atrapalhar tanto quanto a disforia ou ainda mais. ... Isso pode parecer contraditório a primeira vista. Você deve pensar: “como correr para completar algo pode ser considerado um bloqueio?”.
Eu sou uma pessoa levemente impaciente então escrevo com um tanto de experiência, mas também, como na postagem anterior, repasso os conselhos de Peg Boyle Single, Ph. D, autora do livro “Demystifying dissertation writing”, sem publicação em português.
A impaciência ajuda o bloqueio via um senso de urgência: não é realizada uma quantidade suficiente de pré-escrita (como, por exemplo, fazer anotações, o delineamento conceitual) para permitir a preparação que uma boa escrita demanda; não são realizadas reescritas ou revisões o suficiente para conduzir a escrita de uma forma polida e livre de erros; não se escreve o suficiente de modo confortável e não cansativo.
Se você passa pelo estágio da impaciência, pode utilizar algumas estratégias para superá-la. O bloqueio de escritor ocorre quando não se está pronto para escrever. Se você lida com a impaciência, é particularmente importante que complete um longo delineamento de referências antes de começar a escrever em prosa.
[Você pode até pensar que pode se jogar (ou se sentir tentado a escrever, mesmo sabendo que ainda não deveria) e que tem o suficiente para dizer sobre o seu projeto, mas você frequentemente perceberá que, por não estar preparado ainda, terá que reescrever muito do que já foi feito.] Portanto, leve o tempo necessário para que você faça a pré-escrita indispensável e as suas chances de superar a impaciência aumentam dramaticamente.
Frequentemente, quem é impaciente também tem a tendência a começar vários projetos ao mesmo tempo e até o entusiasmo necessário para se desempenhar bem, mas isso não é produtivo, já que provavelmente não há aprofundamento o suficiente nessas atividades. Então mantenha os seus projetos em controle. Restrinja as suas atividades. Por exemplo, proponha-se a não participar de um novo artigo até que a proposta da sua dissertação esteja completa. Você estará melhor se tiver uma ou duas apresentações e uma dissertação completa do que cinco ou seis apresentações e TMD (tudo menos dissertação, ou all but dissertation – ABD). Mantenha o foco.
Peg tem uma regra de 24 h: não concorde com nenhuma atividade ou responsabilidade adicional, não importa o quão convidativas, sem pensar por ao menos 24 h no assunto. Tente responder algo como: “Essa é um grande oportunidade, obrigada. Posso pensar nisso até amanhã ou até o fim da semana e te retornar?”. Esteja preparado com essa resposta ao te pedirem para participar de algo. Claro, você pode modificar um pouquinho... desde que essa alteração não envolva respostas nessa linha: “Sim! Claro!!! Será um prazer!!! Obrigada pela oportunidade! Eu tenho que escrever uma dissertação, mas vai ser ótimo me distrair com algo diferente! Pode anotar aí o meu nome pois com certeza participarei!”, ok?
Além disso, acrescente intervalos a sua rotina regular de escrita. Nós, impacientes, temos a mania de escrever horas a fio até que a nossa mão comece a doer (ou a cabeça, ou a vista, ou as costas, ...) ou ter câimbras. Escreva por quarenta e cinco minutos, pare, respire, alongue-se. Isso ajudará a prevenir problemas graves como lesões por esforços repetitivos.
No livro há a indicação de que se você é impaciente, talvez tenha sido muito desapontado no passado ou tenha expectativas altamente irreais. Portanto, liberte-se – tenha expectativas reais e alcançáveis. Não tente quebrar recordes e ganhar prêmios, isso poderá se virar contra você. Expectativas irreais quanto a sua escrita podem criar bloqueios e te impedir de se engajar em uma rotina regular de escrita, que é muito importante para que se complete um projeto grande e intimidador. Enquanto você se volta para a sua impaciência, perceba que o processo da escrita é sobre ser mortal, perceber as suas limitações, se perdoar e seguir em frente.
Todos nós temos defeitos e limitações. O diferencial é estar disposto a superá-los de forma correta e realista.
Nós já falamos sobre como a depressão que rodeia alguns momentos da pós-graduação podem causar o bloqueio de escritor. Hoje vamos falar sobre como a impaciência pode te atrapalhar tanto quanto a disforia ou ainda mais. ... Isso pode parecer contraditório a primeira vista. Você deve pensar: “como correr para completar algo pode ser considerado um bloqueio?”.
Eu sou uma pessoa levemente impaciente então escrevo com um tanto de experiência, mas também, como na postagem anterior, repasso os conselhos de Peg Boyle Single, Ph. D, autora do livro “Demystifying dissertation writing”, sem publicação em português.
A impaciência ajuda o bloqueio via um senso de urgência: não é realizada uma quantidade suficiente de pré-escrita (como, por exemplo, fazer anotações, o delineamento conceitual) para permitir a preparação que uma boa escrita demanda; não são realizadas reescritas ou revisões o suficiente para conduzir a escrita de uma forma polida e livre de erros; não se escreve o suficiente de modo confortável e não cansativo.
Se você passa pelo estágio da impaciência, pode utilizar algumas estratégias para superá-la. O bloqueio de escritor ocorre quando não se está pronto para escrever. Se você lida com a impaciência, é particularmente importante que complete um longo delineamento de referências antes de começar a escrever em prosa.
[Você pode até pensar que pode se jogar (ou se sentir tentado a escrever, mesmo sabendo que ainda não deveria) e que tem o suficiente para dizer sobre o seu projeto, mas você frequentemente perceberá que, por não estar preparado ainda, terá que reescrever muito do que já foi feito.] Portanto, leve o tempo necessário para que você faça a pré-escrita indispensável e as suas chances de superar a impaciência aumentam dramaticamente.
Frequentemente, quem é impaciente também tem a tendência a começar vários projetos ao mesmo tempo e até o entusiasmo necessário para se desempenhar bem, mas isso não é produtivo, já que provavelmente não há aprofundamento o suficiente nessas atividades. Então mantenha os seus projetos em controle. Restrinja as suas atividades. Por exemplo, proponha-se a não participar de um novo artigo até que a proposta da sua dissertação esteja completa. Você estará melhor se tiver uma ou duas apresentações e uma dissertação completa do que cinco ou seis apresentações e TMD (tudo menos dissertação, ou all but dissertation – ABD). Mantenha o foco.
Peg tem uma regra de 24 h: não concorde com nenhuma atividade ou responsabilidade adicional, não importa o quão convidativas, sem pensar por ao menos 24 h no assunto. Tente responder algo como: “Essa é um grande oportunidade, obrigada. Posso pensar nisso até amanhã ou até o fim da semana e te retornar?”. Esteja preparado com essa resposta ao te pedirem para participar de algo. Claro, você pode modificar um pouquinho... desde que essa alteração não envolva respostas nessa linha: “Sim! Claro!!! Será um prazer!!! Obrigada pela oportunidade! Eu tenho que escrever uma dissertação, mas vai ser ótimo me distrair com algo diferente! Pode anotar aí o meu nome pois com certeza participarei!”, ok?
Além disso, acrescente intervalos a sua rotina regular de escrita. Nós, impacientes, temos a mania de escrever horas a fio até que a nossa mão comece a doer (ou a cabeça, ou a vista, ou as costas, ...) ou ter câimbras. Escreva por quarenta e cinco minutos, pare, respire, alongue-se. Isso ajudará a prevenir problemas graves como lesões por esforços repetitivos.
No livro há a indicação de que se você é impaciente, talvez tenha sido muito desapontado no passado ou tenha expectativas altamente irreais. Portanto, liberte-se – tenha expectativas reais e alcançáveis. Não tente quebrar recordes e ganhar prêmios, isso poderá se virar contra você. Expectativas irreais quanto a sua escrita podem criar bloqueios e te impedir de se engajar em uma rotina regular de escrita, que é muito importante para que se complete um projeto grande e intimidador. Enquanto você se volta para a sua impaciência, perceba que o processo da escrita é sobre ser mortal, perceber as suas limitações, se perdoar e seguir em frente.
Todos nós temos defeitos e limitações. O diferencial é estar disposto a superá-los de forma correta e realista.
Difamação virtual é crime?
Uma mensagem de 140 caracteres é o ingrediente mais recente do debate sobre os limites no uso da internet. Decisão do 4º Juizado Especial Criminal do estado do Rio de Janeiro mostra que difamar alguém pela rede mundial de computadores é tão criminoso quanto em qualquer outro ambiente. A decisão judicial confirmou acordo em que acusado de difamação concordou em pagar multa de R$ 600 por uma mensagem postada no Twitter.
Especialistas da Universidade de Brasília e de outros estados afirmam que o resultado do processo derruba o mito de que a internet é território livre. "Há uma falsa idéia de que a internet é um ambiente onde se pode fazer qualquer coisa", afirma Davi Diniz, procurador da UnB e professor da Faculdade de Direito. "Essa e outras decisões semelhantes mostram exatamente o contrário", diz. Os especialistas também defendem que as penalidades não enfraquecem a liberdade de expressão. "Pelo contrário, reforçam", acredita Fernando Botelho, desembargador do Tribunal de Justiça de Minas Gerais e perito em direito na rede. [...]
“O número de ações vem crescendo vertiginosamente”, afirma [o desembargador Fernando Botelho]. Ele lembra também que a derrubada da Lei de Imprensa pelo Supremo Tribunal Federal criou um hiato legal. "Com a derrubada, ficou revogado o direito de resposta", diz.
Segundo o desembargador, mais de 90% das condenações em processos por crimes cometidos no ambiente da internet são por calúnia, difamação, injúria, ameaças, inclusive no ambiente conjugal, e exposição da intimidade. “O que as ações confirmam é que tanto faz agredir alguém pessoalmente, por um megafone ou pela internet”, disse. "A diferença é que na internet é mais difícil localizar o autor do crime", completou.
Para Davi Diniz, a dificuldade de identificar a autoria de crimes alimenta outro mito: o da segurança do anonimato. "Não existe anonimato na internet. Do ponto de vista tecnológico, qualquer um que praticar uma ofensa ou outro crime pode ser identificado", afirma.
Fernando Botelho lembra ainda que outras 66 ações nos cinco tribunais estaduais com maior volume de ações do Judiciário, equivalente a 70% da jurisdição brasileira, condenaram provedores de internet por material veiculado em blogs e redes sociais, como o Twitter e o Facebook. "O sentido preponderante dessas ações é o de que o provedor tem responsabilidade sobre o conteúdo porque manteve o conteúdo ofensivo", explica. Nas decisões mais brandas, segundo ele, os juizes entenderam que para ser responsabilizado o provedor teria de ter sido
notificado. [...]
Fonte: Portal Universidade
Especialistas da Universidade de Brasília e de outros estados afirmam que o resultado do processo derruba o mito de que a internet é território livre. "Há uma falsa idéia de que a internet é um ambiente onde se pode fazer qualquer coisa", afirma Davi Diniz, procurador da UnB e professor da Faculdade de Direito. "Essa e outras decisões semelhantes mostram exatamente o contrário", diz. Os especialistas também defendem que as penalidades não enfraquecem a liberdade de expressão. "Pelo contrário, reforçam", acredita Fernando Botelho, desembargador do Tribunal de Justiça de Minas Gerais e perito em direito na rede. [...]
“O número de ações vem crescendo vertiginosamente”, afirma [o desembargador Fernando Botelho]. Ele lembra também que a derrubada da Lei de Imprensa pelo Supremo Tribunal Federal criou um hiato legal. "Com a derrubada, ficou revogado o direito de resposta", diz.
Segundo o desembargador, mais de 90% das condenações em processos por crimes cometidos no ambiente da internet são por calúnia, difamação, injúria, ameaças, inclusive no ambiente conjugal, e exposição da intimidade. “O que as ações confirmam é que tanto faz agredir alguém pessoalmente, por um megafone ou pela internet”, disse. "A diferença é que na internet é mais difícil localizar o autor do crime", completou.
Para Davi Diniz, a dificuldade de identificar a autoria de crimes alimenta outro mito: o da segurança do anonimato. "Não existe anonimato na internet. Do ponto de vista tecnológico, qualquer um que praticar uma ofensa ou outro crime pode ser identificado", afirma.
Fernando Botelho lembra ainda que outras 66 ações nos cinco tribunais estaduais com maior volume de ações do Judiciário, equivalente a 70% da jurisdição brasileira, condenaram provedores de internet por material veiculado em blogs e redes sociais, como o Twitter e o Facebook. "O sentido preponderante dessas ações é o de que o provedor tem responsabilidade sobre o conteúdo porque manteve o conteúdo ofensivo", explica. Nas decisões mais brandas, segundo ele, os juizes entenderam que para ser responsabilizado o provedor teria de ter sido
notificado. [...]
Fonte: Portal Universidade
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