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29 julho 2011

Olimpíada de Londres

Os preparativos para a próxima Olimpíada estão dentro do prazo e orçamento, com 88% das obras concluídas um ano antes da cerimônia de abertura. (...) Somado ao custo da Paraolimpíada, Londres gastará cerca de 9,3 bilhões de libras com o evento, marcado para começar em 27 de julho de 2012. A China gastou US$ 70 bilhões nos Jogos Olímpicos de Pequim em 2008, enquanto Atenas, em 2004, custou mais de US$ 11 bilhões.


Sem atrasos, Londres terá a sua Olimpíada dentro do orçamento - Valor Econômico - 28 de julho de 2011 - Chris Spillane e Danielle Rossingh | Bloomberg (via aqui)

Que inveja...

Multas da CVM


A arrecadação deste ano com acordos em casos com indícios de crimes contra o mercado de capitais já ultrapassou a de 2010. Apesar de muitas empresas não fecharem os chamados termos de compromisso (TCs) com a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), até o dia 22, foram celebrados 25 acordos, que resultaram em R$ 166,8 milhões em multas. Em todo o ano passado, foram firmados 64 termos, que somaram R$ 57,5 milhões.O número de acordos e multas pagas poderia ser maior. Mesmo com o incentivo do órgão regulador, a orientação de muitos advogados aos clientes acusados de infrações tem sido pela não assinatura dos acordos. O motivo seria a intensa divulgação das negociações pela CVM e o eventual reconhecimento da assinatura do termo como uma confissão de culpa. Neste ano, já foram rejeitadas 39 das 75 propostas apresentadas, de acordo com a CVM. Algumas ainda estão em negociação. Em 2010, foram negadas 131 das 249 ofertas. Em tese, tudo pode ser negociado, segundo o órgão, exceto crime de lavagem de dinheiro.


Apesar da resistência de advogados, o número de acordos tem se mantido estável nos últimos anos. Os valores arrecadados, no entanto, tem crescido. Em 2008, por exemplo, foram fechados 64 acordos, que somaram R$ 10,66 milhões. No ano passado, os 64 termos geraram R$ 57,5 milhões. Este ano, só a Vivendi desembolsou R$ 150 milhões [1]. Com o pagamento, que já foi efetuado, a empresa ficou livre da acusação de supostas irregularidades cometidas durante a aquisição da GVT, em 2009. (Indenizações geram R$ 166 milhões à CVM - Valor Econômico - Bárbara Pombo - 28 de julho de 2011, via aqui )

[1] Isto mostra que este é um evento fora do normal (outlier), que influencia o valor do ano. Sem este valor, seria 16 milhões, que não representa metade do ano anterior.

Capes e Ética 2


De acordo com o estudo, entre os problemas mais comuns estão a citação de mais livros e artigos na bibliografia além dos realmente usados, o que aumenta a credibilidade do estudo, e a coautoria, que aparece como favor trocado.


Tese de doutorado da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA/USP) alerta para a possibilidade de problemas de conduta ética na publicação de artigos científicos de pesquisadores brasileiros, tais como coautorias forjadas e citações de fontes não consultadas na bibliografia dos trabalhos acadêmicos.

O autor da tese, Jesusmar Ximenes Andrade, cita entre os problemas mais comuns a citação de mais livros e artigos na bibliografia além dos realmente usados, o que aumenta a credibilidade do estudo, e a coautoria, que aparece como favor trocado. Nesse último caso, os falsos parceiros assinam dois artigos em vez de um e, assim, aumentam sua produtividade, quesito que é avaliado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), no processo de classificação dos programas de pós-graduação (1). Ligada ao Ministério da Educação, a Capes é uma das agências de fomento à pesquisa científica e acadêmica do governo federal.

A suspeita de ocorrências de conduta antiética na produção de artigos científicos veio a partir da aplicação de 85 questionários, respondidos por participantes do Congresso USP de Controladoria e Contabilidade, realizado em 2009, em São Paulo. Segundo a pesquisa, a maioria das pessoas afirmou não conhecer nenhum caso de má conduta, mas elas acreditam que tais práticas sejam comuns.

Andrade estranhou o resultado. "As pessoas conhecem pouco, mas acreditam que ocorrem [problemas antiéticos] mais do que acontecem? Eu presumi que quem estava respondendo sobre as suas crenças também estava respondendo sobre os seus próprios hábitos [2]", disse o autor da tese, que é professor adjunto da Universidade Federal do Piauí (UFPI). A tese foi defendida em abril, no Departamento de Contabilidade da FEA/USP.

Andrade destaca o fato de os resultados de sua pesquisa dizerem respeito à "má conduta na pesquisa das ciências contábeis", mas avalia que "não encontraríamos resultados muito diferentes se fôssemos para um censo", incluindo todos os campos científicos.

Para ele, o Brasil mantém o foco na quantidade, critério que fez o País ocupar o décimo terceiro lugar na produção científica internacional, e não se preocupa com a qualidade. "Por que o Brasil não tem um [Prêmio] Nobel?", pergunta ao afirmar que "a quantidade que nós estamos buscando é infinitamente desproporcional à qualidade dos estudos que estamos produzindo".

A busca por quantidade é almejada por todos os pesquisadores, de acordo com Andrade. "Seja para conseguir recursos ou para obter status dentro da academia." Em sua opinião, "para buscar essa quantidade, esse volume, termina-se utilizando certos artifícios que, segundo foi observado, não são condutas livres de suspeita. São condutas impregnadas de comportamentos antiéticos [3]".

O autor da tese diz que a Capes dispõe de "métricas" de avaliação mais voltadas à qualidade do trabalho do pesquisador do que à quantidade de artigos gerados. "O sistema de avaliação chamado Qualis pontua os artigos conforme a revista científica de publicação", lembrou.

A Agência Brasil procurou pela Capes desde a última sexta-feira (22), mas foi informada ontem (25), por e-mail, que o diretor de Avaliação, Livio Amaral, "precisa de uns dias para ler a tese".

O professor de metodologia do Departamento de Sociologia  [3] da Universidade de Brasília (UnB), Marcelo Medeiros, não concorda com o conceito de que a busca por quantidade seja prejudicial. Segundo ele, a pressão da Capes por aumento da produtividade "é mínima". Em sua opinião, "opor quantidade à qualidade não é correto". "Nas ciências em geral, os melhores pesquisadores são também professores que têm bom nível de publicações. Publica muito quem pesquisa muito."
(Agência Brasil - 25/7)


Publicado aqui, dica de Ednilto (grato). Já tínhamos publicado anteriormente. Peço observar o comentário da postagem anterior. Meus comentários:

[1]As pessoas reagem aos incentivos. A partir do momento que a Capes adota sistemas de pontuação, comportamentos enviesados, como o constante na pesquisa, começam a acontecer.
[2] Não li a tese, mas a associação de causa-efeito parece questionável.
[3] Trata-se de outra área, com métricas distintas.

Big Mac

O índice Big Mac, calculado pela revista "The Economist" aponta que o real é a moeda mais cara do mundo. De acordo com o estudo, que neste ano passou a considerar não apenas o preço do sanduíche, mas também o PIB (Produto Interno Bruto) per capita dos países, a moeda brasileira está 149% sobrevalorizada sobre o dólar, mais que qualquer outra no mundo.


Fonte: aqui

28 julho 2011

Rir é o melhor remédio

Uma campanha contra a censura. "Censura conta a história errada". Muito criativo:






Teste 505


A morte da cantora Amy Winehouse fez aumentar a receita de uma grande empresa. Esta empresa, por sinal, fez anúncios no Twitter incentivando os fãs da cantora a baixar suas músicas. (Aqui uma questão interessante: foi ético ou não esta campanha?) A empresa é

Apple
Firefox
Microsoft


Resposta do Anterior: Seguro e depois empréstimo. Fonte aqui


Brasil nas olimpíadas tecnológicas da Microsoft

“Imagine um mundo onde a tecnologia ajuda a resolver os problemas mais difíceis”.

Esse é o tema da Imagine Cup, as olimpíadas tecnológicas da Microsoft, que reuniram jovens brilhantes em Nova York no dia 13 de julho. E os jovens levaram o tema ao pé da letra, mostrando invenções inovadoras, que poderão ajudar desde alunos com deficiência visual até motoristas de carro.

A Imagine Cup é uma competição anual que este ano chegou a sua 9ª edição. Foi a primeira vez que as finais da copa tecnológica aconteceram nos Estados Unidos. Entre a animação dos competidores, agitando bandeiras de diversos países, tecnologias criativas foram demonstradas, incluindo possíveis resoluções para a malária, deficiências e acidentes de avião.

Mais de 350 mil estudantes com mais de 16 anos de 183 países se inscreveram nas nove categorias do evento. Delas, três são a santíssima trindade da Imagine Cup: design de jogos, desenvolvimento de sistemas em dispositivos e desenvolvimento de softwares.

Foram convocadas 100 equipes (compostas por 1 a 4 alunos cada) nessas três categorias. As três melhores equipes em cada uma delas receberam prêmios em dinheiro. Mesmo para as equipes que não venceram, a exposição na Imagine Cup é inestimável.

No desenvolvimento dos projetos, as equipes foram convidadas a pensar nos objetivos de desenvolvimento do milênio da Organização das Nações Unidas, que são metas de desenvolvimento mundial, com prazo até 2015.

Muitas equipes fizeram seus projetos abordando as metas, como no desenvolvimento da sustentabilidade ambiental e no combate à doenças.

Alguns jovens pesquisadores estão ainda mais ligados aos seus projetos, trazendo experiências de vida aos experimentos. Um estudante cego desenvolveu um sistema para alunos com deficiência visual fazerem anotações com mais facilidade. Uma equipe da China fez um software de controle de computador que não precisa do uso das mãos. A inspiração veio da mãe de um dos membros da equipe, que não pode usar os membros.

Se engana quem pensa que a Imagine Cup é um evento científico extremamente polido ou chato. O clima está mais para um estádio de futebol, com torcida, danças e muitos sorrisos.

Aliás, muitas das invenções são projetos que podem ser realmente implementados, indo além de exposições científicas. A mentalidade que permeou o evento foi a de mudar o mundo.

Esses jovens podem ser tudo, menos ingênuos. Eles tem profundo conhecimento sobre o que necessitam para colocar os seus projetos no mercado: quase todos eles têm um plano de negócios detalhado de forma impressionante, com conhecimento de público-alvo e financiamento necessário.

E eles não tem ilusões sobre as falhas de seus produtos. Os estudantes têm uma lista de melhorias que ainda precisam ser feitas, para quando os juízes invariavelmente os questionarem.

Para esses jovens, a Imagine Cup não é o fim do jogo, é apenas um dos degraus ao longo do caminho brilhante que eles têm a percorrer.

Brasil na Imagine Cup

Este ano, a Imagine Cup contou com 350 mil jovens inscritos, de cerca de 70 países. Foram classificados mais de 400 para a final mundial.

O Brasil contou com 42 mil participantes e classificou cinco equipes, sendo o país com a maior representatividade nas finais mundiais.

Os estudantes brasileiros foram reconhecidos campeões mundiais, pela terceira vez na história da competição, da 9ª edição da Imagine Cup (Copa do Mundo da Computação) da Microsoft.

A equipe de Curitiba-PR conquistou o 1º lugar na categoria Projeto de Games – Xbox, com o jogo UCAN. Já os pernambucanos repetiram o feito do ano passado e foram vice-campeões no desafio de Interoperabilidade, com um aplicativo para Windows Phone que permite a comunicação de deficientes auditivos por celular.

Estudantes da Unesp e da Universidade Federal de Pernambuco também usaram a criatividade e a vontade de mudar o mundo, estando entre os melhores do mundo nas categorias “Projeto de Software”, “Digital Media” e “Sistemas Embarcados”.
[HyperScience]