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19 julho 2011

Trustees da Fundação IFRS

A composição dos trustees da Fundação IFRS revela um claro domínio europeu e dos Estados Unidos (quatro dos cinco representantes da América do Norte são deste país). América do Sul (ou seja, Pedro Malan, do Brasil) e África possuem um representante. 

Recompra de ações

Os programas de recompra de ações voltaram. Muito utilizadas em épocas em que o mercado está em baixa, essas operações foram anunciadas –ou renovadas– por diversas empresas neste ano, como Vale, Bradesco e Cyrela.Para o acionista minoritário das companhias, esses programas trazem diversas vantagens, dizem analistas. A recompra de ações é uma forma de a empresa mostrar aos investidores que acredita que seus papéis valem mais do que preço pelo qual estão sendo vendidos.



Com dinheiro em caixa, as companhias compram parte de suas próprias ações, como forma de aumentar sua negociação e, eventualmente, até elevar seu preço. Além disso, como acreditam que os papéis devem subir no longo prazo, elas também podem lucrar com a venda deles no futuro.Outra opção é cancelar as ações compradas, como será feito no caso da Vale.

A mineradora –que tem uma das ações mais negociadas da Bovespa– lançou em 30 de junho um programa para recomprar até 5,9% das ações em circulação. Para isso, vai gastar US$ 3 bilhões (R$ 4,72 bilhões).Desde então, sua ação preferencial teve valorização de 2,77% –nos mesmos 15 dias, a Bolsa caiu 4,69%. “Se a empresa lança esse programa de recompra, é porque entende que as ações dela são um bom investimento em relação a outras aplicações que ela poderia fazer com o seu caixa”, diz Márcio Cardoso, da Título Corretora.

Por conta dessa sinalização positiva, os analistas acreditam que os acionistas dessas empresas devam manter suas posições. Além disso, pode ser um bom momento para comprar esses papéis. A recompra tem um viés positivo para os acionistas”, afirma Marcelo Varejão, analista-chefe da Socopa.

Se a empresa cancela as ações, a participação de cada acionista na empresa aumenta automaticamente, mantendo o valor investido. Assim, o lucro por ação cresce. E, na hora de receber os dividendos, cada investidor terá um retorno maior.

Leandro Martins, da Walpires Corretora, alerta para o fato de que o anúncio da recompra não é suficiente para fazer os papéis começarem a subir de forma constante.“Em 2008, a ação da Vale teve recompra e continuou a cair. O acionista tem que tomar cuidado, fazer uma análise técnica da ação. Preço não é loteria, não é jogo, é preciso acompanhar a cotação”, afirma.

Os analistas concordam, no entanto, que a tendência para os preços é de alta.“A Vale, por exemplo, não faria isso de maneira inconsequente. Se isso fosse só jogada, o mercado perceberia rapidamente”, diz Cardoso, da Título Corretora.



Fonte: Folha de São Paulo -Giuliana Vallone,

18 julho 2011

Rir é o melhor remédio

Fonte: aqui

Links sobre penalti


Equilibrio de Nash e cobrança de pênalti

Um jeito estranho de bater pênalti

Um vídeo sobre um jeito de bater pênalti

Segredo de bater o pênalti

Teoria do Jogos e Futebol

Parcialidade do juiz e o goleiro

Teste 500

A GM irá produzir um carro econômico em Detroit, segundo esta notícia. A redução do custo dos trabalhadores ainda é insuficiente para compensar o custo no México. Entretanto, existe uma economia de custo que não aparece no texto. Qual seria esta economia?

  Resposta do Anterior: Imprensa

Custos


O único carro subcompacto fabricado em solo americano sairá em breve de uma fábrica da área suburbana de Detroit tão incomum quanto o carro em si. A linha de produção foi confinada à metade do espaço de uma fábrica tradicional. Os robôs soldadores estão concentrados em grupos eficientes e não espaçados ao longo da linha, enquanto muitos trabalhadores recebem a metade de um salário típico de um sindicalizado. Até a primeira camada de agente antiferrugem foi reformulada para ter um centésimo da espessura, mais barata que o revestimento em outros carros.


Um dos mais antigos axiomas da indústria automobilística é que nenhuma companhia consegue construir um carro subcompacto nos Estados Unidos e ganhar dinheiro, porque seu preço de venda é baixo. O Ford Fiesta é montado no México. O Honda Fit em vários locais, incluindo China e Brasil. Mas com os americanos - e Detroit - redescobrindo carros pequenos por causa da alta do preço da gasolina, a General Motors pretende derrubar essa noção com o Sonic. O modelo não só proporcionará nova entrada da GM na camada inferior do mercado quando for lançado em setembro, como se espera que represente avanço no estabelecimento de um novo nível de cooperação entre Detroit e o UAW, o sindicato dos trabalhadores automotivos.


Economia. A fábrica radicalmente reformada opera com menos e mais baratos trabalhadores, muitos dos quais recebem US$ 14 por hora em vez do salário pleno de US$ 28 por hora do UAW. A planta em si é menor e reconfigurada para poupar dinheiro. Executivos moldaram mudanças acompanhando fábricas mais eficientes da GM na Alemanha e na Coreia do Sul.


A área da linha de montagem foi reduzida de cerca de 93 mil metros quadrados para cerca de 47 mil. A conta da energia foi reduzida com o acionamento de operações com gás metano de aterros sanitários próximos.


O Sonic será o menor e mais econômico carro da GM para combustíveis convencionais. Foi concebido em 2008 antes de o governo salvar a empresa da falência, quando negociadores da companhia e do sindicato começaram a quebrar a cabeça sobre como fazer um carro subcompacto lucrativo nos EUA em vez de fazê-lo em países de salários baixos. "Queríamos provar que podíamos fazê-lo", disse Diana D. Tremblay, diretora de relações trabalhistas da GM, "e entramos nisso de mente aberta."


O UAW tentou persuadir a Ford a produzir o subcompacto Fiesta nos EUA, mas a Ford optou pelo México, onde os salários e benefícios de um metalúrgico ficam em menos de US$ 10 por hora. Um trabalhador sindicalizado com salário completo nos EUA custa à GM perto de US$ 60 por hora. Mesmo um empregado em nível inicial custa US$ 30 por hora.


Embora não seja o único fator na produção de um subcompacto lucrativo, os custos mais baixos da mão de obra são críticos para a decisão de construir o Sonic em Michigan. Num acordo trabalhista inovador, o UAW permitiu que a GM pagasse a 40% de seus trabalhadores salário de nível inicial.


"A estrutura de salário em nível inicial foi um importante facilitador porque obviamente quanto menor o carro menor a margem de lucro", disse Diana.


O presidente do UAW, Bob King, disse que o sindicato considerou o significado de um subcompacto competitivo para a linha geral de produtos da GM. O Sonic é o primeiro subcompacto que a GM tentou fazer no mercado doméstico desde o Chevette, há quase 40 anos, fora um breve esforço conjunto com a Toyota para fazer o Geo Prisms. O menor carro de sua linha é atualmente o Aveo, subcompacto desenvolvido pela subsidiária sul-coreana da GM.


"Estamos comprometidos com o sucesso da empresa", disse King. "Tivemos de conversar sobre um modelo de negócios que faça sentido."


Apesar de todas suas promessas, o Sonic ainda terá de convencer os consumidores de que a GM encontrou a fórmula certa para um subcompacto atraente e acessível. Esforços anteriores foram pouco potentes e contribuíram para a reputação pouco animadora da GM no mercado de carros em geral. "A GM tem muita coisa a provar com o Sonic", disse Joseph Phillippi, da empresa de pesquisa Auto Trends. "É preciso cortar custos, mas produzindo um carro competitivo." / TRADUÇÃO DE CELSO PACIORNIK 

Nos EUA, GM se Reinventa para produzir o Sonic - Bill Vlasic - The New York Times, publicado no Estado de S Paulo 16 jul 2011, b15.

Um interessante estudo de caso para aula de custos.

Concessão


O texto a seguir mostra um interessante estudo de caso sobre a questão contábil da concessão:

O fim do prazo das concessões do setor elétrico corre sério risco de parar na Justiça, seja qual for a decisão do governo federal. De um lado, estão as empresas, lideradas especialmente pelas estatais, cujo principal objetivo é prorrogar os prazos de concessão de suas hidrelétricas. Do outro [1], estão os grandes consumidores de energia, que veem no vencimento dos prazos a oportunidade de derrubar os preços da energia elétrica no País.


(...) Para manter os contratos por mais tempo, o governo terá de aprovar uma nova lei no Congresso, já que a atual determina a retomada da concessão. "Mesmo que a lei seja alterada, o governo estaria ferindo a Constituição", afirma o presidente da Fiesp [Paulo Skaf]. Ele está disposto a tomar todas as providências para que uma nova licitação seja feita. A expectativa do executivo é reverter as elevadas tarifas de energia, uma vez que as usinas estão quase todas amortizadas [2]. Pelos cálculos de Skaf, uma nova licitação representaria uma economia de R$ 900 bilhões em 30 anos.


O presidente da Associação Brasileira dos Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (Abrace), Paulo Pedrosa, também espera que o fim dos contratos traga benefícios para os consumidores, extremamente prejudicados pelos preços da eletricidade. Ele acredita que o assunto vá provocar muita discussão na Justiça. Isso porque a legislação brasileira é confusa. Na Constituição, completa Pedrosa, é possível encontrar todo tipo de sinalização [3]. "Há juristas que entendem que apenas a mudança da lei seria suficiente para prorrogar as concessões. Outros acreditam que teria de mudar a Constituição."


Mas, se o governo decidir por novas licitações, também haverá manifestações contrárias. As geradoras argumentam que nem todas as usinas estão amortizadas [4], como os grandes consumidores afirmam. No caso da retomada da concessão, o governo teria de elaborar um mecanismo para remunerar as empresas por ativos ainda não amortizados. "Se a reversão da concessão não for feita de forma correta, poderá haver discussões judiciais", afirma o presidente da Associação das Grandes Empresas Geradoras de Energia (Abrage), Flávio Neiva. Ele destaca, entretanto, que as empresas não trabalham com essa possibilidade, pois apostam na prorrogação dos contratos. "A energia já esta barata. O problema são os tributos que incidem sobre ela."


Outro defensor da renovação das concessões é o secretário de Energia do Estado de São Paulo, José Aníbal. Ele reconhece que terá de haver compensações para que os contratos sejam prorrogados. Mas, ao contrário de Paulo Skaf, não acredita que seja possível reduzir pela metade o preço das tarifas. "As usinas têm custos. Não dá pra cortar tudo", destaca ele, que mantém sob o comando da secretaria a administração da geradora Cesp.


Por enquanto, o governo continua sem dar sinalização de qual caminho seguirá. Desde fevereiro, há um documento pronto com as duas possibilidades. A maioria das concessões das usinas vence em 2015. 

(Usinas antigas podem parar na Justiça, Renée Pereira, Estado de S Paulo, 16 jul, B7)

[1] E os potenciais concorrentes
[2] Observem o termo contábil
[3] Isto talvez seja um argumento a favor da estratégia de "deixar como está".
[4] Não creio que isto seja um argumento relevante. O governo recompensaria por esta parcela.