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14 julho 2011

BR Foods 3

O acordo fechado com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) afeta 13,1% da receita operacional líquida da Brasil Foods (BRF). O cálculo consta de fato relevante divulgado pela empresa há instantes e tem como base os números consolidados de 2010.

No documento, a Brasil Foods diz que sua receita total no ano passado somou R$ 22,681 bilhões. O impacto total do acordo com o Cade, que envolve venda de ativos e suspensão de marcas, é de R$ 2,967 bilhões. Em volume, representa 11,6% do total, ou 702 mil toneladas, de 6 milhões. O maior efeito é no setor de produtos elaborados e processados, com 582 mil toneladas. O volume sujeito às restrições representaria em 2010 cerca de um terço das vendas sob a marca Perdigão.

Nessa simulação não foi levado em consideração eventual incremento das vendas com as marcas que continuarão sendo utilizadas pela BRF, em substituição aos produtos, sob as marcas Perdigão e Batavo, que terão suas vendas temporariamente suspensas. A marca Perdigão, bem como todos os direitos a ela associados, permanece como propriedade da BRF e utilizada normalmente em várias categorias de alimentos processados como empanados, hambúrgueres, mortadela, lingüiças frescais, pratos prontos congelados (exceto lasanha), bacon, comemorativos de aves, além de toda linha de produtos in natura, entre outras, diz a empresa na nota.

Em relação aos ativos que serão vendidos, a BRF diz que se compromete a manter a qualidade dos seus produtos e o fornecimento aos pontos de venda até que seja feita a transição para os novos proprietários. “No que diz respeito aos funcionários e produtores integrados que atendem às unidades que deverão ser vendidas por exigência do Cade, a BRF adotará todas as medidas possíveis para minimizar os impactos decorrentes da mudança de controle destes ativos", afirma.

O acordo estabelece a obrigatoriedade de que o comprador dos ativos a serem alienados mantenha o nível atual de empregos pelo prazo mínimo de seis meses. A partir de agora a companhia diz que trabalhará para concluir o plano de integração das duas empresas, criando assim as condições necessárias para fazer da BRF uma líder global no setor de alimentos.

Segundo Wilson Mello, vice-presidente de assuntos corporativos da Brasil Foods, uma decisão final dentro do Cade encerra o processo de fusão, o que reduz as incertezas para investidores. “Agora é olhar para o nosso plano estratégico.”

Ele explica que a escolha dos ativos e marcas a serem vendidas não foram influenciadas por opiniões particulares de ex-sócios de Sadia ou Perdigão. “A Brasil Foods é uma empresa aberta, de controle difuso e operada por profissionais”, declarou ele ao iG em resposta a uma pergunta sobre a influencia de cada sócio nas marcas a serem encerradas

Fonte: aqui

Fitch eleva o rating do Panamericano

A Fitch Ratings elevou os ratings nacionais de longo e curto prazo do Banco Panamericano, de “A-(bra)” para “AA-(bra)” (com perspectiva estável), e de “F2(bra)” para “F1+(bra)”, respectivamente.[1] A elevação, de acordo com a agência, se baseia no suporte do Banco BTG Pactual, bem como nos benefícios de ter a Caixa Econômica Federal como acionista e principal financiador, após aprovação final da atual composição acionária do BP por parte das autoridades brasileiras.[2]

A Fitch acredita que o Banco Panamericano procuraria o suporte do BTG em caso de necessidade. No entanto, apesar de reconhecer o forte suporte de liquidez da Caixa e do fato de o BP representar uma nova e importante linha de negócios para o BTG, a Fitch considera “moderada” a probabilidade deste suporte.[1]

Após dois aportes totalizando R$ 3,8 bilhões, a ativação de créditos tributários de R$ 700 milhões e a cessão de R$ 3,5 bilhões de crédito sem coobrigação para o FGC, o BP conseguiu recompor seu patrimônio para R$ 1,4 bilhão, em março de 2011.

Entretanto, a Fitch ressalta que a qualidade do capital é prejudicada pelo substancial volume de ativos intangíveis e dívida subordinada, apresentando índice de capital elegível Fitch de baixo 1,6% em março de 2011. Apesar disso, a agência acredita na melhora do desempenho e da capitalização do banco ao longo dos anos, embora fortemente dependente de cessões de crédito.

Com o apoio de duas auditorias internacionais e do Banco Central do Brasil, o banco concluiu uma extensa revisão de seus livros, que não indentificou novas irregularidades. A Fitch também ressalta que apenas as demonstrações financeiras de dezembro de 2010 e março de 2011 são confiáveis para análise do BP, dado que os balanços anteriores apresentavam inconsistências contábeis, principalmente envolvendo cessões de crédito, superestimando a carteira de crédito e suas receitas.[3]

Fonte: Monitor Mercantil, Digital

Comentários de Pedro Correia:

[1]A Moody's continua com uma nota D para o rating do banco.
[2]Só faltou citar o "suporte" do FGC.
[3]A situação é tão grave que mesmo com o “tremendo esforço” as demonstrações financeiras de 2010 do BP estão fora dos princípios e normas contábeis. Além disso, a participação da Caixa numa entidade como esta é lamentável. O índice de Basiléia do Panamericano é de -5,74%, assim para retornar aos 11% exigidos, a CEF irá aportar 10 bilhões de reais.

13 julho 2011

Brasil Foods fora da BM&FBovespa

Os negócios com ações da BRF-Brasil Foods estão suspensos na BM&FBovespa, a partir do pregão de hoje [13/7], informou há pouco a Agência Bovespa.

De acordo com comunicado, as negociações com os papéis da empresa somente serão retomadas após decisão do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e manifestação da companhia.

O processo de fusão entre a Perdigão e a Sadia, que originou a Brasil Foods, será julgado hoje em sessão ordinária do Cade.


BM&FBovespa suspende negócios com ações da Brasil Foods. Stella Fontes. Valor Online.


Leia mais: aqui

Rir é o melhor remédio





Brincadeiras com o Código de Barra

Quais são as manias mais comuns?

Manias aparecem ou pioram em situações estressantes... então você, caro amigo pós graduando, fique de olho!

Transtorno obsessivo-compulsivo 4% da população
1. Ablutomania
MANIA DE: limpeza.
SINTOMAS: o medo de contágio faz a pessoa lavar as mãos excessivamente, tomar banhos por horas, usar talheres descartáveis e não tocar em maçanetas.

2. Acribomania
MANIA DE: precisão e organização.
SINTOMAS: arrumação de objetos até uma suposta ordem. Se o sujeito toca algo ou alguém sem querer, sente-se obrigado a tocar com o outro braço.

3. Aritmomania
MANIA DE: contagem ou verificação.
SINTOMAS: repetir tarefas (amarrar os sapatos, ligar a TV) um número exato de vezes. Para o maníaco, isso impede que algo grave aconteça.

4. Colecionismo
MANIA DE: acumular tralhas.
SINTOMAS: o sujeito guarda sem organização coisas sem valor, como caixas e jornais. Muitas vezes, é caso de saúde pública.

Transtorno do controle de impulsos 3% da população
5. Onicofagia
MANIA DE: roer as unhas.
SINTOMAS: em momentos de nervosismo e tédio, o sujeito rói, morde, mastiga e engole as unhas, e acaba ferindo a pele em volta.

6. Tricotilomania
MANIA DE: arrancar cabelos e pelos.
SINTOMAS: o impulso de arrancar cabelos e pelos da face e do corpo é tão automático que o cara só se dá conta quando existem falhas visíveis.

7. Dermatilomania
MANIA DE: cutucar a própria pele.
SINTOMAS: nesses casos, a fuçação despreocupada pode levar a lesões e cicatrizes. Depois do nervosismo, vem o alívio e, por fim, o arrependimento.

8. Cleptomania
MANIA DE: roubar quinquilharias.
SINTOMAS: não tem a ver com necessidade, mas com o prazer de roubar. Após um tempo, os objetos são dados ou jogados fora.

Hipocondria 2% da população
9. Hipocondria
MANIA DE: doença.
SINTOMAS: qualquer alteração é vista como sinal de doença. Os hipocondríacos vão a vários médicos atrás da confirmação de um diagnóstico imaginário.

Transtorno bipolar de humor 1% da população
10. Megalomania
MANIA DE: poder ou superioridade.
SINTOMAS: costuma ser associada à fase de euforia do transtorno bipolar. O megalomaníaco tende a atribuir a si mesmo grandes feitos.


Fonte: Super

Críticas ao ISE

Postado por Pedro Correia


O Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da BM&FBovespa, criado há cinco anos, está longe de ser um consenso no mercado. Prestes a ganhar um fundo com cota negociada em bolsa – mais conhecido como ETF – baseado na sua carteira de empresas, o índice ainda não convenceu parte dos investidores de que é a melhor referência para aplicações em companhias com as práticas mais avançadas em sustentabilidade financeira, ambiental e social.[1]e [2]

O ISE foi o tema que gerou mais polêmica no primeiro dia do 13º Encontro Nacional de Relações com Investidores e Mercado de Capitais, evento realizado pelo Instituto de Brasileiro de Relações com Investidores (Ibri) e pela Associação Brasileira de Companhias Abertas (Abrasca), ontem em São Paulo.
O tom mais vigoroso de discórdia foi dado por Marcelo Mesquita, sócio da Leblon Equities, gestora de recursos. “O investidor não entende a formação do ISE. Algumas empresas, inclusive, não deveriam estar lá, pois causam descrédito para o índice.” [3]

O ISE é formado por 40 empresas, selecionadas dentre as 180 com maior liquidez na bolsa. As companhias são convidadas a responder um questionário com 150 perguntas sobre gerenciamento de recursos e riscos.

Mesquita questiona a “complexidade” do processo seletivo, em que a bolsa usa informações passadas pelas próprias empresas, e não apenas os dados públicos. Ele defende a utilização de critérios mais objetivos e quantitativos como os do Novo Mercado. “Hoje parece uma caixa-preta.” [4]

As respostas dos questionários não são divulgadas aos investidores atualmente. Mas isso será possível na formação da nova carteira do ISE, prevista para novembro. A BM&FBovespa vai perguntar a cada companhia se ela autoriza ou não a publicação dos dados.

Para Mesquista, o ISE poderia dar oportunidade e ser uma vitrine para as empresas menores. “Do outro lado, o poder do lobby das maiores empresas é muito forte, o que enviesa a formação do índice.”[5]

Sônia Favaretto, diretora de sustentabilidade da bolsa, aponta a importância do ISE como “ferramenta econômica” para os investidores. “O objetivo é sair da autorregulação e tentar levantar a discussão. A questão não é mais ser sustentável ou ser lucrativo, mas, sim, como a empresa faz para ter lucro sustentável”, declarou.[6] e [7]

Segundo Luiz Fernando Moran de Oliveira, gerente de relações com investidores da WEG, do ramo de motores e automação, o nível de preocupação dos investidores em relação às práticas de sustentabilidade das companhias ainda é bastante heterogêneo. “Participamos do ISE nos anos de 2005 e em 2007. Mas em 2008 e 2009 nem tentamos entrar. O esforço era muito grande para pouco retorno”, conta.[2]

Segundo Moran, a WEG voltou a responder o questionário do ISE no ano passado, apostando que “o mercado pode estar começando a olhar mais para esse tipo de iniciativa, ainda que de forma tímida”.[1] e [6]

Para Moran, a grande falha do ISE não é a sua extensão ou complexidade, mas o fato de não revelar as ações das companhias que geram valor a partir da sustentabilidade. “É como se o conceito de sustentabilidade só passasse pelo gerenciamento de riscos e servisse apenas como uma forma de evitar problemas futuros. Essa percepção é muito superficial”, afirma.[3]


A Abrasca aproveitou o encontro para lançar o selo de governança, o Código Abrasca de Autorregulação e Boas Práticas das Companhias Abertas, que começa a vigorar dia 15 de agosto e já teve a adesão voluntária de 30 empresas.

Fonte: Marina Falcão e Denise Carvalho, Valor Econômico

[1]Segundo Bissonnette , o mercado financeiro está atento a questão da responsabilidade social corporativa e foca-se cada vez mais com preocupações sociais e ambientais. A criação de índices de ações voltadas para estas questões é crescente. No mercado norte-americano os mais famosos são o: Dow Jones Sustainability e o FTSE4Good.

[2]É interessante observar que diversos estudos já foram feitos de modo a comparar o desempenho das empresas socialmente responsáveis (ESR) e outras que não são assim consideradas. Um estudo divulgado na The Economist conclui que existe uma fraca relação positiva entre as ESR e o seu desempenho financeiro. Outrossim, as empresas não são muito bem recompensadas por suas ações de responsabilidade social, mas nem por isso elas destroem valor para os acionistas. Apesar disso, Lobe e Walkshauls mostram que há pouca diferença no desempenho das ações de investimentos socialmente responsáveis e ações de companhias relacionadas aos setores: de entretenimento adulto, álcool, jogo, energia nuclear, tabaco e armas.


[3] Os critérios de seleção das empresas que compõe o ISE são muito claros.Além disso, é temerário dizer que algumas empresas que estão na carteira não dão crédito ao índice.


[4]É claro que ainda é necessário critérios mais objetivos e quantitativos, no entanto, isso não é algo fácil de se implementar,pois há grandes dificuldades quando se trata da mensuração de práticas socioambientais.É um tema bastante subjetivo e cheio de juízo de valor.


[5]Não vejo nenhum tipo de lobby na escolha das empresas.Os critérios elencados pela Bovespa são justos e claros.

[6]Até meados da década de 70, uma empresa era sustentável se tivesse economicamente saudável, ou seja, tivesse um bom patrimônio e um lucro sempre crescente, mesmo que houvesse dívidas. Essa percepção mudou e segundo autores da área, o conceito de desenvolvimento sustentável embute a ideia de que o mesmo tem de ocorrer nas esferas ambiental, social, e não só na econômica. As práticas de sustentabilidade são um conjunto de ações de responsabilidade, ética e transparência, que visem minimizar as externalidades negativas no ambiente a qual pertence a corporação.Isso vai de encontro ao conceito de Triple Bottom Line (Tripé da Sustentabilidade) criado por John Elkington nos anos 90.

[7]A questão da responsabilidade social corporativa(RSC)normalmente é associada ao altruísmo e filantropia. No entanto, a RSC é um dos meios utilizados para maximizar os resultados. Em outras palavras, as empresas estão inclinadas a criar um ambiente propicio para o lucro, pois as ações de responsabilidade social geram uma série de vantagens competitivas para as empresa. A RSC é parte do modelo de negócios de diversas empresas. Um das possíveis explicações para isso é que os consumidores estão cada vez mais preocupados com questões ambientais e sociais.

Novas exigências para o Formulário de Referência

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) estuda incluir duas novas exigências no Formulário de Referência das companhias abertas: detalhamento das emissões no exterior e reconhecimento da remuneração dos executivos no resultado consolidado. Essas informações poderão ser cobradas já a partir do ano que vem.

Segundo superintendente de relações com empresas da CVM, Fernando Vieira, algumas empresas ofereceram esses dados voluntariamente neste ano. “Achamos que foi um exemplo de boas práticas, que podem ser ampliadas.”

Embora ainda não tenha concluído levantamento sobre os principais problemas dos formulário neste ano, Vieira revela que os campos sobre remuneração e comentários dos administradores foram os maiores alvos de desvios, assim como em 2010. “Inconsistências e informações discrepantes dentro do próprio formulário ou em relação a outros documentos também foram comuns.”

A CVM também colocará holofote sobre a atuação das agências de classificação de risco. A autarquia pretende colocar em audiência pública, ainda no segundo semestre, a regulação das agências que atuam no Brasil.

Fonte: Marina Falcão e Denise Carvalho, Valor Econômico