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13 julho 2011

A Omnisys agora é 100% francesa

A francesa Thales, que atua nos mercados de defesa, segurança, transporte e aeroespacial, informou hoje que passou a deter 100% do capital da Omnisys, subsidiária brasileira que tem sede em São Bernardo do Campo (SP).

A Omnysis, que está sob o guarda-chuva da Thales desde 2005, projeta, desenvolve e fabrica radares de longo alcance e de defesa aérea Ground Master 400 (GM 400) de terceira geração (3D), radares de trajetória, guerra eletrônica e mísseis para o domínio naval.

Em nota, o diretor-geral da Thales no Brasil, Laurent Mourre, diz que o país é estratégico para os negócios do grupo. "Ela (a Omnysis) será responsável pela transferência de tecnologia prevista para os grandes programas a serem lançados no Brasil nos próximos anos", afirma.

Uma das principais fornecedoras globais de tecnologia nos mercados de defesa, segurança, transporte e aeroespacial, a Thales obteve receitas de 13,1 bilhões de euros em 2010 [1]. O grupo conta com 68 mil funcionários e está presente em 50 países.


Fonte: Stella Fontes: Valor

Observação - Isabel Sales:
[1] Esse é o valor da receita bruta. O EBIT da empresa foi negativo, -173,3 milhões de Euros. O resultado final por sua vez, foi -107,6 milhões de Euros em 2010 e -201,6 milhões de Euros em 2009.

A Omnisys agora é 100% francesa 2

A Omnisys agora é 100% francesa 2 - Por Isabel Sales

A Omnisys é uma empresa formada no Brasil, com cerca de 300 funcionários, que lida principalmente com radares de tráfego de aeroporto. Leia mais aqui. É uma empresa muito interessante e tive a oportunidade de conhecer, em 2008, as instalações em São Bernardo dos Campos. Na época ainda era uma empresa franco-brasileira.

O mais curioso (e fantástico), é que, para empregar profissionais capacitados, a empresa tem um acordo com a Unicamp e negocia outros acordos com universidades. O Diretor de Desenvolvimento de negócios para a América Latina, Luiz Dias Henriques, afirmou para o Repórter Diário que “as universidades estão com um conceito de aproximação das empresas. O setor de tecnologia está aquecido e por isso há muito apelo no mercado”.

Ontem (12 de julho) a francesa Thales informou que a partir de agora detêm 100% do capital da Omnisys que, por ser uma empresa limitada, não publicou seus resultados em 2010. Todavia, a Thales vêm apresentando prejuízos (€ -107,6 milhões em 2010 e € -201,8 milhões em 2009).

Vocês sabem que eu não vibro quando empresas estrangeiras adentram tão fortemente o mercado nacional, ainda mais quando se trata de uma empresa com o perfil e objetivos diferenciados, tal como a Omnisys. Torçamos para que ela tenha um bom futuro na mão dos franceses, que os universitários continuem a ser incentivados a adentrar o mercado de trabalho de forma estimulante e que o Brasil impacte o mundo não apenas em setores que envolvam recursos naturais.

Para quem se interessar em ler mais sobre as informações financeiras da Thales, clique aqui.

Custo anual de vida

A lista abaixo mostra as cidades com os maiores custos de vida do mundo para estrangeiros.A capital da Angola, Luanda, tem o maior custo de vida anual, enquanto que,o centro financeiro do Paquistão,Karachi, é a mais barata para estrangeiros.O destaque vai para São Paulo(10º lugar), Brasília(12º)e Rio(33º).O resultado das cidades brasileiras reflete o câmbio valorizado e a inflação.Na hora de viajar é bom dar uma olhada nesta lista:


Fonte:Worldwide Cost of Living survey 2011

Abílio sozinho e desolado

O projeto de fusão das operações dos grupos Pão de Açúcar e Carrefour ao Brasil está encurralado. Um dia depois de a presidente Dilma Rousseff orientar o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) a recuar em sua proposta de financiamento para o acordo, ontem foi a vez do Grupo Casino desferir críticas arrasadoras contra a iniciativa de Abilio Diniz.
Em reunião extraordinária realizada em Paris, o Conselho de Administração definiu o projeto como "contrário aos interesses" dos acionistas, baseado em uma visão estratégica "errada" e em estimativas de sinergias "fortemente superdimensionadas".

A reunião teve início às 11h15min na sede do Casino, em Paris, e se estendeu por duas horas e meia. Dela participava Abilio Diniz, que veio à capital francesa na expectativa de "explicar os méritos" de seu projeto. O que se seguiu, porém, foi a apresentação das consultorias encomendadas aos bancos Santander, Goldman Sachs, Messier-Maris & Associés e Rothschild & Cie, de um relatório do banco Merril Lynch e de um estudo econômico do gabinete Roland Berger. O resultado foi destruidor.

"Ao término dos trabalhos, o Conselho de Administração constatou por unanimidade, com exceção do senhor Abilio Diniz, que o projeto é contrário aos interesses do Grupo Pão de Açúcar (GPA), do conjunto de acionistas e de Casino", diz o comunicado oficial divulgado após a reunião. O conselho fecha a porta a negociações sobre as operações no Brasil, reiterando sua estratégia de desenvolvimento no país.

"O conselho reafirma ainda seu engajamento estratégico em favor do Brasil, que constitui um eixo de desenvolvimento maior do grupo e de GPA, do qual Casino é o primeiro acionista, com 43% do capital, e co-controlador via Wilkes", a empresa franco-brasileira que controla as operações no Brasil.

Em linhas gerais, o relatório afirma que "o projeto de operação financeira transmitido por Gama (a empresa criada para viabilizar a fusão) é contrária ao interesse do GPA e do conjunto dos acionistas". Diz ainda que a proposta é fruto de "uma visão errada da estratégia do GPA", baseada em "uma estimativa de sinergias fortemente superdimensionada" – 3,2%, contra 1% do volume de negócios de outras operações similares de fusão no mundo –, além de ser "muito diluidora para os acionistas" e "destruidora de valor", porque transformaria o Pão de Açúcar em "uma holding fragmentada em participações não controladas".

Para o Conselho de Administração do Casino, "uma participação minoritária no capital de Carrefour não corresponde a uma internacionalização adequada para o Pão de Açúcar, que deve ter o domínio de tal desenvolvimento". Segundo os conselheiros, a internalização deve se voltar aos países de mais forte crescimento, e não maduros, como a Europa. Carrefour é avaliado como "um investimento arriscado em razão das dúvidas expressas pelos mercados sobre sua estratégia".

Os membros do conselho do Casino também reclamam da perda de poder que a fusão representaria para seus interesses. "A oferta transmitida pela Gama repousa sobre uma diluição inútil dos acionistas atuais do GPA pela entrada no capital do BNDES e de BTG Pactual com € 2 bilhões", diz o comunicado, que acrescenta: "Ela seria realizada com base em um valor de R$ 64,7 por ação preferencial, representando uma perda significativa sobre o valor intrínseco do grupo Pão de Açúcar, em média R$ 82, segundo os analistas".

Não bastasse o tom de reprovação usado no texto, o relatório termina com uma advertência: "O conselho lembra que esta proposta, não solicitada, é hostil e ilegal". Jean-Charles Naouri, presidente do conselho e maior acionista do Casino, também foi encarregado por seus associados de encaminhar a resposta ao Conselho de Administração da Wilkes, além de "fazer valer todos os meios necessários, no respeito aos acordos existentes e à regulamentação brasileira".

Ao que tudo indica, a viagem do empresário Abilio Diniz, do Grupo Pão de Açúcar, a Paris foi perdida. A reunião com o conselho de administração do Casino que ocorreu na manhã desta terça-feira, 12, terminou sem acordo.

Segundo Diniz, a reunião não resultou em acordo, mas ainda "há brechas" para um entendimento amigável. "É o que eu espero, um acordo amigável", reiterou. Questionado se havia visto a brecha no encontro de hoje, o brasileiro respondeu: "Olha, às vezes a gente não vê, mas continua tentando".

Para Casino, no entanto, a proposta de fusão vai contra o interesse dos acionistas. Em nota, o conselho de administração do Casino afirmou que estudos realizados por consultorias contratadas pela empresa indicam que a proposta de operação financeira feita pela Gama/BTG Pactual de associação do Carrefour com o Pão de Açúcar é "contrária aos interesses do Grupo Pão de Açúcar e de seus acionistas".

Na reunião, Diniz não chegou a apresentar suas propostas. Além disso, disse não ter concordado com os estudos apresentados sobre a negociação. Ele nao revelou detalhes sobre os levantamentos. "Eu não fiz apresentação nenhuma. Eu assisti a uma apresentação feita aqui", afirmou. "Não estou de acordo com os estudos que foram feitos, porque não representam a verdade. Mas eu não quero fazer criticas."

Sobre a suposta decisão do governo de orientar o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) a recuar em seuprojeto de financiamento da fusão Pão de Açúcar-Carrefour, Diniz não quis fazer comentários. "Não sei, naã sei. Estou aqui, não estou lá n Brasil. Não tenho nada a dizer."

Ao término da reunião, Diniz informou que retornaria a São Paulo, sem mais encontros em Paris.

Fonte: aqui e aqui

12 julho 2011

Rir é o melhor remédio





Brincadeiras com o Código de Barra

Resultado sustentável em ações de programas finalísticos

A qualidade do gasto público revela-se como um novo foco a ser perseguido na administração pública. Não basta gastar e prestar contas corretamente, é preciso gastar bem. Nesse sentido faz-se necessário o uso de ferramentas que sejam capazes de evidenciar o retorno agregado à sociedade. A demonstração do resultado econômico inserida no rol de demonstrativos contábeis em 2008 possibilita medir a qualidade do gasto público. Apesar de sua inegável utilidade, ela não captura os resultados sociais e ambientais decorrentes dos efeitos de uma Ação de Governo. Dessa forma, o objetivo do presente trabalho é reconhecer, mensurar e evidenciar o resultado sustentável da Ação Governamental 8532 – Manutenção de Centros Recondicionamento de Computadores que integra o Programa 1008 – Inclusão Digital que está sob a coordenação do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG). Verificou-se que a Ação agregou um lucro econômico para a sociedade de R$ 1.739.188,00 em 2008 e de R$ 1.047.462,00 em 2009. Além disso, foram reconhecidos e mensurados benefícios ambientais e sociais que proporcionaram um resultado sustentável à sociedade de R$ R$ 4.783.084,74 em 2008 e de R$ 3.838.642,10 em 2009.

Melhor trabalho na area de Contabilidade Gerencial do V Congresso ANPCONT.

O RESULTADO SUSTENTÁVEL EM AÇÕES DE PROGRAMAS FINALÍSTICOS COMO INSTRUMENTO DE EVIDENCIAR A QUALIDADE DO GASTO PÚBLICO: UMA APLICAÇÃO NO MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO - Giovanni Pacelli Carvalho Lustosa da Costa e Fátima de Souza Freire. ANPCONT, 2011.

Investidores institucionais questionam liderança do IASB

Na úlitma quinta-feira, a SEC promoveu encontro com representantes de investidores institucionais, para discutir os diversos pontos de vista deste grupo em relação à normas internacionais de contabilidade.Durante o encontro, eles apoiaram o objetivo de estabelecer nos EUA um padrão global de alta qualidade na forma de IFRS. Todavia, eles afirmaram que o IASB, não tem a estrutura e a capacidade do FASB para implementar com sucesso um sistema global de contabilidade.




Presidente do IASB- Hans Hoogervorst




Kevin Spataro, vice-presidente sênior da Allstate, disse que enquanto uma empresa de seguros poderia aceitar as IFRS como um único padrão global, o IASB deveria se concentrar para melhor alcançar outros investidores institucionais e outros grupos. Em verdade,o IASB precisa de "feedback formal e contínuo de todos",prática que FASB já estabeleceu.

A questão de uma possível diminuição do papel do FASB,caso os EUA decidam adotar as normas internacionais, surgiu recentemente na esteira de um documento de 26 de maio da SEC, que olhou para um possível framework para a adoção das IFRS. Este documento descreveu um modelo de "condorsement" (combinação das palavras convergência e endosso) às IFRS. Durante o período de transição ,o FASB continuaria com sua autonomia sobre as normas. No entanto, uma vez que a convergência fosse feita,o FASB iria apenas endossar os padrões desenvolvidos que IASB .O documento da SEC afirma que: " O FASB iria participar no processo de desenvolvimento IFRS, em vez de servir como o principal órgão responsável pelo desenvolvimento de novas normas contábeis ou modificar padrões existentes no US- GAAP.

Larsen, conselheiro do FASB, afirmou que tais restrições seriam necessárias se as IFRS fossem incorporadas. Isso porque são normas "baseadas em princípios", sistema que oferece uma certa liberdade de interpretação. Para manter algum nível de consistência em tal sistema, o FASB "forte e vibrante" seria necessário, disse ele.

Para compensar a falta de especificidade e uniformidade que poderão advir de um excesso de confiança na interpretação, os investidores precisam de uma forte infraestrutura de regulamentação, como o atualmente em operação nos Estados Unidos, disse Gary White, que preside o Corporate Disclosure Policy Council of the CFA Institute. A esse respeito, um órgão do governo pode ser melhor "intérprete" da norma do que os auditores em reuniões privadas", disse ele.


Fonte:CFO