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09 julho 2011

Rir é o melhor remédio





Brincadeiras com o Código de Barra

O Blog e Eu

O Blog e Eu – Por Isabel Sales

Hoje eu sou uma colaboradora orgulhosa do blog. Porém a muitos anos sou uma leitora assídua! Viciada! Ainda era uma aluna recém-chegada na graduação quando o professor César me indicou o blog. Posso citar várias coisas que sempre me atraíram, mas hoje vou me limitar a duas: buscas e quadrinhos.

BUSCAS
Sempre que eu preciso debater algum tema, como, por exemplo, instrumentos financeiros, ou, mais especificamente, os derivativos da Sadia, entro aqui no blog e utilizo o sistema de busca. Adoro fazer isso! Tanto porque há a possibilidade deu encontrar alguns textos muito interessantes para embasar os meus pontos de vista, para me atualizar, quanto porque me dá a oportunidade de relembrar alguma postagem ou até de devorá-la pela primeira vez, já que a correria da vida não nos deixa ler atentamente todas as postagens diariamente. Foi assim que li a história da Sadia com detalhes, publicada na Revista Piauí, indicação do blog. O relato é superinteressante e ainda hoje reforço a recomendação: leiam esse arquivo! E utilizem sempre o buscador do blog. Vocês não irão se arrepender.

QUADRINHOS
Outra influência que me marcou foram os quadrinhos do PHD Comics, que me foram apresentados pelo blog. Quando viajei pros Estados Unidos, aproveitei pra comprar um livro, um calendário e uma blusa em um estilo bem tiete de ser. É bom assim! Atualmente os quadrinhos não têm sido atualizados, pois os responsáveis estão ocupados com o projeto de um filme sobre o PHD Comics. Espero que seja bom! Enquanto isso aproveito para publicar (ou republicar) algumas das minhas tirinhas favoritas. Divirtam-se!

(Clique na imagem para uma resolução melhor)











Sistema de defesa da concorrência

A disposição do governo em colaborar com bilhões de reais em uma possível fusão entre Pão de Açúcar e Carrefour, os dois maiores varejistas do mercado brasileiro, são mais um sinal de que, no País, o sistema de defesa da concorrência está “aleijado”, avalia a revista britânica “The Economist”.

“O Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) está aleijado por regras que o impedem de agir”, afirma reportagem publicada na edição que chega à bancas do Reino Unido na sexta-feira, 8, mas que já foi adiantada no site.

O texto cita um estudo de 2007 feito por pesquisadores das universidades de Manchester e Illinois mostrando que, em 15 anos, a participação de mercado das quatro maiores empresas do País só aumentou.

A reportagem ainda dá exemplos da dificuldade de atuação do Cade. Em 2004, o órgão ordenou que a Nestlé vendesse a Garoto; hoje, sete anos depois, a empresa ainda briga na Justiça sobre o assunto.

No caso da proposta de fusão entre Pão de Açúcar e Carrefour, o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), órgão do governo, já anunciou que pretende apoiar o negócio se a família Diniz chegar a um acordo com o seu atual sócio, a rede francesa de supermercados Casino.

“O veredito sobre a fusão vem do BNDES, e não do Cade”, observa a revista. A reportagem lembra que a união entre o Pão de Açúcar e o Carrefour criaria uma empresa com participação de 27% do mercado varejista brasileiro e 69% do paulista.


Fonte: aqui

Circular 5347/11 - Bacen

Estabelece procedimentos e parâmetros relativos ao Processo Interno de Avaliação da Adequação de Capital (Icaap)

Art. 1º O Processo Interno de Avaliação da Adequação de Capital (Icaap), de que trata o inciso VI do art. 4º da Resolução nº 3.988, de 30 de junho de 2011, deve avaliar a suficiência do capital mantido pela instituição, considerando seus objetivos estratégicos e os riscos a que está sujeita no horizonte de tempo de um ano, e deve abranger:

I - avaliação e cálculo da necessidade de capital para cobertura dos seguintes riscos:

a) risco de crédito;

b) risco de mercado;

c) risco operacional;

d) risco de taxa de juros das operações não classificadas na carteira de negociação;

e) risco de crédito da contraparte, decorrente do risco bilateral de perda relacionado à incerteza do valor de mercado da operação e suas oscilações associadas ao movimento dos fatores subjacentes de risco ou à deterioração da qualidade creditícia da contraparte; e

f) risco de concentração, decorrente de exposições significativas a uma contraparte, a um fator de risco ou a grupos de contrapartes relacionadas por meio de características comuns, como o mesmo setor econômico ou a mesma região geográfica;

Fonte: Bacen

Zema

No passado publiquei um teste sobre a empresa Zema. Naquela ocasião o Alexandre Alcantara (novamente, grato) indicou um artigo muito interessante sobre a empresa:

Este trabalho fundamenta-se na metodologia de estudo de caso e objetiva identificar contribuições da Contabilidade Financeira ao processo decisório e à gestão das entidades, mesmo com limitações impostas pelos Princípios Fundamentais de Contabilidade e com normas ditadas pelos diversos órgãos que com eles lidam. Muito se tem discutido no meio acadêmico e fora dele sobre supostas deficiências da Contabilidade para prover de informações os mais diversos usuários acerca da riqueza administrada. Para este estudo exploratório, foi escolhido um grupo empresarial cujas atividades são predominantemente comerciais e que tem sua sede e alta administração na cidade de Araxá, no Estado de Minas Gerais, contando, também, com empresas em outros três Estados brasileiros. Para alcançar os objetivos desta pesquisa, e seguindo o protocolo de estudo de caso previamente estabelecido, o autor utilizou a técnica de entrevista, examinou documentos e coletou dados e informações que, depois de tratados sob os rigores da metodologia científica e cotejados com a literatura estudada, permitiram tecer as conclusões do trabalho desenvolvido.

 RELEVÂNCIA DA CONTABILIDADE FINANCEIRA PARA O PROCESSO DECISÓRIO: O CASO DO GRUPO ZEMA Naldo Ferreira Alves & Carlos Hideo Arima

Segundo Alcantara:


Observe que para a empresa, o atraso na produção dos relatórios contábeis, leva os getspres a trabalharem quase que totalmente com a "gestão do caixa" para as tomadas de decisão. O artigo não é muito recente, mas é interessante.

Gafisa irá republicar balanço

A Gafisa, única incorporadora imobiliária brasileira com papéis negociados na Bolsa de Nova York, terá que reapresentar nos Estados Unidos o balanço de 2009 no padrão americano, por conta de um entendimento que a auditoria externa, Ernst & Young, teve sobre classificações contábeis que tinham sido feitas pela empresa e aprovadas sem ressalvas pela antiga auditoria, Terco, adquirida pela E&Y em setembro do ano passado.

As diferenças afetam o reconhecimento de receita, a posição de caixa e o registro de despesas financeiras da companhia. Somente o primeiro ponto terá efeito no resultado e patrimônio, ainda não mensurado totalmente.

As mudanças ocorrerão apenas na reconciliação dos números para o padrão conhecido como US Gaap, publicada em nota explicativa do formulário anual de informações da Securities and Exchange Commission (SEC), chamado 20-F.

Os balanços de 2009 e 2010 divulgados no Brasil, que seguem o padrão internacional de contabilidade IFRS, conforme aprovado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), continuam valendo, assim como os pareceres sem ressalva de Terco e Ernst & Young.

Apesar de a E&Y ter sido a principal responsável pela decisão de que o balanço de 2009 seja reapresentado nos Estados Unidos, ela não poderá dar parecer sobre os números.

Naquele ano, antes da aquisição da Terco, a Ernst & Young prestava serviço de auditoria interna para a Gafisa. Conforme entendimento da SEC, não haveria conflito de interesse se ela fosse auditora externa para o balanço de 2010. Mas, como os demonstrativos financeiros de 2009 terão que ser reapresentados, a conclusão é que ela está impedida de dar o parecer.

Representantes da Gafisa chegaram a conversar com membros da SEC em Washington, há duas semanas, destacando que a própria necessidade de republicação do balanço seria um indicativo da independência da E&Y, mas não tiveram sucesso.

Uma nova firma de auditoria foi contratada na sexta-feira, conta Fernando Calamita, diretor de planejamento e controle da Gafisa. Ele não revela o nome da empresa, porque a SEC precisa ser informada antes.

Em relação à posição de caixa, a diferença de entendimento da Ernst & Young se deve aos recursos que a empresa possui em um fundo de investimento exclusivo. Como a aplicação permite resgate no curto prazo, ela era classificada na conta de “caixa ou equivalentes de caixa”.

No entender da nova auditoria, pelo fato de ser um fundo exclusivo, deve-se olhar os ativos que compõem a carteira – e não apenas o fundo -, sendo que há títulos com vencimento em prazos mais longos. Nesse caso, o registro deve ser feito na conta de aplicações financeiras.

Outra divergência de entendimento está ligada a negócios que a Gafisa tem em parceria com o Itaú Unibanco. O banco é sócio da Gafisa em alguns empreendimentos estruturados como sociedades por cota de participação. O resultado e os dividendos a que a instituição financeira tem direito eram registrados como participação minoritária. No entender da EY, por se tratar de um negócio com um banco e pelas características do contrato, o registro deveria ser feito na conta de despesas financeiras.

Nesses dois casos, houve apenas reclassificação entre contas, sem impacto no resultado. E a Gafisa fez as duas alterações também no balanço brasileiro de 2010, com a adoção do IFRS.

A mudança mais complicada e que afetará apenas o resultado da Gafisa em US Gaap está ligada ao reconhecimento de receita.

No Brasil, desde o início das vendas, ainda na fase de lançamento de um empreendimento, já é possível registrar receita correspondente ao custo da compra do terreno. No padrão americano, o registro só pode ser feito a partir da fundação da obra e depois que o comprador paga ao menos 5% do valor devido, o que indicaria um real comprometimento com a aquisição.

Isso já era seguido pela Gafisa. A mudança ocorre nos casos em que há cancelamento de compras, chamados distratos. Quando um comprador desiste do imóvel, ele recebe uma parte do valor já pago de volta – descontadas as despesas de venda, marketing, contratos etc.

Esse valor devolvido era registrado pela Gafisa como despesa com devedores duvidosos.

No entender na Ernst & Young, o montante deve ser abatido da receita, em todos os contratos. E essa possível devolução deve constar do cálculo dos 5% que permitem o início do registro da receita. Em um exemplo: se o comprador já quitou 9% do valor do imóvel, mas com a possível devolução em caso de distrato teria pago apenas 4,5% do valor do apartamento, a receita não pode ser registrada, independentemente da fase da obra.

Segundo o diretor de planejamento e controle da Gafisa, tanto a Terco, quando era parceira da Grant Thornton, quanto a PricewaterhouseCoopers (PwC), que auditou os números em 2007 e 2008, tinham visão diferente da mostrada pela EY agora.

Ainda segundo Calamita, a republicação do balanço só deve ocorrer no prazo de quatro meses, já que exige revisão de contrato por contrato de 2009 e também dos anos anteriores. Para dificultar mais o processo de recálculo, o sistema de informática usado na subsidiária Tenda, na época, era da Microsiga, enquanto hoje os controles são feitos pelo SAP.

Diante do caso, a empresa pediu prazo adicional à SEC para reapresentar o 20-F de 2009 e também o documento de 2010.

Fonte: Fernando Torres, Valor Economico

A Gol e a Webjet????

Hoje li uma reportagem afirmando que a Gol COMPROU a Webjet! Que susto! Como assim? Por onde andei?? Cadê o CADE? O que a Anac achou??? Fui ler a reportagem, preocupada com a qualidade dos meus conhecimentos atuais... quando li o trecho "sujeita à aprovação das autoridades governamentais pertinentes" entendi! Ah mídia, sua danadinha! Quase me enganou!

A verdade é que a Gol e a Webjet estão em negociação. Uma negociação com poucas chances de dar errado, mas ainda assim, negociação. A Webjet foi avaliada por R$ 310,7 milhões, mas... como nem tudo são flores (!), apenas R$ 96 milhões irão para o bolso dos acionistas. Aparentemente o restante se refere a dívidas que a Webjet têm por aí, que serão pagas pela Gol.

É uma pena. Uma empresa de transporte aéreo a menos. Não vai alterar muito a concentração de mercado, mas eu ficava como em uma torcida para que no futuro tivéssemos várias opções de companhias aéreas, como vemos mundo afora. E essa torcida acabou de sofrer um desfalque.

Pois bem. Fiquemos antenados para mais detalhes sobre essa negociação. Com certeza será interessante.

Por Isabel Sales.