30 junho 2011
Passivo
A Whirlpool, dona da Brastemp e Consul, fez um acordo com o Banco Safra para pagamento de R$958,5 milhões referente a uma ação judicial, informa o Valor Econômico (Whirlpool vai pagar R$959 milhões ao Banco Safra, Luciana Seabra, 24 jun de 2011, E1).
Tudo começou quando um funcionário da Whirlpool tomou um empréstimo de US$25 milhões em 1989. Em 2000, a justiça brasileira decidiu contra a empresa, faltando calcular o valor da causa. É interessante notar que o valor acordado agora corresponde a uma atualização anual de 15,6%. A empresa acreditava que se não fechasse o acordo o valor da indenização seria de 1,2 bilhão de dólar, ou 19,2% de taxa anual.
O valor será liquidado em duas parcelas: a primeira de R$469 milhões em julho e outra de R$490 milhões em janeiro do próximo ano.
O asecto interessante está na tempestividade do reconhecimento da provisão. Veja o seguinte trecho da reportagem:
Segundo nota da empresa, o impacto do acordo nos resultados da companhia será mitigado pela dedução fiscal e por uma provisão, de R$ 267,7 milhões (US$ 164 milhões) que estava já registrada no balanço do primeiro trimestre.
Em comunicado enviado à Securities and Exchange Commision (SEC), o regulador do mercado americano, a Whirpool dá mais detalhes sobre o pagamento. Nesse documento, a empresa informa que, além da provisão já feita, deverá registrar uma provisão adicional de US$ 439 milhões que será reconhecida toda no segundo trimestre, embora o pagamento ocorra em duas parcelas.
Ao considerar as alíquotas de Imposto de Renda, de 25%, e Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL), de 9%, a empresa diz que o impacto no resultado líquido do segundo trimestre será de US$ 290 milhões.
29 junho 2011
Teste 495
Recebi do Helio Cincinato, grande entendedor de futebol, um balanço patrimonial com algumas contas diferentes. Você seria capaz de classificar as contas a seguir em Ativo, Passivo, Resultado?
Créditos em Circulação
Limites de Saque com Vinculação de Pagamentos
Sub-repasse Concedido Diferido
Resposta do Anterior: Cingapura. Fonte aqui
Créditos em Circulação
Limites de Saque com Vinculação de Pagamentos
Sub-repasse Concedido Diferido
Resposta do Anterior: Cingapura. Fonte aqui
Links
Pão de Açúcar, Cassino e Carrefour
Um resumo da operação
Podem fechar lojas
Diniz não é recebido pelo Cassino
Dinheiro do contribuinte para a operação pode chegar a 5 bi
Nova empresa teria 27% do varejo (e apareceu a palavra mágica “sinergia”
Cassino quer reunião do Conselho de Administração
Diniz e Cassino trocam farpas
O papel do Cade
Economia e afins
O ataque virtual a moeda virtual. E George Clooney
Apesar da guerra das drogas, o México ainda é mais seguro que o Brasil
Contabilidade
Iasb propõe alterações nas normas
JP Morgan pagará uma multa de 150 milhões de dólares por hipotecas enganosas
Outros temas
Vídeo: música e pintura
Um gráfico interessante sobre bandas de rock
Universidade indeniza trabalho que foi considerado um lixo pelo professor
História da música no tempo
Um resumo da operação
Podem fechar lojas
Diniz não é recebido pelo Cassino
Dinheiro do contribuinte para a operação pode chegar a 5 bi
Nova empresa teria 27% do varejo (e apareceu a palavra mágica “sinergia”
Cassino quer reunião do Conselho de Administração
Diniz e Cassino trocam farpas
O papel do Cade
Economia e afins
O ataque virtual a moeda virtual. E George Clooney
Apesar da guerra das drogas, o México ainda é mais seguro que o Brasil
Contabilidade
Iasb propõe alterações nas normas
JP Morgan pagará uma multa de 150 milhões de dólares por hipotecas enganosas
Outros temas
Vídeo: música e pintura
Um gráfico interessante sobre bandas de rock
Universidade indeniza trabalho que foi considerado um lixo pelo professor
História da música no tempo
Caixa
O gráfico mostra as empresas brasileiras que mais geraram caixa com suas operações. Em 2005 a Petrobras gerou 37 bilhões de reais, enquanto que no ano passado a geração foi de 53,4 bilhões; um aumento de 43%. A Vale, a segunda empresa de capital aberto em geração de caixa das operações, gerava em 2005 10,5 bilhões, um aumento de 237%. O Itausa reduziu a geração de caixa no período em R$1,3 bilhão. É interessante notar o predomínio das concessões na geração do caixa.
Desde o descobrimento do Brasil, quando o Rei de Portugal distribuía terras para uso exclusivo dos donatários, ser amigo do rei é vantajoso. As empresas que dependem do governo, como as concessões e as empresas com capital estatal são maioria na relação.
Valorização e Desvalorização
Os automóveis que mais sofrem desvalorização no seu preço de venda no Brasil, após um ano da compra:
Os automóveis que menos desvalorizam:
Os automóveis que menos desvalorizam:
Fonte: aqui. Os valores devem ser considerados com cuidado, em especial os de desvalorização. São modelos com pouca vendagem, que sofrem problemas de liquidez. Além disto, a fonte não informa a quantidade de veículos por modelo que participou da amostra.
Pão de Açúcar e Carrefour: não há razão para participação do BNDES
Bela crítica de Mirião Leitão:
O BNDES informou que enquadrou para análise uma operação de 2 bilhões de euros referente à união entre o Pão de Açúcar e o Carrefour. É um disparate. O banco vai entrar com uma participação, virar sócio de um supermercado francês. Fusão é um nome bonito usado com frequência, quando na verdade, na maioria das vezes, é operação de compra. O grupo da família Diniz vai ficar minoritário dentro da empresa francesa. Estão dizendo que isso seria a internacionalização do Pão de Açúcar, mas não é, porque ele vai se dissolver dentro do capital do Carrefour que é maior. É uma desnacionalização.
O BNDES, financiado por dinheiro do Fundo de Amparo ao Trabalhador brasileiro, e não francês, e capitalizado por títulos públicos, pegará esses recursos para ter participação em um supermercado francês, sob a alegação de que estaria internacionalizando uma empresa brasileira.
Para o consumidor é ruim; o mercado fica concentrado. Se fosse uma questão privada, seria só ouvir o Cade; mas tem dinheiro público do BNDES. E não sabemos se as autoridades de defesa da concorrência concordam ou não.É uma operação lesiva aos interesses do consumidor brasileiro e estranha da perspectiva de um banco público de desenvolvimento. Falaram também que vão abrir caminho para a inserção do produto brasileiro no mercado internacional. O Brasil sempre foi grande exportador, o BNDES não precisa comprar um pedaço de um supermercado na França para o Brasil ter essa chance.
O Estado tem de parar de crescer no país. Estamos reestatizando a economia brasileira através da compra pelo BNDES de participações em empresas. O BTG poderia se capitalizar no exterior para fazer isso.Não consigo ver a razão pela qual o BNDES está nessa operação. O que vejo é falta de pronunciamento do Cade a respeito do assunto.
Estratégico não é comprar pedaço de um supermercado francês com dinheiro de endividamento público, mas melhorar estradas, portos, para que qualquer produtor consiga ser mais eficiente.Não é desse jeito, com uma compra completamente estranha em que o BNDES entra com 2 bilhões de euros, que o país vai se inserir no mercado internacional; mas sim, com menos Custo Brasil.
O BNDES informou que enquadrou para análise uma operação de 2 bilhões de euros referente à união entre o Pão de Açúcar e o Carrefour. É um disparate. O banco vai entrar com uma participação, virar sócio de um supermercado francês. Fusão é um nome bonito usado com frequência, quando na verdade, na maioria das vezes, é operação de compra. O grupo da família Diniz vai ficar minoritário dentro da empresa francesa. Estão dizendo que isso seria a internacionalização do Pão de Açúcar, mas não é, porque ele vai se dissolver dentro do capital do Carrefour que é maior. É uma desnacionalização.
O BNDES, financiado por dinheiro do Fundo de Amparo ao Trabalhador brasileiro, e não francês, e capitalizado por títulos públicos, pegará esses recursos para ter participação em um supermercado francês, sob a alegação de que estaria internacionalizando uma empresa brasileira.
Para o consumidor é ruim; o mercado fica concentrado. Se fosse uma questão privada, seria só ouvir o Cade; mas tem dinheiro público do BNDES. E não sabemos se as autoridades de defesa da concorrência concordam ou não.É uma operação lesiva aos interesses do consumidor brasileiro e estranha da perspectiva de um banco público de desenvolvimento. Falaram também que vão abrir caminho para a inserção do produto brasileiro no mercado internacional. O Brasil sempre foi grande exportador, o BNDES não precisa comprar um pedaço de um supermercado na França para o Brasil ter essa chance.
O Estado tem de parar de crescer no país. Estamos reestatizando a economia brasileira através da compra pelo BNDES de participações em empresas. O BTG poderia se capitalizar no exterior para fazer isso.Não consigo ver a razão pela qual o BNDES está nessa operação. O que vejo é falta de pronunciamento do Cade a respeito do assunto.
Estratégico não é comprar pedaço de um supermercado francês com dinheiro de endividamento público, mas melhorar estradas, portos, para que qualquer produtor consiga ser mais eficiente.Não é desse jeito, com uma compra completamente estranha em que o BNDES entra com 2 bilhões de euros, que o país vai se inserir no mercado internacional; mas sim, com menos Custo Brasil.
Assinar:
Postagens (Atom)