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29 junho 2011

Teste 495

Recebi do Helio Cincinato, grande entendedor de futebol, um balanço patrimonial com algumas contas diferentes. Você seria capaz de classificar as contas a seguir em Ativo, Passivo, Resultado?

Créditos em Circulação
Limites de Saque com Vinculação de Pagamentos
Sub-repasse Concedido Diferido

Resposta do Anterior: Cingapura. Fonte aqui

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Pão de Açúcar, Cassino e Carrefour

Um resumo da operação

Podem fechar lojas

Diniz não é recebido pelo Cassino

Dinheiro do contribuinte para a operação pode chegar a 5 bi

Nova empresa teria 27% do varejo (e apareceu a palavra mágica “sinergia”

Cassino quer reunião do Conselho de Administração

Diniz e Cassino trocam farpas

O papel do Cade

Economia e afins

O ataque virtual a moeda virtual. E George Clooney

Apesar da guerra das drogas, o México ainda é mais seguro que o Brasil 

Contabilidade

Iasb propõe alterações nas normas

JP Morgan pagará uma multa de 150 milhões de dólares por hipotecas enganosas

Outros temas

Vídeo: música e pintura

Um gráfico interessante sobre bandas de rock

Universidade indeniza trabalho que foi considerado um lixo pelo professor

História da música no tempo

Caixa


O gráfico mostra as empresas brasileiras que mais geraram caixa com suas operações. Em 2005 a Petrobras gerou 37 bilhões de reais, enquanto que no ano passado a geração foi de 53,4 bilhões; um aumento de 43%. A Vale, a segunda empresa de capital aberto em geração de caixa das operações, gerava em 2005 10,5 bilhões, um aumento de 237%. O Itausa reduziu a geração de caixa no período em R$1,3 bilhão. É interessante notar o predomínio das concessões na geração do caixa.

Desde o descobrimento do Brasil, quando o Rei de Portugal distribuía terras para uso exclusivo dos donatários, ser amigo do rei é vantajoso. As empresas que dependem do governo, como as concessões e as empresas com capital estatal são maioria na relação.

Valorização e Desvalorização

Os automóveis que mais sofrem desvalorização no seu preço de venda no Brasil, após um ano da compra:

Os automóveis que menos desvalorizam:


Fonte: aqui. Os valores devem ser considerados com cuidado, em especial os de desvalorização. São modelos com pouca vendagem, que sofrem problemas de liquidez. Além disto, a fonte não informa a quantidade de veículos por modelo que participou da amostra. 

Pão de Açúcar e Carrefour: não há razão para participação do BNDES

Bela crítica de Mirião Leitão:


O BNDES informou que enquadrou para análise uma operação de 2 bilhões de euros referente à união entre o Pão de Açúcar e o Carrefour. É um disparate. O banco vai entrar com uma participação, virar sócio de um supermercado francês. Fusão é um nome bonito usado com frequência, quando na verdade, na maioria das vezes, é operação de compra. O grupo da família Diniz vai ficar minoritário dentro da empresa francesa. Estão dizendo que isso seria a internacionalização do Pão de Açúcar, mas não é, porque ele vai se dissolver dentro do capital do Carrefour que é maior. É uma desnacionalização.


O BNDES, financiado por dinheiro do Fundo de Amparo ao Trabalhador brasileiro, e não francês, e capitalizado por títulos públicos, pegará esses recursos para ter participação em um supermercado francês, sob a alegação de que estaria internacionalizando uma empresa brasileira.


Para o consumidor é ruim; o mercado fica concentrado. Se fosse uma questão privada, seria só ouvir o Cade; mas tem dinheiro público do BNDES. E não sabemos se as autoridades de defesa da concorrência concordam ou não.É uma operação lesiva aos interesses do consumidor brasileiro e estranha da perspectiva de um banco público de desenvolvimento. Falaram também que vão abrir caminho para a inserção do produto brasileiro no mercado internacional. O Brasil sempre foi grande exportador, o BNDES não precisa comprar um pedaço de um supermercado na França para o Brasil ter essa chance.


O Estado tem de parar de crescer no país. Estamos reestatizando a economia brasileira através da compra pelo BNDES de participações em empresas. O BTG poderia se capitalizar no exterior para fazer isso.Não consigo ver a razão pela qual o BNDES está nessa operação. O que vejo é falta de pronunciamento do Cade a respeito do assunto.


Estratégico não é comprar pedaço de um supermercado francês com dinheiro de endividamento público, mas melhorar estradas, portos, para que qualquer produtor consiga ser mais eficiente.Não é desse jeito, com uma compra completamente estranha em que o BNDES entra com 2 bilhões de euros, que o país vai se inserir no mercado internacional; mas sim, com menos Custo Brasil.

Saiba o que é a teoria positiva da contabilidade

Mesmo que você não conheça, talvez a sua pesquisa para o trabalho de conclusão de curso tenha utilizado a teoria positiva da contabilidade. A maioria das pesquisas em ciências contábeis dos últimos anos é positivista.

Eu me formei há 5 anos e na época em que eu cursei a graduação não existia na minha universidade uma matéria voltada para a teoria positiva da contabilidade. Atualmente ela é uma matéria optativa e, pelos comentários que ouço, muito valorizada pelos alunos. Então hoje a postagem é voltada para esse tópico.

As pesquisas iniciais em contabilidade tinham um foco puramente normativo, com o costume de prescrever uma teoria contábil. Por volta dos anos 1960, com a ajuda de teorias econômicas e financeiras, os estudos foram se modificando e começou a haver uma preocupação em explicar as práticas contábeis.

No artigo “capital markets research in accounting”, Kothari explica que nos anos 1950 Friedman foi provavelmente um dos pesquisadores mais proeminentes dentre os que buscavam a pesquisa positiva, ao invés da normativa, em economia, finanças e contabilidade. Friedman descreveu a ciência positiva como um desenvolvimento de uma teoria ou hipótese que “produz previsões válidas e com significado a respeito de fenômenos que ainda serão observados”.

Em “Accounting Research and Theory: the age of neo-empiricism” o autor Michael Gaffikin comenta que dois australianos que trabalhavam na Universidade de Chicago, Ball e Brown, são considerados os primeiros a se engajarem em pesquisas em mercados de capitais na contabilidade. O trabalho pioneiro publicado em 1968 é ainda bastante citado. Outro trabalho seminal é o de Bill Beaver, também publicado em 1968.

Watts e Zimmerman carregaram a bandeira da contabilidade positiva publicando uma série de artigos com a intenção de desenvolver uma teoria que explicasse a observação de fenômenos e a relação entre variáveis. Eles são também autores do livro “Positive Accounting Theory” publicado em 1986 e ainda muito utilizado. Não existe tradução em português e é muito difícil encontrá-lo por aqui. Eu lamento muito não haver uma cópia disponível para o kindle.

Para quem quiser ler mais sobre o assunto, indico o artigo “10 anos de pesquisa em contabilidade no Brasil” escrito por Octávio Mendonça Neto, Edson Riccio e Maria Sakata, disponível aqui.

Outras leituras e referências em inglês:
BALL, R.; BROWN, P. An empirical evaluation of accounting income numbers. Journal of Accounting Research, v. 6, n. 6, p. 159-178, outono, 1968.
BEAVER, W. The information content of annual earnings announcements. Journal of Accounting Research, v. 6, p. 67–92, suplemento, 1968.
GAFFIKIN, M. Accounting Research and Theory: the age of neo-empiricism. Australasian Accounting Business and Finance Journal, v. 1, n. 1, 2007.
KOTHARI, S. P. Capital markets research in accounting, Journal of Accounting and Economics, v. 31, n. 1-3, p. 105-231, set. 2001.
WATTS, R. L.; ZIMMERMAN, J. L. Positive accounting theory. New Jersey: Prentice-Hall International, 1986.

Ratings

Reguladores dos EUA estão procurando alguém para ser punido pelos abusos que levaram à maior crise financeira desde a Grande Depressão. E nesse processo, colocam a lupa sobre agências de notação de crédito.

Segundo o The Wall Street Journal, os supervisores da Securities and Exchange Commission dos EUA (SEC, por sua sigla em Inglês) avaliam as opções existentes sobre a mesa para atacar com sucesso estas empresas no tribunal, depois de ter feito muita pesquisa sobre o papel que desempenharam no processo de embalagem e venda de dívida atrelada a hipotecas subprime.

Até agora, o dedo dos órgãos reguladores e investigações realizadas no Congresso U. S. limitou-se a reprimenda. Uma das dificuldades que se encontrou é que tem sido muito difícil provar que houve má conduta ou fraude.

As agências de classificação foram um elo importante na cadeia de securitização de hipotecas. Foram eles que colocaram uma nota para os pacotes da dívida que os bancos foram estruturadas. E graças à boa classificação que você deu, as entidades foram capazes de colocar sem problemas de maior no mercado. (...)


(EL País, EE UU estudia demandar a las agencias de calificación por su papel en la crisis - SANDRO POZZI ) (Enviado por Olavo Paccioli)