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27 junho 2011

Custo do Rebaixamento

Investidores que mantêm bônus dos Estados Unidos podem registrar perdas totais de até US$ 100 bilhões se a classificação de risco da maior economia do planeta, atualmente em 'AAA', for rebaixada, segundo o website do Financial Times, que cita uma pesquisa da S&P Valuation and Risk Strategies.

Um rebaixamento que resulte em preços menores e maiores taxas de retorno (yields) pode significar também que o Tesouro norte-americano terá que pagar entre US$ 2,3 bilhões e US$ 3,75 bilhões a mais em juros ao ano.

Se a Standard & Poor's ou qualquer outra agência de classificação de risco rebaixasse os EUA, os Treasuries provavelmente perderiam valor, e é possível que as perdas chegassem a US$ 100 bilhões, disseram analistas da S&P Valuation and Risk Strategies, uma equipe de pesquisa separada da agência.

Por enquanto, a taxa de retorno dos Treasuries ainda não reflete essa preocupação. Na sexta-feira, a taxa dos títulos de 10 anos caiu a 2,85%, o nível mais baixo do ano. Até agora, os investidores estão mais preocupados com a fraqueza da economia e um possível contágio da crise europeia.

Apesar de a ameaça de rebaixamento da dívida dos EUA ser remota, ainda é uma possibilidade, considerando-se as projeções de grandes déficits de longo prazo e o impasse em relação ao aumento do limite da dívida, atualmente em US$ 14,3 trilhões.

Em abril, a S&P manteve a classificação de risco da dívida dos EUA, mas colocou a nota em perspectiva negativa por causa do déficit e do risco de que ele não seja reduzido de forma significativa até 2013.

A Moody's, enquanto isso, disse que poderia colocar a nota dos EUA em revisão para um possível rebaixamento se o impasse sobre o limite da dívida pública não for resolvido até 2 de agosto.


Rebaixamento dos EUA pode custar US$ 100 bi - Agência Estado

Wikipedia

A Wikipedia é uma boa referência em assuntos diversos. Entretanto, o fato de ser uma enciclopédia aberta faz com que certos assuntos de relevância duvidosa sejam enfatizados. Entre as páginas mais longas está a lista do jogadores brasileiros de futebol que foram transferidos em 2008 e a lista de escolas do Paraguai (oitava página mais longa, aqui).

A seguir as três páginas mais longas da enciclopédia.

3) A lista da batalha da RAF na Inglaterra
2) Agosto de 2010 nos Esportes
1) Lista de Dragões da 2a. edição de Monsters (?)

Prazo

Ainda segundo o STJ, O caso teve início na década de 1930, com a desapropriação de parte da Ilha do Governador e a transferência das terras à Aeronáutica em 1944. A proprietária das terras entrou com ação contra a União em 1951, que foi condenada a pagar a indenização.

O processo passou pelo STF, a fase de liquidação tramitou entre 1979 e 1989 e a liquidação transitou em julgado em 2 de abril de 1990.

Apenas em 1997, entretanto, a Companhia Brasília pediu vista dos autos, por dez dias, para "diligenciar uma fórmula adequada para pôr fim à demanda".

"Mas, com a retirada para vistas, os autos desapareceram por quatro anos. Somente em maio de 2001, um terceiro, pastor evangélico, entregou o processo no cartório da Justiça Federal, informando tê-lo encontrado no banco da igreja", informou o STJ.

Entretanto, o ministro do STJ que julgou o caso, Mauro Campbell, destacou que, até hoje, a Companhia Brasília não iniciou a ação de execução. Ele entendeu que, seguindo o Código de Processo Civil vigente à época, a prescrição da cobrança da indenização acabou em 2 de abril de 2010, 20 anos depois da homologação da sentença --por isso a empresa não vai mais conseguir receber o pagamento.

"Veja-se que pela simples descrição dos atos processuais praticados nos autos, em momento algum a Companhia Brasília deu início à ação executiva, mesmo após o magistrado singular ter sinalizado à parte então interessada que os autos estariam aguardando o início do processo executivo, momento em que, misteriosamente, desapareceram", afirmou.


Empresa perde prazo e deixa de receber R$ 17 bilhões da União - Folha de S Paulo - 24 jun 2011

IPO sem balanço pro forma

Por Pedro Correia

A confiança foi fundamental para que a rede de drogarias Brazil Pharma, controlada pelo BTG Pactual, conseguisse atrair demanda suficiente para concluir com sucesso sua oferta inicial de ações, que terá o preço fechado hoje à noite.Conforme apurou o Valor, na tarde de ontem os bancos coordenadores BTG, Bradesco BBI e Morgan Stanley já tinham os pedidos de reserva necessários para vender as ações, provavelmente entre o piso e o ponto médio do intervalo, que vai de R$ 16,25 a R$ 19,25.

A depender do preço final e da venda de lotes extras, a oferta de ações vai movimentar de R$ 325 milhões a R$ 519 milhões. A importância decisiva da crença dos investidores nos bancos e na administração se explica pelo fato de os dados oficiais auditados que constam do prospecto preliminar não serem de grande valia para análises. “Nossas demonstrações financeiras e outras informações financeiras apresentadas no Formulário de Referência podem não ser um bom instrumento para avaliação de nossa performance passada e nossa situação econômico-financeira atual, bem como não são indicativas de nossos resultados e performance futuros”, alerta a própria Brazil Pharma, como primeiro fator de risco no prospecto de distribuição das ações.


Não por acaso, a oferta de dispersão se destinou somente a investidores institucionais, sendo que as ações serão negociadas em lotes indivisíveis de 10 mil papéis por 18 meses. Como diversas mudanças societárias ocorreram nos últimos meses e ainda estão em curso em conjunto com a oferta, os dados contábeis oficiais não permitem comparação fiel sobre o valor relativo da empresa versus suas concorrentes já listadas em bolsa, Drogasil e Droga Raia.


O fato de empresa também não ter apresentado números pro forma[1] que permitissem a comparação incomodou alguns gestores de recursos locais, que não se sentiram seguros para fazer investimentos sem dados auditados sobre como a companhia realmente será depois da oferta.[1]


O mínimo que esses investidores gostariam de ter era um desconto pela falta de informações.[2] Na opinião de um gestor que preferiu não se identificar, a empresa é quase pré-operacional, mas os bancos a venderam como se ela fosse comparável a Drogasil ou Raia, que têm uma história no mercado.[3] Para ele, que considera o preço sugerido fora da realidade, a oferta reflete o “oba-oba” do varejo, segmento que atrai muitos investidores estrangeiros.


A depender do preço fechado na noite de hoje, a Brazil Pharma deve ter valor de mercado entre R$ 1,23 bilhão e R$ 1,59 bilhão quando estrear na bolsa. Tendo em conta as 302 lojas próprias que a empresa tinha ao fim de março (número auditado), isso representa entre R$ 4,08 milhões e R$ 5,28 milhões por unidade.

Sem os dados oficiais auditados para mostrar, os argumentos usados pela administração nas reuniões com investidores tinham como base um estudo técnico[3], que segue como anexo ao prospecto, e foi feito pela Apsis, uma consultoria especializada em avaliação de empresas e ativos, a pedido da Brazil Pharma.


Após fazer as ressalvas de costume, alertando que o estudo não deve ser lido de forma separada do prospecto e do Formulário de Referência,[4] a Apsis aponta que a Brazil Pharma teria uma margem bruta 4 pontos percentuais acima das rivais já listadas em bolsa, pelo fato de os remédios genéricos terem peso de 24% na receita com medicamentos, ante um índice próximo 14% das outras duas empresas.[4]


A consultoria também lança mão da métrica não contábil “Margem Ebitda Loja” para mostrar rentabilidade maior da Brazil Pharma. A medida não contábil se refere ao lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização ao se olhar somente as receitas e despesas das lojas.[5]


Um ponto que a Brazil Pharma destacou nas conversas com investidores é o fato de que uma parcela grande de suas lojas, representando mais de 60% do total, ainda está em fase de maturação (com menos de três anos de atividade), o que permitiria crescimento mais acelerado das receitas no curto prazo.

Fonte: Valor Econômico

[1] Os demonstrativos financeiros pro forma são utilizados para evidenciar aos investidores o impacto de uma transação , caso ela tivesse ocorrido em período anterior. Assim. as informações pro forma antecipam o resultado de determinada transação.Por consequência, estas informações são um resumo da situação econômico-financeira futura da empresa, com base nos demonstrativos passados.

[2]No caso desta oferta de ações, alguns investidores estavam insastisfeitos com a não divulgação das informações financeiras pro forma, pois não têm certeza de qual será o impacto deste evento na situação econômico-financeira da Brazil Pharma.As informações pro forma evidenciam o efeito esperado do evento ou transação na viabilidade econômica da empresa.Além disso,no Brasil, não há regras sobre os critérios de obrigatoriedade da divulgação destas informações.

[3]Os argumentos do gestor anônimo, provavelmente, são válidos. Uma empresa em situação pré-operacional,talvez não tenha uma situação econômico-financeira "atraente" aos investidores.Haja vista que, a Brazil Pharma tem várias lojas, esta em fase de maturação e consolidação no mercado nacional.

[4]Aparentemente, houve um esforço para esconder a real situação da empresa, já que não foram divulgados demonstrações pro forma, e ainda, foi feito alerta quanto a "inutilidade" das informações contidas no Formulário de Referência. Ademais, foi contratada consultoria para mostrar que investir na companhia é um bom negócio.

[5] É importante ressaltar, que  outros fatores devem ser analisados para a utilização do Ebtida  como indicador de fluxo de caixa .Além disso, é um indicador que não representa bem a liquidez de uma empresa, pois não considera as necessidades adicionais de capital de giro etc.

Como gastar dinheiro fazendo dinheiro

Por Pedro Correia
O FED (banco central americano) possui mais de 1 bilhão em moedas de dólar em todos os seus cofres nos EUA .Essa quantidade enorme de dinheiro, é o resultado de uma lei de 2005, que exige que a Casa da Moeda dos EUA imprima uma série de moedas com a semelhança de cada presidente norte-americano.A razão para este acúmulo nos cofres é a rejeição do povo norte-americano para estas moedas. No momento em que o programa termina em 2016, o Fed possuirá mais 2 bilhões de moedas indesejadas em seus cofres.Detalhe: o custo total de fabricação será de 600 milhões de dólares.

Fonte: aqui

26 junho 2011

Rir é o melhor remédio

Conversa com Osama Bin Laden:



Ibovespa

Por Pedro Correia

O índice bovespa é um importante indicador do desempenho das ações que compõem a bolsa. É uma carteira teórica de ações, que representam 80% do volume de negócios dos últimos 12 meses.Neste ano, o Ibovespa acumula queda real de mais de 11%. Este dado é relevante, pois a bolsa de valores é um indicador antecedente e é utilizada para a realização de previsões acerca do futuro econômico do pais.No entanto, o relatório do Nomura mostra que o Ibovespa representa muito mal a economia brasileira.Há um peso muito grande de bancos e de empresas do setor de minério,petróleo e siderurgia.O gráfico mostra que das 100 maiores empresas no Brasil, em termos de vendas, apenas 35% estão listadas na Bovespa, enquanto que o restante é composta de empresas estrangeiras e não listadas em bolsa.


De dezembro de 2010 até março deste ano,o comportamento do Ibovespa não acompanhava o índice S&P 500. No entanto, a partir de maio os índices voltaram a caminhar juntos, mas em nível mais baixo.Vale lembrar que, nos últimos 10 anos, a volatilidade do Ibovespa em relação ao índice americano diminuiu bastante.Simultaneamente, o coeficiente de correlação passou de 0,5 para 0,75.Ou seja, houve um aumento da correlação entre os movimentos do mercado acionário brasileiro e americano.(Leia sobre o efeito lead-lag).Isso mostra que os retorno esperados das ações brasileiras, provavelemente, serão menores.Alguns acreditam que o desempenho pífio da bolsa brasileira, é resultante da desconfiança dos investidores quanto aos rumos da economia do país.Isso pode ser um indício que,em 2012, o país terá grandes dificuldades econômicas.Não osbtante, acredito que o mau desempenho do Ibovespa está mais relacionado a outros fatores internos e externos, como:problemas políticos com Petrobras e Vale e a desacelaração chinesa.