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07 junho 2011

Rir é o melhor remédio

Do criador de Tin-tin, com muito humor negro: o palhaço do circo que joga água, sua morte e o final inesperado.

Teste 484


Está vago um cargo internacional que paga salários de US$420 mil dólares por ano, diárias de hotel de 3 mil dólares, vôos somente de primeira classe. Receberá também 75 mil dólares para ter um nível de vida adequado à sua posição. As despesas para receber pessoas influentes fazem parte do pacote. Que cargo é este?

Presidente do Banco Mundial
Presidente da FIFA
Presidente do FMI

Resposta do Anterior: Rihanna. Fonte Rolling Stone Brasil, p. 72, maio de 2011

Onde estão os contadores no Brasil?

O gráfico abaixo mostra a distribuição dos contadores no Brasil.
Em cor vermelha, os estados com maior número de profissionais: São Paulo e Rio de Janeiro. Depois, num tom pardo (?), Minas, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Segue com DF, Bahia e Pernambuco, na cor verde. Em azul os estados com 1000 a 3000 profissionais: Amazonas, Para, Mato Grosso, Goiás, Espírito Santo, Sergipe, Paraíba e Ceará. Os demais estados, com menos de mil profissionais. Os dados são da RAIS de 2010 e contemplam os empregos formais.

Convergência dos EUA

Enquanto não diz oficialmente se e quando os Estados Unidos vão adotar o padrão internacional de contabilidade, a Securities and Exchange Commission (SEC), órgão regulador do mercado americano, já dá sinais de que, se a resposta for positiva, o processo de transição para o IFRS deverá ser lento e gradual, dentro de cinco a sete anos.
A possibilidade de trocar todo o sistema contábil de uma única vez, como ocorreu no Brasil num período de três anos, é chamada pela área técnica de contabilidade da SEC de abordagem big-bang, que seria mais traumática.
Conforme documento divulgado pela SEC na semana passada, uma transição em fases permitiria que as empresas e os investidores americanos se adaptassem a menos normas novas em um determinado período, diminuindo a severidade da curva de aprendizagem do IFRS e possibilitando um processo educacional mais amplo sobre as regras. (...)
Nos EUA, a SEC reconhece esses riscos ao apresentar a proposta de adoção do IFRS em fases. Os técnicos pedem que os agentes do mercado comentem a sugestão e diz que as respostas serão mais úteis se enviadas até 31 de julho. O estabelecimento desse prazo sinaliza que a decisão final da SEC sairá em breve.
Na proposta apresentada, o termo US Gaap, que representa o modelo contábil dos EUA, continuaria a existir, por conta das inúmeras referências a ele em leis, normas e contratos, que não precisariam ser alterados. No entanto, ao longo do tempo o US Gaap incorporaria todas as regras do IFRS, usadas hoje em mais de cem países, incluindo o Brasil e os países que compõem a União Europeia.
O processo de incorporação seria feito em etapas. Na primeira leva entrariam normas do IFRS consideradas estáticas, com poucas chances de serem alteradas no curto prazo. A ideia é evitar um trabalho duplo, com a adaptação das empresas a um novo normativo hoje, para ter que mudar novamente daqui um ou dois anos - como ocorrerá no Brasil para a regra de classificação de instrumentos financeiros.
Outro pacote reuniria normas que já são objeto de memorando de entendimentos e que estão sendo revistas em conjunto pelo Fasb e pelo Iasb, como reconhecimento de receita e leasing.
Um terceiro grupo reuniria normas que não fazem parte do memorando, mas que já estão na agenda de revisão do Iasb. Nesse caso, somente quando o novo pronunciamento fosse emitido a norma seria incorporada.
A SEC entende que, "sempre que possível", as normas devem ser adotadas prospectivamente, sem que os balanços passados tenham que ser alterados. Dessa forma, é possível que as empresas não possam dizer que estão seguindo o IFRS de cara, mas talvez depois de dois ou três anos.
Nessa nova estrutura, o Conselho de Padrões de Contabilidade Financeira (Fasb, na sigla em inglês), órgão responsável hoje pelo US Gaap, ganharia outro papel. Comandado por Leslie Seidman, o Fasb deixaria de desenvolver sozinho novas normas ou modificações no padrão americano e passaria a trabalhar em conjunto com o Conselho de Normas Internacionais de Contabilidade (Iasb, na sigla em inglês), com sede em Londres, que emite as regras IFRS.
O Fasb ficaria, então, responsável por garantir que os interesses americanos fossem defendidos nas discussões no Iasb, seria o responsável pelo "endosso", nos EUA, de cada novo pronunciamento emitido pelo órgão internacional e assumiria também o papel educacional sobre o processo de convergência.
EUA planejam mudar padrão contábil de modo lento e gradual – Valor Econômico – 3 de jun de 2011 - Fernando Torres
É interessante que o texto pressupõe que os EUA irão adotar a IFRS. Entretanto, parece que a questão é um pouco mais complicada. Desde o seu início, o Iasb tem recebido muita influencia das normas dos EUA. Agora, particularmente, com as discussões de alguns assuntos polêmicos, isto é mais nítido. Talvez a questão seja que os dois lados estão se aproximando. Politicamente, a posição dos EUA representa uma derrota para os defensores radicais da convergência, já que o maior mercado recusou a traduzir as normas internacionais e recusa a adotá-las como o Brasil.

Acer

A revelação da Acer Inc. de que vai dar baixa contábil em contas questionáveis na Europa motivou preocupações sobre a administração de estoque da empresa, disseram analistas, mas o verdadeiro desafio de longo prazo é desenvolver aparelhos portáteis atraentes para concorrer no mercado de tablets, em rápido crescimento. (...)
Ainda não se conhecem os detalhes da baixa. Muitos analistas disseram que os problemas da Acer na Europa advêm de sua estratégia de oferecer produtos por meio de grandes parceiros de distribuição que habitualmente têm estoques enormes.
Questões contábeis somam-se a pressões - ARIES POON, LORRAINE LUK e LORETTA CHAO – Wall Street Journal - 2 jun 2011

As ações da empresa sofreram queda. Neste caso, o anúncio da baixa contábil é uma forma de reconhecimento por parte da empresa das dificuldades do mercado. Um exemplo como uma medida contábil pode ser interpretada pelo mercado.

Caixa da FIFA

Enquanto a economia mundial entrava em parafuso, os negócios da Fifa não pararam de crescer. A entidade apresentou ontem seus resultados financeiros e revelou lucros recorde entre 2007 e 2010, justamente os piores anos para o resto do mundo. 


A entidade terminou o período com um lucro de US$ 631 milhões e reservas de US$ 1,2 bilhão. O valor é superior ao PIB de 19 países no mundo [1] e, para muitos, é o que garante a independência da Fifa diante de governos e a capacidade de Blatter de se manter no poder. 


Em 2010, cada presidente de federação nacional recebeu da Fifa US$ 550 mil e cada confederação regional ficou com outros US$ 5 milhões. Os investimentos no futebol se multiplicaram por 57 em pouco mais de dez anos, passando de US$ 14 milhões em 1998 para US$ 794 milhões em 2010. 


Reservas. O que mais impressiona são as reservas do órgão. Em 1999, a Fifa amargava uma dívida [2] de US$ 42 milhões. Hoje, no azul, acumula US$ 1,2 bilhão em reservas financeiras. 


A renda [3] da Fifa aumentou em 59% entre 2007 e 2010, justamente os anos da crise mundial, atingindo US$ 4 bilhões. O valor foi US$ 605 milhões a mais do que os próprios cartolas esperavam. 


"Não tivemos de pedir empréstimos", comemorou Franco Carraro, auditor das contas da entidade e afastado em 2006 da presidência da federação italiana por escândalos de corrupção que envolveram acerto de resultados para beneficiar a Juventus. 


Existem temores de que a Fifa dependa do sucesso e da renda de Copas, e os cartolas ontem reconheceram que deveriam reduzir esse papel dos Mundiais nas contas da entidade. 


 Jamil Chade - O Estado de S.Paulo - Caixa da Fifa supera o PIB de 19 países

[1] Esta comparação é inadequada, já que são medidas distintas
[2] Será prejuízo? Dívida toda entidade possui, correto?
[3] Deve ser receita

Licitação

O Ministério Público Federal (MPF) está movendo ação contra o ex-prefeito do Rio de Janeiro em razão das obras do Pan. A questão está em torno da dispensa de licitação.
As obras custaram à União R$ 15,55 milhões. De acordo com o procurador da República responsável pela ação, Alexandre Chaves, o então prefeito, apesar de ter assumido as obras em novembro de 2004, só deu início ao processo de contratação em 2007, a cinco meses do início dos Jogos. A construção, então, foi caracterizada como emergencial, "uma emergência fabricada, já que não se tratava de uma situação decorrente de um imprevisto, mas de inércia administrativa, negligência", disse o procurador.