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06 junho 2011

Viéses

Os viéses mais discutidos na área científica
• Viés de confusão = quando você pensa que mede o efeito da variável X na variável Y, mas na realidade há uma outra variável Z, que se correlaciona com o X e também afeta Y, que você não considerou. • Viés de seleção = quando você pensa que todos os vários sub-grupos da população estão proporcionalmente com a mesma probabilidade de constar da sua amostra, mas a realidade certos grupos são mais propensos de estar presente do que a proporção, em razão da maneira que você coletou seus dados. • Viés da publicação = quando é mais provável de publicar ou contar aos outros sobre seus resultados se: 1) estar em conformidade com o que você esperava, ou 2) é o que você pensa que os outros preferem ouvir. • Viés da resposta = quando os entrevistados respondem às suas perguntas como eles pensam que você quer suas respostas, ao invés de acordo com suas crenças verdadeiras. • Viés da atenção = quando você se concentra apenas em dados que suporta a sua hipótese e ignorar dados que fazem a sua hipótese menos provável. • Viés de memória = quando os entrevistados são mais propensos a lembrar do conteúdo da sua pergunta caso se igual as crenças deles. • Viés de amostragem = quando você acha que sua amostra é representativa da população, mas na verdade não é, porque é enviesada na etnicidade, atração, idade, gênero e / ou etc, lançando dúvidas sobre a sua generalização a partir da amostra para a população. (Isto é, na verdade uma sub-categoria de viés de seleção)
Em finanças considero relevante o viés de sobrevivência. Este ocorre quando o pesquisador investiga somente os dados existentes numa série completa, sem considerar os casos faltantes em razão da "sobrevivência". Assim, investiga o comportamento das empresas num período longo, mas deixa de fora as empresas de não existiam durante todo o período de tempo, como é o caso das empresas falidas.

Juiz de Futebol

Os autores olharam o tempo extra que os árbitros adicionam ao final de jogos de futebol (para compensar o tempo perdido com lesões, as substituições e assim por diante). Olhando para os jogos na Primeira Divisão na Espanha durante duas temporadas específicas (1994-95 e 1998-99), eles descobriram que, em jogos onde a diferença no placar foi exatamente um gol, os árbitros concederam quase o dobro do tempo extra quando o time da casa perdia. Mais tempo, obviamente, beneficia qualquer equipa está por atrás no placar, como lhes dá uma melhor chance de empatar o jogo. Fonte: aqui

Mais endividados

A seguir uma tabela com os países mais endividados e os juros dos títulos CDS de cinco anos:
A surpresa é que o Japão é o país mais endividado do mundo, com dívidas que superam em duas vezes sua economia. Apesar disto, os juros dos empréstimos são baixos, informando que o risco daquele país é reduzido. Na realidade, quando fazemos a correlação entre as duas colunas, para os nove países com informações, o valor é de -0,09051, indicando uma relação estatística reduzida. Fonte da informação: aqui

Curiosidades acadêmicas de antigamente

Curiosidades acadêmicas de antigamente – Por Isabel Sales

Tradução livre do trecho de um texto de William James publicado pela Harvard Monthly em 1903 sobre a obrigatoriedade do título de Ph.D.:

A América é, de tal modo, uma nação sendo levada para um estado em que nenhum homem das letras ou ciência será considerado respeitável, a não ser que algum tipo de distintivo ou diploma nele seja carimbado, e no qual possuir apenas personalidade será a marca de um pária. Parece-me tempo de nos elevarmos a um nível de consciência e de lançarmos um olhar crítico sobre essa tendência evidentemente grotesca. Outras nações sofrem terrivelmente da doença do mandarim. Estaríamos sentenciados a sofrer como o resto?”.

Nossa. Esse "sentenciados" a sofrer foi o que!?

Achei interessante descobrir que o padrinho de James é um de meus escritores favoritos, Ralph Waldo Emerson que, como seu afilhado, estudou em Harvard.

Speak what you think today in hard words and tomorrow, speak what tomorrow thinks in hard words again, though it contradicts everything you said today.”

Self-Reliance, Emerson (1841)

A armadilha dos custos irrecuperáveis

Hal Arkes, um psicólogo da Ohio University, perguntou a 61 estudantes universitários que imaginassem ter comprado, por engano, bilhetes no valor de 50 e 100 dólares para uma viagem para esquiar no mesmo fim de semana. Poderiam fazer uma das viagens correspondentes e deveriam jogar fora o bilhete não utilizado. Pediu ainda que supusessem que se divertiriam mais na viagem que custa 50 dólares. A maioria dos estudantes respondeu que faria a viagem menos prazerosa de 100 dólares. O custo mais alto era mais importante para os estudantes do que o divertimento maior. Entretanto, o custo irrecuperável dos bilhetes deveria ser totalmente irrelevante nesta decisão. Independente da viagem que fosse escolhida,o custo total efetivo era de 150 dólares- o custo de aquisição dos bilhetes. E como esse custo era o mesmo das duas alternativas, deve ser ignorado. Tal como fizeram esses estudantes, muitas pessoas têm dificuldade em ignorar custos irrecuperáveis quando tomam decisões.

Fonte: Jonh Gourville e Dilip Soman,"Pricing and the Psychology of Consumption"Harvard Business Review, setembro de 2002,pp.92-93

Criminosos virtuais faturam US$ 150 bilhões

Os criminosos virtuais do mundo todo faturaram US$ 150 bilhões com dados roubados de pessoas físicas e de empresas em 2010. O cálculo é do Ponemon Institute, que presta consultoria em segurança da informação. O valor é 40% do PIB da Argentina no ano passado e o quádruplo do uruguaio. E equivale a 16 vezes a quantia girada pelo comércio eletrônico brasileiro no período.Os ganhos dos chamados hackers "black hat", que invadem sistemas para cometer crimes, são obtidos de várias formas.Por exemplo, por meio do roubo de senhas e números de cartões de crédito de usuários da web desavisados que colocam informações desse tipo em computadores, celulares ou tablets.

Mas dados corporativos confidenciais, e valiosos no mercado, também estão cada vez mais na mira, indica a reportagem de Camila Fusco e Carolina Matos. Especialistas consideram que a ação dos cibercriminosos tem se tornado cada vez mais apurada para chegar direto ao ponto: informações que rendam dinheiro.“Podem ser resultados financeiros ainda não publicados de uma determinada companhia”, diz André Carraretto, gerente de engenharia de sistema da Symantec, empresa de segurança da informação.


Os criminosos estão lucrando com a venda de serviços, como o “kit invasão”. São softwares feitos sob demanda para que outros criminosos possam realizar os ataques”, diz Abelardo Moraes Filho, diretor da consultoria Coresec e que também atua como hacker ético.

Figuram nos fóruns de discussão, atualmente, táticas de invasão a novos sistemas, como tablets e smartphones.“Os executivos acessam, de seus smartphones, dados importantes das companhias sem se dar conta de que se trata de computadores e sem as devidas providências de segurança”, diz Michael DeCesare, da McAfee.Estima-se que, no mundo, 58,9 milhões de tablets serão vendidos em 2011 e 25% deles serão comprados pelo setor corporativo.

Fonte: Folha de São Paulo