Translate

05 junho 2011

Avaliação, segundo Damodaran


Em The Little Book of Valuation (Wiley, 2011), o mais conhecido autor de avaliação de empresas, Aswath Damodaran, propõe apresentar os conceitos básicos do tema.

Damodaran divide os métodos de avaliação em dois tipos: abordagem intrínseca e relativa. No primeiro caso, o valor é determinado pelo fluxo de caixa que será gerado e como incerto é este valor. Na abordagem relativa, os ativos são avaliados olhando como o mercado precifica ativos similares.

Logo no início Damodaran apresenta algumas verdades sobre avaliação: todas avaliações são enviesadas, muitas avaliações estão erradas e o mais simples pode ser melhor.

No capítulo seguinte ele lista as três razões para que o fluxo de caixa hoje seja maior que o fluxo futuro:
= >Pessoas preferem consumir hoje a consumir no futuro
= >A inflação reduz o poder de compra do caixa no tempo
= >O fluxo de caixa futuro pode não ser entregue. Ou seja, existe risco.

O capítulo três é sobre a avaliação intrínseca. Ao final, o autor explica as razões pelas quais o resultado do fluxo de caixa descontado ser diferente do valor de mercado: suposições sobre o futuro do caixa, erros nas estimativas do prêmio pelo risco e o preço do mercado está errado.

O capítulo seguinte é sobre a avaliação relativa. Os passos para este método são: encontrar ativos comparáveis que possuam preços no mercado, achar uma variável comum (por exemplo, receita) e ajustar os valores de ativos. Este tipo de avaliação demanda menos informação e é mais rápido que a avaliação intrínseca. Neste capítulo, Damodaran explica a diferença dos dois métodos:

“As diferenças do valor entre o fluxo de caixa descontado e a avaliação relativa vêem da diferença sobre a eficiência ou ineficiência do mercado. No fluxo de caixa descontado, nós assumimos que os mercados cometem erros, e que eles corrigem esses erros no tempo, e que os erros podem ocorrer em setores inteiros ou no mercado inteiro. Na avaliação relativa, nós assumimos que embora os mercados cometam erros para ações individuais, ele está correto na média. Em outras palavras, quando nós avaliamos uma nova empresa de software em relação a outras empresas pequenas, nós assumimos que o mercado precificou as empresas corretamente, na média, mesmo que tenha cometido erros no preço de cada uma delas individualmente.”

Os capítulos seguintes apresentam aspectos específicos da avaliação de empresas: empresas jovens (capítulo 5), em fase de crescimento (capítulo 6), maduras (capítulo sete), de declínio (capítulo 8), financeiras (nove), cíclicas e de commodities (dez) e com ativos intangíveis (onze). Para cada uma delas, Damodaran discute os dois tipos de avaliação e apresenta os aspectos mais para se considerado no processo de análise.

Ao final, o autor apresenta algumas generalizações e comparações entre os diferentes tipos de empresas.

Se a obra não pode ser classificada de “para iniciantes”, já que exige certo conhecimento de matemática financeira, podemos dizer que o texto é razoavelmente claro e fácil para aqueles que já conhecem um pouco do assunto.

É bem verdade que Damodaran faz algumas generalizações que podem ser perigosas, não sendo um autor “rigoroso” sobre a teoria de avaliação de empresas. 

04 junho 2011

Rir é o melhor remédio

Já comentei do livro Piada Nerds. Infelizmente não consegui ler, pois meu filho não deixa: leva para escola, guarda nas suas coisas, etc.

Mas duas rápidas do Twitter deles:

Quantos moleques cabem em uma circunferência? 
Resposta: 2 Pi-raio. 

Se um dia a terra for dominada por máquinas, e nós escravizados por elas, rezemos pra que o mainframe seja da Microsoft

Relevância do Valuation para Contabilidade

Mesmo a contabilidade não está imune. A mais significante tendência global em padrões contábeis é o valor justo, onde os ativos são avaliados no balanço patrimonial pelo valor justo do que seu custo original.
The Little Book of Valuation (Wiley, 2011) - Aswath Damodaran

Distração

Um novo estudo, feito na Universidade de Copenhague, pediu aos participantes para executar uma simples tarefa de ver vídeos das pessoas que passam bolas e contar o número de passes. Mas primeiro eles foram presenteados com uma distração. Um grupo de participantes teve um vídeo engraçado aparecer nas telas, e o resto viu uma mensagem dizendo que um vídeo engraçado estava disponível se clicar num botão, mas eles foram orientados a não assisti-lo. Após dez minutos, durante o qual as pessoas do segundo grupo podiam ouvir as do primeiro rindo do vídeo, todos foram para a tarefa de contar o número de passes. E o curioso resultado foi que aqueles que não tinham visto o vídeo de comédia cometeram significativamente mais erros do que aqueles que tinham.
A idéia básica aqui é que para a maioria das pessoas o poder de resistir é um recurso limitado: se nós gastarmos muita energia controlar nossos impulsos em uma área, torna-se mais difícil de controlar nossos impulsos em outra. Ou, como diz o psicólogo Roy Baumeister diz, a força de vontade é como um músculo: o uso excessivo pode temporariamente esgotá-la. A implicação é que pedir às pessoas que regulam seu comportamento sem interrupção (como, digamos, nunca usar a internet no trabalho) pode muito bem torná-las menos concentradas e menos eficaz.
IN PRAISE OF DISTRACTION - James Surowiecki – New Yorker – 11 de abril de 2011

P.S. Invadindo o mundo da tecnologia da informação

P.S. Invadindo o mundo da tecnologia da informação – Parte 3 - Por Isabel Sales

Ainda como o “modo organização” ligado, me indicaram mais alguns programas que repasso a vocês (continuação dessa postagem):


Programas:

Zotero: Um software gratuito “complemento para o Firefox capaz de catalogar páginas da internet automaticamente e manter organizada a coleção de itens de sua preferência”. É possível utilizar as normas ABNT! Mais informações: aqui.

Mendeley: Organiza os seus arquivos, cria as referências automaticamente, disponibiliza, assim como o Dropbox, espaço de armazenamento on line. É um programa gratuito e disponível para iPads, iPhones... Parece ser muito bom! Assim que possível vou testar. Por enquanto me contento com as avaliações de vocês!

Eu, particularmente, instalei o JabRef e estou satisfeita. Mas, para que gosta de pesquisar mais antes de escolher um programa, ficam as dicas. Aqui um link do Wikipédia (em inglês) comparando vários softwares de gerenciamento de referências.

Agradeço a participação dos leitores, em especial as dicas do André Andrade.


Parte 1 (Agregador de Feeds): aqui
Parte 2 (Dropbox): aqui
Parte 3 (JabRef): aqui
Parte 4 (Plagius): aqui

03 junho 2011

Rir é o melhor remédio

E empresa Specsavers possui alguns dos comerciais mais engraçados. Todos sobre pessoas com problemas de visão. Eis um dos últimos.

Termine-se a festa antes que a bolha do Brasil estoure

Moises Naim faz o seguinte questionamento: Quando a festa da economia brasileira irá terminar?:

It is a reasonable question because there is no doubt that Brazil’s economy is overheating. And while its economic successes have not yet resulted in a financial bubble, they soon could. Paradoxically, it is the reasons for the country’s success that are now the most important sources of concern. During the past five years, credit has grown enormously and is now as large as 45 per cent of the economy. Brazilians have therefore been able to borrow money, many for the first time, to buy homes, motorcycles, refrigerators and other consumer goods. They do not seem to mind that the interest rates on these loans are the second highest in the world, or that Brazilian families today devote a fifth of their income to paying off their debts.

Fonte: Financial Times