Translate

03 junho 2011

Exame de Suficiência

Tenho aproveitado a promoção do jornal Valor Econômico, que possibilita baixar a versão digital do iPad todo dia. A edição digital de ontem foi realmente estranha. Na sua página D14 trazia uma reportagem com o título "Contadores se preparam para enfrentar exame obrigatório". Ao ler o texto, o mesmo falava que o exame iria ocorrer em fevereiro. Observei que no título da página constava a data de 2 de fevereiro de 2011. É... Pensar duas vezes antes de assinar a versão digital.

Prêmio Casamento

Francesca Cornaglia e Naomi Feldman fizeram uma pesquisa sobre a relação entre casamento, produtividade e salários dos jogadores de beisebol. O objetivo era mostrar que existe um “prêmio casamento”, onde os homens casados recebem mais que os solteiros. As autores usaram os dados do beisebol já que a série histórica de salários é longa (de 1871 até 2007), além de ser possível verificar também o efeito da produtividade. Os resultados mostram que existe o prêmio casamento, onde os homens comprometidos ganham até 20% mais dos solteiros. Existem diversas explicações para o efeito casamento, que já tinha sido demonstrado em pesquisas anteriores. Uma possibilidade é a discriminação do empregador, que prefere os homens casados. Outra possível explicação é que o efeito é inverso: os homens que recebem melhores salários possuem mais condições de arrumar uma mulher. Para as mulheres que estão aguardando o sim do seu amado, faça o download da pesquisa aqui

Sociedades empresariais

O Senado aprovou ontem projeto de lei que muda o Código Civil para instituir a "empresa individual de responsabilidade limitada", constituída por uma única pessoa titular do todo o capital social, que não será inferior a cem vezes o maior salário mínimo vigente no país (aproximadamente R$ 55 mil). Pela proposta, que vai à sanção presidencial, somente o patrimônio social da empresa responderá por suas dívidas. O patrimônio social da empresa não se confunde com o patrimônio pessoal do titular.
Senado aprova lei que inibe o uso de "laranjas em sociedades empresariais - Valor Econômico - 2 de jun de 2011 - via aqui

Imóvel de Curto Prazo

 Em geral estamos acostumados a considerar imóveis como sendo um ativo não circulante. Entretanto, em certas empresas, os imóveis podem ser considerados como ativo circulante. Observem o Balanço Patrimonial da empresa JC Gontijo, abaixo:

 (Valores em R$ milhões, do final de 2010, Consolidado. O total do ativo apresentado pela empresa era de R$852 milhões.) Existem imóveis no circulante e no não circulante. Aqueles que serão vendidos rapidamente, até o final do próximo exercício social, são considerados como de curto prazo.

02 junho 2011

Rir é o melhor remédio





Adaptado daqui

Gasto, Resultado, Despesa, Custo ...

Eis um trecho de uma reportagem do Valor Econômico do dia 31 de mai (via aqui)
Gasto (1) maior pressiona resultado
Levantamento mostra que pressão de custos e despesas (2) reduziu margem operacional (3) das companhias abertas, apesar do crescimento das vendas. Marina Falcão e Fernando Torres
A inflação nos custos de mão de obra e no preço das matérias-primas [4] deixou as primeiras marcas nos balanços das empresas de capital aberto no Brasil no primeiro trimestre deste ano, o que pode ser um sinal [5] de que ficou para trás o cenário cor-de-rosa visto até o fim de 2010, em que os números das grandes empresas pareciam imunes aos reveses da economia.
Levantamento realizado pelo Valor Data com dados das maiores companhias abertas do país mostra que embora as vendas continuem a aumentar de forma expressiva, com avanço de 16,1% na comparação entre o primeiro trimestre deste ano com o mesmo período de 2010, para R$ 181,96 bilhões, o lucro bruto subiu [6] 10,7%, para R$ 53,31 bilhões, indicando que a pressão do lado dos gastos [7] torna a vida dos gestores empresariais mais complicada.
A margem bruta, que é quanto sobra da receita após deduzidos os custos de produção [8], caiu 1,4 ponto percentual, para 29,3%. Embora aparentemente pequena, essa diferença representa R$ 2,6 bilhões a menos de lucro.
Contabilizadas as despesas gerais, com vendas e administrativas, o resultado operacional [9] antes de juros e impostos teve alta de apenas 2,5% em relação a 2010, somando R$ 25,38 bilhões.
Como a despesa financeira líquida foi menos pesada entre janeiro e março deste ano, com ajuda do efeito da apreciação do real sobre as dívidas em moeda estrangeira, o lucro líquido cresceu mais do que o resultado operacional [10] , com avanço de 12,1%, num total de R$ 14,75 bilhões.
O estudo foi feito com as 100 maiores empresas não financeiras do país, já com os dados no padrão internacional de contabilidade para os dois períodos.
Os dados acima excluem os resultados de Petrobras e Vale que, por conta do tamanho, distorcem algumas comparações. Ao colocar na conta os balanços das duas maiores empresas brasileiras, o cenário é melhor, especialmente por conta da disparada de 292% no lucro líquido da Vale.
Na amostra completa, o custo dos produtos e serviços cresce 18,1% na comparação com o primeiro trimestre de 2010, quase na mesma proporção da receita, que aumentou 18,2% no período, para R$ 259,75 bilhões.
Com isso, a margem bruta das companhias no conjunto se manteve praticamente estável, subindo apenas 0,1% [11].
Para Pedro Martins, chefe da área de pesquisa do Bank of America Merrill Lynch, as margens operacionais (antes de juros, impostos, depreciação e amortização [12]) das empresas dificilmente vão atingir neste ano o pico verificado no terceiro trimestre de 2010. Com base em dados do próprio banco, ele diz que as margens já caíram 2,5 pontos percentuais desde então, para 25,5%, e devem permanecer nesse nível até o fim de dezembro.
"Para as empresas exportadoras, a valorização do real frente ao dólar comprometeu a geração de caixa. Já as empresas mais focadas na economia doméstica sentiram o impacto da inflação no setor de serviços que pressionou o custo com funcionários", explica. Com alta de 42% nos custos de produção e serviços, as empresas do setor de construção [13], por exemplo, tiveram a margem bruta reduzida de 32% para 28,5%. (...)
É muita confusão conceitual. Por esta razão, fiz a numeração no texto.

[1] Gasto - podemos pensar que o texto irá analisar o gasto das empresas. Mas observem que o termo será usado somente mais uma vez.
[2] Aqui o termo "custos e despesas". Parece que a análise não será de Gasto, mas da DRE.
[3] Outro indicativo que não iremos ler sobre "gasto".
[4] Isto está no CMV.
[5] O texto que ser pessimista. Mas os números seguintes não permitem esta conclusão.
[6] Como seria um sinal se o lucro bruto subiu?
[7] Aqui novamente o termo gasto, usado de maneira errônea. Observem o pessimismo da frase.
[8] Margem bruta é a relação entre lucro bruto e receita líquida de vendas. O conceito apresentado é de lucro bruto. Mas o número corresponde, aparentemente, ao da margem bruta.
 [9] Observem que o pessimismo não resiste, já que o lucro operacional, um conceito mais relevante, aumentou.
[10] Para os acionistas, o resultado líquido é mais importante que a margem bruta. O pessimismo ficou diluído no texto.
[11] Quando considera todas as empresas da amostra, o pessimismo do título não resiste. A margem bruta manteve-se estável.
[12] Agora o texto chama os "especialistas" para apoiar a idéia do título. O conceito apresentado informa que margem operacional é antes de "depreciação e amortização". Não é verdade, já que estes itens já estão nas despesas operacionais e no custo de produção. Talvez seja o conceito de EBITDA, que retira este dois itens do lucro.
[13] A partir de agora, o texto começa a fazer um levantamento dos setores. Mas uma amostra de 100 empresas, será que a análise setorial, que terá poucas empresas, é confiável?

Conclusão: um bom texto para explorar confusões conceituais.

Teste 483

Monica Braithwalte é originária da Guiana. Contadora, Monica ficou famosa por ser mãe de:

Jessica Alba
Mariah Carey
Rihanna  

Resposta do Anterior: 3,3 milhões. O segundo valor é o pagamento da segurança de Bezos, da Amazon; o terceiro, da segurança de Ellison, da Oracle. Fonte: aqui