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27 maio 2011

Financiamento do Iasb

Ao longo de várias postagens neste blog mostramos a preocupação com a questão do financiamento das atividades do Iasb. O órgão internacional de contabilidade depende substancialmente das doações; em particular, do dinheiro das grandes empresas de auditoria. Isto levanta a questão sobre a real independência de uma entidade que deveria ser neutra.

Aparentemente esta questão também preocupa o próprio Iasb. Num texto recente postado no seu sítio, denominado IFRS Foundation financing, estão expressas algumas opiniões de Robert Bruce. Apesar do Iasb afirmar que as opiniões não representam a Fundação, a divulgação no endereço oficial é representativo.

Bruce reconhece que a questão do financiamento é sensível para o Iasb. Para ele o Iasb tem trabalhado para conseguir recursos de forma eficaz e suficiente e não comprometer sua independência. Bruce afirma que nos primeiros momentos ocorreu uma dependência maior das contribuições voluntárias, as que o Iasb tem-se esforçado para reduzir isto. Segundo ele, em 2005, dois terços dos recursos eram provenientes de contribuições voluntárias. O problema deste tipo de recurso é, nas palavras de Tom Seidenstein, da Fundação IFRS, “a preocupação que este financiamento poderia levar a alguma forma de acesso especial ou de uma situação onde as empresas poderiam ameaçar cortar o financiamento porque não gostam de uma determinada norma”.

Para resolver este problema, a Fundação IFRS tentar substituir este financiamento por patrocínio público ou mecanismos intermediários. Segundo estimativas do próprio Iasb, este ano as contribuições de empresas devem ficar em 34% das receitas, sendo 26% das empresas de auditoria. Uma alternativa, lembra Bruce, são as receitas de publicação. Mas isto pode reduzir o incentivo para países menores.

O lado da despesa também é interessante. Apesar de ter uma equipe menor que o Fasb, por exemplo, os membros do Conselho são quinze.

Apesar de certo otimismo, a equação financeira do Iasb ainda parece não resolvida, na opinião deste blog.

Links

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Xadrez

Terminou o torneio para escolha do desafiante do título de campeão de Xadrez. O vencedor foi o israelense Gelfand, atualmente em 17o. lugar do mundo no rating. Gelfand soube aproveitar o cansaço do adversário, que escolheu uma abertura, para o último jogo, que ele é especialista.

Mas de uma maneira geral, o torneio foi chato: a ausência do norueguês Carlsen, que recusou jogar o torneio, o péssimo momento de Topalov, o último desafiante ao título, e os erros do favorito Aronian, além da "aversão a perda" dos candidatos contribuíram. A disputa do título será em 2012, contra o atual campeão, o indiano Anand. 

Exame de Suficiência

Eis a nota do Conselho sobre o resultado do Exame de Suficiência (via blog do Orleans)
O CFC publicou hoje, 26 de maio, no Diário Oficial da União, os resultados das provas da primeira edição de 2011 do Exame de Suficiência. As provas para bacharéis em Ciências Contábeis e para técnicos em contabilidade foram realizadas em todos os Estados no dia 27 de março.

Os resultados publicados já contemplam a anulação das seguintes questões: nº 26, da prova para bacharel em Ciências Contábeis; e nº 01, da prova para técnico em contabilidade.

Segundo a vice-presidente de Desenvolvimento Profissional e Institucional do CFC e coordenadora da Comissão Estratégica para validação das provas e procedimentos para a realização do Exame de Suficiência, Maria Clara Cavalcante Bugarim, o índice de aprovação nas provas - 30,83% para bacharel em ciências contábeis e 24,93% para técnico em contabilidade - foi considerado baixo, fato que era previsto pelos membros da Comissão, mesmo sabendo que o nível das provas não era considerado difícil.

Segundo estabelecido no edital nº 01/2010, o Exame de Suficiência tem por objetivo comprovar conhecimentos médios, consoante os conteúdos programáticos desenvolvidos no curso de Bacharelado em Ciências Contábeis e no curso de Técnico em Contabilidade.

"O CFC lutou muito pela instituição legal do Exame de Suficiência porque tinha ciência do nível insatisfatório do ensino de grande número de faculdades de Ciências Contábeis brasileiras", afirmou Maria Clara.

Para a vice-presidente do CFC, o baixo índice de aprovação no Exame de Suficiência deverá forçar as Instituições de Ensino Superior (IES) a melhorar os seus cursos de graduação, caso contrário, poderão ver seus alunos migrarem para faculdades que apresentaram resultados satisfatórios no Exame.

"Os estudantes vão cobrar a melhoria do ensino de Ciências Contábeis de suas IES", disse Maria Clara, acrescentando que, em função dessa realidade, a tendência é que nas próximas edições do Exame de Suficiência o índice de aprovação seja maior.

Pan Americano

O Banco PanAmericano --socorrido em 2010 após apresentar rombo de R$ 4,3 bilhões-- já havia sido autuado pelo Banco Central em 2002 por ter cometido infrações consideradas graves.

Na época, o BC multou o banco em R$ 25 mil (cerca de R$ 39 mil em valores de hoje) e impôs pena de inabilitação para cargo de direção no mercado financeiro a Rafael Palladino, então responsável pela área de crédito.

As punições, no entanto, nunca foram colocadas em prática. Em 2005, o Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional, a quem o PanAmericano apelou contra a decisão do BC, cancelou as punições impostas.

Depois disso, Palladino acabou sendo promovido e se tornou o principal executivo do PanAmericano.

Segundo o BC, o PanAmericano realizou 3.943 empréstimos a pessoas físicas, para a compra de automóveis, disfarçadas de financiamento de capital de giro para empresas no fim da década de 1990. O objetivo da camuflagem era permitir que os clientes do banco pagassem menos impostos.

Fonte: aqui

Currículo


Mas, entre os 42% que afirmam que os brasileiros exageram nas informações, 48% apontam as responsabilidades em seu cargo atual ou anterior como o ponto em que as informações costumam ser aumentadas.

O segundo ponto com mais exageros é o conhecimento de línguas (46%), seguido por razões de deixar o último trabalho (42%).

Currículos brasileiros exageram em responsabilidade e idioma - Folha de São Paulo

Índice de "Vida Melhor"

A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) lançou ontem um índice de "vida melhor" para medir a felicidade dos países, que vai bem além das cifras do Produto Interno Bruto (PIB).

Símbolo da ortodoxia econômica, a entidade marcou ontem seus 50 anos de existência avaliando que chegou o momento de medir o desenvolvimento das sociedades através de indicadores como renda, emprego, educação e habitação, mas também levando em conta a satisfação com a vida e segurança.

"Mesmo se o dinheiro pode, mas não compra felicidade, é importante medir um melhor padrão de vida e de bem-estar", diz a OCDE. A ideia é ilustrar a qualidade de vida capturando a diversidade e prioridades das sociedades.

No lançamento do índice, foram examinados os 34 países da OCDE, teoricamente ricos. A partir do ano que vem, possivelmente a questão sobre até que ponto os brasileiros são felizes também será incluída. Um assessor disse que simplesmente faltaram estatísticas brasileiras para completar a comparação com os ricos.

Austrália, Canadá, Nova Zelândia e os países nórdicos têm os melhores resultados, ou seja, seriam os mais felizes pelos padrões da OCDE. A Coreia do Sul aparece com o seu bem-sucedido sistema de educação, mas perde em outros pontos.

Mas os latinos da OCDE mostram outra realidade. É o caso do México e do Chile. Embora com uma população em boa parte pobre, a medida de satisfação de vida dos mexicanos é maior do que a de italianos e portugueses. O Chile fica na lanterna em vários indicadores, como renda, educação, meio ambiente. Mas 66% da população se diz satisfeita com a vida, acima dos 59% em média no conjunto dos países da OCDE. (A.M.)


Fonte: Valor Econômico via Itamaraty