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22 maio 2011

Você organiza os arquivos do seu referencial?

[Série "Invadindo o mundo da ciência da informação": Portal CapesAgregador de FeedsDropbox,JabRefPlagius]

Tenho uma amiga muito caprichosa que organiza todos os artigos úteis que lê em uma base de dados criada por ela no Excel. Cool. A algum tempo venho tentando aderir esse comportamento, até tirei algumas dúvidas sobre organização e logística, mas a falta de tempo e a priorização de tarefas nunca me deixou resolver essa questão.

O bom de ser sistemático é que você acaba percebendo que atrai pessoas ainda mais metódicos que você! Prova disso foi um segundo amigo querido me indicar um programa que organiza referências. O detalhe é que ele nem sabia da minha falta de organização ou do meu postergar aqui confessado.

Ontem, após um dia exaustivo lidando com muitos e muitos arquivos embaralhados em uma amalgamação de síndrome de acumulação com obsessão por artigos fresquinhos, decidi finalmente ver se esse programinha freeware era mesmo capaz de algo. Na verdade eu já estava esperando que fosse mais um software inútil que me deixaria a oportunidade de brigar com o dealer e aliviar o meu estresse. Já fui logo narrando as punições para quando tudo isso desconfigurasse a minha dissertação e a perfeita formatação nos padrões ABNT se transformasse em uma monstruosidade. Mas, por sorte de todos os envolvidos e dos leitores do blog: que programa lindo!

Logo telefonei para a amiga caprichosa, aquela do início do texto, pra lá de meia noite. Ela demorou pra entender, parecia estupefata com a minha ligação. Não me dei por vencida, nada grande é alcançado sem entusiasmo (Emerson)! (E algumas latas de coca-cola). Expliquei novamente, li a bula, entramos em harmonia e desligamos com promessas de uma futura faxina virtual.

E viva a vida na pós-graduação!

Amanhã (give or take a couple of days) escreverei “Invadindo o mundo da tecnologia da informação – Parte 3” detalhando o programa e explicando como usar. Quem sabe não vicio mais alguns de vocês? ;)

Agradecimentos especiais a Luciana Ikuno e André Andrade.

21 maio 2011

Petrobras irá à Justiça para não pagar R$ 4,6 bi de impostos

Postado por Pedro Correia

O gerente de Relações com Investidores da Petrobrás, Hélder Moreira Leite, disse nesta quinta-feira, 19, que a companhia vai recorrer na Justiça da cobrança de aproximadamente R$ 4,6 bilhões em impostos devidos à Receita Federal. Segundo ele, a empresa discorda da cobrança e tentou negociar inicialmente, sem sucesso, em nível administrativo com a Receita para tentar reverter a cobrança.[2]

O executivo afirmou que anteriormente a Receita interpretava as plataformas de produção de petróleo como sendo embarcações e isso as deixava isentas destes impostos. Mas este ano a Receita teria mudado a interpretação e passado a entender a plataforma como sendo um equipamento do setor de petróleo, o que exigiria a cobrança. "Para nós, não faz sentido na mudança da interpretação. Continuamos tendo que nos reportar à Marinha e a plataforma possui tripulação e comandante como uma embarcação. Estamos seguros de conseguir reverter esta cobrança", disse.

Segundo Leite, a empresa ainda não fez provisionamento deste valor por estar ainda no nível inicial do processo.[1] O executivo destacou que o provisionamento só se faria necessário se houvesse risco de a empresa ter que realmente pagar o valor devido. [2]


Fonte: Estadão

[1]Ora,isto não é justificativa para não realizar a provisão. É preciso levar em consideração qual a probabilidade de perda da causa judicial.É claro que o andamento do processo pode alterar as possibilidades de perda.
[2] Em verdade, o risco de pagar o valor devido já é maior, pois não houve um acordo, em nível administrativo, com a Receita.

Bolha de crédito no Brasil

Postado por Pedro Correia




O Brasil exibe hoje as duas condições comuns a bolhas financeiras que estouraram ao longo da história: alta velocidade de expansão do crédito e moeda valorizada. Isso não significa que uma bolha esteja se formando (ou tenha se formado) no Brasil. Mas há riscos.A avaliação é do economista americano Barry Eichengreen, respeitado professor da Universidade de Berkeley, na Califórnia, e ex-consultor do Fundo Monetário Internacional (FMI).[1]


"Quando os dois fatores ocorrem simultaneamente não quer dizer que uma forte correção esteja obrigatoriamente em curso, mas isso (a correção) acontece com frequência", afirmou, em entrevista exclusiva ao Estado. "Vejo uma bolha no Brasil? Não sei", complementou, fazendo a ressalva de que economistas não são bons em prever esses fenômenos (como a própria história das finanças mostra).

Para afastar de vez a possibilidade de uma bolha, Eichengreen só vê uma saída: o governo deve implementar um ajuste fiscal mais expressivo. A ideia é que, apertando o cinto, o governo compensa a "fartura" de capitais do setor privado. Além disso, reduz a demanda total da economia, o que automaticamente leva a uma desaceleração na procura por crédito.Esse aperto adicional nas contas públicas também serviria para o governo alcançar outro objetivo importante no momento no País: conter o consumo e, por tabela, a escalada da inflação.

Para o professor de Berkeley, que também assina uma coluna no Estado a cada bimestre, o Brasil é incapaz de sustentar, nas condições atuais, o ritmo de crescimento do consumo dos últimos anos. "O Brasil precisa desacelerar o consumo, mas não a economia", frisou.

Eichengreen lembrou que, hoje, o consumo cresce perto de 10% ao ano, enquanto o Produto Interno Bruto (PIB) avança na casa de 5%. "O Brasil pode sustentar um ritmo de alta do PIB de 5%, mas não o de consumo a 10%. É preciso rebalancear os fatores que levam ao crescimento, o que passa por uma racionalidade maior nos investimentos", afirmou. "Será que vale a pena investir tanto em commodities e deixar de lado a educação?"

Fonte:Leandro Modé -O Estado de S. Paulo



[1]Segundo a 9ª regra de investimento de Bob Farrel:"When all the experts and forecasts agree -- something else is going to happen".



Uma variação de custos fixos e variáveis

Postado por Pedro Correia

A Mission Controls projeta e instala sistemas de automação para fabricantes de alimentos e bebidas. Na maioria das empresas, quando as vendas caem e é necessário cortar custos, os altos administradres dispensam funcionários. Os fundadores da Mission Controls decidiram fazer algo diferente quando as vendas caem-eles diminuem seus próprios salários . Isto torna seus próprios salários relativamente variáveis, enquanto o comportamento dos funcionários se comportam mais como custos fixos. O resultado é um a força de trabalho leal e dedicada.

Fonte: Christopher Caggiano, "Employment, Guaranteed for Life,"INC, 15 de outubro de 2002,p.74

EVA , Lucro Residual e o Desempenho das empresas

Postado por Pedro Correia


Diversas empresas, incluindo AT&T,Armostrong Holdings e Baldwin Technology, deixaram de usar medidas de desempenho baseadas no lucro residual depois de a experimentarem. Por quê?Os motivos variam, mas "a evaporaçãode bônus parace ser o calcanhar de aquiles das métrica de criação de valor, como o lucro residual e o EVA- bem como uma causa importante do abandono desses planos". Os administradores tendem a adotar o lucro residual e o EVA quando so bônus são grandes, mas clamam por mudanças das medidas de desempenho quando os bônus encolhem.

Fonte: Bill Richard e Alix Nyberg,"Do EVA and Other Value Metrics Still Offer a Good Mirror of Company Performance"CFO, março de 2001,pp.56-64


Leia sobre o EVA.


As margens brutas podem fazer a diferença

Postado por Pedro Correia

Após anunciar o aumento de 42% do lucro no 1º trimestre de 1999, as ações da Dell caíram mais de 6%. Por quê?De acordo com o Wall Street Journal, os investidores se preocuparam mais com a queda das margens do lucro da empresa."Os analistas disseram que a queda das margens de lucro das margens brutas tinham sido maior do que haviam esperado e mencionaram a existência de um clima difícil para os preços. As margens brutas caíram quase um ponto percentual,de 22,4% das vendas a 21,5%" A Dell havia reduzido seus preços para aumentar sua participação no mercado, o que deu certo, mas à custa de sua rentabilidade.

Fonte: Gary Mc Williams,"Dell not rises, but Margins Spour Worries", The Wall Street Journal, 19 de maio de 1999,p.A3

Certidão negativa trabalhista

A Comissão de Assuntos Sociais do Senado aprovou na terça-feira um projeto de lei que exige das empresas que participarem de licitações públicas a apresentação de uma certidão negativa de débitos trabalhistas. O documento seria emitido on-line pela Justiça do Trabalho, para comprovar a ausência de dívidas com os empregados – desde que estejam apuradas em decisões judiciais transitadas em julgado.

A proposta também condiciona o recebimento de benefícios fiscais à apresentação da certidão, que teria uma validade de 180 dias. O texto aprovado na comissão é um substituto da Câmara dos Deputados ao projeto de lei nº 77, proposto em 2002 pelo ex-senador Moreira Mendes. O projeto segue agora para votação em plenário. Caso aprovado, será encaminhado para sanção da presidente Dilma Rousseff.

A certidão trabalhista se somaria às atuais exigências de regularidade fiscal e previdenciária para participar de licitações. “Formou-se um tripé”, afirma o senador Casildo Maldaner (PMDB-SC), relator do projeto na Comissão de Assuntos Sociais. Ele aponta que, sem essa exigência, as empresas ficam livres para participar de licitações mesmo tendo questões trabalhistas pendentes. Muitas vezes, isso possibilita custos menores em relação às que estão em dia com os trabalhadores. A certidão negativa seria, portanto, um incentivo ao cumprimento dessas obrigações.

A certidão seria expedida em relação a processos em fase de execução, após o trânsito em julgado de sentença condenatória. Outra situação seria em decorrência de execução de termo de ajuste de conduta com o Ministério Público do Trabalho e de termo de acordo firmado perante comissão de conciliação prévia. Ou seja, a simples existência de ações trabalhistas não impediria a obtenção do documento. No caso de dívidas garantidas por penhora ou com a exigibilidade suspensa, será expedida uma certidão positiva, mas com os mesmos efeitos da negativa. A proposta altera dispositivos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e da Lei de Licitações – nº 8.666, de 1993.

Em abril, o presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), ministro João Oreste Dalazen, visitou a Comissão de Assuntos Sociais do Senado e apresentou uma nota técnica defendendo a certidão. Segundo Dalazen, de cada cem trabalhadores que ganham uma causa na Justiça do Trabalho, somente 31 recebem seu crédito. Um dos motivos seria a falta de um mecanismo de coerção na Justiça Trabalhista. A certidão negativa, segundo ele, contribuiria para o cumprimento das decisões.

Fonte: Maíra Magro, Valor Economico