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21 maio 2011

Bolha de crédito no Brasil

Postado por Pedro Correia




O Brasil exibe hoje as duas condições comuns a bolhas financeiras que estouraram ao longo da história: alta velocidade de expansão do crédito e moeda valorizada. Isso não significa que uma bolha esteja se formando (ou tenha se formado) no Brasil. Mas há riscos.A avaliação é do economista americano Barry Eichengreen, respeitado professor da Universidade de Berkeley, na Califórnia, e ex-consultor do Fundo Monetário Internacional (FMI).[1]


"Quando os dois fatores ocorrem simultaneamente não quer dizer que uma forte correção esteja obrigatoriamente em curso, mas isso (a correção) acontece com frequência", afirmou, em entrevista exclusiva ao Estado. "Vejo uma bolha no Brasil? Não sei", complementou, fazendo a ressalva de que economistas não são bons em prever esses fenômenos (como a própria história das finanças mostra).

Para afastar de vez a possibilidade de uma bolha, Eichengreen só vê uma saída: o governo deve implementar um ajuste fiscal mais expressivo. A ideia é que, apertando o cinto, o governo compensa a "fartura" de capitais do setor privado. Além disso, reduz a demanda total da economia, o que automaticamente leva a uma desaceleração na procura por crédito.Esse aperto adicional nas contas públicas também serviria para o governo alcançar outro objetivo importante no momento no País: conter o consumo e, por tabela, a escalada da inflação.

Para o professor de Berkeley, que também assina uma coluna no Estado a cada bimestre, o Brasil é incapaz de sustentar, nas condições atuais, o ritmo de crescimento do consumo dos últimos anos. "O Brasil precisa desacelerar o consumo, mas não a economia", frisou.

Eichengreen lembrou que, hoje, o consumo cresce perto de 10% ao ano, enquanto o Produto Interno Bruto (PIB) avança na casa de 5%. "O Brasil pode sustentar um ritmo de alta do PIB de 5%, mas não o de consumo a 10%. É preciso rebalancear os fatores que levam ao crescimento, o que passa por uma racionalidade maior nos investimentos", afirmou. "Será que vale a pena investir tanto em commodities e deixar de lado a educação?"

Fonte:Leandro Modé -O Estado de S. Paulo



[1]Segundo a 9ª regra de investimento de Bob Farrel:"When all the experts and forecasts agree -- something else is going to happen".



Uma variação de custos fixos e variáveis

Postado por Pedro Correia

A Mission Controls projeta e instala sistemas de automação para fabricantes de alimentos e bebidas. Na maioria das empresas, quando as vendas caem e é necessário cortar custos, os altos administradres dispensam funcionários. Os fundadores da Mission Controls decidiram fazer algo diferente quando as vendas caem-eles diminuem seus próprios salários . Isto torna seus próprios salários relativamente variáveis, enquanto o comportamento dos funcionários se comportam mais como custos fixos. O resultado é um a força de trabalho leal e dedicada.

Fonte: Christopher Caggiano, "Employment, Guaranteed for Life,"INC, 15 de outubro de 2002,p.74

EVA , Lucro Residual e o Desempenho das empresas

Postado por Pedro Correia


Diversas empresas, incluindo AT&T,Armostrong Holdings e Baldwin Technology, deixaram de usar medidas de desempenho baseadas no lucro residual depois de a experimentarem. Por quê?Os motivos variam, mas "a evaporaçãode bônus parace ser o calcanhar de aquiles das métrica de criação de valor, como o lucro residual e o EVA- bem como uma causa importante do abandono desses planos". Os administradores tendem a adotar o lucro residual e o EVA quando so bônus são grandes, mas clamam por mudanças das medidas de desempenho quando os bônus encolhem.

Fonte: Bill Richard e Alix Nyberg,"Do EVA and Other Value Metrics Still Offer a Good Mirror of Company Performance"CFO, março de 2001,pp.56-64


Leia sobre o EVA.


As margens brutas podem fazer a diferença

Postado por Pedro Correia

Após anunciar o aumento de 42% do lucro no 1º trimestre de 1999, as ações da Dell caíram mais de 6%. Por quê?De acordo com o Wall Street Journal, os investidores se preocuparam mais com a queda das margens do lucro da empresa."Os analistas disseram que a queda das margens de lucro das margens brutas tinham sido maior do que haviam esperado e mencionaram a existência de um clima difícil para os preços. As margens brutas caíram quase um ponto percentual,de 22,4% das vendas a 21,5%" A Dell havia reduzido seus preços para aumentar sua participação no mercado, o que deu certo, mas à custa de sua rentabilidade.

Fonte: Gary Mc Williams,"Dell not rises, but Margins Spour Worries", The Wall Street Journal, 19 de maio de 1999,p.A3

Certidão negativa trabalhista

A Comissão de Assuntos Sociais do Senado aprovou na terça-feira um projeto de lei que exige das empresas que participarem de licitações públicas a apresentação de uma certidão negativa de débitos trabalhistas. O documento seria emitido on-line pela Justiça do Trabalho, para comprovar a ausência de dívidas com os empregados – desde que estejam apuradas em decisões judiciais transitadas em julgado.

A proposta também condiciona o recebimento de benefícios fiscais à apresentação da certidão, que teria uma validade de 180 dias. O texto aprovado na comissão é um substituto da Câmara dos Deputados ao projeto de lei nº 77, proposto em 2002 pelo ex-senador Moreira Mendes. O projeto segue agora para votação em plenário. Caso aprovado, será encaminhado para sanção da presidente Dilma Rousseff.

A certidão trabalhista se somaria às atuais exigências de regularidade fiscal e previdenciária para participar de licitações. “Formou-se um tripé”, afirma o senador Casildo Maldaner (PMDB-SC), relator do projeto na Comissão de Assuntos Sociais. Ele aponta que, sem essa exigência, as empresas ficam livres para participar de licitações mesmo tendo questões trabalhistas pendentes. Muitas vezes, isso possibilita custos menores em relação às que estão em dia com os trabalhadores. A certidão negativa seria, portanto, um incentivo ao cumprimento dessas obrigações.

A certidão seria expedida em relação a processos em fase de execução, após o trânsito em julgado de sentença condenatória. Outra situação seria em decorrência de execução de termo de ajuste de conduta com o Ministério Público do Trabalho e de termo de acordo firmado perante comissão de conciliação prévia. Ou seja, a simples existência de ações trabalhistas não impediria a obtenção do documento. No caso de dívidas garantidas por penhora ou com a exigibilidade suspensa, será expedida uma certidão positiva, mas com os mesmos efeitos da negativa. A proposta altera dispositivos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e da Lei de Licitações – nº 8.666, de 1993.

Em abril, o presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), ministro João Oreste Dalazen, visitou a Comissão de Assuntos Sociais do Senado e apresentou uma nota técnica defendendo a certidão. Segundo Dalazen, de cada cem trabalhadores que ganham uma causa na Justiça do Trabalho, somente 31 recebem seu crédito. Um dos motivos seria a falta de um mecanismo de coerção na Justiça Trabalhista. A certidão negativa, segundo ele, contribuiria para o cumprimento das decisões.

Fonte: Maíra Magro, Valor Economico

O uso de informação privilegiada realmente é crime?

Postado por Pedro Correia

Robert Murphy responde a esta pergunta num excelente artigo:

A major piece of financial news last week was billionaire Raj Rajaratnam's conviction on 14 counts of securities fraud and conspiracy. Rajaratnam, founder of the hedge fund Galleon Group, was worth an estimated $1.8 billion in 2009. His conviction has pleased those who want the feds to crack down on "insider trading" and show the fat cats on Wall Street that they aren't above the rules.

Although the public generally loves the fall of a ruthless and greedy financial titan — this, of course, is what made Oliver Stone's original Wall Street such a hit — economists have argued for decades that the practice of "insider trading" can actually be beneficial. In practice, the government can use the amorphous "crime" to go after any successful trader it wants. In a free society, there would be no such thing as laws against so-called insider trading.


....Raj Rajaratnam and (even more likely) some of his collaborators may indeed have violated genuine contractual obligations and fiduciary duties to their clients. To the extent that is true, some of their activity might have been illegal even in a truly free-market society.

In general, however, the practice of "insider trading" would not be a criminal offense, because it is impossible to define the concept in a way that wouldn't bar legitimate speculative research and trading. In practice, these laws give the government a very blunt club with which to knock down any profitable firm it wishes.

Leia o artigo na íntegra

Brasil cai para 44º em competitividade

Postado por Pedro Correia

Baixa produtividade e alto custo de vida se somaram a velhos problemas (como sobrecarga tributária e infraestrutura ruim) e derrubaram a posição do Brasil no ranking global de competitividade.O país, atual oitava economia do mundo, ocupa agora o 44º lugar entre os 59 da lista. Em um ano, o Brasil perdeu seis posições --só Grécia e África do Sul perderam mais-- e foi passado por México, Peru, Itália, Filipinas, Turquia e Emirados Árabes.

Fonte: Folha de São Paulo