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11 maio 2011

Evolução do conceito de governança

Por Pedro Correia


O Novo Mercado tem que ser só o começo porque não é tudo. É ponto de partida, não de chegada.” A avaliação é do coordenador do Centro de Estudos em Governança (CEG), da Fipecafi-USP, Alexandre Di Miceli. O especialista acredita que as práticas do espaço diferenciado da BM&FBovespa são importantes, “mas não suficientes”.

Na opinião de Di Miceli, o Novo Mercado perdeu valor desde a sua criação, pois a diferenciação do segmento perante o restante do mercado diminuiu e as regras do segmento não evoluíram na mesma velocidade que a regulamentação geral ou mesmo que as discussões sobre governança.

O debate sobre boas práticas na gestão empresarial está em constante evolução, acompanhando as demandas de mercado – em especial as geradas pelas crises.

Segundo análise de Di Miceli, nos últimos dez anos houve uma mudança estrutural e uma ampliação no conceito de governança. O tema deixou de dizer respeito só ao alinhamento de interesses entre sócios majoritários e minoritários e agora inclui questões do aprimoramento da gestão e do processo decisório.

O recente documento emitido pela União Europeia, o “green paper” sobre governança empresarial, traz diversas questões ligadas à gestão dos negócios. A minuta destaca a questão da fiscalização e dedica-se a assuntos relacionados à administração, como a formação e o papel do conselho de administração, remuneração, gestão de riscos e formas de relatar as práticas de governança, entre outros.

Os conselhos de administração são importantes para desafiar a gerência executiva, na visão do documento. O “green paper” defende a diversidade de perfis na composição desse colegiado, para agregar o máximo possível de competências e uma variedade maior de valores, visões e experiências.

Nesse mesmo sentido, o documento cobra também o papel do investidor. É determinante que os acionistas se envolvam com a empresa, para cobrar e acompanhar a administração. “No entanto, há evidências de que a maioria dos acionistas é passiva e muitas vezes focada em lucros de cruto prazo”, destaca a minuta.

Gilberto Mifano, presidente do conselho do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), acredita que o Novo Mercado não precisa ficar sempre à frente da lei, como no momento de sua criação. Para manter sua evolução, ele acredita que o segmento precisará incorporar externalidades das companhias, como questões sociais e ambientais.

Fonte: Graziella Valenti, Valor Economico

Monografias

Está aberto o concurso de Monografias da Secretaria de Orçamento Federal. Dois grandes temas: 1. Qualidade do gasto público; 2. Novas abordagens do Orçamento Público. Inscrições: até 10 de outubro de 2011.

Premiação:

R$ 20.000,00 - 1º colocado em cada tema
R$ 10.000,00 - 2º colocado em cada tema
R$ 5.000,00 - 3º colocado em cada tema

Maiores Informações: aqui

Rir é o melhor remédio





Evolução do Homem

Por Que não faz sentido controlar o preço do livro eletrônico?

Recentemente surgiu a notícia que a França está estudando uma lei para controlar o preço dos livros eletrônicos. Os legisladores franceses consideram que o custo de produzir um livro eletrônico é idêntico, já que os principais custos do livro impresso, papel, impressão e distribuição, não estariam presentes no livro eletrônico.


O custo do livro eletrônico varia dependendo da obra por diversos motivos.

Por exemplo: - Livros mais longos possuem custo de diagramação maior, que irá refletir no seu custo final.
- Livros de autores mais conhecidos podem ter um custo de direito autoral superior ao das obras de domínio público, que geralmente não possuem este custo. - As obras com maiores tiragens terão um custo unitário superior àquelas que possuem uma vendagem menor.

Esses são apenas alguns dos fatores que podem afetar o custo final de um livro. E se o custo é diferente, não faz sentido manter um mesmo preço.

Ainda, o preço de qualquer produto não depende somente do seu custo. A existência de concorrência e o tipo de cliente podem influenciar. Títulos de autores clássicos provavelmente possuem mais de uma editora publicando, o que pode reduzir seu preço. Já o último lançamento do Paulo Coelho é exclusivo de uma editora, o que faz com que seu preço seja mais elevado.

Finalmente, tabelar preço de livro tende a modificar o comportamento dos autores e da editora. Se o preço é único para qualquer obra, as editoras tenderão a oferecer títulos com menor número de páginas, subdivididos em diversos volumes. Caso a lei crie um parâmetro por página de cada obra, o tamanho da letra tende a aumentar. Em alguns casos, os editores podem escolher o que publicar conforme a norma legal aprovada. Isto é uma lei natural da economia: os agentes econômicos reagem a incentivos. Ou seja, ter um único preço por cada obra pode incentivar certos comportamentos que podem, no final, prejudicar o maior interessado: o leitor.

(Fonte da imagem, aqui)


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Madoff no Brasil

A decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo que obriga o banco Itaú a indenizar um cliente que perdeu dinheiro ao aplicar em um fundo do fraudador americano Bernard Madoff pode estimular outros clientes brasileiros a seguir o mesmo caminho. A avaliação é de advogados que acompanham o assunto desde que a megafraude de mais de US$ 65 bilhões foi descoberta nos Estados Unidos, no fim de 2008.
Na segunda-feira passada, o TJ determinou que o Itaú pague R$ 176.813,14 ao correntista. "Um dos pontos mais importantes dessa decisão é o fato de que a Justiça brasileira reconhece que tem competência para analisar esse tipo de caso e que as leis do País se aplicam à questão", celebrou o advogado do cliente, Paulo José Iasz de Morais. Ele faz a ressalva de que a tese só vale para quem abriu a conta no Brasil e fez a aplicação aqui no País.
Em relação à sentença especificamente, Morais não ficou plenamente satisfeito e vai recorrer. O TJ entendeu que seu cliente, cujo nome é mantido sob sigilo, sabia dos riscos que corria. Portanto, determinou o reembolso de metade do valor aplicado - na ocasião, o equivalente a US$ 208 mil. O advogado quer o valor integral.(...)
Fonte: Estado de São Paulo.

É estranha esta decisão. Típica da justiça brasileira. Agora os investidores não terão mais riscos nas suas aplicações?

A importância da escolha temporal

O gráfico abaixo mostra a relação entre a taxa de desemprego e o investimento na economia dos Estados Unidos, no período de 1990 ate os dias atuais. Parece que a melhor forma de resolver o problema do desemprego é através do investimento.

Entretanto, se forem incorporados os dados de 1970 a figura parece mudar um pouco. No gráfico abaixo, os novos dados estão em vermelho e mostra que a relação entre desemprego e investimento não é tão clara.


Com mais dados, de 1948 a 2010, parece que a relação desaparece. Veja abaixo.


Adaptado: daqui