11 maio 2011
Por Que não faz sentido controlar o preço do livro eletrônico?
Recentemente surgiu a notícia que a França está estudando uma lei para controlar o preço dos livros eletrônicos. Os legisladores franceses consideram que o custo de produzir um livro eletrônico é idêntico, já que os principais custos do livro impresso, papel, impressão e distribuição, não estariam presentes no livro eletrônico.
O custo do livro eletrônico varia dependendo da obra por diversos motivos.
Por exemplo: - Livros mais longos possuem custo de diagramação maior, que irá refletir no seu custo final.
- Livros de autores mais conhecidos podem ter um custo de direito autoral superior ao das obras de domínio público, que geralmente não possuem este custo. - As obras com maiores tiragens terão um custo unitário superior àquelas que possuem uma vendagem menor.
Esses são apenas alguns dos fatores que podem afetar o custo final de um livro. E se o custo é diferente, não faz sentido manter um mesmo preço.
Ainda, o preço de qualquer produto não depende somente do seu custo. A existência de concorrência e o tipo de cliente podem influenciar. Títulos de autores clássicos provavelmente possuem mais de uma editora publicando, o que pode reduzir seu preço. Já o último lançamento do Paulo Coelho é exclusivo de uma editora, o que faz com que seu preço seja mais elevado.
Finalmente, tabelar preço de livro tende a modificar o comportamento dos autores e da editora. Se o preço é único para qualquer obra, as editoras tenderão a oferecer títulos com menor número de páginas, subdivididos em diversos volumes. Caso a lei crie um parâmetro por página de cada obra, o tamanho da letra tende a aumentar. Em alguns casos, os editores podem escolher o que publicar conforme a norma legal aprovada. Isto é uma lei natural da economia: os agentes econômicos reagem a incentivos. Ou seja, ter um único preço por cada obra pode incentivar certos comportamentos que podem, no final, prejudicar o maior interessado: o leitor.
(Fonte da imagem, aqui)
O custo do livro eletrônico varia dependendo da obra por diversos motivos.
Por exemplo: - Livros mais longos possuem custo de diagramação maior, que irá refletir no seu custo final.
- Livros de autores mais conhecidos podem ter um custo de direito autoral superior ao das obras de domínio público, que geralmente não possuem este custo. - As obras com maiores tiragens terão um custo unitário superior àquelas que possuem uma vendagem menor.
Esses são apenas alguns dos fatores que podem afetar o custo final de um livro. E se o custo é diferente, não faz sentido manter um mesmo preço.
Ainda, o preço de qualquer produto não depende somente do seu custo. A existência de concorrência e o tipo de cliente podem influenciar. Títulos de autores clássicos provavelmente possuem mais de uma editora publicando, o que pode reduzir seu preço. Já o último lançamento do Paulo Coelho é exclusivo de uma editora, o que faz com que seu preço seja mais elevado.
Finalmente, tabelar preço de livro tende a modificar o comportamento dos autores e da editora. Se o preço é único para qualquer obra, as editoras tenderão a oferecer títulos com menor número de páginas, subdivididos em diversos volumes. Caso a lei crie um parâmetro por página de cada obra, o tamanho da letra tende a aumentar. Em alguns casos, os editores podem escolher o que publicar conforme a norma legal aprovada. Isto é uma lei natural da economia: os agentes econômicos reagem a incentivos. Ou seja, ter um único preço por cada obra pode incentivar certos comportamentos que podem, no final, prejudicar o maior interessado: o leitor.
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Madoff no Brasil
A decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo que obriga o banco Itaú a indenizar um cliente que perdeu dinheiro ao aplicar em um fundo do fraudador americano Bernard Madoff pode estimular outros clientes brasileiros a seguir o mesmo caminho. A avaliação é de advogados que acompanham o assunto desde que a megafraude de mais de US$ 65 bilhões foi descoberta nos Estados Unidos, no fim de 2008.
Na segunda-feira passada, o TJ determinou que o Itaú pague R$ 176.813,14 ao correntista. "Um dos pontos mais importantes dessa decisão é o fato de que a Justiça brasileira reconhece que tem competência para analisar esse tipo de caso e que as leis do País se aplicam à questão", celebrou o advogado do cliente, Paulo José Iasz de Morais. Ele faz a ressalva de que a tese só vale para quem abriu a conta no Brasil e fez a aplicação aqui no País.
Em relação à sentença especificamente, Morais não ficou plenamente satisfeito e vai recorrer. O TJ entendeu que seu cliente, cujo nome é mantido sob sigilo, sabia dos riscos que corria. Portanto, determinou o reembolso de metade do valor aplicado - na ocasião, o equivalente a US$ 208 mil. O advogado quer o valor integral.(...)Fonte: Estado de São Paulo.
É estranha esta decisão. Típica da justiça brasileira. Agora os investidores não terão mais riscos nas suas aplicações?
A importância da escolha temporal
O gráfico abaixo mostra a relação entre a taxa de desemprego e o investimento na economia dos Estados Unidos, no período de 1990 ate os dias atuais. Parece que a melhor forma de resolver o problema do desemprego é através do investimento.
Entretanto, se forem incorporados os dados de 1970 a figura parece mudar um pouco. No gráfico abaixo, os novos dados estão em vermelho e mostra que a relação entre desemprego e investimento não é tão clara.
Com mais dados, de 1948 a 2010, parece que a relação desaparece. Veja abaixo.
Adaptado: daqui
Entretanto, se forem incorporados os dados de 1970 a figura parece mudar um pouco. No gráfico abaixo, os novos dados estão em vermelho e mostra que a relação entre desemprego e investimento não é tão clara.
Com mais dados, de 1948 a 2010, parece que a relação desaparece. Veja abaixo.
Adaptado: daqui
Crise nas IFRS?
Tom Selling escreve que a adoção das normas internacionais acabou (IFRS Adoption is Dead! (I Think)). Mas sem muita certeza, como se nota no parênteses. Analisando a história recente da convergência entre Fasb e Iasb, Selling relembra que a SEC foi muita passiva no processo e, ao mesmo tempo, omissa. Mais recentemente a SEC anunciou que estaria discutindo a “incorporação das IFRS no US GAAP”.
Este termo é realmente interessante e mostra que os Estados Unidos não estão dispostos a adaptarem-se as normas internacionais. Por isto a dúvida de Selling.
David Albrecht lembra a afirmativa de Orlik: a IFRS está começando a desmoronar e os problemas estão aparecendo.
É interessante que este tipo de discussão não chegou no Brasil. Talvez o fato de que nossa contabilidade estava “atrasada” em relação as IFRS tenha ajudado; isto não ocorre com os Estados Unidos, já que o US GAAP parece ser superior as IFRS. Mas resolvemos adotar um padrão menos testado.
Outro aspecto importante, e que poucos comentam, é que a rigor o Brasil não adotou as IFRS plenamente. Por dois motivos: a) o Banco Central não endossou as normas do CPC; b) as normas do CPC não refletem integralmente as normas internacionais (reavaliação, por exemplo).
Este termo é realmente interessante e mostra que os Estados Unidos não estão dispostos a adaptarem-se as normas internacionais. Por isto a dúvida de Selling.
David Albrecht lembra a afirmativa de Orlik: a IFRS está começando a desmoronar e os problemas estão aparecendo.
É interessante que este tipo de discussão não chegou no Brasil. Talvez o fato de que nossa contabilidade estava “atrasada” em relação as IFRS tenha ajudado; isto não ocorre com os Estados Unidos, já que o US GAAP parece ser superior as IFRS. Mas resolvemos adotar um padrão menos testado.
Outro aspecto importante, e que poucos comentam, é que a rigor o Brasil não adotou as IFRS plenamente. Por dois motivos: a) o Banco Central não endossou as normas do CPC; b) as normas do CPC não refletem integralmente as normas internacionais (reavaliação, por exemplo).
Central de Balanços
A Central de Balanços brasileira é um projeto integrante do Sistema Público de Escrituração Digital (Sped), em fase inicial de desenvolvimento, que deverá reunir demonstrativos contábeis e uma série de informações econômico-financeiras públicas das empresas envolvidas no projeto.
As informações coletadas serão mantidas em um repositório e publicadas em diversos níveis de agregação. Esses dados serão utilizados para geração de estatísticas, análises nacionais e internacionais (por setor econômico, forma jurídica e porte das empresas), análises de risco creditício e estudos econômicos, contábeis e financeiros, dentre outros usos.
A Central tem como objetivo a captação de dados contábeis e financeiros (notadamente as demonstrações contábeis), a agregação desses dados e a disponibilização à sociedade, em meio magnético, dos dados originais e agregados.
Fonte: Ministério da Fazenda via Alexandre Alcantara
As informações coletadas serão mantidas em um repositório e publicadas em diversos níveis de agregação. Esses dados serão utilizados para geração de estatísticas, análises nacionais e internacionais (por setor econômico, forma jurídica e porte das empresas), análises de risco creditício e estudos econômicos, contábeis e financeiros, dentre outros usos.
A Central tem como objetivo a captação de dados contábeis e financeiros (notadamente as demonstrações contábeis), a agregação desses dados e a disponibilização à sociedade, em meio magnético, dos dados originais e agregados.
Fonte: Ministério da Fazenda via Alexandre Alcantara
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