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02 maio 2011

Por que o rating dos EUA foi rebaixado?

Por Pedro Correia

É interessante observar a justificativa da Standard and Poor's :

The U.S. public sector consistently uses a smaller share of national income than the public sectors of most 'AAA' rated countries, and smaller than those of its closest peers, implying greater revenue flexibility. Political considerations aside, from an economic perspective, the U.S. public sector's smaller share of national income suggests to us there could be room for the U.S. to raise taxes or increase other government revenue while remaining competitive. We believe that this flexibility also enhances the U.S.'s ability to pay.

A agência de rating não questiona a capacidade do país em pagar suas obrigações com os títulos de dívida. O que é questionado é a "vontade" do governo em pagá-las.

Via The Economist

Machismo na política

Só existe um país no mundo onde a maioria do parlamento é feminina: Ruanda. Em diversos países o número de mulheres no parlamento deve ser de no mínimo 30%. No Brasil é de 9,8%. Em termos mundiais, ocupamos o 104o. lugar. (Fonte: aqui)

Custo da família Joli

A vida de estrelas hollywoodianas que Brad Pitt (47 anos) e Angelina Jolie (35) levam não deixa escapar os seis filhos do casal. O tabloide britânico The Sun apurou que os gastos com Maddox (9), Pax (7), Zahara (6), Shiloh (4), e os gêmeos Knox e Vivienne chegam a R$ 16 milhões por ano. O valor equivale a um gasto médio de R$ 222 mil com criança por mês. Cada filho custa R$ 2,7 milhões ao ano. Segundo as fontes do jornal, grande parte desses gastos é destinada à caridade. Mas o casal despende: 
 * R$ 1,4 bilhão com babás  * R$ 152 mil em roupas  * R$ 100 mil em festas de aniversário  * R$ 58 mil em alimentação  * R$ 242 mil em "atividades" 
 Além disso, o tutor de cada criança durante as viagens do casal custa R$ 263 mil (o que totaliza R$ 1,57 milhão em tutores). Mas o maior gasto é com transporte. Não estamos falando de transporte público, evidentemente: Pitt e Jolie gastam R$ 8,1 milhões ao ano em jatinhos particulares.
Filhos de Jolie e Pitt custam R$ 16 mi por ano - Época

Crise Financeira

Por Pedro Correia



Robert Shiller argumenta que as crises financeiras poderão tornar-se previsíveis, se novas formas de mensuração do risco sistêmico forem criadas. Durantes os anos 1920 vários avisos foram feitos quanto a iminência de uma crise financeira.Na década passada alguns afirmaram que uma crise estava próxima. Ambas tornaram-se previsões de Cassandra.Assim, segundo Shiller é fácil concluir que, por não sermos capazes de ver estes eventos se aproximando, isto não significa que nada pode ser feito para evitá-los.

Alguns afirmaram que a recente crise financeira foi mais um "cisne negro"- expressão consagrada por Nassim Talleb. De fato, pessoas inteligentes não conseguiram exergar a bolha imobiliária e a instabilidade do setor financeiro norte-americano. No entanto, de acordo com o autor do livro "Exuberância Racional", a característica extraordinária desses eventos não pode impede que sejam previstos.Por exemplo, os furacões eram "cisnes-negro", mas agora são previsíveis. Robert afirma que vários destes eventos podem ser previstos, mas isto só será possível se as perguntas certas forem feitas e melhores dados forem utilizados. Em suma, ele entende que é necessário uma revolução nos modelos de de mensuração do risco.

Em 2010 foi divulgado artigo de autoria de economistas do FED que afirma que, a crise não foi antecipada,pois o órgão não tinha informações confiáveis em determinadas variáveis.

Outrossim,em 1929 a falta de informações corretas foi indicada como uma das causas da crise.Desse modo, houve na época uma melhora nos sistemas de mensuração.Um dos exemplos foi o surgimento do "Produto Nacional Bruto", da conta de Renda e Produção e da conta de fluxos de capitais. Todas estas integrantes da "nova contabilidade nacional".Estes avanços possibilitaram a criação de modelos macroeconômicos com um incrível poder de previsão e que facilitaram o entendimento das instabilidades macroeconômicas.

No entanto, desde os anos de 1950 não ocorreu uma revolução nos modelos de mensuração.Nas últimas décadas, as instituições financeiras assumiram riscos sistêmicos e o uso crescente de alavancagem e derivativos não aparecem em seus relátórios financeiros .Assim,alguns economistas começaram a sugerir alguns tipos de medidas de alavancagem e liquidez, que poderiam ser coletados.Shiller afirma que precisamos de outra revolução como a mensuração do PIB e fluxo de capitais.

Uma das tentativas de "revolução" é o trabalho de Markus Brunnermeier,Gary Gorton Arvind Krishnamurthy, que estão desenvolvendo o que chamam de: "Topografia do Risco".Eles explicam como a moderna teoria de finanças pode nos guiar na coleta de dados que, possam promover uma visão esclarecedora de potenciais problemas econômicos de grande magnitude.

Rober entende que : "Hoje, a nossa prosperidade depende das finanças,que está associada as disciplinas da contabilidade e da macroeconomia. A crise financeira não não apresentou a "debáclê" destas, como diriam alguns. Nós devemos responder da mesma forma que na Grande Depressão, iniciando o longo processo de redefinição de nossos modelos de mensuração para que possamos entender melhor o risco de um novo choque financeiro."

Fonte: The New York Times

O legado de Bachelier

O legado de Bachelier – Por Isabel Sales

Acho que todo pesquisador já passou por isso: Às vezes escrevemos um artigo com todo o afinco, temos certeza de que será publicado com louros e honrarias, mas o contrário ocorre. Outras vezes submetemos um paper só porque ainda não estouramos o limite de artigos naquele congresso e esse é o trabalho aprovado e bem qualificado. Tenho uma amiga que teve uma pesquisa recusada em certo lugar, mas concorreu a melhor da área em outras (e boas) vizinhanças. Vá entender!

Não que eu queira comparar, só estava criando uma leve ambientação numa segunda-feira pós-feriado!!! Mas então tá. Tenhamos em mente que o julgamento dos nossos pares nem sempre nos acrescenta e que seguir os nossos ideais certamente é mais importante que algumas tradições ou que se encaixar em algum tipo de regra invisível de boa conduta.

Hoje eu estava lendo o livro The (Mis)behavior of Markets dos autores Benoit Mandelbrot e Richard L. Hudson (no Brasil: Mercados Financeiros Fora de Controle, editora Campus BB) que conta a interessante história de Bachelier (acometido pelo grande fardo de todo gênio: não foi reconhecido em sua época).

Louis Bachelier foi um matemático francês que defendeu, em março de 1900, a sua tese intitulada “Théorie de la spéculation" que (é claro!) causou pouca impressão em seus professores. Seu orientador era o famoso matemático Henri Poincaré, que avaliou o trabalho de seu pupilo da seguinte forma: “o assunto escolhido pelo senhor Bachelier está um pouco distante daqueles usualmente tratados por nossos candidatos”. A menção foi um respeitável “mention honorable” e não o “très honorable” que teria garantido a Bachelier um bilhete de primeira classe para uma carreira majestosa na matemática.

Até um brasileiro que não desiste nunca (!!!) teria deixado isso de lado, mas não o senhor Bachelier. Ele passou os próximos 27 anos batalhando por reconhecimento da academia francesa. O rapaz acreditava mesmo em seus ideais!

Você nunca ouviu falar desse matemático antes? Pois bem. Essa tese simplesmente estabeleceu alguns dos fundamentos das finanças. Com base nas questões que ele formulou foi construída uma teoria de mercados, investimentos e finanças compreensiva e elaborada (como os preços variam, como os investidores pensam, como administrar seu dinheiro, como definir risco).

Ele morreu desconhecido. Mas, como destacado por Benoit Mandelbrot e Richard L. Hudson, felizmente a tese de Bachelier foi publicada em um importante periódico (cerca de meio século após a defesa) salvando-o do esquecimento. Hum... Daria um bom filme. Mas calma! Não para por aí.

Em 1965 o nome de Bachelier reapareceu na economia como um precursor reconhecido na tese de precificação de opções do economista estudante do Massachusetts Institute of Technology – MIT: Paul A. Samuelson. Posteriormente ninguém menos que Eugene F. Fama, um estudante da Universidade de Chicago, discutiu com seu orientador as ideias de Bachelier além do modelo de incrementos independentes dos preços e subsequentemente elaborou a Hipótese de Eficiência de Mercado.

Um respeitável economista da MIT, Paul H. Cootner, afirma que o Bachelier foi tão “extraordinário em seu trabalho que podemos dizer que o estudo dos preços especulativos teve o seu momento de glória no momento de sua concepção”.

Outra leitura interessante é o livro “o mito dos mercados racionais”, que já foi objeto de resenha aqui no blog. Para quem quiser ler mais, a tese de Bachelier foi transformada em um livro em inglês e está a venda pela Amazon nesse link.

Ibracon lança prêmio "Transparência Universitário"

Por Pedro Correia

O Ibracon – Instituto dos Auditores Independentes do Brasil, lançou do prêmio “Transparência Universitário”, destinado a estudantes de graduação em ciências contábeis e que premiará o estudante autor do trabalho e seu professor orientador com uma viagem a Nova York, nos Estados Unidos, para uma visita ao ao Instituto Americano de Contadores Públicos Certificados (AICPA) e a uma universidade note-americana que mantenha cursos de Ciências Contábeis.

O prêmio “Transparência Universitário” é uma iniciativa do Ibracon e nessa primeira edição do prêmio, o tema escolhido para o trabalho é: “A Convergência das Normas Brasileiras de Contabilidade às Normas Internacionais de Contabilidade”. A presidente do Ibracon, contadora Ana María Elorrieta destacou a relevância da parceria com a AICPA, que prontamente acolheu a ideia da realização do concurso que possibilitará que os premiados possam conhecer a experiência do instituto norte-americano.

Além do aluno autor e do professor orientado serem premiados, a Instituição de Ensino Superior (IES)em que o autor está matriculado, receberá exemplares do livro Normas Internacionais de Relatório Financeiro (IFRS), versão mais atual dispoonvel para sua biblioteca. Já a IES que apresentar o maior número de trabalhos inscritos receberá menção honrosa do Prêmio Transparência Universitário e exemplares do livro IFRS, versão mais atual dispoonvel para sua biblioteca.

O objetivo do prêmio “Transparência Universitário” é reconhecer alunos de cursos superiores em Ciências Contábeis que, por meio de suas pesquisas, melhor se preparam para o exercício da profissão, e também o de incentivar os estudantes a produzirem trabalhos sobre questões relacionadas às áreas de Contabilidade e Auditoria independente, sob a supervisão de Professores Orientadores e apoio das IESs - Instituições Superiores de Ensino - a que pertencem.

O prêmio “Transparência Universitário” é uma forma de o Instituto cumprir seu papel de estimular o desenvolvimento de novos profissionais, incentivando a pesquisa acadêmica e contribuindo para difundir os conceitos e princípios da Contabilidade e da Auditoria Independente, declarou Ana María Elorrieta, presidente da Diretoria Nacional do Ibracon.

Para participar, os alunos interessados devem estar cursando bacharelado em Ciências Contábeis em IESs, regularmente registradas no MEC – Ministério da Educação e Cultura, e deverão inscrever seus trabalhos preenchendo uma ficha no Portal do Ibracon (www.ibracon.com.br). Serão aceitos trabalhos entregues até o dia 15 de agosto de 2011. Após a pré-seleção que definirá os trabalhos finalistas, um júri formado pela direção do Instituto e auditores, apontará o vencedor que ganhará uma viagem cultural, em companhia de seu professor orientador, para visitar o AICPA - Instituto Americano de Contadores Públicos Certificados, parceiro do Ibracon neste concurso cultural, e a uma universidade norte-americana que mantenha cursos de Ciências Contábeis.


Fonte:Ibracon via Alexandre Alcantara